ECONOMIA BRASILEIRA PRINCIPAIS ASPECTOS ECONÔMICOS DOS GOVERNOS LULA: 2003 A 2010 E DILMA: 2011 A ------

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Transcrição da apresentação:

ECONOMIA BRASILEIRA PRINCIPAIS ASPECTOS ECONÔMICOS DOS GOVERNOS LULA: 2003 A 2010 E DILMA: 2011 A ------

INFLAÇÃO - Inflação manteve-se controlada em todo o período do Governo Lula e também no início do Governo Dilma, conforme pode-se observar no gráfico abaixo.

EXPANSÃO DO PIB No Governo Lula a expansão do PIB brasileiro alcançou uma média de 4% a.a. Em 2011, já no Governo Dilma o PIB brasileiro cresceu 2,7%, alcançando o montante de R$ trilhões 4,143. Para 2012, a expectativa atual é de um crescimento de 1,5% em função da continuidade da crise econômica mundial, iniciada em 2008.

DESEMPREGO As taxas de desemprego, durante os Governos Lula e início do Governo Dilma vem caindo constantemente, conforme gráfico abaixo: Em 2011 a taxa de desemprego foi de 6%, com expectativa de valores ainda menores para 2012.

SALÁRIO MÍNIMO O salário mínimo nos Governos Lula e Dilma apresentou aumentos reais (acima da inflação), conforme gráfico abaixo.

DÍVIDAS EXTERNA E INTERNA Dívida Externa Durante a gestão de Lula, a liquidação do pagamento das dívidas com o FMI (Fundo Monetário Nacional) contraídas em governos anteriores foram antecipadas. Esta ação resultou em melhor prestígio internacional e maior atenção do mercado financeiro para investir no Brasil. Em julho/12 a dívida externa alcançou um montante de US$ 308,418 bilhões. Dívida Interna Em dezembro de 2010, o valor referente ao estoque da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI) atingiu nível recorde, depois de subir para R$ 1,603 trilhão ante o valor de R$ 1,574 trilhão de novembro do mesmo ano.

RESERVAS INTERNACIONAIS O Governo Lula terminou com um valor total de US$ 288,575 bilhões em reservas internacionais em 31 de dezembro de 2010, o que representou recorde histórico. No início do governo, as reservas totalizavam US$ 37,65 bilhões. Atualmente as reservas internacionais alcançam um montante de US$ 378.563 milhões.

TAXA DE JUROS As diversas taxas de juros da economia são balizadas pela taxa de juros SELIC, divulgadas pelo Comitê de Política Econômica do Banco Central - COPOM, o gráfico abaixo apresenta uma tendência de queda da taxa SELIC. Hoje esta taxa é de 7,39% a.a.

REDUÇÃO DA POBREZA E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA Em 2010, o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) afirmou que o país avançou na redução da pobreza e distribuição de renda. Segundo a entidade, apesar da desigualdade social ser ainda elevada, conseguiu-se reduzir a taxa de pobreza de 40% em 1990 para 9,1% em 2006. Os maiores motivos para a redução teriam sido a inflação baixa e os programas de transferência de renda.

IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Entre 2002 e 2007, o Brasil, embora tenha melhorado seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,790 para 0,813, caiu da 63º posição para a 75ª posição no ranking dos países do mundo. O estudo é divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que esclareceu o recuo do País para 75ª posição com dois fatores: a entrada de novos países no levantamento e a atualização de dados, que beneficiaram países como a Rússia. Países considerados de "Alto Desenvolvimento Humano" são aqueles com IDH superior a 0,800. No levantamento referente a 2007, uma nova categoria de países foi incluída no ranking: o IDH "Muito Elevado", com número superior a 0,900.

IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO No levantamento referente a 2010, último ano do Governo Lula, o Brasil ficou ainda na distante 73ª posição entre 169 países. Por conta de mudanças na metodologia, os organizadores do levantamento enfatizaram que o IDH de 2010 não pode ser comparado ao IDH de anos anteriores, que utilizavam uma metodologia diferente. Conforme o relatório, o IDH do Brasil apresenta "tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos".

IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Um relatório do IBGE, do fim de novembro de 2005, afirma que o governo do presidente Lula estaria fazendo do Brasil um país menos desigual. Com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou estudo mostrando que a taxa de miséria de 2004 caiu 8% em comparação a 2003, ano em que Lula tomou posse. Ainda segundo a PNAD, oito milhões de pessoas saíram da pobreza (classes D e E) ao longo do governo Lula.

PRINCIPAIS PROGRAMAS SOCIAIS DOS GOVERNOS LULA E DILMA Bolsa Família Um programa social bastante conhecido do governo Lula é o Bolsa Família. Ele foi criado através do Decreto Nº 5.209 de 17 de Setembro de 2004. A finalidade do programa, que atende cerca de 12,4 milhões de habitantes, é a transferência direta de renda do governo para famílias pobres (renda mensal por pessoa entre R$ 69,01 e R$ 137,00) e em extrema miséria (renda mensal por pessoa de até R$ 69,00). O programa foi uma reformulação e ampliação do programa Bolsa-Escola do governo anterior, que tinha uma abrangência de 5,1 milhões de famílias. Apesar de receber algumas críticas de determinados setores da sociedade, que classificam o programa de meramente assistencialista, o Bolsa Família também é elogiado por especialistas pelo fato de ser um complemento financeiro para amenizar a fome das famílias em situação financeira precária. É apontado também como um dos fatores que propiciaram às famílias das classes mais pobres o consumo maior de produtos, o que beneficia a economia do país.

