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TEORIA DA PRODUÇÃO Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias Prof. D. Sc. Wendel Sandro de Paula Andrade.

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1 TEORIA DA PRODUÇÃO Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias Prof. D. Sc. Wendel Sandro de Paula Andrade

2  Relação entre os recursos produtivos de uma firma e a quantidade de bens e serviços que ela produz por período de tempo, para dada tecnologia  Representada por gráfico, tabela ou função matemática

3  Matematicamente, pode ser representada da seguinte forma:  Em que: ◦ X 1, X 2,..., X n = quantidade dos vários tipos de insumo utilizados ◦ Y = quantidade de produto obtida a partir desses insumos, por período de tempo

4  Relações de insumo-produto dependem: ◦ Quantidade de recursos ◦ Tecnologia de produção = forma de utilização dos insumos  Abordagem inicial = apenas um insumo variável e seu efeito na produção = fator- produto

5  Considere que a firma possui duas formas tecnologicamente factíveis de combinar os insumos Insumo X1 (unidades) Produção Q (unidades) Tecnologia ATecnologia B 505.0006.000 10010.00012.000 15015.00018.000

6  A firma pode, então alterar seu volume de produção variando: ◦ Quantidade de insumos ◦ Tecnologia de produção ◦ Combinando ambas as ações  Assim, na fórmula matemática da função de produção ◦ Y deve ser interpretado como o maior valor possível que pode ser obtido a partir da tecnologia empregada pela firma

7  Exemplo ◦ Essa função hipotética descreve a resposta de ganho de peso de terneiro (X 1 ) face a diferentes níveis de ração consumidas (Y) X 1 – Consumo de ração (kg)Y – Ganho de peso de terneiro (kg) 00 129 270 3117 4164 5205 6234 7245 8232 9189

8  Exemplo ◦ A tabela acima pode ser expressa matematicamente pela equação abaixo ◦ Em que:  Y = peso total de terneiro, em kg  X = quantidade de ração consumida, em kg ◦ Considerações  Equação = função contínua  Tabela = função tabular = dados discretos

9 1.1. Produtividade dos fatores  Produção (Y) = Produto Físico Total (PFT) ◦ Produto físico médio = PFMe ◦ Produto físico marginal = PFMg

10 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.1. Produto físico médio - PFMe  Quantidade do bem produzida pela quantidade de insumo variável empregada

11 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.1. Produto físico médio - PFMe  Exemplo Se X representa o número de unidades do insumo variável, então

12 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.1. Produto físico médio - PFMe  Exemplo Se X representa o número de unidades do insumo fixo, sendo este igual a 2, então

13 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.2. Produto físico marginal – PFMg  Variação exata na quantidade produzida, associada ao uso de uma ou mais unidades adicionais de insumo fixo

14 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.2. Produto físico marginal – PFMg  Exemplo O PFMg pode ser calculado a partir da primeira derivada da equação acima

15 1.1. Produtividade dos fatores 1.1.2. Produto físico marginal – PFMg  O PFMg contínuo representa a taxa de variação na produção total resultante da variação na utilização do insumo variável por período de tempo  Não existe PFMg dos insumos fixos pois estes não variam no curto prazo

16 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  À medida em que são empregadas mais quantidades de um insumo variável, enquanto a de outros insumos permanece constante, a produção total aumenta, em princípio, a taxas crescentes, depois a taxa constante, em seguida a taxas decrescentes, atinge um máximo e finalmente decresce

17 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  Retornos crescentes = o acréscimo na produção, em decorrência da adição do fator variável, é maior que o acréscimo provocado pelo emprego da unidade anterior X1X1 Y

18 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  Retornos constantes = cada unidade adicional do fator variável aplicada aos fatores fixos aumenta a produção em iguais quantidades Y X1X1

19 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  Retornos decrescentes = o acréscimo na produção, em decorrência da adição do fator variável, é menor que o acréscimo provocado pelo emprego da unidade anterior X1X1 Y

