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EMOÇÕES Davidoff, L.L. Emoção e Ajustamento in: Introdução à Psicologia. São Paulo: Makron Books, 2001. Penna, A. G. Teorias da Emoção in: Introdução.

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1 EMOÇÕES Davidoff, L.L. Emoção e Ajustamento in: Introdução à Psicologia. São Paulo: Makron Books, 2001. Penna, A. G. Teorias da Emoção in: Introdução à Motivação e Emoção. Rio de Janeiro: Imago, 2001. FTC – PROFª SIMONE JÖRG

2 Emoções Universais Nº emoções ? 06 emoções no mundo:
1- alegria; 2- raiva; 3-desagrado; 4- medo; 5- surpresa e 6- tristeza (Ekman, 1982). Várias outras também podem ser universais: - interesse; - vergonha; - desprezo e – culpa (Ekman, 1982; Izard, 1982). * Evidência das emoções universais: pesquisa que observa como as pessoas rotulam as emoções expressas no rosto humano (culturas isoladas – aborígenes da Nova Guiné e a de Dani, no oeste do Irã)

3 Emoções Universais Pessoas cegas e surdas: expressam suas emoções com as mesmas expressões faciais (Goodenough, 1932). Emoções básicas surgem cedo: e as pessoas aprendem a identificar as mesmas emoções em outras pessoas muito antes de ir para a escola (Kreutzer & Charlesworth, 1973). Emoções são programadas nos seres humanos por meio de seus genes.

4 PRIMEIRAS EMOÇÕES Choro: incômodo do bebê em função do surgimento de necessidades como a fome. Reações positivas, como alegria, surgem quando as necessidades do recém-nascido são satisfeitas – quando levados ao colo e após uma refeição. Os recém-nascidos sobressaltam-se, mostrando assim um primeiro sinal de medo (Buechler & Izard, 1983; Plutnick, 1983; Stenberg et al., 1982). 4-6 semanas: os bebês sorriem para as pessoas que reconhecem. 3-4 meses: expressam raiva, surpresa e tristeza (Malatesta & Haviland, 1982). 6-8 meses: medo e inibição (como vergonha e timidez). 2º ano de vida: Desprezo e Culpa.

5 Primeiras emoções Recém-nascidos demonstram sofrimento quando outros bebês choram (Hoffman, 1978; Martin, 1980: Sagi & Hoffman, 1976). Reagem – a choros não-humanos igualmente altos, ao choro de crianças mais velhas e a gravações de seu próprio choro: tipo rudimentar de empatia. Charles Darwin ( ) via as emoções como algo geneticamente programado nos animais para fins de sobrevivência. Os afetos comunicam informações vitais (Plutchik, 1983). Choro – faz com que um adulto preocupado providencie o alívio. O desagrado facilita a remoção da substância nociva. O sorriso revela aos pais aquilo que é agradável e ajuda a assegurar um vínculo forte.

6 A natureza das emoções São feitas de componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos. ASPECTOS SUBJETIVOS: sentimentos e pensamentos; Harold Schlosberg (1954) descobriu três dimensões (escalas classificatórias)que descrevem confiavelmente os sentimentos refletidos no rosto: Agradável a desagradável: alegria = agradável; a raiva, o medo e o desagrado não o são. Atenção à experiência à rejeição. As pessoas prestam atenção naquilo que as surpreende ou amedronta, e tendem a rejeitar aquilo que as desagrada ou entristece. Intenso ao neutro: sentimentos felizes como variando de alegria, que é intensa, a contentamento, um estado mais brando.

7 A natureza das emoções Componentes comportamentais: durante as respostas emocionais, o comportamento inclui expressões faciais, gestos e ações – Hereditariedade: modela a gama de respostas humanas às emoções; expressões emocionais também são aprendidas: mostrar a língua como um cumprimento amigável no Tibet; bater palmas quando preocupado; coçar orelhas e bochechas quando feliz (na China) (Klineberg, 1938). Componentes Fisiológicos: fisiologista Walter Cannon (1932): o componente físico de uma emoção intensa supre os animais de energia, a qual ajuda a lidar com as emergências que originaram a emoção (respostas de luta ou fuga).

