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«oikonomia» O núcleo central das Ciências Econômicas, seu campo de ação e sua definição derivariam da própria etimologia da palavra economia (do grego.

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1 «oikonomia» O núcleo central das Ciências Econômicas, seu campo de ação e sua definição derivariam da própria etimologia da palavra economia (do grego oikonomia, de oikos = casa, nomos = lei). Tratava-se, pois, de um ramo do conhecimento destinado a abranger apenas o campo comunal da atividade econômica, em suas mais simples funções de produção e distribuição. A «oikonomia» era «a ciência do abastecimento, que trata da arte da aquisição» (Aristóteles).

2 «économie politique» Antoine de Montchrétien, 1615, «Traité de I`Économie Politique». Até 1615 usava-se somente o termo Economia, a partir desse ano ele acrescentou «Política», que ficou «Economia Política». «A ciência da aquisição da riqueza, comum ao Estado e a família». A atividade econômica está sujeita à política

3 «economia política»

4 Definição do conceito de «política» em David Easton «Atribuição imperativa de valores para uma dada sociedade». D. Easton. 1965. A Framework for Political Analysis. Englewood Cliffs. «política»

5 «economics» «Economics is the science which studies human behaviour as a relationship between ends and scarce means which have alternative uses» Lionel Robbins, 1932, Essay on the Nature and Significance of Economic Science, Macmillan, London, 1945, pag. 16. «economia política»

6 Mercantilismo | 1 Princípios do mercantilismo (a) Philipp von Hörnigk em Österreich Über Alles, Wenn Sie Nur Will 1.Que cada polegada do chão de um país seja utilizada para a agricultura, a mineração ou as manufaturas. 2.Que todas as primeiras matérias que se encontrem num país sejam utilizadas nas manufaturas nacionais, porque os bens acabados têm um valor maior que as matérias-primas 3.Que seja fomentada uma população grande e trabalhadora. 4.Que sejam proibidas todas as exportações de ouro e prata e que todo o dinheiro nacional seja mantido em circulação. Philipp von Hörnigk Österreich Über Alles, Wenn Sie Nur Will (1684), (Austria acima de tudo, se Ela quiser)

7 Mercantilismo | 2 [...] Princípios do mercantilismo (b) Philipp von Hörnigk em Österreich Über Alles, Wenn Sie Nur Will 5. Que seja obstaculizado tanto quanto for possível todas as importações de bens estrangeiros 6. Que onde sejam indispensáveis determinadas importações devam ser obtidas de primeira mão, em troca de outros bens nacionais, e não de ouro e prata. 7. Que na medida em que for possível, as importações sejam limitadas às primeiras matérias que possam acabar-se no país. 8. Que sejam procuradas constantemente as oportunidades para vender o excedente de manufaturas de um país aos estrangeiros, na medida necessária, em troca de ouro e prata. 9. Que não seja permitida nenhuma importação se os bens que se importam existissem suficiente e adequadamente no país. Philipp von Hörnigk Österreich Über Alles, Wenn Sie Nur Will (1684), (Áustria acima de tudo, se Ela quiser)

8 O Estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infraestruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. Mercantilismo | 3 Thomas Mun (1664), England’s Treasure By Foreign Trade, London, T. Clark. William Petty (1662), A Treatise of Taxes and Contributions, New York, McKelley, tr. It. Scritti: nascita delle scienze sociali, Milano, Iota Libri, 1972. William Petty (1690), Political Arithmetick, tr. It. E. Zagari (a cura di), Aritmetica Politica, Napoli, Liguori, 1986

9 John Locke, A Review of the universal remedy for all diseases incident to coin. With application to our present circumstances. In a letter to Mr. Locke. 1696. London: A. and J. Churchill. Wing R1200. ———. 1696. Several papers relating to money, interest and trade, &c. Writ upon several occasions, and published at different times. London: A. and J. Churchill. Includes advertisements. Mercantilismo | 4

10 Mercantilismo | 5 Noções básicas acerca do conceito de «valor»: 1. o preço das mercadorias corresponde ao seu valor atual de mercado; 2. o valor de mercado é determinado pela interação entre oferta e demanda; 3. o valor de uma coisa deriva do seu uso (valor de uso) enquanto o preço depende de abundância ou escassez.. Barbon, N. 1696. A discourse concerning coining the new money lighter, in answer to Mr. Locke’s considerations about raising the value of money. London: printed for Richard Chiswell. Barbon, N. 1690. A discourse of trade. London: printed for Tho. Milbourn.

