Positivismo Observação e Experiência. Uma reação contra aos grandes sistemas idealistas do século XIX: –Idealismo: Primazia da ideia; O homem é espírito,

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Transcrição da apresentação:

Positivismo Observação e Experiência

Uma reação contra aos grandes sistemas idealistas do século XIX: –Idealismo: Primazia da ideia; O homem é espírito, participação no espírito absoluto; Afirmação da divindade do espírito. –Positivismo: Primazia da observação; Redução do homem à natureza, consideração do homem como um produto da natureza; Redução da divindade a ilusão pueril.

Teses Positivistas: Uma preparação científica é a base indispensável da filosofia; É preciso eliminar da filosofia toda consideração metafísica e teológica; A filosofia é a base de uma reforma da sociedade.

Os vários significados do termo positivo segundo Comte: Positivo significa: –Relativo –Orgânico –Preciso x vago –Certo x incerto –Útil –Real Reunir os resultados das ciências Positivo se opõe a ‘quimérico’ e exclui o Misterioso, isto é, exclui toda explicação Que recorre a princípios não controláveis Na experiência.

Os ideólogos franceses (século XVIII e XIX) Ideologia diferente de Marx: –“Ideologia significa estudo da gênese das ideias”; Ideologia é o estudo da gênese das ideias, que, para os positivistas, deve ser conduzido segundo a metodologia que vai a fonte, isto é, a realidade.

Relações entre consciência e corpo “Não é possível partir da sensação como um primum, mas é preciso buscar a origem das sensações (e portanto da vida consciente)na estrutura e no funcionamento do organismo humano”. –A fisiologia explica toda a vida consciente: A moral se reduz ao physique. O sistema cerebral é o órgão do pensamento e da vontade. Cabanis,

Observação: Dos animais-máquinas de Descartes passamos ao homem-máquina de Cabanis; O princípio vital não é uma força alheia à matéria: é o próprio resultado da organização da matéria.

“A vida se exprime no sentir” ‘Du moment que nous sentons, nous sommes’ O que é a sensibilidade? –“Sentir não significa apenas ter sensações, significa também atividade psicoafetiva e volitiva do homem, uma atividade que, como a cognitiva, é elaborada pelo cérebro, o qual, segundo a famosa comparação, segrega o pensamento assim como o estômago segrega os sucos gástricos”.

Os positivistas e psicologia x ideologia A “ciência” do homem é o ponto central: –Ex: o que faz o homem ter “ciência” de si mesmo? Psicologia: –Termo incorreto: psicologia é ciência da alma Ideologia: –Termo correto: ideologia é ciência das ideias: ciência que resulta da análise das sensações.

Conclusão: “A explicação última do conhecimento é dada (...) pela fisiologia, que é a ciência primeira e a introdução a todas as outras (...)”. Porém, podemos perguntar: –Qual a ciência primeira: Fisiologia? Ideologia?

A existência de corpos externos De Descartes a Kant (seu legado): –O objeto imediato do conhecimento são as ideias (reduzidas por Condillac a sensações) e não as coisas; Como chegar a conhecer a existência de corpos externos? –Condillac afirma que o tato tem capacidade de nos dar a conhecer corpos externos ao nosso –Ou seria o tato aquele que apenas atesta a modificação do sujeito senciente?

Busca superar a questão Tracy, afirma ele (capacidade de mover-se) Ao realizar um movimento perceberemos (...) uma sensação composta pela: Sensação de movimento Por aquela de resistência ao movimento Sensação dupla e condição para poder Instituir um juízo, um juízo de existência.

Nova tentativa de Tracy: Atribui ao esforço, à vontade, a descoberta do outro: –O outro é aquilo que resiste ao meu esforço –Esforço aqui está intimamente ligado à própria sensação, a qual não é apenas conhecimento, mas também afetividade, pulsão,e, assim como a sensação, o effort é de natureza orgânico-material.

Afirma Tracy a favor do materialismo: “ Extrapolando de todo tipo de conhecimento as condições do conhecimento humano (...) um ente imaterial não poderia conhecer nenhum objeto: um ente completamente imaterial e sem órgãos, se é que existiriam (coisa que não podemos saber), não poderia conhecer senão a si mesmo e suas modificações e sequer poderia suspeitar da existência da matéria e dos corpos ”.

Conclusão: “A materialidade, longe de constituir obstáculo para o conhecimento, é a condição do conhecimento”.