Epilepsias Gustavo Ganne.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CONVULSÃO EM ADULTOS - SBV
Advertisements

Epilepsias e Crises Epilépticas
Convulsão em adulto - SBV
EPILEPSIA Francisco M. Meneses.
Epilepsia.
CONFERÊNCIA Dr.Antonio Jesus Viana de Pinho
Convulsões na Emergência Pediátrica
autismo infantil e epilepsia
Epilepsia Marcel levy Lopes H. Nogueira Universidade federal do Ceará
Anticonvulsivantes Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Encefalomielite Disseminada Aguda
EVENTOS PAROXÍSTICOS NÃO EPILÉPTICOS vs EPILEPSIA
DROGAS ANTI-EPILÉTICAS
Mirella Almeida de Oliveira 4° ano medicina
EPILEPSIA Renata de Moraes Trinca 4ª ano Medicina FAMEMA – Estágio Ambulatório de Neurologia – Dr. Milton Marchioli 26/03/2012.
Epilepticus sic curabitur
Mecanismos de Ação Anticonvulsivantes Lucas de Moraes Soler.
Seminário de Neurologia
Bernardo e Felipe Ambulatório de Neurologia Dr
Carlos Augusto Cerati de Moraes 4 ano Medicina - FAMEMA
EPILEPSIA BERNARDO E FELIPE
Sociedade Científica de Neurologia SOCINEURO FAMEMA
SEMIOLOGIA DAS CRISES EPILEPTICAS
André Campiolo Boin 4º ano Medicina - FAMEMA
Epilepsia Ambulatório de Neurologia Orientação: Dr.Milton Marchioli
EPILEPSIA e CRISES CONVULSIVAS
Amanda Virtuoso Jacques
Mark William Lopes Epilepsia: uma abordagem clínica e científica.
Natalia Philadelpho Azevedo 9⁰ período
EPILEPSIA Consulta de Epilepsia / UMES Serviço de Neurologia dos HUC
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA
SÍNDROMES VESTIBULARES
Transtorno ou doença mental
Caso clínico de Neurologia
A palavra epilepsia deriva do grego epileptos e
Como orientar um paciente que entra com convulsão no PS?
Convulsão Febril e Epilepsia
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
Primary care: Clinics in office practice. 31(2004)
Epilepsia: o essencial para o clínico em 2009
Felipe Sanches Paro Ambulatório de Neurologia Dr
Apresentação: Ana Catarina M. F. de Araújo R1 – Pediatria – HRAS
CRISE FEBRIL Por Manuela Costa de Oliveira
Hipersonia recorrente ( Kleine-Levin)
Caso clínico: Epilepsia
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
CONVULSÃO FEBRIL Isadora Juncal – Internato de pediatria
Crise Convulsiva Febril
Paralisia cerebral Discinética 2006
Causas das convulsões Danos perinatais ou no nascimento
CASOS CLINICOS – NEUROLOGIA
Transtorno Bipolar – Aspectos do Diagnóstico e Tratamento
FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS
FÁRMACOS ANTIEPILÉTICOS
Cefaléias para o Clínico
EPILEPSIA Prof. Mauricio Borja Dep. Pediatria – UFRN
Convulsão Febril Apresentação: Larissa Radd Coordenação: Dra
Neurologia 2009 Leonardo José de M Araújo
Hamilton Luís Sena Lima
Transtornos Dissociativos
BIZU!!!! PADRÃO TEMPORAL DA CEFALÉIA Cefaléia aguda emergente Cefaléia crônica recorrente Cefaléia crônica recorrente com mudança do padrão.
VIVÊNCIAS PSICOPATOLÓGICAS
EPILEPSIA. CAUSAS DAS CONVULSÕES CLASSIFICAÇÃO- PARCIAIS DESCARGA LOCALIZADA PARCIAIS SIMPLES (consciência não afetada) - com sinais motores - com.
PRIMEIROS SOCORROS NA CONVULSÃO
De crise convulsiva a quadro vegetativo: a rápida evolução de um caso de Panencefalite Esclerosante Subaguda Pós Sarampo (SSPE) em criança de 12 anos Introdução:
Medicão da actividade eléctrica cortical
Epilepsia na Infância Beatriz Zavanella Cristiane Andressa dos Santos
Alunos:Eduardo F. Sovrani, Luvas Ev, Mario Schepainski Junior.
ANTIEPILÉPTICOS A epilepsia afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, não tem cura e normalmente é controlada com medicamentos e cirurgias em.
Transcrição da apresentação:

