Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

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Transcrição da apresentação:

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

A SOCIOLOGIA DE KARL MARX - Marx, juntamente com F. Engels, parte do pressuposto que a sociedade capitalista é uma sociedade desigual, na qual a burguesia (dona dos meios de produção) domina o proletariado (pessoas que estão sem os meios de produção e tem que vender sua força de trabalho para sobreviverem).

A ionfraestrutura como base da sociedade Analisa a história como um movimento Movimento conseqüente das próprias ações dos homens Reflexão crítica sobre a realidade Somente a dialética consegue apreender os movimentos do real Papel central do pensamento na apreensão do real O pensamento está inserido no próprio real

A infraestrutura como base da sociedade Todo o sistema de pensamento de Marx é erigido a partir do modo de produção capitalista A anatomia da sociedade deve ser procurada na análise das relações de produção

Parte dos seguintes pressupostos teóricos: o materialismo histórico (tese na qual a realidade social é fruto das condições econômicas e dos meios de produção), a dialética (tese na qual toda a realidade e toda ação e fator e resultado ao mesmo tempo, assim algo é influência de uma ação ao mesmo tempo que é resultado), a práxis (possibilidade da mudança da realidade com a ocorrência de uma revolução, por exemplo), e alienação (tese na qual a realidade que é percebida não condiz com a realidade vivida, é como se o indivíduo vivesse num "sonho", a alienação seria o instrumento de dominação de classe).

Marx parte do ponto que em determinado momento histórico (localizado na Europa em meados da Idade Média) todo homem possuía sua força de trabalho e os meios de produção (ferramentas, matéria-prima e resultado da comercialização/venda destes produtos).

Contudo, com a necessidade crescente de mais produtos manufaturados devido ao aumento populacional, algumas pessoas passaram a se organizar em grupos de produção. Estes levaram alguns indivíduos a deixarem os meios de produção e passaram a trabalhar para esses grupos corporativos, ao mesmo tempo em que muitos outros perderam os meios de produção e as matérias-primas devido ao alto custo ou à dificuldade de acesso a elas.

Independente da forma que ocorrera, o que é valido ressaltar é que uma parcela da população ficou "expropriada", ou seja, sem acesso aos meios de produção que antes eram seus. Este fato levou os a venderem sua força produtiva em troca de salários.

Como forma de resistência a esse mundo desigual, Marx afirma que a sociologia é a ferramenta ideal para o conhecimento da realidade (e sua negação), a destruição e reconstrução da sociedade via revolução. Suas obras de destaque são "Manifesto do Partido Comunista" (1847) e “O Capital” (1867).

O foco de Marx em “O capital”, sua obra madura, é a sociedade capitalista, a forma de organização social mais desenvolvida e mais variada de todas já existentes. Ao analisá-la, compreendem-se também outras formações socioeconômicas anteriores e desaparecidas - como as sociedades primitivas, as escravistas, as asiáticas e as feudais - "sob cujas ruínas e elementos ela se edificou, das quais certos vestígios ainda não apagados, que continuam a existir nela, se enriquecem de toda a sua significação".

A unidade analítica mais simples dessa sociedade e a expressão elementar de sua riqueza é a mercadoria, forma assumida pelos produtos e pela própria força de trabalho, e composta por dois fatores: valor de uso e valor de troca. Por um lado, a mercadoria tem a propriedade de satisfazer as necessidades humanas, sejam as do estômago ou as da fantasia, servindo como meio de subsistência ou de produção.

Por ser útil, ela tem um valor de uso que se realiza ou se efetiva no consumo, enquanto o que não se consome nunca se torna mercadoria. Coisas úteis, porém, podem não ser mercadorias, desde que não sejam produtos do trabalho ou não se destinem à troca (como a produção para uso próprio).