8 Componentes Fisiológicos
As reações fisiológicas a todas as emoções são similares? Cannon: respostas físicas à dor, à raiva e ao medo são = Paul Ekman (1983): atores reproduziram expressões faciais específicas a várias emoções, monitoraram batimento cardíaco e temperatura cutânea. Resultado: # respostas associadas a # emoções. Raiva / medo (08 batimentos p/min) Felicidade (2,6 batimentos p/min) As reações fisiológicas às mesmas emoções são uniformes? Quando você está triste, seu corpo responde da mesma forma que qualquer outro corpo humano? Os seres humanos diferem em quantidade e qualidade na resposta emocional: Recém-nascido: mudanças autonômicas acentuadas e outros quase não reagem; Bebê reage ao estresse: secreção de suco gástrico; ou aceleração do batimento cardíaco; ou elevação da temperatura

9 Componentes interativos
Pensamentos, sentimentos, expressões faciais, atos e fisiologia exercem influência entre si. Pensamentos alteram os sentimentos (Ellis, 1985): se você está bravo com X, pode intensificar sua raiva pensando em todas as coisas irritantes que X fez recentemente e classificando todas as qualidades deploráveis (ou o contrário!) Medo: Ficar sozinho à noites Pensamentos alteram reações físicas: autópsias de vítimas de doenças (02 grupos; 01 ciente e o outro não) – exames pnas ost- mortem – ausência de sinais fisiológicos de estresse nas vítimas não cientes (T. Symington e colab.). Expressões faciais alteram tanto a fisiologia quanto os sentimentos (Zajonc, 1985b). Riso: músculos se contraem aumentando o fluxo sanguíneo criando uma sensação de bem-estar.

10 Emoções Ambivalentes Amar e odiar a mesma pessoa; recear e desejar pela mesma aventura – a ambivalência pode ser a regra (Folkman & Lazarus, 1985; Schwartz, 1978). - Você é despedido de um emprego do qual não gosta. - Você precisa terminar um namoro mesmo gostando muito dele(a) As emoções também estão ligadas a motivos (Buechler & Izard, 1983; Tomkins, 1979) ex: quando as pessoas estão privadas de algo de que necessitam – comida-, elas sentem raiva ou tristeza ou ansiedade. Motivo-emoção: via de mão dupla – motivos geram emoções. E emoções geram motivos.

11 Emoções volúveis – Teoria do processo oponente
Afetos e humores brandos parecem predominar (Izard & Malatesta, 1984); raramente as pessoas são presas de emoções violentas. Richard Solomon (1977,1980): o cérebro humano mantém o equilíbrio por meio da neutralização da intensidade das emoções fortes (positivas e negativas). A teoria do processo oponente de Solomon apresenta uma série de fases: 1.Experiências = emoções fortes (cão solto numa rua solitária = medo) 2. Emoções evocadas pelas experiências despertam pós-reações; ex: ansiedade = pós-reação de calma. 3. Pós-reação opõe-se ou suprime a força do afeto que a despertou; ex: cão – pós-reação de calma suprime a tensão. 4. Término de uma experiência – a emoção despertada desaparece e a pós-reação persiste. 5. Recorrência de experiências similares = emoção evocada pela experiência enfraquece, ao passo que a pós-reação intensifica-se. Ex; ameaçado, repetidamente, por cães rosnadores, experimentaria menos ansiedade e mais conforto a cada episódio.

12 TEORIAS DA EMOÇÃO TEORIA PERIFÉRICA DE WILLIAM JAMES: a emoção é a consciência de perturbações fisiológicas. Ex: percebo um urso, corro e, porque corro, tenho medo. O medo, no caso a emoção a se considerar, não proviria diretamente da percepção do animal, mas das modificações fisiológicas que se instalariam no organismo após a visualização da fera. Eventos que incitam emoções despertam respostas periféricas (controladas pelo sistema nervoso periférico, responsável pelos reflexos e reações fisiológicas). Objeções em função da perspectiva fenomenológica – J.P. Sartre (1948) em que se surpreende, por exemplo, com a possibilidade de simples perturbações fisiológicas se correlacionarem com estados de raiva ou de terror. “O terror é um estado”, escreve, “extremamente penoso, insuportável mesmo e parece inconcebível que um estado corporal apreendido pelo que ele tem de próprio apareça à consciência com este caráter atroz”.