11 Império Colonial Holandês | 1 A República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos desenvolveu-se e tornou-se uma das mais importantes potências navais e econômicas do século XVII. Neste período, conhecido como o Século de Ouro («gouden eeuw»), os Países Baixos estenderam suas redes comerciais por todo o planeta, estabelecendo colônias em lugares tão distantes quanto Java e o nordeste brasileiro (Brasil neerlandês). John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

12 Império Colonial Holandês | 2 Apesar de não ter sido tão extenso como outros impérios, ainda assim tinha presença em todos os continentes, desde as Índias Orientais Neerlandesas (atual Indonésia), passando pela colônia do Cabo (na África do Sul) até as Caraíbas, onde ainda subsistem as Antilhas Neerlandesas, que são ainda parte do Reino dos Países Baixos, embora autônomas. Nova York foi fundada como um posto de troca comercial pelos Holandeses em 1624. John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

13 Tulipomania | 1 As tulipas foram introduzidas nos Países Baixos no século XVI. No começo do século XVII, a flor já era muito usada na decoração de jardins e também na medicina. Apesar de não terem perfume e florescerem apenas por uma ou duas semanas ao ano, os jardineiros holandeses apreciavam as tulipas por sua beleza. As mais espetaculares e altamente desejadas tinham cores vívidas, linhas e pétalas flamejantes. A tulipa se tornara um cobiçado artigo de luxo e símbolo de status social. Possuir tulipas era um meio de impressionar: competição entre membros das altas classes pela posse das variedades mais raras. John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

14 Tulipomania | 2 Muitos mercadores, artesãos e colecionadores preferiam colecionar e pintar tulipas a quadros. Rapidamente a popularidade das flores aumentou. Mudas especiais recebiam denominações exóticas ou nomes de almirantes da marinha holandesa. Suas flores, muito apreciadas por sua beleza, passaram a ser muito procuradas, favorecendo o aumento dos preços. Com o passar dos anos, os preços aumentavam cada vez mais rápido, tornando o comércio de bulbos de tulipas bastante lucrativo. John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

15 Tulipomania | 3 Os preços disparam. Em 1623, um simples bulbo de uma variedade famosa de tulipa poderia custar muitos milhares de florins neerlandeses. Tulipas foram trocadas por terras, animais valiosos. Algumas variedades podiam custar mais que uma casa em Amsterdã. Dizia-se que um bom negociador de tulipas conseguia ganhar seis mil florins por mês, quando a renda média anual, à época, era de 150 florins. Um bulbo de tulipa passou a ser vendido pelo preço equivalente a 24 toneladas de trigo. Paul Strathern (2003), Uma breve história da economia, Jorge Zahar Editor, 2003.

16 Por volta de 1635, a venda de 40 bulbos por 100.000 florins foi um recorde. Para efeito de comparação, uma tonelada de manteiga custava algo em torno de 100 florins e oito porcos graúdos custavam 240 florins. O recorde foi a venda de um dos mais famosos bulbos, o Semper Augustus, por 6.000 florins, em Haarlem. Em meados da década de 1630 surgiram contratos de futuros para negociar os bulbos antes mesmo da colheita. Em 1636, tulipas eram vendidas nas bolsas de valores de numerosas cidades holandesas. O comércio das flores era encorajado por todos os membros da sociedade; muitas pessoas vendiam ou negociavam suas posses no intuito de especular no mercado de tulipas. Alguns especuladores tiveram muito lucro, enquanto outros perderam tudo ou quase tudo o que tinham. Tulipomania | 4 N. W. Posthumus (1928), The Tulip Mania in Holland in the years 1636 e 1637, “Journal of Economic and Business History”, Vol. I.