20 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  A Lei dos rendimentos também pode ser descrita em termos do PFMg, sendo este a taxa de crescimento do PFT  O PFMg cresce, atinge o ponto máximo, decresce, anula-se e torna-se negativo

21 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos PFMe PFMg X1X1 PFT

22 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  Pode-se, a partir do PFT, do PFMe e do PFMg, definir os três estágios de produção PFMe PFMg X1X1 PFT

23 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  1° Estágio = Estágio irracional de produção ◦ PFMe, PFMg e PFT sempre crescentes e positivos ◦ PFMg sempre maior que PFMe ◦ Alocação ineficiente dos produtos ◦ Limite entre 1° e 2° estágios = ponto máximo do PFMe, igualando-se ao PFMg

24 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  2° Estágio = Estágio racional de produção ◦ PFMg e PFMe decrescentes ◦ PFMe sempre maior que PFMg ◦ Limite entre 2° e 3° estágios = ponto máximo do PFT e PFMg igual a zero

25 1.1. Produtividade dos fatores Lei dos rendimentos  3° Estágio = Estágio irracional de produção ◦ PFT e PFMe decrescentes e PFMg negativo ◦ Aumento do insumo variável = redução do PFT, crescimento do custo e redução da receita

26  Objetivo econômico = maximização do lucro ou da receita líquida  Análise marginal ◦ Determinar o nível de insumo variável que maximiza o lucro ◦ Comparar o custo do insumo variável com a receita do produto

27  Um insumo variável deve ser empregado até o ponto onde o valor adicional do produto for maior ou igual ao total adicional do custo do insumo, isto é: PFMg do insumo x Preço do produto ≥ Preço do insumo  Desde que: VPMg do insumo ≥ Preço do insumo

28  Derivação matemática: MAX π = RT – CT  Em que: ◦ MAX Π = máximo lucro ◦ RT = receita total ◦ CT = custo total

29  Custo total (CT):  Em que: ◦ X 1 = quantidade de insumo variável utilizado na produção ◦ P X 1 = preço do insumo variável ◦ K = custo dos insumos fixos

30  Receita total (RT):  Em que: ◦ Y = quantidade vendida do produto ◦ P Y = preço de venda do produto

31  Maximização do lucro a partir da função de produção = diferenciação em relação ao insumo variável X 1 e igualar a zero  Assumindo, então:

32 Como, então: Sendo, então: ⇒

33  Exemplo: ◦ Dos dados contidos na tabela a seguir, é possível determinar o peso ótimo de abate de terneiro. Para tanto, é necessário introduzir o preço do terneiro e o preço da ração. ◦ Preço da ração = R$2,00 por kg ◦ Preço do terneiro = R$15,00 por kg ◦ Qual o nível de ração que maximiza o lucro? ◦ Qual o nível de ração que maximiza a produção física?

34  Exemplo: X 1 = 6,99 = Nível de ração que maximiza o lucro

35  Exemplo: X 1 = 7,00 = Nível de ração que maximiza a produção física

36  Insumo variável (kg ração) Quantidade produzida (kg terneiro) PMg contínuo PYPXVPMgRTCTLucro 1,0029,0036,0015,002,00540,00435,002,00433,00 1,5048,3841,2515,002,00618,75725,633,00722,63 2,0070,0045,0015,002,00675,001.050,004,001.046,00 2,5093,1347,2515,002,00708,751.396,885,001.391,88 3,00117,0048,0015,002,00720,001.755,006,001.749,00 3,50140,8847,2515,002,00708,752.113,137,002.106,13 4,00164,0045,0015,002,00675,002.460,008,002.452,00 4,50185,6341,2515,002,00618,752.784,389,002.775,38 5,00205,0036,0015,002,00540,003.075,0010,003.065,00 5,50221,3829,2515,002,00438,753.320,6311,003.309,63 6,00234,0021,0015,002,00315,003.510,0012,003.498,00 6,50242,1311,2515,002,00168,753.631,8813,003.618,88 6,99245,000,1315,002,00 3.674,9913,993.661,01 7,00245,000,0015,002,000,003.675,0014,003.661,00 7,50241,88-12,7515,002,00-191,253.628,1315,003.613,13 8,00232,00-27,0015,002,00-405,003.480,0016,003.464,00