13 TEORIAS DA EMOÇÃO A TEORIA DE PIERRE JANET: conceituação de emoção como forma desadaptada de conduta. Diante de situação difícil, conduta superior falha, liberam-se formas inferiores de resposta – suprimem toda ação útil por “convulsões absurdas” - explicação mecanicista. Sartre propõe uma alternativa de interpretação finalista para a teoria de Janet. A conduta inferior não se proporia porque a superior se revelaria difícil, mas para que a superior não viesse a se propor ou processar. (o próprio enfermo quem proclama o seu fracasso antes mesmo de se lançar na luta, e a conduta emocional visa a mascarar a impossibilidade de se estruturar conduta adaptada.

14 TEORIAS DA EMOÇÃO A TEORIA E LEWIN-DEMBO: núcleo da teoria está representado pelo conflito que decorre da situação proposta a um sujeito. O conflito supõe a formação da tensão com escoamento previsto: (1) através da solução adequada; (2) por comportamentos substitutivos; (3) por meio de respostas emocionais. Respostas primitivas: formas primitivas de solução do impasse. Representariam maneiras de se destruir situação problematizada ante a impossibilidade de solução adequada.

15 TEORIAS DA EMOÇÃO A TEORIA PSICANALÍTICA DAS EMOÇÕES: Freud centraliza a discussão em torno do conceito de afeto em seus primeiros estudos sobre histeria (1895) – instalação do sintoma histérico associado a um traumatismo cuja descarga sofreu bloqueio. Desde logo se percebe que a possibilidade do escoamento adequado vincula-se à da evocação do episódio traumatizante. As cargas afetivas: podem escoar através de 03 mecanismos – (1) o da conversão (histeria); (2) o do deslocamento do afeto (obsessões); (3) o da transformação do afeto (a neurose da angústia e da melancolia). O tema surge, principalmente, em seus trabalhos metapsicológicos: “Repressão” e “O inconsciente”, ambos de 1915. Afetos vinculados a um processo genético: “reproduções de acontecimentos de importância vital e eventualmente pré-individuais, comparáveis a acessos histéricos universais, típicos e inatos” (p.106).

16 TEORIAS DA EMOÇÃO TEORIA DE WALTER CANNON: emoção é a expressão da mobilização de mecanismos apropriados para a redução de situação de emergência. Proporciona suprimento adicional para a ação vigorosa; um estado de prontidão fisiológico, para que o corpo cumpra ação eficaz e intensa. Suas contribuições centralizam-se em duas afirmações: (1) enfatiza a importância do hipotálamo; (2) destaca o significado de emergência da conduta em análise. Distinguem-se nela um aspecto crítico e um aspecto construtivo: o crítico diz respeito à rejeição da teoria periférica de James; o aspecto construtivo expressa-se pela teoria talâmica da emoção, também sustentada por Philip Bard.

17 RAIVA E AGRESSÃO Raiva: emoção caracterizada por fortes sentimentos de contrariedade, os quais são acionados por ofensas reais ou imaginárias. Agressão: qualquer ato praticado com o fim de ferir ou prejudicar uma vítima involuntária (Zillmann, 1979).

18 RAIVA E AGRESSÃO COMO AS PESSOAS EXPRESSAM RAIVA?
1. Agredir verbal ou simbolicamente ou punir diretamente o ofensor (agressão simbólica: “estou com vontade de te...”) 2. Negar ou remover algum benefício costumeiramente desfrutado pelo ofensor (sabotar, castigar, punir) 3.Agredir fisicamente ou punir diretamente o ofensor (violência gangue rival/preconceito homofóbico/indígena: índio queimado em Brasília) 4.Agredir, danificar ou prejudicar algo ou alguém importante para o ofensor (filho de pais separados; agressão ao patrimônio) 5. Pedir a um terceiro para que “dê o troco” ao ofensor ou para que o puna (“puxar o tapete”/pagar alguém para...)

