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Introdução à Psicopedagogia. EDUCAÇÃOSAÚDE Pedagogia, Didática, Teorias do desenvolvimento Psicanálise, Psicologia, Neurologia PSICOPEDAGOGIA.

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1 Introdução à Psicopedagogia

2 EDUCAÇÃOSAÚDE Pedagogia, Didática, Teorias do desenvolvimento Psicanálise, Psicologia, Neurologia PSICOPEDAGOGIA

3  Ciência aplicada que integra princípios e conhecimentos de outras ciências para obter uma compreensão do processo de aprendizagem humana e de suas alterações;  Integra conhecimentos da pedagogia, psicologia, sociologia, psicolingüística, neuropsicologia, entre outras. (Sonia A. Fonseca)  No Brasil: 1º curso no Instituto Sedes Sapientiae/SP, 1979.

4 Educação O que é educação? Educação para que? Educação para quem? (Texto do livro o que é educação?)

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8 Não há uma forma única de educação. A educação não é unicamente fornecida pela escola. Educação pode ser entendida como uma herança cultural

9 Ensino Formal O ensino formal acontece quando a educação se sujeita à pedagogia (ciência da educação) A pedagogia cria situações para o exercício da educação, cria regras, tempos e executores especializados. Aparecem: PROFESSOR E O ALUNO

10 Instrução e ensino Instrução- se refere ao processo e o resultado da assimilação sólida de conhecimentos sistematizados e ao desenvolvimento de capacidades cognitivas Ensino – consiste no planejamento, organização, direção e avaliação da atividade didática concretizando as tarefas da instrução

11 O ensino conta com os seguintes elementos: Currículo – expressa os conteúdos da instrução nos componentes curriculares em cada estágio do processo de ensino. Metodologia – compreende o estudo dos métodos e o conjunto dos procedimentos de investigação de cada ciência que não suporte aos métodos de ensino

12 A finalidade do processo de ensino aprendizagem na escola é fazer com que os alunos assimilem ativamente os conhecimentos A natureza do trabalho docente é a MEDIAÇÃO entre aluno e conhecimento

13 Desenvolvimento histórico da didática e tendências pedagógicas Um estudo sistemático da didática só surge no século XVII. A teoria didática só aparece quando é escrita a obra “didática magna” de pastor protestante João Amós Comênio (1592-1670)

14 João Amós Comênio (1592-1670) Foi o primeiro a criar regras de difusão dos conhecimentos A didática de Comênio tinha os seguintes princípios: ▫A educação serve para a felicidade eterna com Deus ▫Todos merecem a moral e o saber ▫Os homens devem ser educados de acordo com seu desenvolvimento natural (idade e capacidade) ▫Método intuitivo (primeiro as coisas depois as palavras)

15 Com o crescimento da burguesia e o enfraquecimento da igreja houve a necessidade de haver um ensino mais prático e ligado as exigências do mercado e interesses particulares.

16 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) Concepção nova de ensino Ensino voltado para as necessidades imediatas do aluno. Ideias principais Ensino voltado para as necessidades imediatas da criança Despertar nela o gosto pelo estudo Os verdadeiros professores são: a natureza, a experiência e o sentimento. Educação é um processo natural As crianças tem uma tendência para se desenvolverem

17 J. Henrique Pestalozzi (1746-1827) Foi quem colocou em prática as ideias de Rousseau Trabalhou com crianças pobres Cultivo do sentimento e do caráter Psicologia como fonte do ensino

18 HERBART (1766-1841) Comênio, Rousseau e Pestalozzi influenciaram muitos pedagogos e o mais importante deles foi Herbart (1766-1841) Inspirador da pedagogia conservadora Educação deve instruir o homem para querer o bem e comandar a si mesmo Introduzir ideias concretas Professor é o arquiteto da mente (molda o aluno) Para Herbart o processo de ensino tinha que ter o seguinte método:

19 Clareza Associação Sistematização Aplicação Este sistema de Herbart influenciou a prática docente a sistematização e a orientação do trabalho didático.

20 Jonh Dewey (1859-1952) Reagiu a concepção de Herbart defendendo uma educação pela ação. A atividade escolar deve centrar- se nas ações A escola tem que se transformar num lugar de vivência das tarefas requeridas pela sociedade O aluno e o grupo passam a ser a convergência do trabalho escolar.