17 Crise das tulipas | 1 Em fevereiro de 1637, os comerciantes de tulipas não conseguiam mais inflacionar os preços de seus bulbos e então começaram a vendê-los. Começou-se a suspeitar que a demanda por tulipas não duraria e isso propagou o pânico no mercado. A bolsa de valores estourou. John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

18 Crise das tulipas | 2 N. W. Posthumus (1928), The Tulip Mania in Holland in the years 1636 e 1637, “Journal of Economic and Business History”, Vol. I.

19 Crise das tulipas | 3 N. W. Posthumus (1928), The Tulip Mania in Holland in the years 1636 e 1637, “Journal of Economic and Business History”, Vol. I.

20 Crise das tulipas | 4 Alguns deixaram de segurar contratos para compra de tulipas, estabelecidos a preços que agora eram dez vezes maiores que os preços de mercado; outros acharam-se na posse de bulbos cujo preço era muito inferior ao que haviam pago. Consequentemente, milhares de holandeses, incluindo executivos e membros da alta sociedade, ruíram financeiramente. As pessoas permaneceram abarrotadas de bulbos comprados antes da quebra. John Kenneth Galbraith (1990), A Short History of Financial Euphoria. Financial Genius Is Before the Fall. tr. It. (1991), Breve storia dell’euforia finanziaria, BUR, Milano.

21 Zwaagdijk-oost - Holanda - 2009

22 Niedorp - Holanda - 2010

23 Alkmaar - Holanda - 2010

24 Bloembolenstreek - Holanda - 2010

25 No livro Memorando de extraordinários engodos populares e a loucura das multidões, o jornalista inglês Charles Mackay conta uma história da época: Charles Mackay, Extraordinary Popular Delusions and the Madness of Crowds, L.C. Page, Boston, 1932, p. 92. «Um rico mercador havia pago 3.000 florins (280 libras esterlinas) por uma rara tulipa Semper Augustus que desaparece de seu depósito. Depois de vasculhar todo o depósito, viu um marinheiro, que havia confundido o bulbo da tulipa por uma cebola, comendo a tulipa. O marinheiro foi prontamente preso e passou seis meses na prisão». Preço e valor | 1 O preço de uma mercadoria é igual ao seu «valor»?

26 Teoria mercantilista 1. o preço das mercadorias corresponde ao seu valor atual de mercado; 2. o valor de mercado é determinado pela interação entre oferta e demanda; 3. o valor de uma coisa deriva do seu uso (valor de uso) enquanto o preço depende de abundância ou escassez. A crise das tulipas confirma estes assuntos? Barbon, N. 1696. A discourse concerning coining the new money lighter, in answer to Mr. Locke’s considerations about raising the value of money. London: printed for Richard Chiswell. Barbon, N. 1690. A discourse of trade. London: printed for Tho. Milbourn. Preço e valor | 2

27 Fisiocracia provém do grego: phisis (natureza), cratos (poder), o que significa “poder da natureza”. Grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico. Os fisiocratas eram discípulos intelectuais de François Quesnay. A ordem natural é uma ordem providencial, pois é desejada por Deus. Por ser providencial é a melhor possível, e, portanto, deve ser deixada livre para o alcance do progresso econômico e social (raiz da doutrina liberal – laissez-faire). François Quesnay | 1 Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

28 François Quesnay | 2 Quesnay acreditava que somente a agricultura era criadora de riqueza, já que a indústria limitava-se a transformar a matéria. Assim, os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Trata-se pois de uma visão defensora da liberdade económica, expressa na máxima «Laissez-faire, laissez- passer, le monde va de lui-même» («deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo», este era o símbolo do liberalismo). Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

29 Critica de Quesnay aos mercantilistas: [...] contra uma política que havia abandonado a agricultura [...]; [...] contra a proibição da livre circulação de cereais; Criticas à ideia de que as riquezas de uma nação se regulam pela massa de riquezas pecuniárias (estoques de divisas). François Quesnay | 3 Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

