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Hospital Central de Maputo Departamento de Ortopedia Fascite Necrotizante Maputo, Julho de 2021 Napoleão Henriques Viola, MD (Médico Residente em Cirurgia Pediátrica) Ordem dos Médicos de Moçambique Colégio de Ortopedia e Traumatologia
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SUMÁRIOSUMÁRIO 1.Introdução 2.Antecedentes Históricos 3.Epidemiologia 4.Factores de risco 5.Etiologia 6.Classificação 7.Quadro clinico 8.Histopatologia 9.Exames complementares 10.Diagnósticos diferenciais 11.Complicações 12.Tratamento 13.Considerações finais 14.Bibliografia
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INTRODUÇÃO Fasciíte necrotizante (FN) é infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial, associada a altos índices de morbimortalidade. A FN também tem sido referida como: Gangrena estreptocócica hemolítica, Úlcera de Meleney, Gangrena dérmica aguda, Gangrena hospitalar, Fascite supurativa e celulite necrosante sinergística.
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ANTECEDENTES HISTÓRICOS Foi descrita em 1871 pelo cirurgião militar Dr. Joseph Jones-Mais terríveis e fatais doenças que acometiam os militares durante a Guerra Civil Americana. Amputaçãoera o único tratamento disponível, procedimento esse associado ao índice de mortalidade alta (45%). Em 1924, Meleney – Descreveu uma doenca ulcerosa progressiva “Gangrena estreptocócica hemolítica aguda” (20%) Em 1952, Dr. Wilson Ben - termo fascite necrotizante.
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EPIDEMIOLOGIA Não existem dados confiáveis quanto a sua real incidência. De acordo com estimativas recentes do Centers for Disease Control (CDC), entre 500 a 1500 casos de FN são diagnosticados anualmente nos EUA. A mortalidade relatada varia de 13% a 76%, sendo influenciada pela: Precocidade do diagnóstico, Abordagem cirúrgica e Doenças associadas e idade.
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FATORES PREDISPONENTES 1.Doenças crônicas: DM, ICC,.. 2.Imunodepressão: HIV, tumores, 3.Idade: superior a 65 anos, 4.Traumas abertos ou fechados 5.Uso de drogas endovenosas, 6.Cirurgias, 7.Varicela em crianças, 8.Abuso de álcool,
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ETIOLOGIA 1. Streptococcus hemolítico do grupo A 2.Staphylococcus aureus, 3.Clostridium perfringens, 4.Bacteroides fragilis 5.Peptostreptococcus, 6.Enterobacteriaceae, coliformes, 7.Proteus, 8.Pseudomonas 9. Klebsiella. 10.Escherichia coli.
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CLASSFICAÇÃO Tipo I mais comum; polimicrobiana Flora mista de anaeróbios e outras bactérias 80% dos casos da FN. Bactérias freqüentemente isoladas incluem: Staphylococcus aureus, Streptoccoccus, Enterococcus, E.coli, Bacterioides fragilis e Clostridium sp.; Gangrena de Fournier; Após cirurgias em pacientes com DM Tipo II Agente causal é uma única bactéria; Menos comum Bactéria de maior prevalência: Steptococcus do grupo A; isolada ou associado a Staphylococcus aureus, Pode ocorrer em diversos grupos etários não portadores de patologias complicadas.
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CLASSFICAÇÃO (Cont)
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QUADRO CLÍNICO Àrea mais afectada: Os MI Inflamação local Na fase inicial, pode ser difícil distinguir entre FN e celulite. Cianose local, hipoestesia e formação de bolhas de conteúdo amarelado ou avermelhado escuro. A necrose tecidual mais extensa do que sugere o aspecto clínico, vai até a fáscia superficial. Fig. 1. Pac. 30 anos, HIV+, com úlcera extensa, com áreas de necrose e exposição de tendões no dorso do pé
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Fig.2 Paciente de 62 anos,do sexo masculino, DM tipo 2, lesões úlceronecróticas na região cervical com exposição de tendões Fig. 3-Paciente de 55 anos, DM tipo 2, com edema e eritema no dorso do pé, áreas de ulceração e necrose interdigital.