19 RAIVA E AGRESSÃO AGRESSÃO REDIRECIONADA
6. Descontar a raiva em outra pessoa que não o ofensor; isto é, agressão (física, verbal ou outra) dirigida a um indivíduo não relacionado com a instigação (bater na criança) 7. Descontar a raiva em ou atacar um objeto inanimado não relacionado com a instigação (chutar o cachorro/ acelerar o carro)

20 RAVIA E AGRESSÃO RESPOSTAS NÃO AGRESSIVAS
Esclarecer o incidente com o ofensor sem exibir hostilidade Conversar sobre o incidente com uma pessoa neutra, não envolvida no assunto, sem qualquer intenção de prejudicar o ofensor ou desabonar sua imagem Engajar-se em atividades calmantes (por exemplo, sair para caminhar) Engajar-se em atividades opostas à da expressão da raiva (por exemplo, ser superamistoso com o instigador) Fonte: Averill, 1979.

21 A LIGAÇÃO RAIVA-AGRESSÃO
Tanto a frustração como o sofrimento levam ao sentimento de raiva e provocam agressão A frustração surge quando um obstáculo impede as pessoas de fazer algo que desejam, de atingir um objetivo ou satisfazer uma necessidade, um desejo ou uma expectativa. Situações comuns de frustração e raiva: violação de expectativas ou desejos pessoais, comportamento socialmente inaceitável, negligência ou indiferença, falta de visão e prejuízo da auto-estima ou orgulho pessoal (Averill, 1982,1983)

22 A LIGAÇÃO RAIVA-AGRESSÃO
Nem todas as frustrações provocam raiva Eventos frustrantes inevitáveis, justificáveis ou fortuitos: os participantes do experimento de Averill não sentiam raiva Circunstâncias mitigadoras: comportamento desagradável devido a tensão de um exame escolar, menor propensão em sentir raiva do que se não houvesse uma desculpa (Zillmann & Cantor, 1976)

23 A LIGAÇÃO RAIVA-AGRESSÃO
FONTES DE FRUSTRAÇÃO Tédio: alguns psicólogos acreditam que o tédio é frustrante, e está por detrás do terrorismo e da delinquência (pessoas entediadas e zangadas à procura de dar algum sentido à sua vida vazia). A delinquência pode surgir em parte de uma fonte similar: demasiado tempo livre, pouco a fazer e uma enorme necessidade de estimulação (Farley, 1973) O Conflito: Cerca de 2/3 dos assassinatos ocorridos nos Estados Unidos são cometidos por parentes, amigos e conhecidos durante discussões (Lunde, 1975) Pessoas que maltratam crianças pequenas demonstram baixa tolerância à frustração e geralmente explodem e agridem fisicamente ao tentar resolver um conflito (Kempe & Helfer, 1982).

24 A LIGAÇÃO RAIVA-AGRESSÃO
Dor: imediatamente após receberem um choque, certos animais atacam quase qualquer coisa que virem pela frente como que um reflexo. Calor intenso, agressão física e outras fontes de dor também estimulam respostas agressivas (Moyer, 1976) Diferentemente, o ser humano não lida com a dor por meio de agressão reflexa. Todavia, quando submetidos a experiências mental ou fisicamente desagradáveis (odores fétidos, temperaturas altas, informações atemorizantes, insultos, fumaça irritante etc.), os seres humanos tornam-se mais propensos a agredir (Berkowitz, 1983) (metrópoles/grandes cidades) Da mesma forma, o sofrimento de pessoas deprimidas parece torná-las hostis e propensas a agredir

25 AGRESSIVIDADE INDUZIDA
Nem sempre a raiva e agressão estão relacionadas As pessoas podem sentir raiva mas lidar com ela de forma não agressiva, como podem também ser agressivas em decorrência de incentivos (eventos que incitam a ação) A obediência pode ser um incentivo à agressão (durante a guerra, os soldados matam para obedecer ordens, pelo menos em parte) Pressões sociais podem estimular atos hostis. Delinquência de gangues ex:violência física presenciada por seus membros pode “somar pontos”; a brutalidade eleva o status, o respeito e a auto- estima (Filme: Cidade de Deus); ex: dinheiro: os membros de gangue podem ganhar mais dinheiro com terrorismo e extorsão do quem com salário-desemprego ou desempenhando serviços subalternos