PRINCIPAIS PROGRAMAS SOCIAIS DOS GOVERNOS LULA E DILMA O Fome Zero O Programa Fome Zero foi a principal plataforma eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Nessa campanha eleitoral, ele pregava a eliminação da fome no Brasil. O programa Fome Zero começou como uma tentativa do Presidente da República de mobilizar as massas em favor dos pobres em estado de extrema miséria ainda muito presente no Brasil. O programa fez com que os olhos dos governos internacionais se voltassem para o Brasil, sendo Luiz Inácio muito elogiado em seus primeiros discursos internacionais. Era uma tarefa ousada e que, por uma série de razões, incluindo o curto prazo, não foi realizada a contento. Pelo contrário. O programa Fome Zero não deu certo e costuma ser citado pelos críticos como um dos principais fracassos da administração Lula. O programa hoje é considerado extinto e substituído pelo Bolsa-Família.

PRINCIPAIS PROGRAMAS SOCIAIS DOS GOVERNOS LULA E DILMA Primeiro Emprego O Governo Lula lançou, em 2003, o programa Primeiro Emprego, bandeira de campanha da eleição de Lula em 2002. Porém, o programa não deslanchou: em 2004, nove meses depois de lançado, o programa, que tinha a meta de criar 70 mil empregos para jovens carentes até o fim do ano, só criou 1.308. O programa foi extinto em 2006, tendo conseguido empregar 3.936 jovens, quando o plano inicial era 260 mil vagas por ano - o que daria 715 mil jovens empregados nesses 33 meses. Em 2007, o programa, que dava vantagens a empresas que oferecessem vagas a jovens de 16 a 24 anos, foi excluído do projeto do PPA (Plano Plurianual) 2008-2011. Como o PPA orienta os Orçamentos a cada quadriênio, isso significava o fim da verba para o Primeiro Emprego a partir de 2008. Em 2009, o Governo estudou ressuscitar o programa, porém, até o momento não houve um consenso sobre o assunto.

MORTALIDADE INFANTIL Com relação à mortalidade infantil, o governo Lula seguiu a tendência de queda, que se observa desde 1930 no Brasil. Segundo dados, a taxa de mortalidade infantil caiu para 26 mortes para grupo de mil habitantes, ante 29,6 do governo anterior.

COMBATE À ESCRAVIDÃO O combate à escravidão e ao trabalho degradante foram fortificados do governo do presidente Lula. Quando Lula assumiu, FHC tinha deixado um Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, uma base sobre a qual o governo Lula poderia trabalhar. O resultado foi que, entre 1995 e 2009, o Brasil resgatou cerca de 30 mil pessoas da condição de trabalho escravo, a maioria no Governo Lula.. Porém, as punições ao trabalho escravo no Brasil continuam brandas. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), até hoje houve no país apenas uma condenação com pena de prisão, sendo aplicadas normalmente apenas multas, indenizações às vítimas e bloqueio de ficha de empresas para o recebimento de financiamentos.

ASPECTOS ECONÔMICOS INICIAIS DO GOVERNO DILMA Um dos aspectos econômicos mais importantes do início do Governo Dilma é que com agravamento da crise econômica na Europa e a ameaça de um novo mergulho deflacionário no G7 o ministro Mantega cruzou fronteiras importantes e que foram respeitadas nos anos do presidente Lula. A mais importante delas foi a independência operacional do BC e aceitar a inflação mais alta para buscar um crescimento econômico fixado pelo governo. Já deu mostras, também, que não vai trilhar o caminho das reformas que tratem dos reais problemas da economia, no seu lugar vamos ter a volta das medidas protecionistas e de intervenção do governo nas forças de mercado.

ASPECTOS ECONÔMICOS INICIAIS DO GOVERNO DILMA Também a política cambial mudou, deixando de lado o que se chama de flutuação suja (só por conta do mercado) e se fixando na busca de uma taxa de cambio mais desvalorizada.

ASPECTOS ECONÔMICOS INICIAIS DO GOVERNO DILMA Outra mudança foi a adoção de medidas protecionistas para proteger a indústria em função dos crescentes aumentos de seus custos internos. Um dos exemplos da política de aumento da proteção da indústria é a redução do IPI dos carros e caminhões.

ASPECTOS ECONÔMICOS INICIAIS DO GOVERNO DILMA Quanto ao cenário internacional, apresentam-se dois caminhos mais prováveis: Cenário pessimista: Depressão e crise econômica internacional, com a China em forte desaceleração. Cenário otimista: Recessão na Europa e baixo crescimento nos Estados Unidos, mas sem crise financeira e com a China crescendo 8% ao ano. m dos exemplos da política de aumento da proteção da indústria é a redução do IPI dos carros e caminhões.