21 Para Dewey a escola não é uma preparação para a vida. Ela é a própria vida.

22 Estes pensadores foram a base para o surgimento de duas tendências pedagógicas DIDÁTICA TRADICIONAL DIDÁTICA RENOVADA

23 DIDÁTICA TRADICIONAL Prioriza fatores externos à educação Transmissão de verdades acumuladas pela tradição O Professor molda o aluno.

24 DIDÁTICA RENOVADA Prioriza fatores externos à educação Valoriza a criança sua iniciativa e interesses próprios

25 25 pedagogia tradicional Didática antiga Didática nova Da classe Alunos indiferenciadosAlunos diferenciados Da aula Dar e tomar lição Dar e tomar lição Orientação coletiva Orientação coletiva Sessão de estudos Sessão de estudos com experiências variadas Características Prioriza o ensino Prioriza a orientação do aprendizado

26 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM

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28 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÃO DE FREUD Método de investigação => interpretativo – busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. Prática profissional (forma de tratamento) => análise – busca o autoconhecimento ou a cura.

29 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE A descoberta do inconsciente “ Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de suas vida interior e exterior?” Resistência => força psíquica que se opõe a tornar consciente, a revelar um pensamento. Repressão=> processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma idéia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma.

30 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE A primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico. Primeira concepção sobre estrutura e o funcionamento da personalidade – três instâncias psíquicas: 1ª Tópica do aparelho psíquico de Freud (1900)

31 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE PSICANÁLISE Inconsciente => Conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência – reprimidos pela ação de censuras internas. Pré-consciente => Conteúdos acessíveis à consciência. Consciente => Recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior (percepção, atenção e raciocínio) e as do interior.

32 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE PSICANÁLISE A segunda teoria do aparelho psíquico. Em 1920, Freud propôs um aperfeiçoamento de sua primeira teoria, incluindo processos dinâmicos da mente: o id, o ego e o superego. Introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade.

33 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE 2ª Tópica do aparelho psíquico de Freud (1920) ID => É regido pelo princípio do prazer Ego => É regido pelo princípio da realidade Estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, da realidade e as “ordens” do suprego. Superego => Origina-se a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. É um depositário das normas e princípios morais do grupo social a que o indivíduo se vincula.

34 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD OBS: As pulsões reprimidas, pelo superego, constituem uma região chamada inconsciente. Mecanismos de desefa: Processo psiquico cuja a finalidade é afastar um evento gerador de angústia da percepção consciente. Repressão => Impede que pensamentos dolorosos ou perigosos cheguem à consciência. É o principal mecanismo de defesa, do qual derivam os demais.

35 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD Negação ou negação da realidade =>Não percebemos aspectos que nos magoariam ou que seriam perigosos para nós. Por exemplo: se um filho começa a apresentar características homossexuais, o pai pode demorar a percebê-las, ou não as perceber. Projeção => Projetamos no mundo externo características daquilo que não pode­mos ver em nós.

36 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE Por exemplo: uma mãe que não cuida adequadamente dos filhos, acarretando-lhes vários problemas, poderá projetar a culpa em todas as situações que envolvem a criança.  se o filho vai mal na escola é porque a professora é ineficiente;  se o filho vive doente é porque os amigos são doentes e o contaminam;

37 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE SEXUALIDADE E LIBIDO O conceito de libido  A libido é uma energia de natureza sexual, componente do id, presente no ser humano desde o nascimento, e é ela que impulsiona a pessoa em busca de satisfação.  A libido é, portanto, uma energia voltada para a obtenção de prazer. O prazer, para Freud, é a motivação maior de todos nós, pois o que dita a vida humana é o "princípio do prazer". Mas esse princípio é interditado pelo superego.

38 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD - SEXUALIDADE E LIBIDO A teoria do desenvolvimento psicossexual A libido é uma energia e, como tal, necessita localizar-se em uma região do corpo, pela qual consegue obter satisfação. Fase oral Quando a sexualidade é vivenciada na relação que a criança estabelece, por intermédio da boca, com o mundo que a cerca.

39 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD - SEXUALIDADE E LIBIDO Fase anal A libido, então, desloca-se para essa região. As vivências dessa fase associam-se a noções de disciplina, gerando maior ou menor senso de organização e método. Fase fálica Zona Erógena: Genitais. A masturbação torna-se freqüente e normal. Maior interesse e preocupação com a diferença sexual entre meninos e meninas.

40 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE Modalidade desta fase: Fantasia fálica.  A menina não tem pênis porque perdeu e o menino pode vir a perder.  No menino esta ameaça de perda de seu objeto fálico origina um temor: o temor de castração.

