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BREVE HISTÓRICO DOS ESTUDOS SEMÂNTICOS: APONTAMENTOS SOBRE O NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE UMA DISCIPLINA Marina Célia Mendonça.

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1 BREVE HISTÓRICO DOS ESTUDOS SEMÂNTICOS: APONTAMENTOS SOBRE O NASCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE UMA DISCIPLINA Marina Célia Mendonça

2 PROBLEMÁTICA A partir do início da segunda metade do século XX, desenvolvimento da Semântica: semântica formal, semântica estrutural, semiótica, semântica argumentativa, semântica cognitiva, semântica discursiva... Delimitação de fronteiras: semântica, pragmática e análise do discurso. de uma disciplina nas bordas, chegamos a uma disciplina sem bordas.

3 OBJETIVO farei breves recortes históricos dos rumos que os estudos semânticos ganharam no século XX e suas repercussões no Brasil

4 UMA VERSÃO DO NASCIMENTO DA DISCIPLINA
autor a quem se atribui a “paternidade” da disciplina Semântica: Michel Bréal. Na Introdução a Essai de Sémantique: science des significations (1897), o autor reclama um lugar de pesquisa, na lingüística, do estudo do significado da linguagem (ler trecho).  Semântica: “ciência das significações”, em oposição “à fonética, a ciência dos sons” (BRÉAL, 1992, p. 20).

5 SEMÂNTICA E FILOSOFIA No final do século XIX e início do XX: Filosofia Analítica (um dos seus maiores representantes: Frege). O lógico alemão Frege contribuiu com o desenvolvimento da Semântica Formal. Para esse filósofo, à Semântica cabe somente o estudo objetivo do significado, a objetividade seria garantida pela uniformidade de assentimento entre os membros de um grupo social – não cabe a ela o estudo das representações individuais que uma dada palavra pode provocar.

6 SEMÂNTICA LÓGICA Segundo Pires de Oliveira (2001), Frege “nos legou pelo menos duas grandes contribuições: a distinção entre sentido e referência e o conceito de quantificador” (p. 20). Na Semântica Formal, é importante a relação entre linguagem e mundo: “o significado é um termo complexo que se compõe de duas partes, o sentido e a referência” (Pires de Oliveira, 2001, p. 18). SIGNIFICADO = SENTIDO + REFERÊNCIA

7 SEMÂNTICA LÓGICA O sentido, em Frege, é o que nos permite chegar a uma referência no mundo. A referência de uma expressão é a entidade (ou as entidades), o objeto ou o indivíduo que ela aponta no mundo. Uma mesma referência pode ser recuperada por meio de vários sentidos, isso mostra a distinção entre sentido e referência em Frege: O ex-sindicalista O presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva O Lula O presidente pouco letrado... (sentidos diferentes para o mesmo referente, um sujeito no mundo) Estrela da manhã Estrela da tarde As expressões possuem a mesma denotação (ou referência, denotam o planeta Vênus), mas distinguem-se pelo sentido, seus modos de apresentação do objeto, pelas descrições que tornam possível o próprio ato de referência.

8 SEMÂNTICA LÓGICA No caso de uma sentença, sua referência é seu valor de verdade. Já o sentido de uma expressão é o modo como apresentamos esse objeto, o caminho pelo qual chegamos a ele (Muller, Viotti, 2003, p. 144) De acordo com Pires de Oliveira, os outros modelos de análise semântica nascem, de forma geral, tendo como o grande inimigo a combater o modelo lógico de análise lingüística.

9 SAUSSURE – TRADIÇÃO ESTRUTURALISTA
Em Saussure, o signo linguístico é uma entidade de natureza dupla e o significado não possui relação com o referente. O significado na lingüística saussuriana é uma noção exclusivamente opositiva, relativa e negativa (conceito de valor). Os conceitos que constituem os significados são, como diz Saussure, puramente diferenciais e definidos negativamente por suas relações com os outros termos do sistema (o significado é um conjunto de traços distintivos). Não é preciso remeter à realidade extralingüística para descobrir as regras do sistema, que se organiza de forma relacional e binária.