37  Quando se utilizam insumos não-livres, isto é, que possuem preços, o nível de insumo que maximiza lucro é sempre menor que o nível de insumo que maximiza a produção física.  Assim, pode-se também definir a função de produção da firma em termos de quantidade mínima de insumos que deve ser utilizada para produzir determinado nível de produção.

38  Enquanto a firma estiver utilizando a tecnologia de produção mais eficiente à disposição no mercado, a quantidade de bens que ela consegue produzir depende: ◦ das quantidades dos diversos recursos produtivos empregados no processo de produção; e ◦ da eficiência com a qual se utilizam esses recursos produtivos.

39  Três conceitos importantes: ◦ CFT = custo fixo total; ◦ CVT = custo variável total; e ◦ CT = custo total.

40 Custo fixo total  Os insumos fixos de uma firma dão origem aos custos fixos, uma quantia que depende da quantidade de cada um dos vários insumos fixos, e dos respectivos preços pagos por eles.  O custo fixo é constante, pois eles continuam sendo incorridos mesmo que a produção seja nula.

41 Custo variável total  Da mesma forma, os insumos variáveis correspondem aos custos variáveis. Como no curto prazo uma firma pode modificar a quantidade produzida comprando mais ou menos unidades de insumos variáveis, os custos variáveis dependem e variam com a quantidade de produto e os preços pagos por cada fator variável.

42 Custo total  O custo total de uma quantidade produzida (no curto prazo) é a soma do custo fixo total com o custo variável total:  Nível de produto = 0: ◦ CVT = 0; ◦ CT = CFT.

43 Custo total CFT é paralelo ao eixo X porque independe do nível de produção 0 100 200 300 400 500 01234567891011 Produto (Ud/ano) Custos (R$/ano) CTCFTCVT CVT depende do nível de produção porque cresce com o aumento da quantidade produzida CT é paralelo à curva de CVT e são separados por uma distância equivalente ao CFT

44  Existem quatro conceitos principais derivados dos custos discutidos anteriormente: ◦ CFMe = custo fixo médio; ◦ CVMe = custo variável médio; ◦ CTMe = custo total médio; e ◦ CMg = custo marginal.

45 Custo fixo médio  O custo fixo médio é definido como o custo fixo total dividido pelas unidades de produto.

46 Custo variável médio  O custo variável médio é o custo variável total dividido pelo número correspondente de unidades do produto.

47 Custo total médio  O custo total médio é definido como o custo total dividido pelas unidades de produto correspondentes.

48 Custo marginal  O custo marginal é a variação no custo total associada à variação na quantidade de produto por unidade de tempo.  Dois tipos: ◦ Custo marginal discreto; e ◦ Custo marginal contínuo.

49 Custo marginal  Custo marginal discreto é a variação no custo total atribuída à variação de 1 (uma) unidade na quantidade de produto. Isto é, o aumento no custo total de produção de uma unidade adicional do produto é igual ao custo marginal de cada unidade.

50 Custo marginal  O custo marginal contínuo é a taxa de variação no custo total à medida que varia a quantidade de produto, e pode ser calculado a partir da primeira derivada da função de custo total.