41 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE COMPLEXO DE ÉDIPO: A mãe é o objeto de desejo do menino e o pai é rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele procura então assemelhar-se ao pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade Esta introjeção da lei dá origem à formação do superego, herdeiro direto do complexo de Édipo.

42 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE COMPLEXO DE ÉDIPO OBS: o que faz o menino sair do complexo de Édipo é o temor da castração; o que faz a menina entrar é complexo de castração. Latência da libido  Esta é uma fase da vida em que não há localização fisica da libido.  A libido está energizando atividades que vinculam o corpo e a mente da criança ao ambiente que a cerca.  É quando os jogos, as brincadeiras, os esportes e as atividades escolares passam a desempenhar papel mais relevante na vida infantil.

43 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE Fase genital  Podem eclodir sintomas neuróticos, fato comum nessa idade.  A aversão às autoridades é outra ocorrência que chama a atenção nessa etapa da vida e que diz respeito à relação do adolescente com a escola.  O professor, simulacro da figura paterna, passa a ser o alvo de representações transferencias, usualmente negativas.

44 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD - COMPLEXO DE ÉDIPO: A origem das neuroses As pulsões continuam a pressionar o superego para chegar ao nível consciente. Fica estabelecido o conflito entre o desejo (Id) e a proibição (Superego). Nesse processo Freud viu a origem de alguns fenômenos da vida psíquica, como os sonhos, os atos falhos, a sublimação e as neuroses.

45 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE CONTRIBUIÇÕES DE FREUD - COMPLEXO DE ÉDIPO: Sonho O sonho nada mais é do que um resultado da luta entre do id e o superego. Atos falhos Lapsos linguísticos ou de escrita. O caso mais banal é aquele em que um palestrante inicia seu discurso dizendo: "Bem, vamos encerrar esta sessão...“ Neurose uma angústia indefinida, um pensamento ou um ato recorrente - encontra-se no inconsciente, região inacessível ao ego.

46 Principais Teorias do Desenvolvimento Humano - AULA 2 PSICOLOGIA NA SAÚDE

47 JEAN PIAGET Piaget nasceu em 1896, na Suiça; Obteve o grau de bacharel em Ciências Naturais e doutorou- se em Filosofia. Estudou Psicologia em Zürich e desenvolveu uma vasta investigação no campo de epistemologia Mais de 70 livros e 200 artigos – obras consistentes. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 47

48 A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET E A APRENDIZAGEM Definições Iniciais: Epistemologia= episteme, palavra de origem grega, que tem como significado o tero "conhecimento". Em latim significa cognitio que é o conhecimento. Algo que pode ser conhecido é cognoscível. Neste caso, a faculdade ou a capacidade de conhecer. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 48

49 Jean Piaget Fundou na década de 50, em Genebra, um centro de referência sobre o processo de conhecimento. Sua abordagem teórica recebeu o nome de Epistemologia Genética, sendo o primeiro termo referente ao estudo do conhecimento (científico) e o segundo ao estudo dos genes (maneira pela qual os organismos herdam características de seus ancestrais). Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 49

50 Piaget elegeu como pergunta central: Como é possível alcançar o conhecimento? Isto é como se passa de um conhecimento menor para um mais avançado? Para responder estudou através do método clínico, como as crianças constroem noções fundamentais de conhecimento lógico, como percebem a realidade e como compreendem e explicam os objetos e fatos. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 50

51 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO Piaget questionava: 1. As teses que afirmavam ser o conhecimento de origem inata; 2. O conhecimento ser fruto de estimulações do mundo externo, como se o conhecimento fosse uma cópia da realidade. Para Piaget conhecemos por meio de interações no ambiente - intercâmbio de trocas recíprocas sujeito-meio. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 51

52 Segundo Piaget (1991), a evolução do conhecimento e da inteligência é um processo contínuo, construído a partir da interação ativa do sujeito com o meio (físico e social), e não um processo inato. Ainda estendeu essa visão acerca da evolução do intelecto à compreensão da consciência moral do sujeito. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 52

53 O desenvolvimento humano passa por estágios sucessivos de organização do campo cognitivo e afetivo, esses estágios são descritos por Piaget como: o sensório-motor, o pré-operacional, o operatório concreto o operatório formal. Essas etapas não devem ser consideradas como momentos etários rígidos e sim aproximadas. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 53 ESTAGIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