30 O melhor Estado era aquele que menos governava e este só se deveria interessar com a manutenção da ordem, da propriedade e da liberdade individual. As suas teorias seriam desenvolvidas pelos seus discípulos (Turgot, Gournay) e viriam a influenciar o pensamento de Adam Smith. Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a procura do produto, maior seu preço. Contrariamente, quanto menor a procura, menor o preço. Se existir liberdade, produz-se e consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e equilíbrio. François Quesnay | 4 Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

31 A sociedade se compõe de três classes: i) produtiva, formada pelos agricultores, ii) classe dos proprietários imobiliários/nobreza, iii) estéril (comerciantes, artesãos/membros das corporações urbanas). A circulação de riquezas ocorre entre essas diferentes classes (ideia do fluxo circular de renda retomada por economistas modernos). François Quesnay | 5 Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

32 Produção e distribuição da riqueza: o «tableau economique» Quesnay A classe proprietária (donos de terreiros) recebe recursos (o “produit net”) provenientes da classe produtiva. A classe estéril produz produtos para a “classe produtiva” e a “classe proprietária”. A “classe produtiva” produzir alimentos e matérias-primas para a agricultura Quesnay F. (1758), Tableau économique, Paris, tr. It. Il tableau économique e altri scritti, (org.) M. Ridolfi, Milano, Isedi, 1973.

33 Thomas Robert Malthus | 1 Em 1798, Malthus publicou seu Ensaio sobre a população, no qual desenvolveu uma teoria demográfica que se apoiava basicamente em dois postulados: 1.o crescimento da população; 2.a produção de alimentos. Crescimento populacional humano em bilhões de habitantes segundo Malthus: 1 a 2 bilhões de pessoas entre 1850 a 1925 - 75 anos 2 a 3 bilhões de pessoas entre 1925 a 1962 - 37 anos 3 a 4 bilhões de pessoas entre 1962 a 1975 - 13 anos 4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1985 - 10 anos 5 a 6 bilhões de pessoas entre 1985 a 1993 - 8 anos 6 a 7 bilhões de pessoas entre 1993 a 1999 - 6 anos. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London.

34 A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. A população cresceria, portanto, em «progressão geométrica» (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável, que cresceria sem parar. O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em «progressão aritmética» (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos continentes. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London. Thomas Robert Malthus | 2

35 Com base nesses dados, Malthus concluiu que inevitavelmente a fome seria uma realidade caso não houvesse um controle imediato da natalidade. A população está em explosão demográfica desde a revolução industrial, que começou na Inglaterra no século XVII por volta de 1650. A superpopulação fica então sem controle até que surjam predadores que façam esse controle externo ou se os predadores e parasitas (doenças) não aparecerem, o descontrole continua até que acabe o alimento disponível no ambiente, gerando competição intraespecífica e controle populacional por fome. No caso da população humana, esse controle vem sendo feito com guerras, doenças e miséria. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London. Thomas Robert Malthus | 3

36 Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London. Thomas Robert Malthus | 4

37 A solução defendida por Malthus seria: 1.A sujeição moral de retardar o casamento; 2.A prática da castidade antes do casamento; 3.Ter somente o número de filhos que se pudesse sustentar. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London. Thomas Robert Malthus | 5

38 Falhas da teoria de Malthus Hoje, verifica-se que suas previsões não se concretizaram: a população do planeta não duplicou a cada 25 anos, e a produção de alimentos se acelerou graças ao desenvolvimento tecnológico. Mesmo que se considere uma área fixa de cultivo, a quantidade produzida aumentou, uma vez que a produtividade (quantidade produzida por área; toneladas de arroz por hectare, por exemplo) também vem aumentando ao longo das décadas. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London.

