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PublicouKléber Belém Branco Alterado mais de 8 anos atrás
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Exames Laboratoriais em Reumatologia Pediátrica
Christina F. Pelajo Reumatologista Pediátrica Hospital Pequeno Príncipe
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O que são “provas de atividade reumática”?
O que é “reumatograma”? Qual o problema de pedir testes sem indicação? O que acontece quando a probabilidade pré-teste é baixa? O que fazer quando se encontra resultados anormais, de testes realizados sem indicação?
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Processo Inflamatório
Resposta do organismo à agressão tecidual Infecções virais, bacterianas, parasitárias ou fúngicas Agressões físicas, químicas e imunológicas
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Processo Inflamatório
Monócitos secretam IL-6, IL-1 e TNF Hepatócito Síntese das proteínas de fase aguda
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Proteínas de Fase Aguda:
Coagulação ► fibrinogênio e protrombina Transportadoras ► transferrina, haptoglobina, ceruloplasmina Complemento ► C3, C4 Inibidores de proteases Outras ► albumina, fibronectina, amilóide sérico do tipo A
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Provas de Atividade Inflamatória
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Provas de Atividade Inflamatória:
Proteína C reativa (PCR) Alfa -1-glicoproteína ácida Velocidade de hemossedimentação (VHS) ▼ Inespecificidade (doenças infecciosas, inflamatórias ou neoplásicas)
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Provas de Atividade Inflamatória:
Avaliar a presença, extensão e a atividade do processo inflamatório Monitorizar a evolução e a resposta terapêutica
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VHS (Velocidade de Hemossedimentação)
Reflete o resultado entre as forças envolvidas no movimento de sedimentação das hemácias e os mecanismos oponentes, exercidos por substâncias plasmáticas.
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VHS Processo inflamatório
Aumento dos fatores plasmáticos que diminuem a força repulsiva entre as hemácias (fibrinogênio) Agregação maior das hemácias (rouleaux) Aumento da velocidade de hemossedimentação
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VHS Alta sensibilidade / baixa especificidade
A normalidade não exclui inflamação! Valor de referência pela idade: Sexo masculino – idade / 2 Sexo feminino – idade + 10 / 2
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Proteína C Reativa (PCR)
Identificada no soro de pacientes com pneumonia pneumocócica – reação de precipitação do polissacarídeo C da parede celular do pneumococo Alta sensibilidade Meia-vida curta (8-12 horas)
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Proteína C Reativa (PCR)
Eleva-se rapidamente após o estímulo inflamatório (4-6 horas) – marcador precoce Pico em horas Na ausência de estímulo inflamatório crônico, normaliza-se em 3-4 dias
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Proteína C Reativa (PCR)
LES e outras doenças do colágeno – normal ▼ Elevação em infecções (>> infecções bacterianas que virais)
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VHS x PCR PCR – alteração mais rápida em relação às mudanças na atividade inflamatória, mais sensível, técnica mais complexa VHS – resultado em 1 hora, equipamento simples Após 24 horas, VHS é complementar à PCR.