54 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira “ Há interação entre o sujeito e o mundo externo. O conhecimento da criança muda na medida em que o seu sistema cognitivo se desenvolve. Quando o conhecedor muda, o conhecimento muda também” (interacionista). O desenvolvimento cognitivo é uma embriologia mental (biologia) ▫A inteligência deve ser definida em relação a função e a estrutura ▫Estrutura – inteligência é organização ▫Função – inteligência é adaptação 54

55 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Conceitos ▫Assimilação (biologia)- É o processo cognitivo de colocar novos eventos em esquemas existentes, isto é, a incorporação de elementos do meio externo (objeto ou acontecimento) a um esquema ou estrutura do sujeito. É o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas. ▫Acomodação – É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado. ▫A acomodação pode ocorrer de duas formas: ▫Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou ▫Modificar um esquema já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele. 55

56 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Assimilação - Exemplo A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias. A criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. Por exemplo, imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. Pois bem, quando a criança vê outro animal que possue alguma semelhança com o cachorro, pois este é marrom, quadrúpede, tem rabo, pescoço. Ela dirá que ele é cachorro. 56

57 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Assimilação – Acomodação - Equilibração Ocorre um processo de assimilação - a similaridade entre o cavalo e o cachorro faz com que um cavalo passe por um cachorro em função da proximidades dos estímulos e qualidade dos esquemas acumulados pela criança até o momento. A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação. 57

58 ASSIMILAÇÃO conhecer o objeto ↓ ocorre uma certa resistência ao conhecimento ↓ a organização mental se modifica ↓ ACOMODAÇÃO 58

59 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira – Equilibração: É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. O sujeito fica diante de um objeto novo ↓ Esse objeto não se deixa conhecer facilmente ↓ O sujeito fica em conflito, desequilibrado ↓ Acomoda-se, modifica-se ↓ Busca o equilíbrio, dá-se a equilibração 59

60 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira O processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como: maturação - crescimento biológico dos órgãos; exercitação - funcionamento dos esquemas e órgãos que implicam na formação de hábitos; aprendizagem social - aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais; equilibração - processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido. PIAGET 60

61 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágios de desenvolvimento O desenvolvimento da inteligência não é linear, acontece em estágios, por saltos. Cada estágio possui uma qualidade. Níveis cognitivos distintos propiciam diferentes maneiras de adaptação ao meio. Sensório-motor (0 até 2 anos) cognição do bebê Pré-operacional (2- 6/7 anos) Operacional concreto (6/7 a 11 anos) Operacional formal a partir de 11, 12 anos... 61

62 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Sensório-motor (0 até 2 anos) cognição do bebê Pré-operacional (2- 6 anos) ▫Noções de função, regulação e identidade. Operacional concreto (6 aos 11 anos) ▫Noções transformam-se em operações na medida em que se tornam mais complexas, diferenciadas, quantitativas e estáveis. Operacional formal (a partir de 11, 12 anos ▫Operações sobre operação: o pensamento final é lógico, abstrato e flexível; reflexão. Estágios de desenvolvimento: 62

63 Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 63

64 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio sensório-motor – de 0 a 2 anos Atividade reflexa. Invenção de novos meios através de combinações mentais. Coordenação de dois esquemas: Coordenação mão – boca, Coordenação mão – olhos, Começa a construir esquemas de ação para assimilar o meio. O contato com o meio é direto, sem representação ou pensamento. Meios de experimentação: ver, pegar e levar à boca. Onipotência – mágica, seu desejo faz as coisas se moverem, por exemplo. 64

65 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira ▫Cognição do bebê até os 2 anos de idade ▫O desenvolvimento cognitivo se inicia a partir dos reflexos que gradativamente se transformam em esquemas de ação. ▫No início os reflexos inatos respondem aos estímulos do meio. ▫A cabeça volta-se para a direção de onde vêm os sons, a luz. ▫ A criança apresenta contrações faciais, puxa empurra, apanha, distende, espalha, aperta... ▫Os olhos acompanham os movimentos. ▫ O corpo da criança reflete o mundo e ainda não se diferencia dele. ▫A criança precisa construir a noção de objeto. Inteligência prática – percepções e ações. Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos 65

66 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio sensório-motor de 0 a 2 anos ▫Aos 9 meses diferencia meios e fins, uma ação pode ser um meio para se conseguir um fim, exemplo: esconder a bola atrás da almofada e pedir para ela dizer onde está a bola. ▫Inteligência é prática, desenvolve noções de espaço e tempo através da ação. ▫Espaço – configuração espacial – percebe as três dimensões. Ex: quando a criança de três meses pega uma mamadeira que lhe é dada de cabeça para baixo, não lhe ocorre virá-la para sugar o leite, mesmo que ela reconheça a mamadeira. Com um ano a criança já vira a mamadeira, assim, reconhece e situa o objeto no espaço. ▫Causalidade - causa e efeito- idéia da mágica, mexe alguma coisa e a luz se acende, tende a repetir a ação, esperando que a luz acenda... 66

