Maria Bethânia da Costa Chein

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL
Advertisements

Endometriose John Luiz Loureiro Maciel Mariana Cardoso da Silva
ABORTAMENTO Profa Sheyla Fernandes –
DISCIPLINA CIËNCIAS CARLOS ROBERTO DAS VIRGENS
Métodos contraceptivos
Fisiologia do Sistema Reprodutivo
BIOLOGIA Prof. Fábio Guerra Sexualidade e Reprodução Humana.
PÂNCREAS E GÔNADAS.
CEFALÉIA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Rosângela Carrusca Alvim
Dor Pelvica Crônica José Oscar Alvarenga Macedo
Colégio INEDI Biologia
Miomas de Útero Thamires Moreira.
Ambulatório de Cefaléia – FAMEMA Mateus Matos Mantovani 2010
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
PUBERDADE  FSH  LH o aumento na produção de FSH gera o Crescimento dos ovários e secreção de Estrogênio (8-12 anos) Com o aumento do LH pode ocorrer.
HU-UFMA ABORTAMENTO Prof. Dr. Tarcísio Coelho.
Glândula Ovariana e hormônios femininos
CAPÍTULO 10 SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO,
ENDOMETRIOSE.
Reunião de Reciclagem Setembro/2012.
Caso clínico de Neurologia
Cólica Nefrética na criança: Como conduzir ?
Sangramento Menstrual Excessivo
José Antônio Morais Martins
HEMORRAGIA UTERINA DISFUNCIONAL José Antônio Morais Martins
Sistema Reprodutor Humano Masculino e Feminino 8º Ano A e B
Prof º Rafael Celestino
CICLO MENSTRUAL.
DOR PÉLVICA CRÔNICA RESIDENTE: KALÍGULA KHAYAN SOARES LIMA R2
Puberdade Precoce Fabiana Villela Corte.
Hiperplasia Endometrial
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
ABORTAMENTO.
DEFINIÇAO  Migranea relacionada a menstruaçao: Ataques que ocorrem durante os dias -2 a + 3 do ciclo menstrual em pelo menos 2 de 3 ciclos menstruais.
Sangramento Uterino Disfuncional - SUD
CICLO MENSTRUAL Profª. Dera Bastos 1.
Sistema Reprodutor Feminino
Universidade de Caxias do Sul
CASOS CIRÚRGICOS 24 / abril / 2015
LEIOMIOMA X SARCOMA UTERINO
Universidade de São Paulo
USP - Universidade de São Paulo
MIOMAS UTERINOS INTRODUÇÃO
ABORTAMENTO A.S.Dumas.
Abdome Agudo em Ginecologia
HISTERECTOMIA.
FIBROMIALGIA E OSTEOARTRITE
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO
CASOS CIRÚRGICOS
Maria Bethânia da Costa Chein. 14 dias antes da próxima menstruação, há nítido aumento da produção de LH, ocorre assim a ovulação! Estrogênio Parede do.
Sistema Endócrino Principais glândulas endócrinas humanas Gônadas
*Sistema Reprodutor* Função: garantir a perpetuação da espécie, ou seja, não deixar a espécie entrar em extinção. Temos 2 tipos: Sistema reprodutor feminino.
Tumores benignos do útero
Reprodução Prof. Murilo Ferreira.
Cefaléias na infância e adolescência Aline Sacomano Arsie.
Terminologia Ginecológica e Obstétrica
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM ENXAQUECA
Endometriose. Introdução Glândulas e estroma endometrial fora da cavidade uterina Podem ocorrer → pelve, peritônio, diafragma,intestino e também na cavidade.
Transcrição da apresentação:

Maria Bethânia da Costa Chein Dismenorréia Maria Bethânia da Costa Chein

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Conceito Dismenorréia ou Cólica Menstrual DOR, cíclica, que ocorre durante ou precede horas a exteriorização do fluxo menstrual Acomete pelo menos 1 ciclo menstrual

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Classificação Primária e Secundária A Primária é também conhecida como essencial, intrínseca, espasmódica, congênita, funcional e idiopática

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Classificação Primária Surge 1 a 2 anos após a 1ª menstruação (menarca), apresenta etiologia controversa Faixa etária : 2ª/3ª décadas 10%: Sintomatologia Incapacitantes

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Fisiopatologia Primária Teorias Psicogênica, Miometrial, Endócrina Prostaglandinas (Pgs) Níveis aumentados naquelas com dismenorréia. Ausência de patologia orgânica, endócrina associada.