39 Por que Malthus errou? Essa teoria, quando foi elaborada, parecia muito consistente. Os erros de previsão estão ligados principalmente às limitações da época para a coleta de dados, já que Malthus tirou suas conclusões partindo da observação do comportamento demográfico em uma determinada região, com população predominantemente rural, e as considerou válidas para todo o planeta no transcorrer da história, sem considerar os progressos técnicos advindos da natural evolução humana. Não previu os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura. Thomas Robert Malthus, 1798, An Essay on the Principle of Population, J. Johnson, London.

40 Reflexões finais Desde que Malthus apresentou sua teoria, são comuns os discursos que relacionam de forma simplista a ocorrência da fome no planeta ao crescimento populacional. A fome que castiga mais da metade da população mundial é resultado da má distribuição da renda e não da carência na produção de alimentos. Nos primeiros anos do século XXI, a produção agropecuária mundial era suficiente para alimentar cerca de 9 bilhões de pessoas, enquanto a população do planeta era pouco superior a 6 bilhões. «Provisions» e « entitlements» em Amartya Sen. Sen, Amartya, Poverty and Famines : An Essay on Entitlements and Deprivation, Oxford, Clarendon Press, 1982a.

41 http://www.indexmundi.com/pt/pre%C3%A7os-de-mercado/?mercadoria=%C3%ADndice-de-pre%C3%A7os-n%C3%A3o- combust%C3%ADveis&meses=300

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45 Ricardo | Lei dos rendimentos decrescentes David Ricardo, The Iron Law of Wages, 1817, em J. R. McCulloch, ed. (London: John Murray, 1881), pp. 31, 50-58.

46 Ricardo | Teoria da Distribuição de Renda A aplicação conjunta de trabalho, maquinaria e capital no processo produtivo gera um produto, o qual se divide entre as três classes da sociedade: 1. os proprietários de terra (sob a forma de renda da terra), 2. os trabalhadores assalariados (sob a forma de salários) e 3. os arrendatários capitalistas (sob a forma de lucros do capital). O papel da ciência econômica seria, então, determinar as leis naturais que orientam essa distribuição, como modo de análise das perspectivas atuais da situação econômica, sem perder a preocupação com o crescimento em longo prazo. David Ricardo, The Iron Law of Wages, 1817, em J. R. McCulloch, ed. (London: John Murray, 1881), pp. 31, 50-58.

47 Essa mudança de enfoque fica explícita no prefácio de Princípios de Economia Política e de Tributação, quando Ricardo afirma, categoricamente, que «O produto da terra, tudo o que se extrai da sua superfície pela aplicação conjunta do trabalho, equipamento e capital é dividido pelas três classes da comunidade, quer dizer, o proprietário de terra, o possuidor do capital necessário para o seu cultivo e os trabalhadores que a amanham. Porém, cada uma destas classes terá, segundo o avanço da civilização, uma participação muito diferente no produto total da terra, participação esta denominada respectivamente de renda, lucros e salários; esta situação dependerá principalmente da fertilidade da terra, da acumulação de capital, da densidade da população e da habilidade, inteligência e alfaias aplicadas na agricultura. O principal problema da Economia Política consiste em determinar as leis que regem esta distribuição (...)». (Ricardo, 1965, p. 25). Ricardo | Teoria da Distribuição de Renda

48 Ricardo | Lei de ferro dos salários A «lei de ferro dos salários», segundo a qual são inúteis todas as tentativas de aumentar o ganho real dos trabalhadores porque os salários permanecerão, forçosamente, próximos ao nível de subsistência, resume as doutrinas de livre mercado de David Ricardo, que formalizou a emergente ciência da economia no século XIX. David Ricardo, The Iron Law of Wages, 1817, em J. R. McCulloch, ed. (London: John Murray, 1881), pp. 31, 50-58.

49 Ao final do processo, o Valor dos Fatores de Produção se igualariam ao Trabalho. Daí a abstração máxima alcançada pela Economia Política clássica: Valor da mercadoria = Trabalho humano Ricardo | Teoria do valor David Ricardo, The Iron Law of Wages, 1817, em J. R. McCulloch, ed. (London: John Murray, 1881), pp. 31, 50-58.


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