26 INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS SOBRE A AGRESSIVIDADE
INSTINTOS AGRESSIVOS (Freud, 1909 – 1957): Se os indivíduos não encontram um escape, acreditava Freud, os instintos agressivos acumulam-se e finalmente explodem, rompendo em violência Konrad Lorenza (renomado etologista asutríaco; 1966): todos os animais (incluindo os seres humanos) nascem com instintos agressivos que os ajudam a sobreviver É controvertida a posição de Lorenz pois até agora não se encontrou evidência de que a necessidade de lutar surja espontaneamente de dentro dos animais; ao que parece a agressão precisa ser estimulada (Hammond, 1984; Scott,1984) Muitos padrões de agressão animal que parecem ser inatos (instintivos) são influenciados pela experiência, Zing-Yang-Kuo (1967) demonstrou numa série de experimentos “inimigos naturais”

27 INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Hereditariedade: cientistas podem criar peixes, pássaros, coelhos e cães que são muito fáceis ou extremamente difíceis de provocar. No humano, parece desempenhar um papel também, embora se desconheça os mecanismos exatos (Mednick et al., 1982,1985). Química do sangue: Ratos recebem testosterona em excesso (hormônio sexual masculino) prontidão para a luta. A agressividade humana também parece ser influenciada pelos altos níveis de testosterona, porém não há relações diretas definidas. Pessoas (e macacos da Índia) com os mais altos níveis de testosterona não são necessariamente os mais agressivos (Doering et al., 1975; Meyer-Bahlburg et al, 1974).

28 INFLUÊNCIAS BIOLÓGICAS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Química do cérebro: estudos em animais sugerem que a agressividade entre machos está correlacionada com níveis específicos de neurotransmissores (Whalen & Simon, 1984). Os níveis de neurotransmissores são influenciados por grande número de fatores, dentre os quais experiência, hereditariedade, dieta, doenças, toxinas e drogas. Dieta-transmissores-agressividade: indícios de interrelação (Bland, 1982; Kantak et al., 1979; Raloff, 1983). Comidas pré- preparadas – que não têm valor nutritivo e protéico, mas alto teor calórico – açúcar e baixos níveis de vitamina B (todos supostamente descontroladores do equilíbrio dos transmissores) tem sido, por exemplo, relacionados com agressividade em crianças e adultos.

29 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Padrões sociais: em algumas culturas a agressão é bem aceita. “A violência”, disse H. Rap Brown, ativista dos direitos civis, “é tão americana quanto a torta de maçã”. Pesquisas revelam-nos que os americanos aprovam a agressão. De acordo com um estudo (Stark & McEvoy, 1970), para um número representativo de pessoas, as guerras eram justificáveis, meninos deviam brigar e os policiais deviam usar a força física. No mesmo estudo, maridos e mulheres permitiam-se a agressão e pais e professores permitiam-se disciplinar as crianças batendo nelas. Padrões favoráveis à agressão não são universais: Na Península da Malásia central, os semai não têm força policial e desconhecem o assassinato. Os adultos não se agridem e as brigas entre crianças são logo apartadas.

30 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Aprendendo na família: pessoas que aceitam a agressão provavelmente a ensinam a seus filhos. Alguns pais dão instruções explícitas de como brigar para que seus filhos e filhas possam “defender-se”. Presenciar violência entre os pais é uma condição prognóstica de violência entre os jovens. Bem como, a rejeição parental, a neglicência, a disciplina dura e a crueldade contra a criança ou contra outros da família estão ligadas à agressividade da prole (Cummings et al., 1985; Garbarino, 1984; Huesmann et al., 1984a, 1984b). A brutalidade ensina às crianças, por meio da observação, o que fazer. Elas concluem que bater é algo apropriado e poderoso. Além disso, se tratadas brutalmente, as crianças podem deixar de criar vínculos com os pais. Sem vínculos, elas podem não se sensibilizar com os outros e ter pouca motivação para controlar a agressividade.

31 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Frustrações na escola: a frustração e o fracasso escolar parecem contribuir para a agressividade (Dunivant, 1981, 1982; Hurley, 1985; Meltzer et al., 1984). Segundo Allan Berman (1978), essas crianças temem sua inadequação, sentem menosprezo por si próprias e carecem de capacidade de adaptação. Uma deficiência importante pode ser o autocontrole (Spivack, 1983). Elas culpam os outros por seus problemas e comportam-se de maneira desafiadora e destrutiva. Embora futuros delinquentes possam dar provas de grande talento não acadêmico (Harvey & Seeley, 1984), os professores e diretores das escolas tendem a considerá-los um transtorno e a puni-los ou ridicularizá-los. O tratamento áspero gera mais hostilidade e alienação. Para lidar com o embaraço de repetidos fracassos, os futuros delinquentes elevam seu nível de mau comportamento e destrutividade.