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VHS x PCR A elevação pode ocorrer na ausência de doença: Gravidez
Trauma Situações com aumento de liberação de IL-1 e IL-6
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Alfa-1-Glicoproteína Ácida
Solicitada em substituição à dosagem de mucoproteínas maior especificidade, precisão, capacidade de automação do procedimento e excelente correlação clínica Na febre reumática: elevação mais tardia que VHS e PCR
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Alfa-1-Glicoproteína Ácida
Aumentada: Gravidez IAM Mielomas Doença de Hodgkin Neoplasias Traumas Queimaduras Colagenoses Diminuída: Desnutrição Lesões hepáticas graves Patologias com grande perda protéica
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Ferritina Eleva-se em: Infecções, traumatismos e inflamações agudas
Transfusões Neoplasias (leucemias, linfomas, carcinomas de mama, fígado, pulmão, cólon e próstata) Anemias hemolíticas e megaloblásticas Lesões hepáticas (alcoólicas)
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Ferritina Elevação em 24- 48 horas / pico no 3º dia
Elevação persiste por algumas semanas Marcador de atividade inflamatória na AIJ sistêmica Elevação importante na SAM (síndrome de ativação macrofágica)
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Eletroforese de Proteínas
Fracionamento das proteínas séricas em: Albumina Alfa 1 globulina Alfa 2 globulina Beta globulina Gama globulina
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Eletroforese de Proteínas
Processos inflamatórios agudos: ↓da albumina ↑ importante das alfa globulinas ↑ discreto das gama globulinas Processos inflamatórios crônicos: ↓ da albumina ↑ preferencial das gama globulinas
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Eletroforese de Proteínas
Hipergamaglobulinemias: Pico baixo com base larga - gamopatia policlonal (LES, artrite reumatóide, síndrome de Sjogren, etc) Pico com base estreita - gamopatia monoclonal (mieloma múltiplo e macroglobulinemia de Waldenstrom)
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Complemento (CH50, C3 e C4) Tanto a produção quanto o consumo de complemento podem estar aumentados nas doenças inflamatórias Proteínas do complemento - reagentes de fase aguda
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Hemograma
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Hemograma Anemia de doença crônica
AIJ sistêmica > AIJ poliarticular > AIJ oligoarticular LES, Dermatomiosite Juvenil, Esclerodermia,... Hemolítica LES (Coombs direto +)
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Hemograma Leucocitose Leucopenia Atividade de doença (inflamação)
AIJ, Febre Reumática, Vasculites Uso de Corticóide Leucopenia LES SAM (Síndrome de Ativação Macrofágica) Drogas (Azatioprina, Metotrexate,...)
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Hemograma Trombocitose Trombocitopenia Inflamação AIJ sistêmica
Kawasaki (fase convalescente) Outras vasculites Trombocitopenia LES SAAF (Síndrome de Anticorpo Antifosfolipídeo) SAM (Síndrome de Ativação Macrofágica)
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Anticorpos antiestreptocócicos
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Anticorpos antiestreptocócicos
Antiestreptolisina O (ASO) Antidesoxirribonuclease B (anti-DNAse B)
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ASO Títulos elevam-se no final da 1ª ou início da 2ª semana após a infecção estreptocócica Valores máximos: semanas
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Fator reumatóide
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Fator Reumatóide Imunoglobulina IgM dirigida contra IgG
5% dos casos de AIJ (AIJ poliarticular FR-positivo) Pior prognóstico funcional – associação com erosões ósseas Sem relação com atividade de doença ou tratamento
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Fator reumatóide Outras doenças crônicas, infecciosas ou neoplásicas
5% dos adultos normais e 20% dos idosos (>65a) Fator reumatóide positivo: 2 coletas com intervalo de 3 meses
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Fator reumatóide
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Fator reumatóide Látex: partículas de látex revestidas de IgG humana
Mais sensível, screening Waller-Rose: eritrócitos de carneiro revestidos de IgG de coelho Mais específico Nefelometria: semelhante ao látex Análise quantitativa, boa reprodutibilidade
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Fator antinuclear
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FAN (Fator Antinuclear)
5% da população adulta normal / 20% dos idosos 20-30% dos parentes de 1º grau dos pacientes lúpicos Doenças neoplásicas e infecciosas, drogas e toxinas ambientais
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FAN Anticorpos dirigidos contra antígenos nucleares presentes no próprio organismo - Substrato padronizado mundial – células humanas Hep 2 - Padrão de imunofluorescência – distribuição topográfica dos auto-antígenos
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FAN Homogêneo Pontilhado grosso Nucleolar Periférico
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FAN Padrão Associação clínica Auto-anticorpo associado Periférico
LES (nefrite) Anti-DNA de hélice dupla Pontilhado ou salpicado LES, síndrome de Sjögren, DMTC Anti-ENA (Ro/SSA, La/SSB, Sm ou RNP) Nucleolar Esclerodermia sistêmica, Síndrome de superposição Anti-Scl70 e outras enzimas nucleolares Homogêneo LES e LE induzido por droga Anti-histona(s)
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FAN Título da reação – última diluição do soro apresentando fluorescência positiva (≥1/320) Sensibilidade alta – rastrear auto-anticorpos Negativo – LES improvável 5% em adultos (anti-Ro +)
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FAN LES Título sem relação com atividade de doença
AIJ (oligoarticular): Associação com uveíte
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FAN Estudo de 500 crianças com manifestações músculo-esqueléticas ou cutâneas 113 FAN + 72 (64%) doença auto-imune 10 (9%) sem acompanhamento 31 (27%) sem doença após 37 meses Teste positivo na ausência de condição auto-imune tem excelente prognóstico Deane PMG, Liard G, Siegel DM, Baum J. The outcome of children referred to a pediatric rheumatology clinic with a positive antinuclear antibody test but without an autoimmune disease. Pediatrics, June 1995 v95 n6 p892(4).