Epilepsias Gustavo Ganne

Conceito Epilepsia: Conjunto de doenças que cursam com crises epiléticas recorrentes sem relação com condições tóxicometabólicas ou febris. Crise epiléptica: Descarga elétrica anormal excessiva e transitória das células nervosas, resultantes da movimentação iônica através da membrana celular

Epidemiologia 5% da humanidade terá uma crise epiléptica durante a vida Epilepsia: Prevalência de 2% em países em desenvolvimento e de 1% em países desenvolvidos Incidência bimodal: Infância e 55 a 75 anos.

Fisiopatologia Descargas anormais síncronas de uma rede de neurônios Membranas neuronais anormais/desequilíbrio entre excitação e inibição Epilepsia distúrbio de redes neuronais

Crises epilépticas Parcial simples: Sem alteração da consciência, podem haver sintomas sensoriais, autonômicos ou psicoilusórios. Fenômenos motores: abalos clônicos, crises tônicas focais. Com ou sem paresia de membro afetado no estado pós-ictal

Parcial complexa: Alteração da consciência: não responsividade, olhar distante. Automatismos oroalimentares (mastigar, estalar os lábios e engoli) Perseveração Estado pós ictal: Confusão e desorientação

Ausência (pequeno mal) Lapsos curtos e sucessivos da consciência (< 10s) Pode ocorrer diversas vezes ao dia

Crise tônico-clônico generalizada (Grande mal): Perda da consciência Fase tônica seguida de fase clônica Salivação e liberação esfíncteriana Duração < 90s Estado pós-ictal com letargia e confusão mental

Crise mioclônica: Abalos clônicos bilaterais e simétricos Sem perda da consciência

Crise atônica: Atonia súbita de todo o corpo levando à queda Consciência é preservada

Síndromes epilépticas Epilepsia secundária Convulsões febris Epilepsia parcial benigna da infância: 4 a 13 anos, crises parciais simples durante o dia e TCG durante a noite. Desaparecimento dos sintomas após a fase aguda.

Pequeno mal epiléptico: 4 a 12 anos. Crises de ausência Pequeno mal epiléptico: 4 a 12 anos. Crises de ausência. Está associada ao Grande Mal Epiléptico em 30 a 50% dos casos. Grande Mal Epiléptico: 10% dos casos, crises TCG não precedidas por crises parciais

Epilepsia Mioclônica Juvenil: 7% dos casos, incidência dos 8 aos 20 anos. Crises mioclônicas pela manhã que frequentemente evoluem para uma crise tônico-clônica generalizada. Epilepsia do Lobo temporal: Sd. Epiléptica mais comum do adulto (40% dos casos). Crises parciais complexas recorrentes. Alguns pacientes podem apresentar amnésia anterógrada crônica e distúrbios da personalidade. Esclerose hipocampal é o marco da doença

Sd. Lennox-Gestaut: Crises mistas associadas ao retardo mental e encefalopatias infantis pós anóxia. Sd. West: Espasmos Infantis

Diagnóstico Anamnese: Foco em início e tipo da crise EEG: Confirma diagnóstico, classifica síndromes e crises, monitora evolução Neuroimagem: detecta tumores e alterações anatômicas como atrofia hipocampal

Tratamento medicamentoso Pequeno mal epiléptico: Etossuximida ou valproato Pequeno mal + Grande mal: Valproato Grande mal: Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato Parcial simples ou complexa: Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato Parcial com generalização secundária: Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina ou valproato Mioclônica Juvenil: Valproato que pode ser associado ao clonazepam

Falha no tratamento medicamentoso 25 a 30% dos pacintes são refratários ao tratamento medicamentoso Amígdalo-hipocampectomia, lobectomia temporal anterior Dieta cetogênica: Epilepsias refratárias da infância Estimulação do nervo vago pode reduzir frequencia das crises em pacientes sem indicação cirúrgica