32 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Condições sociais: que aumentam a probabilidade de agressão: o anonimato, a disponibilidade de armas e a pobreza. Anonimato: as cidades modernas fornecem imensa quantidade de estimulação sensorial, quantidade demasiada para que as pessoas possam lidar com a estimulação de maneira confortável. A sobrecarga sensorial e cognitiva resulta em um clima impessoal. Pelo fato de as pessoas urbans filtrarem seus relacionamentos, a grande maioria delas – mesmo em áreas geográficas pequenas – não se conhece. O resultado é que durante a maior parte do tempo os indivíduos sentem-se anônimos, carentes de identidade pessoal. Estudos de laboratório demonstram que, quando os seres humanos são tratados de maneira impessoal e sentem-se anônimos, tornam-se mais destrutivos (Diener, 1979; Miller & Rowold, 1979; Prentice-Dunn & Rogers, 1980; Zimbardo, 1969). Eles ficam menos propensos a se pautar por padrões morais e sociais e mais propensos a ser influenciados pela situação e por emoções e motivos imediatos.

33 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS SOBRE A AGRESSIVIDADE
Disponibilidade de armas: parece estimular a agressão (estudos de Leonard Berkowitz, 1981 e outros). Tanto em pesquisa de laboratório como em pesquisas de campo, o ato de ver uma arma por perto aumenta a agressividade, estejam as pessoas sentindo raiva ou não. Crianças brincando com armas, por exemplo, agridem e empurram muito mais do que crianças brincando com aviões ou outros brinquedos. Pobreza: uma série de condições que acompanham a pobreza aumenta a probabilidade de agressão. O tipo de pobreza de um país rico como os Estados Unidos é frustrante. A distribuição de bens no presente é uma preocupação predominante. Ao mesmo tempo, os meios de comunicação de massa “glamourizam” a riqueza e alimentam fantasias sobre um estilo de vida luxuoso. Mas, em vez do sonho americano, muitas pessoas pobres enfrentam um pesadelo. Sua saúde não é boa. Elas se preocupam com comida, roupa, frio e calor. O desemprego (e sentimentos de tédio, futilidade e inutilidade) é uma preocupação crônica. O medo da violência física dos vizinhos está sempre presente. E para completar, os membros das minorias confrontam-se diariamente com a discriminação e a injustiça.

34 ANSIEDADE - MEDO Ansiedade: emoção caracterizada por sentimentos de antecipação de perigo, tensão e sofrimento e por tendências de esquiva ou fuga (o objeto não é claro). Sua intensidade é supostamente maior que o perigo objetivo (se for conhecido) (ficar sozinha à noite). Medo: idem, contudo, o objeto do medo é fácil de identificar (medo de altura ou falar em público). Sua intensidade é proporcional à magnitude do perigo (muito medo em fica na ponta de um penhasco e pouco medo de subir em uma escada de abrir).

35 ANSIEDADE - MEDO FONTES DE ANSIEDADE
Perigos reais e imaginários – condicionados. Problemas crônicos: que contribuem para a ansiedade – pobreza; estar desempregado; lar conturbado; empregos de mulheres com remuneração, status e poder menores em comparação aos dos homens (Carmen et al., 1981).

36 ANSIEDADE - MEDO Mudanças de vida: estresse crônico (morte do cônjuge, divórcio, doença pessoal, gravidez, casamento, aposentadoria, dificuldades sexuais, mudanças financeiras, mudança de tipo de trabalho). Dificuldades ou irritações de natureza menos importante ou transtornos: Administração doméstica: preparar refeições, fazer compras); saúde (doenças, efeitos colaterais de remédios); pressões do tempo ( coisas demais a fazer); preocupações íntimas (solidão); ambiente (barulho, criminalidade); responsabilidades financeiras (dívidas); trabalho (insatisfação, problemas de relacionamento com outras pessoas); segurança futura (preocupações com aposentadoria, impostos , bens). Conflitos: surgem quando dois ou mais objetivos são incompatíveis.