51 Custo marginal  Entretanto, como todas as variações no custo total relacionadas ao produto são atribuíveis unicamente a variações no custo variável total, os custos marginais contínuo e discreto podem ser calculados da primeira derivada da função CVT. CM DiscretoCM Contínuo

52 0 20 40 60 80 100 120 012345678910 Custo (R$/ano) Produto (Ud/ano) CMgCTMeCVMeCFMe

53  Matematicamente, as relações entre as curvas explicitadas anteriormente são: Sendo, então:

54  Analogamente, para o custo marginal: Sendo, então:

55 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 60 02970117164205234245232 X1/X2,...,Xn PFMe PFMa PFMePFMa - 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 02970117164205234245232 X1/X2,...,Xn CMa CMe CMaCMe

56  Uma vez que o lucro corresponde à diferença entre receita total e custo total, para que possamos descobrir o nível de produção capaz de maximizar lucros de uma empresa, devemos analisar sua receita.  Essa receita é igual ao preço do produto, P, multiplicado pelo número de unidades vendidas: R = P × q

57  O custo da produção, C, também depende do nível de produção. O lucro da empresa é a diferença entre receita e custo: π (q) = R (q) – C (q)

58 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

59  Para poder maximizar lucros, a empresa opta pelo nível de produção para o qual a diferença entre receita e custo seja máxima.  De acordo com esse princípio, uma empresa escolhe o nível de produção q*, de forma que maximize o lucro (π), que corresponde à diferença AB entre a receita, R, e o custo, C.  Nesse nível de produção, a receita marginal (a inclinação da curva de receita) é igual ao custo marginal (a inclinação da curva de custo).

60 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

61  A curva da receita, R(q), é uma linha curva, que reflete o fato de que a empresa só consegue vender um nível maior de produto reduzindo o preço. A inclinação dessa curva é a receita marginal (RMg), a qual mostra em quanto varia a receita quando o nível produção aumenta em uma unidade.

62 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

63  A inclinação da curva de custo total, C(q), que mede o custo adicional da produção de uma unidade a mais de produto, é o custo marginal (CMg) da empresa. Notemos que o custo total, C(q), é positivo quando o produto é zero, porque há custos fixos no curto prazo.

64 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

65  Para a empresa ilustrada na figura, o lucro é negativo em níveis baixos de produção, pois a receita é insuficiente para cobrir os custos fixos e variáveis. À medida que o nível de produção aumenta, a receita aumenta mais rapidamente do que o custo e o lucro inevitavelmente se torna positivo.

66 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

67  O lucro continua a crescer até que o nível de produção chegue a q* unidades. Nesse ponto, a receita marginal e o custo marginal são iguais, e a distância vertical entre a receita e o custo, AB, atinge seu comprimento máximo. O produto q* é o nível que torna o lucro máximo.

68 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

69  Notemos que para níveis de produto acima de q* o custo cresce mais rapidamente do que a receita, isto é, a receita marginal torna-se menor do que o custo marginal. Assim, o lucro torna-se menor do que o máximo possível quando o produto cresce além de q*.

70 Custo, Receita, Lucro (R$/ano) C(q) R(q) π(q) Produção (unidades/ano) q*q0q0 A B

71  A regra de que o lucro é maximizado quando a receita marginal é igual ao custo marginal é válida para todas as empresas, sejam competitivas ou não.  O lucro, {π = R – C}, é maximizado no ponto em que um incremento adicional no nível de produção mantém o lucro inalterado, isto é, {Δπ/Δq = 0}.

72 Dessa forma onde ΔR/Δq é a receita marginal, RMg, e ΔC/Δq é o custo marginal, CMg. Dessa forma podemos concluir que o lucro é maximizado quando: RMg(q) = CMg(q)

73  Devido ao fato de cada empresa de um setor competitivo vender apenas uma pequena fração das vendas ocorridas no setor, a quantidade que a empresa decidir vender não terá impacto sobre o preço de mercado do produto.  O preço de mercado é determinado pelas curvas da demanda e da oferta do setor. Portanto, a empresa competitiva é uma aceitadora de preços.