10 SEMÂNTICA ESTRUTURAL - Hjelmslev
A concepção de signo de Saussure influencia Hjelmslev, que propõe uma análise componencial do sentido, entendida como uma abordagem estrutural da semântica. O objetivo da semântica estrutural, em Hjelmslev, é “o estabelecimento, de um ponto de vista imanente, ou seja, sem recorrer a nenhuma classificação extralingüística, de categorias semânticas responsáveis, numa língua ou num estado de língua, pela criação de significados. (...) a totalidade que a semântica estrutural pretendia descrever era o léxico das línguas.” (FIORIN, 2007, p. 71 – Enunciação e semiótica – In Letras n. 33, Émile Benveniste: Interfaces – Enunciação e discursos. UFSM, disponível em

11 SEMIÓTICA GREIMASIANA
A semântica estrutural não podia dar conta do estudo de enunciados e discursos. Dessa forma, essa semântica passa a se conceber como uma teoria do texto, visto como um todo de significação: “Visa ela, então, menos a descrever o que o texto diz, mas como o texto diz o que diz, ou seja, os mecanismos internos de agenciamento de sentido.” (FIORIN, 2007, p. 72). Dessa forma, vê-se configurar uma disciplina dedicada ao estudo do discurso: Greimas (a Semiótica greimasiana). Pires de Oliveira (1999) destaca que, no Brasil, a Semiótica (das semânticas desenvolvidas por aqui) foi a que primeiro se definiu teoricamente, na década de 1970. Busca de autonomia em relação à lingüística, formando grupos de especialidade à parte e construindo espaços institucionais próprios: periódicos, núcleos de estudos etc. Entretanto, tem presença marcante em publicações dos últimos encontros de Lingüística no país, o que atesta sua atuação no interior dessa ciência.

12 SEMÂNTICA ENUNCIATIVA - BENVENISTE
Herdeiras das idéias de Saussure também são a Semântica Enunciativa (como proposta por Benveniste) e a Semântica Argumentativa (segundo modelo de análise proposto por Ducrot). Ambos partem do princípio de que encontramos, no enunciado, as marcas da enunciação. Para Benveniste, “(...) a semântica resulta de uma atividade do locutor que coloca a língua em ação.” Em conferência na década de 1960, o autor ainda busca na lingüística um espaço para estudar a enunciação, é nesse momento que o autor propõe chamar de semânticos os estudos que se centram nessa instância. Credita-se também ao autor a introdução, na lingüística, dos problemas da subjetividade realizada na e pela linguagem, o que influenciará vários estudos posteriores no interior da semântica e da análise do discurso.

13 SEMÂNTICA ARGUMENTATIVA – OSWALD DUCROT
Ducrot tem uma trajetória de reflexão não-linear: da relação “contratual” com os filósofos da Filosofia da Linguagem Ordinária (Austin e Searle, por exemplo), passa a pensar a argumentatividade da língua - “A argumentação está na língua” - em caminho bastante particular (ler trechos das apresentações dele em Provar e dizer e em O dizer e o dito)

14 SEMÂNTICA NO BRASIL No Brasil, paralelamente à Semântica Estrutural e à Semântica Formal, segundo Pires de Oliveira (1990), desenvolveram-se, a partir de década de 1970, duas outras tendências: a Semântica Argumentativa, “cujo momento fundador é a publicação da tese de Carlos Vogt em 1977 e a abordagem funcional ainda não claramente um modelo semântico, mas uma maneira de descrever o significado, difusamente presente na lingüística.” (p. 297) Essa abordagem funcional dará origem à Semântica Cognitiva. Esse quadro da Semântica no Brasil não é homogêneo (esfacelamento em diversas tendências).   A profusão de modelos, se nos fiarmos na valorização da heterogeneidade e da diferença, não deveria ser algo negativo, mas enriquecedor.


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