Para calcular o valor de troca de uma mercadoria, mede-se a quantidade da "substância" que ela contém, o trabalho, embora para isso não se levem em conta as diferenças entre habilidades e capacidades de seus produtores individualmente e, sim, a força social média, o tempo de trabalho socialmente necessário, isto é, "todo trabalho executado com grau médio de habilidade e intensidade em condições normais relativas ao meio social dado".

O segredo da mercadoria Os homens em sociedade (capitalista) têm relações humanas em vista da produção das mercadorias, mas seus trabalhos organizados adquirem a forma de uma relação social dos produtos do trabalho Isso significa que produzem mercadorias e só se comunicam entre si por intermédio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermédio das mercadorias Expressão da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. É a mercantilização de todas as relações sociais

O segredo da mercadoria Os homens em sociedade (capitalista) têm relações humanas em vista da produção das mercadorias, mas seus trabalhos organizados adquirem a forma de uma relação social dos produtos do trabalho Isso significa que produzem mercadorias e só se comunicam entre si por intermédio dos produtos do trabalho, ou seja, por intermédio das mercadorias Expressão da supremacia do Valor de Troca sobre o Valor de Uso. É a mercantilização de todas as relações sociais

A exploração capitalista sobre o trabalhador Mais Valia: é a quantidade de trabalho não paga ao trabalhador Há duas formas de extração da mais-valia: Absoluta: Aumento da jornada de trabalho Relativa: Aumento da intensidade do trabalho. Que pode se dar pelo incremento de tecnologia na produção, aumentando a produtividade da produção

A exploração capitalista sobre o trabalhador O valor da força de trabalho e a mais-valia variam em direções opostas É só por meio da exploração da força de trabalho que o Capital consegue reproduzir seu ciclo: M-T-M’ e D-M-D’ Somente o trabalho humano gera valor, por isso a necessidade do capitalismo explorar o trabalho

As contradições do Modo de Produção Capitalista (MPC) As duas características do MPC não podem ser compreendidas por si só, mas como produtos das relações de produção que produzem o capitalismo Assim entre o operário e o capitalista existe uma contradição, que é produzida desde o princípio de suas relações A contradição inicia-se logo no início do sistema capitalista, quando produtor e meios de produção são separados A própria apropriação desigual do trabalho está na base desta contradição. O resultado do trabalho alienado não pertence ao trabalhador

As contradições do MPC A burguesia cria, sem parar, meios de produção mais poderosos. Mas as relações de produção permanecem inalteradas O regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais mercadorias, porém a miséria permanece para a maioria

As contradições do MPC Os meios de produção capitalistas se transformam incessantemente, sua base é revolucionária, ao passo que os modos de produção anteriores eram essencialmente conservadores Essa constante revolução se da às custas dos operários: pois o trabalho se torna parcelar; o próprio trabalhador não reconhece o produto do seu trabalho Uma massa de trabalhadores é despejada no chamado exército de reserva industrial, pois o próprio sistema capitalista necessita deste exército para manter os salários a um nível baixo.

A resolução das contradições do MPC Para Marx os antagonismos do MPC desembocam na revolução proletária Essa revolução será resultado das próprias ações dos capitalistas, que produzirão os meios de sua destruição e seus próprios coveiros (o proletariado).

As Classes sociais - Duas classes fundamentais para entender o capitalismo Burguesia: detentora dos meios de produção Proletariado: Vendedor de sua própria força de trabalho

O conflito da produção expresso na Superestrutura O antagonismo entre burguesia e proletariado se expressa também na superestrutura É o que Marx chama de Luta de Classes, que para além da dimensão de luta econômica existe também a luta política

O Estado na análise de Marx A luta de classes seria mera ilustração sem a análise do Estado capitalista O Estado precisa ser compreendido como uma colossal superestrutura e o poder organizado de uma classe social em seu relacionamento com as outras

Infra-estrutura e superestrutura Meios de produção Relações de produção Produção de mercadorias Estado Direito Justiça Religião Ideologias

Infra-estrutura e superestrutura: Existência e Consciência É a infra-estrutura que condiciona o modo de vida dos homens; O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina sua consciência;