74  Lembremo-nos aqui de que a aceitação de preços é uma suposição fundamental da competição total. A empresa que aceita preços sabe que sua decisão de produção não terá impacto sobre o preço do produto.  Por exemplo, quando um fazendeiro está decidindo em quantos hectares plantará milho em um determinado ano, ele segue o preço de mercado do milho. Tal preço não será afetado por sua decisão sobre a quantidade de hectares em que plantará.

75  Frequentemente estaremos interessados em fazer distinção entre as curvas da demanda de mercado e as curvas da demanda com as quais uma determinada empresa se defronta.  Adotaremos para a produção e a demanda do mercado letras maiúsculas (Q e D), sendo que a produção e a demanda da empresa serão indicadas por letras minúsculas (q e d).

76  Como aceita preços, a curva da demanda, d, com que se defronta uma determinada empresa competitiva é representada por uma linha horizontal.  Na figura a seguir, a curva demanda do fazendeiro corresponde a um preço de $18 por saca de milho. O eixo horizontal mede a quantidade de milho que o fazendeiro pode vender; o eixo vertical mede o preço.

77 Preço ($ por saca) Produção (saca) 100200 18 d

78  Uma empresa competitiva fornece apenas uma pequena parte da produção total de todas as empresas de um setor. Portanto, para a empresa, o preço do produto é dado pelo mercado, e ela escolhe seu nível de produção assumindo que o preço de mercado não será afetado por sua escolha.

79  A curva da demanda com a qual a empresa se defronta é perfeitamente elástica, mesmo que a curva da demanda de mercado apresente inclinação descendente, como apresentado nas figuras a seguir.

80 Preço ($ por saca) Produção (milhões de sacas) 100 200 18 D Preço ($ por saca) Produção (saca) 100200 18 d

81  Comparando as duas curvas apresentadas anteriormente, a curva da demanda de mercado mostra a quantidade de milho que todos os consumidores adquirirão a cada possível preço, enquanto que a curva da demanda tem inclinação descendente, pois os consumidores adquirem mais milho quando os preços são menores.

82  A curva da demanda com a qual a empresa se defronta, entretanto, é horizontal, porque as vendas da empresa não têm nenhum impacto sobre o preço de mercado.  Suponhamos que a empresa tenha elevado suas vendas de 100 para 200 sacas de milho. Isso não teria praticamente nenhum impacto no mercado, pois a produção do setor é de 100 milhões de sacas.

83  O preço é determinado pela interação entre todas as empresas e todos os consumidores do mercado, e não pela decisão de produção de uma única empresa.  Quando uma determinada empresa se defronta com uma curva da demanda horizontal, ela pode vender uma unidade adicional de produto sem que o preço sofra redução.

84  Consequentemente, a receita total aumenta em uma quantidade igual ao preço: uma saca de milho vendida por $18 gera uma receita adicional de $18. Assim, a receita marginal é constante em $18. Ao mesmo tempo, a receita média recebida pela empresa é também de $18, pois cada saca de milho produzida será vendida por $18.

85  Como a curva da demanda com a qual uma empresa competitiva se defronta vem a ser horizontal, de tal modo que RMg = P, a regra geral para maximização de lucros pode ser simplificada. A abordagem marginal para o lucro define que uma firma deve tomar qualquer ação que adicione mais à sua receita que ao seu custo.

86  Assim, a empresa competitiva deve escolher seu nível de produção de tal forma que seu custo marginal seja igual ao preço: CMg (q) = RMg = P  Observe que essa é uma regra para a determinação do nível de produção, não do preço, pois as empresas competitivas seguem o preço fixado pelo mercado.

87  Quanto uma empresa deve produzir a curto prazo quando o tamanho de sua fábrica permanece inalterado?  A seguir serão demonstradas maneiras que uma empresa pode utilizar informações sobre a receita e o custo para decidir sobre o nível de produção capaz de maximizar seus lucros.