67 No final da fase inicia-se a representação interna Gradativamente a criança vai agindo para atingir um propósito, os movimentos ficam mais complexos, mais amplos: como engatinhar, pôr-se de pé, andar. Neste percurso o eu e o mundo tornam-se progressivamente distintos. Os indivíduos e os objetos diferenciam-se e organizam-se planos de ações exteriores e a permanência dos objetos vão sendo construída. Formam-se as primeiras imagens mentais dos objetos ausentes do meio imediato. Possibilidade do desenvolvimento da função simbólica - a criança reproduz, ou imita utilizando gestos ou onomatopéias, participa de jogos de faz-de- conta, é capaz de imaginar ações ou fatos sem praticá-los efetivamente. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 67

68 Fase Pré-operatório (2-6/7 anos): Aparecimento da linguagem – a criança descobre as riquezas de um mundo de realidades superiores a ela, as condutas são modificadas no aspecto afetivo e intelectual. Há o surgimento da função simbólica e desenvolvimento da linguagem oral e de pensamentos simples. Nesta fase a criança possui características egocêntricas em termos de pensamento, linguagem, modos de interação e características intuitivas onde o pensamento depende da percepção imediata. A criança não fala somente aos outros, ela fala a si mesmo, em monólogos variados que acompanham seus jogos e sua atividade. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 68

69 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio pré-operatório – 2 a 6/7 anos Nesse período a criança se torna capaz de tratar os objetos como símbolos de outras coisas. O desenvolvimento da representação cria as condições para a aquisição da linguagem. A criança deverá reconstruir no plano da representação aquilo que já havia conquistado no plano da ação prática. A criança ainda não é capaz de raciocinar levando em conta as relações entre várias dimensões envolvidas (largura e altura do copo). É egocêntrica, ex: ficou de noite porque o sol foi dormir. Ações humanas explicam os fenômenos naturais, elementos da natureza praticam ações humanas. Os julgamentos também são baseados na percepção e não na lógica, não relacionando fatos e não sendo possível operações mentais reversíveis. É a fase onde tudo deve ter um explicação rápida e simples para as crianças. 69

70 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio pré-operatório – 2 a 6/7 anos ▫A qualidade da inteligência mudou, início da fase simbólica e da linguagem oral. ▫Representação – capacidade de pensar um objeto através do outro. ▫Casa ▫Reconhecimento pelo espelho – 2 anos a criança se reconhece no espelho. ▫Sou eu e não sou eu. Estou aqui e estou ali representado em imagem...duplicado. 70

71 A criança de 2 anos ou mais é capaz de desenhar, imitar, reconhecer-se no espelho, brincar de faz de conta, desenvolver a linguagem... Início da socialização da ação; interiorização da palavra; interiorização das ações. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio pré-operatório – 2 a 6/7anos 71

72 Estágio Pré-operatório 2 a 6/7 anos Jogos simbólicos ou jogos de imaginação e imitação; Introdução da moralidade (valor, regras, virtudes, certo, errado); Egocentrismo – dificuldade de perceber o ponto de vista do outro. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 72

73 Finalismo: é a tendência a achar que todos o seres e objetos tem uma finalidade. Animismo é a tendência a dar vida a todos os seres, objetos podem falar, andar. Artificialismo é a tendência a atribuir uma origem artesanal humana a todas as coisas. Estágio intuitivo: deixa se levar pela aparência. Os julgamentos são baseados na percepção e não na lógica. Não relaciona fatos. A criança afirma o tempo todo sem nunca demonstrar. Moral heterônoma: depende de uma vontade exterior, dos pais e outras figuras importantes. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 73 CONCEITOS IMPORTANTES

74 Estágio Operatório Concreto de 6/7 a 11 anos É capaz de classificar, seriar, agrupar objetos em uma classe e relacionar objetos em uma ordem ou série. Assim, por meio das operações os conhecimentos construídos anteriormente pela criança vão transformando em conceitos. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 74