37 ANSIEDADE - MEDO Com o verbo enfrentar, os psicólogos denotam responder de tal forma que possibilite a esquiva, a fuga ou a redução do incômodo e/ou a solução do problema. Alguns esforços visam diretamente à solução do problema e outros, ao controle do incômodo. Solução Deliberada do Problema: tende a fazer planos, fortalecer os recursos e compensar as fraquezas. Ex: possibilidade de fracasso no estudo, adiamento ao cinema e concentração nos estudos. Busca de Apoio e Catarse: recorrer a outras pessoas para buscar ajuda ou apoio; ou a catarse, isto é, expressar seus sentimentos em relação ao problema.

38 ANSIEDADE - MEDO Agressividade: estressores geram raiva e agressividade. Por vezes, a agressão é dirigida para o iniciador do estresse. Todavia, quando a fonte da ameaça é vaga, difícil de identificar, muito forte ou então perigosa, às vezes as pessoas deslocam sua agressão e atacam alvos convenientes – usam um bode-expiatório. Ex: durante a década de 1930, quando havia estagnação econômica e tensão política na Alemanha, Adolf Hitler elegeu os judeus como bode expiatório. Regressão: pessoas estressadas que recorrem a comportamentos que as caracterizam quando bem mais jovens. Crianças que não chupavam dedo ou não faziam xixi na cama podem mais tarde reagir a “crises” – em situações como a do nascimento de um novo bebê – com essas respostas imaturas. A regressão geralmente se presta a atrair a atenção e a servir de fuga (retorno a condições passadas de amor e segurança).

39 ANSIEDADE E MEDO Retraimento: opção por não agir, frequentemente após aceitar o problema e decidir que nada podem fazer a respeito. Em geral, o retraimento vem acompanhado de apatia e depressão. Durante a Segunda Guerra Mundial, um médico observou uma versão extrema deste padrão em companheiros prisioneiros de guerra (Nardini, 1952, p.242). Um sinal infalível de retraimento fatal ocorria três ou quatro dias antes da morte, quando a vítima cobria a cabeça com o cobertor e lá ficava, passiva, quieta, recusando-se a comer. Este mesmo tipo de retraimento foi verificado nos judeus que ficaram presos em campos de concentração.

40 ANSIEDADE - MEDO Esquiva Física: pessoas sentem-se vencidas pelo estresse; todos seus planos apresentam sérios riscos e elas se sentem incapazes de encontrar uma solução aceitável. Formas de esquiva: Abandonar o barco; distração; protelação e abuso químico. MECANISMOS DE DEFESA: estratégias de esquiva de natureza mental. Repressão: exclui da tomada de consciência – motivos, ideias, conflitos, memórias etc (esquecimento de nomes e detalhes). Negação: ignorar ou recusar-se a reconhecer a existência de aspectos desagradáveis em suas experiências; é usada como forma de proteção e sempre envolve a autodissimulação (ex: morte de um filho; filho com problemas etc.).

41 ANSIEDADE - MEDO Fantasia: as pessoas frequentemente “atingem” objetivos e fogem à ansiedade fantasiando aquilo que poderia ter acontecido ou que pode acontecer. Com moderação e sob controle consciente, a fantasia parece ser um mecanismo salutar - criatividade; flexibilidade; concentração; memória; habilidades sociais; autocontrole; inibição da agressão (Saltz, 1978; Singer, 1978). Devaneios felizes – ex: imaginar férias relaxantes ou reproduzir um encontro amoroso – podem ajudar a lidar com a depressão. Pessoas que fantasiam muito relatam sentir-se solitárias e parecem usar a fantasia como substituto de laços sociais.

42 ANSIEDADE - MEDO Racionalização: invenção de razões plausíveis e aceitáveis para determinadas situações, atos, pensamentos ou impulsos quando alguém deseja esconder de si próprio as verdadeiras explicações (ex: eu teria passado no exame se não fosse...). Intelectualização: enfrentar à distância, analítica e racionalmente, situações que de outra forma gerariam incômodo emocional (ex: filha de sobreviventes do nazismo, assiste a filmes do holocausto escrevendo sobre eles; médicos e enfermeiras – intelectualizam o sofrimento transformando seus pacientes em “casos”. Formação Reativa: quando as pessoas escondem um motivo, emoção, atitude, traço de personalidade etc., expressando o oposto. Não estão representando; não têm consciência de ter aquele traço gerador de ansiedade (reprimido). A formação reativa permite que as pessoas evitem a ansiedade associada ao confronto de qualidades pessoais indesejadas. Projeção: ampliam traços pessoais dos outros, traços estes que elas não apreciam e não reconhecem em si próprias (ex: sou materialista mas não admito e noto rapidamente isto no outro).