88 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  A curto prazo, uma empresa opera com uma quantidade fixa de capital e deve escolher os níveis de seus insumos variáveis (trabalho e matéria-prima) para poder maximiza seus lucros. A figura a seguir apresenta a decisão da empresa a curto prazo.

89 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva

90  As curvas da receita média e da receita marginal são desenhadas como linhas horizontais no nível de preço igual a $40. Nessa figura, desenhamos a curva de custo total médio (CTMe), a curva de custo variável médio, CVMe, e a curva de custo marginal, CMg, para que possamos visualizar mais facilmente o lucro da empresa.

91 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  A figura demonstra que no curto prazo, a empresa maximiza seus lucros por meio da escolha de um nível de produção q*, no qual seu custo marginal, CMg, é igual ao preço, P (ou receita marginal, RMg), do produto. O lucro da empresa é medido pelo retângulo ABCD. Qualquer nível de produção inferior, q1, ou qualquer nível superior, q2, resultará em lucro menor.

92 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  O lucro é maximizado no ponto A, correspondendo ao nível de produção q* = 8 e preço de $40, pois a receita marginal é igual ao custo marginal nesse ponto. Em um nível de produção mais baixo, digamos q1 = 7, a receita marginal é maior do que o custo marginal, portanto o lucro poderia ser aumentado por meio de uma elevação da produção.

93 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  A área sombreada entre q1 = 7 e q* mostra o lucro perdido associado ao nível de produção q1. Em um nível de produção mais elevado, digamos q2, o custo marginal é maior do que a receita marginal; sendo assim, uma redução no nível de produção poupa um custo que exceda a redução na receita. A área sombreada entre q* e q2 = 9 mostra o lucro perdido associado ao nível de produção q2.

94 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  As curvas RMg e CMg cruzam-se nos níveis de produção q0 e q*. Entretanto, no ponto q0 o lucro claramente não é maximizado. Um aumento na produção além de q0 resulta em um aumento no lucro, pois o custo marginal está muito abaixo da receita marginal.

95 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  Podemos estabelecer a condição de maximização de lucro da seguinte forma: a receita marginal deve ser igual ao custo marginal em um ponto no qual a curva de custo marginal esteja subindo. Essa conclusão é muito importante porque se aplica às decisões de produção das empresas em mercados totalmente competitivos ou não.

96 Maximização de lucros a curto prazo por uma empresa competitiva  Podemos reescrevê-la da seguinte forma: Regra do Produto: se uma empresa está produzindo, ela deve fazê-lo em um nível em que a receita marginal seja igual ao custo marginal.

97 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  A figura a seguir também apresenta o lucro de uma empresa competitiva a curto prazo.  A distância AB é a diferença entre preço e custo médio no nível de produção q*, que é o lucro médio por unidade de produto. O segmento BC mede o número total de unidades produzidas. Por conseguinte, o retângulo ABCD representa o lucro total da empresa.

98 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva

99  Uma empresa nem sempre necessita obter lucros a curto prazo, como mostra a figura anterior.  A principal diferença entre essa ilustração e a do caso anterior é o custo fixo mais elevado da produção. Isso ocasiona uma elevação no custo total médio, porém não modifica as curvas de custo variável médio e de custo marginal.

100 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Uma pergunta: por que uma empresa que sofre prejuízos não abandona totalmente o setor?  A empresa pode operar com prejuízos no curto prazo, pois espera ter lucros no futuro, quando o preço de seu produto aumentar ou então quando seus custos de produção caírem.

101 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  No nível de produção q*, que maximiza lucros, o preço, P, é inferior ao custo médio, de tal forma que o segmento AB mede o prejuízo médio associado a esse nível de produção.  Da mesma forma, o retângulo ABCD agora mede o prejuízo total da empresa.

102 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  De fato, a empresa tem duas escolhas no curto prazo: ela pode produzir somente algumas unidades de produto ou pode interromper totalmente sua produção por um certo tempo.  Ela deve comparar a lucratividade das duas alternativas, escolhendo a mais lucrativa (ou a que apresentar menores prejuízos).