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Fisiopatologia 1ária Involução do Corpo Lúteo Progesterona Menstruação Contração Uterina Liberação de PgF2α D O R

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Classificação Secundária Patologia orgânica associada, acomete as mulheres na 3/4ª décadas Caráter progressivo Causas Endometriose/ adenomiose Malformações uterinas  Leiomiomas  Usuárias de DIU  Neoplasias/tumores ovarianos

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Classificação Secundária Patologia orgânica associada, acomete as mulheres na 3/4ª décadas Dor de caráter progressivo, tratamento medicamentoso vai perdendo a eficácia Causas Endometriose/ adenomiose Malformações uterinas  Leiomiomas  Usuárias de DIU  Neoplasias/tumores ovarianos

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Endometriose Adenomiose Presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina 3ª, 4ª décadas, pode cursar com menorragia, dismenorréia, geralmente refratária a trato. clínico Área heterogênea, difusa, nodular em US, com aumento de volume mometrial – baixa sensibilidade Diagnóstico é histopatológico Tratamento definitivo é a histerectomia

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Endometriose Adenomiose Sítios de Envolvimento Ovários Fundo de saco posterior Fundo de saco anterior Ligamentos largo e utero-sacro Trompas

Focos de endometriose v

Leiomiomas

SUBMUCOSO SUBSEROSO Foto cedida pelo Dr. Luiz Gustavo Brito

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Diagnóstico Primária ou Secundária ? Anamnese Exame Físico Exames Complementar Imagem Laboratorial: CA 125

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Anamnese Caracterizar o surgimento da dor com o aparecimento do fluxo menstrual Caso a dor já exista antes do surgimento da menstruação e com ela, sua intensidade fica maior, deve provavelmente tratar-se de Dismenorréia Secundária.

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Quadro Clínico Primária Dor Cólica ("vai e volta“, "em ondas")  relação c/ ciclo menstrual Intensidade variada, sem caráter evolutivo Não se repete necessariamente todos mês Hipogástrio, podendo irradiar-se para a região lombo-sacral

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Quadro Clínico Muitas vezes pode estar acompanhada de: Vertigem Diarréia Cefaléia Na secundária a dor é dependente de sua causa básica

Ajudam a descobrir: 1ária ou 2ária Dismenorréia ou Cólica Menstrual Exames Complementares Ultra-Sonografia Transvaginal ou Pélvica Laparoscopia Excluem patologias orgânicas Ajudam a descobrir: 1ária ou 2ária

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Tratamento Primária Clínico Prática de atividade física Uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINH)  inibir a síntese de Pgs - Deve ser ingerido antes da DOR ou logo no seu início, devendo ser REPETIDO em intervalos regulares, para evitar a síntese de Pgs. As células endoteliais também possuem essa via do metabolismo do ácido aracdônico, entretanto, as células preferencialmente convertem endoperóxidos cíclicos em prostaciclina (PGI2), um importante inibidor da agregação plaquetária.

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Tratamento Primária AINH Ác. Mefenâmico: 500mg 3 x dia Ibuprofeno: 400mg 4 x dia Naproxeno sódico: 275 mg 4 x dia Nimesulide: 100mg 1 x dia Diclofenacos: 50 mg 3 x dia Meloxican: 7,5 ou 15mg /dia Uma prostaglandina é qualquer membro do grupo de componentes dos lipídeos que são derivados enzimaticamente dos ácidos graxos e têm importantes funções no organismo de um animal. Toda prostaglandina contém 20 átomos de carbono, incluindo um anel de 5 carbonos. Elas são mediadoras e possuem uma série de fortes efeitos fisiológicos; embora tecnicamente sejam hormônios, elas raramente são classificadas como tais. As prostaglandinas, juntamente com os tromboxanos e as prostaciclinas formam a classe dos prostanóides, derivados de ácidos graxos; a classe dos prostanóides é uma sub-classe dos eicosanóides. ETMOLOGIA O nome prostaglandina deriva de próstata. Quando as prostaglandinas foram isoladas pela primeira vez do sêmen em 1935 pelo fisiologista sueco Ulf von Euler, acreditava-se que fazia parte das secreções da próstata (na realidade as prostaglandinas são produzidas pelas vesículas seminais; posteriormente foi demonstrado que muitos outros tecidos secretam prostaglandinas por diferentes razões. Em 1971 descobriu-se que drogas que continham o ácido acetilsalicílico (como a aspirina) inibiam a síntese de prostaglandinas. SÍNTESE Síntese das prostaglandinas São sintetizadas a partir do ácido araquidônico por ação de diferentes enzimas como a ciclooxigenase (COX), lipooxigenase (LOX), o citocromo P-450, peroxidases, etc. A cicloxigenase dá origem a prostaglandinas, tromboxano A-II e prostaciclina (PGI2); a lipoxigenase dá origem aos ácidos HPETEs, HETE e a leucotrienos; o citocromo P-450 produz HETEs e hepóxidos (EETs). A via pela qual o ácido aracdônico é metabolizado a eicosanóides depende do tecido, do estímulo, da presença de indutores ou inibidores endógenos e farmacológicos, entre outros. O ácido araquidônico (AA) é um ácido graxo essencial, da família dos omega-6. O ácido araquidônico está presente nas membranas das células corporais, e é o precursor da produção de eicosanóides. É um dos ácidos graxos essenciais, que precisam ser obtidos via alimentação pela maioria dos mamíferos. As principais rotas oxidativas enzimáticas do ácido araquidônico são: Via lipooxigenase (LOX), cujos principais produtos são os leucotrienos, HETE, HPETE e as lipoxinas. Via ciclooxigenase (COX), cujos principais produtos são as prostaglandinas e os tromboxanos. Via lipooxigenase (LOX), cujos principais produtos são os leucotrienos, HETE, HPETE

Dismenorréia ou Cólica Menstrual Tratamento Primária Analgésicos Trometamina sublingual, gotas e comp. 10mg (Toragesic ®) AHO Inibir a ovulação Inibir o fluxo menstrual

Obrigada !