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FAN Estudo 24 crianças com FAN + sem doença inflamatória clínica
Follow-up 61 meses: normal3 Cabral DA, Petty RE, Fung M, Malleson PN. Persistent antinuclear antibodies in children without identifiable inflammatory rheumatic or autoimmune disease. Pediatrics 1992; 89:
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FAN Estudo com doadores de sangue na Holanda – 12,7% FAN +
4% > 1:804 de Vlam K, De Keyser F, Verbruggen G, Vandenbossche M, Vanneuville B, D'Haese D et al. Detection and identification of antinuclear autoantibodies in the serum of normal blood donors. Clin Exp Rheumatol 1993; 11:
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Sopa de letrinhas:
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Anti-DNA Associação com atividade de doença (LES)
Queda dos níveis com tratamento Associação com nefrite
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Anti-Sm Alta especificidade para LES
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Anti-SS-a/Ro Associado a Lúpus cutâneo subagudo e fotossensibilidade
Anticorpo materno RN: lúpus eritematoso neonatal, bloqueio AV congênito Síndrome de Sjögren
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Anti-La LES Síndrome de Sjögren Acompanha o SS-A/Ro
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Anti-RNP Pode estar presente no LES
Altos níveis (>200) – Doença mista do tecido conjuntivo (DMTC)
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Anti-histonas Freqüente no LES
Níveis elevados no Lúpus induzido por drogas (95-100%) procainamida, quinidina, isoniazida, hidralazina, difenil-hidantoína
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Anti-P ribossomal Associação com manifestações psiquiátricas do LES
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Anticorpos antifosfolipídios (APL)
Anticardiolipina IgG e IgM Anticoagulante lúpico Anti-beta2-glicoproteína IgG e IgM 5-10% das SAAF podem ter os outros testes negativos
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Anticorpos antifosfolipídios (APL)
Uso de medicamentos quinidina, hidralazina, procainamida, fenitoína, ATBS, interferon Após infecções virais, bacterianas ou parasitárias 2 coletas com intervalo de 3 meses
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ANCA (Anticorpo anticitoplasma de neutrófilo)
Padrões de imunofluorescência: citoplasmático (cANCA) e perinuclear (pANCA) cANCA – anti-PR3 – Granulomatose de Wegener pANCA – anti-MPO – Síndrome de Churg-Strauss, poliarterite microscópica, lúpus, doença inflamatória intestinal, hepatite auto-imune, glomerulonefrite necrotizante
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ANCA cANCA pANCA
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Análise do Líquido Sinovial
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Líquido Sinovial GRUPO CONDIÇÃO COMPLEMENTO ASPECTO VISCOSIDADE LEUCO
PMN (%) NÃO-INFLAMATÓRiA NORMAL AMARELO CLARO MUITO ALTA <200 <25 TRAUMÁTICA XANTOCRÔMICO ALTA <2.000 INFLAMATÓRIAS FR NORMAL/ ALTO AMARELO TURVO BAIXA 5.000 10-50 AIJ BAIXO 20.000 75 LES DIMINUÍDO 10 PIOGÊNICAS TUBERCULOSA 25.000 50-60 SÉPTICA AUMENTADO SEROSSANGUINOLENTO >75
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