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HISTOPATOLOGIAHISTOPATOLOGIA A histopatologia da FN demonstra: Necrose da fáscia superficial, Infiltrado de polimorfonucleares, Edema da derme reticular, gordura subcutânea e fáscia superficial
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EXAMES COMPLEMENTARES Laboratoriais hemograma, gasometria, bioquímica Radiológicos RX, USG, TC e RM -gás Anatomopatológicos Microbiológicos: gram e cultura
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DIAGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Nos estágios iniciais a FN e a celulite são dificilmente distinguíveis. Mionecrose clostridial Piomiosite TVP INFECÇÃOCLÍNICA AbcessoCentro necrótico superficial e edema periférico, flutuação com pús. CeluliteLesão eritematosa superficial, mal delimitada EresipelaLesão inflamatória superficial bem delimitada Fascite Necrotizante Lesão inflamatória profunda, acometendo até a fáscia superficial, com necrose tecidual MiositeLesão inflamatória profunda, acometendo até o músculo adjacente com ou sem necrose ou pús
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FASCITE NECROTISANTE EM CRIANÇAS A FN é, predominantemente, doença de adultos. Em crianças, érara, Curso fulminante Alta taxa de mortalidade
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TRATAMENTO 1.Diagnóstico precoce! 2.Cirurgico: Desbridamento radical de todo o tecido necrótico, Amputação???- infecção severa das extremidades 3.Antibioticoterapia de amplo espectro Penic. G4 x 10 6 UI ev 4/4h, clindamicina 600-900mg 8/8h EV. Anaeróbios - aminoglicosídeo + clindamicina ou metronidazol. Flora polimicrobiana- Monoterapia com imipenem/cilastatina ou piperacilina/tazobactam. Alergia penicilina / Nefrotoxicidade com aminoglicosídeos -cefalosporina de terceira geração antipseudomonas + metronidazol ou clindamicina.
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(cont) (cont) 4. Medidas gerais de suporte agressivas - suporte inotrópico e controle glicêmico rígido. 5. Imunoglobulinas:Infusão 2g/kg com a opção de uma segunda dose, se necessário, após 24 horas. 6. Oxigênio hiperbárico 5. Enxerto de pele é quase sempre necessário. TRATAMENTO
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COMPLICAÇÕES 1.Osteomielite 2.Artrite séptica 3.Síndrome do choque tóxico estreptocócico 4.Insuficiência renal aguda, 5.Coagulopatia, 6.Alterações hepáticas e 7.Síndrome da angústia respiratória do adulto
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PROGNÓSTICO O prognóstico da FN depende da idade, das co-morbidades e da severidade da síndrome séptica. O Factormais forte preditor de mortalidade associado com FN é a idade. Pacientes com menos de 35 anos de idade, Taxa de mortalidade é 0%, Pacientes acima de 70 anos - Taxa mortalidade 65%.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS É uma infecçãofrequente, altamente letal. O diagnóstico precoce é difícil A suspeita e encaminhamento cirúrgico precoce continua a ser essencial, Antibióticos de amplo espectro devem ser administrados O papel do IVIG e OHB no tratamento da FN é caro, porém com bons resultados.
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BIBLIOGRAFIA Bonne SL, Kadri SS. Evaluation and Management of Necrotizing Soft Tissue Infections. Infect Dis Clin North Am 2017; 31:497. Costa, I. Et al. Fascite Necrosante: Revisao com Enfoque em Aspectos Dermatológicos. Anais Brasileiros de Dermatologia. Ed 79(2):211-224, mar./abr. 2004. Infectious Diseases Society of America. Update on Practice Guidelines for the Diagnosis and Management of Skin and Soft Tissue Infections. 2014. Disponível em https://www.idsociety.org/practice-guideline/skin- and-soft-tissue-infections/ acessado em 22/06/2021https://www.idsociety.org/practice-guideline/skin- and-soft-tissue-infections/ Fink S, Chaudhuri TK, Davis HH. Necrotizing fasciitis and malpractice claims. South Med J 1999; 92(8):770-4. Jahnson L, Berggren L, Björsell-Ostling E, et al. Streptococcal myositis. Scand J Infect Dis 1992; 24:661. Soh CR, Pietrobon R, Freiberger JJ, Chew ST, Rajgor D, Gandhi M et al. Hyperbaric oxygen therapy in necrotising soft tissue infections: a study of patients in the United States Nationwide Inpatient Sample. Intensive Care Med 2012; 38:1143 Stevens DL, Bryant AE. Necrotizing Soft-Tissue Infections. N Engl J Med 2017; 377:2253. Stevens DL, Bisno AL, Chambers HF, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of skin and soft tissue infections: 2014 update by the infectious diseases society of America. Clin Infect Dis 2014; 59:147.
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