75 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional concreto (6 /7 aos 11 anos) O pensamento da criança depende do mundo real, concreto. Nesta fase são estabelecidas as bases para o pensamento lógico. A reversibilidade do pensamento possibilita à criança construir noções de conservação de massa, volume... Essas ações são reversíveis. A criança faz generalizações partindo de exemplos concretos (pensamento indutivo). 75

76 O desenvolvimento ocorre a partir do pensamento pré – lógico para as soluções de problemas concretos. A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, causalidade. Não se limita a representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto, para chegar a abstração, ex: copo d’ água. Capacidade de raciocínio vai do concreto para o abstrato, ex: usa tampinhas para fazer as operações. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira ESTÁGIO OPERACIONAL CONCRETO – 6/7 aos 11 anos) 76

77 Estágio Operacional Formal a partir dos 11, 12 anos... Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 77

78 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional Formal – a partir dos 11, 12 anos... Apenas na adolescência é que o indivíduo se torna capaz de pensar abstratamente, refletindo sobre as situações hipotéticas de maneira lógica. Tipo de pensamento: Pensamento hipotético dedutivo - o aluno parte de possibilidade para, a partir delas, raciocinar ou experimentar. Pensamento abstrato – pode formar abstrações puras e pensar em nível abstrato, verbal. Pensa sobre seu próprio pensamento. Pensamento formal – o aluno é capaz de distinguir, em uma afirmativa, forma de conteúdo e considerar a forma de raciocínio separadamente do conteúdo específico. Operações sobre operação: o pensamento final é lógico, abstrato e flexível; reflexão. 78

79 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11, 12 anos... ▫ Operações mentais aplicadas a objetos → hipóteses formuladas em palavras. ▫ Pensamento sobre possibilidades, sobre acontecimentos futuros, conceitos abstratos. ▫ Transforma os dados da experiência em formulações organizadas e desenvolve conexões lógicas entre elas. ▫ A moral evolui em estágios: ▫ Anomia- ausência de normas e leis ▫ Heteronomia - respeito à autoridade ▫ Autonomia - respeito mútuo. 79

80 Soluções lógicas de todas as classes de problemas. Raciocínio passa a ser abstrato. O sujeito será então capaz de formar esquemas conceituais abstratos (amor, fantasia, justiça, democracia...) e realizar com eles operações mentais que seguem os princípios da lógica formal, o que lhe dará uma riqueza imensa em termos de conteúdo e de flexibilidade de pensamento. Adquire capacidade para criticar os valores sociais e propor novos códigos de conduta; discute valores morais de seus pais e constrói os seus próprios; é capaz de levantar hipóteses e testá-las. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11, 12 anos... 80

81 Declara leis gerais e vê significação comum em materiais verbais; seus conceitos espaciais podem ir além do tangível finito e conhecido para conceber o infinitamente grande ou o infinitamente pequeno. É capaz de oferecer justificações lógicas para os julgamentos que faz; lida com relações entre relações. É capaz de entender doutrina filosófica e científica. Busca autonomia pessoal. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11, 12 anos... 81

82 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Estágio Operacional Formal ou Abstrato -11, 12 anos... 82

83 REFLEXÕES: Em cada momento do desenvolvimento aparece interesses específicos e formas de explicação e compreensão peculiares ao nível intelectual em que o sujeito se encontra. Cada estágio é marcado pela aparição de estruturas mentais originais e distintas, porém inter-relacionadas com as anteriores. Aparecem assim, diferenças qualitativas, trata-se, portanto de uma função adaptativa da inteligência nos diferentes períodos do desenvolvimento. Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira 83

84 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Formação de homens "criativos, inventivos e descobridores“; de pessoas críticas e ativas, que buscam a construção da autonomia; O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica, reformula, comprova, formula hipóteses, etc... em uma ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Principais objetivos da educação - Piaget 84

85 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira Implicações para a aprendizagem Os objetivos pedagógicos necessitam estar centrados no aluno (partir das atividades do aluno). O método deve levar o aluno a descobrir, ao invés deste receber passivamente o conhecimento do professor. A aprendizagem é um processo construído internamente e depende do nível de desenvolvimento do sujeito. A aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva. Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem. As experiências de aprendizagem devem privilegiar a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista. 85

86 Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PIAGET, Jean. Os seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. PIAGET, J.; BÄRBEL, I. A psicologia da criança. Trad. Octavio M. Cajado. São Paulo: Difel, 1968. NUNES, Ana Ignez B. L.e SILVEIRA, Rosemary do N. Psicologia da Aprendizagem processos, teorias e contextos. Brasília: Liber livro, 2009. 86


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