43 PRAZER, ALEGRIA E FECIDADE
Alegria e prazer: experiências emocionais curtas. Felicidade e serenidade: experiências emocionais mais plenas e duradouras. Centros de prazer no cérebro: responsáveis pelas emoções positivas que nos levam a cuidar de nossas necessidades físicas. As emoções positivas não estão ligadas simplesmente às necessidades biológicas. Richard Lazarus e seus colegas (Kanner et al., 1981) catalogaram fontes de prazer na vida cotidiana = enlevamentos. Enlevador: depende da idade; os de meia-idade consideram: relacionar-se bem com o conjuge ou com o amante, relacionar-se bem com os amigos, finalizar uma tarefa, sentir-se saudável, dormir o suficiente, comer bem, cumprir as responsabilidades, visitar, telefonar ou escrever para alguém, passar tempo com a família e achar a própria casa agradável; estudantes universitários: prazeres mais voltados para a diversão, estando o riso e o entretenimento em primeiro lugar.

44 PRAZER, ALEGRIA E FELICIDADE
O Riso: aumenta a atividade do sistema nervoso autônomo, elevando a frequência cardíaca, a transpiração e a tensão muscular (McGree, 1983a, 1983b). Quando paramos de rir, os músculos relaxam e o batimento cardíaco e a pressão sanguínea caem para níveis abaixo do normal, sinais de relaxamento. Evidentemente o riso pode acalmar as pessoas. Alguns psicólogos acreditam que ele melhora a saúde e prolonga a vida. FELICIDADE: satisfação geral com a vida. Medindo a Felicidade: Cientistas sociais têm dificuldade em medir a felicidade (Diener, 1984; Yensen, 1975). Não dispõem de uma medida fisiológica para medir a felicidade nem podem observar um determinado tipo de comportamento para verificar se alguém está feliz ou não. A Felicidade não é um conceito unidimensional: Exercício – áreas da vida

45 PRAZER, ALEGRIA E FELICIDADE
Será que os cientistas podem confiar naquilo que as pessoas dizem da própria felicidade? Não muito. Há uma série de maneiras de interpretar os dados. Quando alguém diz que é feliz pode significar precisamente isso. Podem também refletir antes uma tendência para o otimismo do que satisfação geral com a vida. Tenha presente que muitas pessoas enfatizam o lado positivo daquilo que vêem e se lembram (Matlin & Stang, 1978). Causas da Felicidade Auto-atribuída: Circunstâncias objetivas dão uma contribuição pequena (Diener, 1984). Angus Campbell (1976) descobriu, por exemplo, que dez indicadores estatísticos previam apenas 17% da variabilidade na satisfação com a vida em uma amostragem nacional.

46 PRAZER, ALEGRIA E FELICIDADE
Diversos investigadores não conseguem encontrar alta correlação entre condições agradáveis, desagradáveis e a felicidade (Costa & McRae, 1980b, 1984). Por que as circunstâncias objetivas da vida deveriam ser um indicador de felicidade tão inadequado? 1. as pessoas lidam com as situações de diferentes formas, de modo que os resultados – até mesmo catastróficos – são variados. 2. as pessoas parecem julgar o prazer da vida por padrões relativos. Experiências altamente valorizadas podem diminuir a satisfação com prazeres mais rotineiros e comuns. 3. Temperamento (qualidades pessoais duradouras): é um melhor previsor de felicidade do que as circunstâncias de vida. Paul Costa e Robert McGree (1980b, 1984) descobriram que qualidades como sociabilidade, atividade e vigor e envolvimento social estão ligadas à satisfação com a vida. Todas as pessoas têm uma combinação desses atributos. Presumivelmente, cada uma das qualidades contribui para o todo da felicidade.

47 Obrigada!!


Carregar ppt "EMOÇÕES Davidoff, L.L. Emoção e Ajustamento in: Introdução à Psicologia. São Paulo: Makron Books, 2001. Penna, A. G. Teorias da Emoção in: Introdução."

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