ESTUDO DAS DOENÇAS CÉZAR DA SILVA

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Transcrição da apresentação:

ESTUDO DAS DOENÇAS CÉZAR DA SILVA FITOPATOLOGIA ESTUDO DAS DOENÇAS CÉZAR DA SILVA

CONCEITO E HISTÓRIA DA FITOPATOLOGIA Fitopatologia é uma palavra de origem grega (phyton = planta, pathos = doença e logos = estudo) A CIÊNCIA QUE ESTUDA: Os organismos e as condições ambientais que causam doenças em plantas; Os mecanismos pelos quais esses fatores produzem doenças em plantas; A interação entre agentes causando doenças e a planta doente; Os métodos de prevenção ou controle de doenças, visando diminuir os danos causadas por estas.

HISTORIA DA FITOPATOLOGIA Dividida em cinco fases ou períodos: Período Místico: Denominado devido ao homem, não encontrando explicação racional, atribuía as doenças de plantas. Encontram-se na Bíblia as informações mais antigas sobre doenças de plantas, atribuídas a causas místicas, apresentadas como castigos divinos.

Período da Predisposição: Inicia-se no começo do século XIX, quando tornou-se evidente a associação entre fungos e plantas doentes. O suíço Prevost, em 1807, na Franca, publica o seu trabalho que mostra ser Tillettia caries o agente causal da cárie do trigo, confirmando assim as idéias de Tillet.

Dentro desse espírito, um botânico alemão Unger, em 1833, apresentou sua teoria pela qual as doenças seriam o resultado de distúrbios funcionais provenientes de desordens nutricionais que predispunham os tecidos da planta a produzirem fungos.

Período Etiológico: Em 1853, De Bary propôs serem as doenças de plantas de natureza parasitária provando cientificamente que o fungo Phytophthora infestans era o agente causal da requeima da batata. Em 1860, Pasteur destrói a teoria da geração espontânea, iniciando o período áureo da Microbiologia. As técnicas de esterilização, isolamento e purificação de microrganismos utilizadas por Pasteur favoreceram, em muito, as pesquisas fitopatológicas.

Em 1870, o alemão Draenert constatou no Nordeste do Brasil a primeira bacteriose de planta, conhecida como gomose da cana-de-açúcar.

Mayer, em 1886, publicou: doença do fumo que ele chamou de "mosaico“ vírus. Descobriu-o que quando macerava o tecido de uma folha doente e injetava o suco na folha sadia, a planta mostrava sintomas típicos da doença 10 dias após a inoculação.

Com relação aos nematóides, Berkeley, em 1855, descobriu que as galhas existentes nas raízes de plantas de pepino eram causadas por estes organismos. O gênero foi revalidado em 1949 por Chitwood, para conter as espécies formadoras de galhas.

Atualmente, sabe-se da existência de complexos de doenças formados pela presença de nematóides fitoparasitas em combinação com fungos, bactérias, vírus e outros nematóides. Ainda no período etiológico, foi formulado o primeiro fungicida eficiente no controle das doenças de plantas, a calda bordalesa, por Millardet, na França, em 1882.

Período Ecológico: Em 1874, Sorauer teve o mérito de separar as doenças parasitárias das não parasitárias ou fisiológicas em seu livro "Handbook of Plant Diseases“. Doença parasitária passou a ser entendida como resultante da interação hospedeiro-patógeno-ambiente (fatores ecológicos sobre as doenças de plantas).

No período ecológico foram iniciados os estudos sobre epidemiologia, sobrevivência do patógeno, disseminação, penetração, colonização, condições predisponentes.

Período Fisiológico: De 1940 a 1950 foram conduzidas pesquisas básicas sobre fisiologia de fungos e das plantas e, com a evolução da Fisiologia, da Microbiologia e da Bioquímica, surgiram novas teorias sobre a relação planta x patógeno e a sua resultante - a doença. As doenças de plantas passam a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre hospedeiro e patógeno, como um processo dinâmico no qual ambos se influenciam mutuamente. (GENÉTICA)

CONCEITO E IMPORTÂNCIA DAS DOENÇAS DE PLANTAS A doença é o tema central da Fitopatologia. Como definir doença; Como estabelecer limites entre: normal ou sadio; O que é anormal ou doente, como separar doença de uma simples injúria física ou química; Como separar doença de praga ou de outros fatores que afetam negativamente o desenvolvimento das plantas; Como aceitar que fatores do ambiente, como falta d’água, possam causar doença.

Os agentes de natureza infecciosa incluem fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus e viróides, nematóides, protozoários e plantas parasitas superiores. PODEM CAUSAR DOENÇAS EM PLANTAS: a) Enfraquece o hospedeiro por absorção contínua de nutrientes da célula hospedeira para seu uso; b) Causa distúrbios no metabolismo da célula hospedeira através de toxinas, substâncias reguladoras de crescimento por eles secretados; c) Bloqueando o transporte de alimentos, nutrientes minerais e água através de tecidos condutores; d) Consumindo o conteúdo da célula dos hospedeiro mediante contato.

FERRUGEM ASIÁTICA MAL DO PANAMÁ

Dentre as causas de natureza não infecciosa destacam-se as condições desfavoráveis do ambiente (temperatura excessivamente baixa ou alta, deficiência ou excesso de umidade, deficiência ou excesso de luz, deficiência de oxigênio, poluição do ar), as deficiências e/ou desequilíbrios nutricionais e o efeito de fatores químicos.

A representação clássica dos fatores que interagem para ocorrência de doenças em plantas é o triângulo, onde cada vértice representa um desses fatores (agente causal = patógeno; planta suscetível = hospedeiro; ambiente favorável = ambiente)

Figura 1. Representação clássica dos fatores que interagem para a ocorrência de doenças em plantas.

TIPOLOGIA DE DANOS Doenças de plantas podem limitar os tipos ou variedades de plantas que podem desenvolver em determinada área geográfica; Doenças de plantas reduzem a quantidade e a qualidade dos produtos vegetais; Doenças de plantas podem tornar as plantas venenosas ao homem e animais; Doenças de plantas podem causar perdas econômicas; Doenças de plantas podem levar a custos inaceitáveis de controle.

DANO POTENCIAL se refere ao dano que pode ocorrer na ausência de medidas de controle; DANO REAL se refere ao dano que já ocorreu ou que ainda está ocorrendo e divide-se em dois grupos: Danos indiretos compreendem os efeitos econômicos e sociais das doenças de plantas, ocasionando danos ao produtor, a comunidade rural, ao consumidor, ao Estado e ambiente.

Danos diretos incidem na quantidade ou qualidade dos produtos ou na capacidade futura de produção, dividindo-se em dois grupos: Danos primários são os danos de pré e pós-colheita de produtos vegetais devidos às doenças. Esses danos podem ser na quantidade ou na qualidade do produto. Danos secundários são os danos na capacidade futura de produção causadas pelas doenças, sendo comuns quando o patógeno é veiculado pelo solo ou disseminado por órgãos de propagação vegetativa de seu hospedeiro.

EPIDEMIAS FAMOSAS MUNDIAIS Requeima da batata Míldio da videira Helmintosporiose do arroz Helmitosporiose do milho

NO BRASIL Mosaico da cana-de-açúcar Complexo de doenças dos citros Murcha do algodoeiro Mal do Panamá Ferrugem do cafeeiro Mal das folhas da seringueira Vassoura-de-bruxa do cacaueiro

Obrigado