103 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Outra pergunta: uma firma deve produzir e sofrer uma perda?  A resposta é sim, se a firma perdesse ainda mais ao parar de produzir e fechar sua operação. Lembre-se de que, no curto prazo, uma firma deve continuar a pagar seu custo fixo total (CFT), independentemente de qual nível de produto ela produz – mesmo que não produza.

104 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Se a firma fechar, ela terá, portanto, uma perda igual ao seu CFT, já que não obterá nenhuma receita.  Mas se produzindo alguma mercadoria a firma puder reduzir sua perda para alguma coisa menor que o CFT, ela deve ficar aberta e continuar produzindo.

105 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Suponhamos, então, que o preço seja menor do que o custo médio total, tal como ocorre na figura apresentada. Se continuar a produzir, a empresa minimizará suas perdas no nível de produção q*.  Notemos que em face da presença de custos fixos, o custo variável médio é menor do que o custo total médio.

106 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva

107  Assim, uma empresa competitiva deve fechar se o preço de mercado é menor do que o custo total médio, CTMe, caso não possua custos irreversíveis que amortize e trate como fixos.  Os custos irreversíveis são os gastos feitos e que não podem ser facilmente recuperados. Um exemplo seria uma benfeitoria ou uma máquina específica para certa atividade.

108 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Se considerarmos que todos os custos fixos são também irreversíveis, ela deve produzir no curto prazo, desde que o preço seja maior do que o custo variável médio.  Quando não há custos irreversíveis, o custo total médio da empresa é igual a seu custo médio.

109 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Nesse caso, a empresa deve fechar quando o preço de venda de seu produto é menor do que o custo total médio no nível de produção que maximiza seu lucro.

110 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Suponhamos, em vez disso, que a empresa tenha um custo irreversível significativo que ela esteja tratando como um custo fixo corrente e amortizando.  Nesse caso, o retângulo CBEF representa um componente do custo total que não pode ser evitado mesmo que a empresa venha a fechar (notemos que, nesse caso, o investimento de capital não terá valor algum).

111 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva

112  Nessas condições, o custo variável médio da empresa é agora a medida apropriada do custo econômico de produção médio. Portanto, a empresa deve permanecer no negócio enquanto o preço de seu produto for maior do que o custo variável médio no nível de produção que maximiza seu lucro.

113 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Para entender mais claramente a decisão de fechar, vamos pensar nos custos variáveis totais (CVT) da firma.  Os gerentes das firmas geralmente chamam o CVT de custo operacional efetivo da firma, já que esta paga esses custos variáveis quando continua a operar.

114 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Se uma firma, ao ficar aberta, consegue obter receita mais que suficiente para cobrir seus custos operacionais efetivos, ela está fazendo um lucro operacional (RT > CVT).  Ela não deve fechar, pois seu lucro operacional pode ser utilizado para ajudar a pagar seus custos fixos.

115 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Se a firma, porém, não pode nem mesmo cobrir seu custo operacional ao ficar aberta, isto é, se ela sofre uma perda operacional (RT < CVT), ela deve, definitivamente, fechar.  Continuar a operar apenas adiciona mais perda à firma, aumentando acima dos custos fixos a perda total.

116 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Isso sugere a seguinte diretriz – chamada regra do fechamento – para uma firma com perda: Regra de Fechamento: no curto prazo, a firma deve continuar a produzir se a RT exceder o total dos custos variáveis; caso contrário, deve fechar.

117 Lucratividade a curto prazo da empresa competitiva  Assim, considerando Q* o nível de produção no qual RMg = CMg, no curto prazo: ◦ Se RT > CVT em Q*, a firma deve continuar produzindo; ◦ Se RT < CVT em Q*, a firma deve fechar; ◦ Se RT = CVT em Q*, a firma deve ser indiferente entre fechar e continuar produzindo.


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