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Quando o corpo da mulher diz não ao sexo

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Apresentação em tema: "Quando o corpo da mulher diz não ao sexo"— Transcrição da apresentação:

1 Quando o corpo da mulher diz não ao sexo
Roberto Fabiano Cintra Farias Médico Ginecologista-Obstetra CEPES III

2 LINDA Nasceu em 02 de agosto de 1951, a mais velha de quatro filhos.
Sua mãe a descreveu como um “belo bebê que parecia uma boneca de porcelana”. Em sua casa também moravam seus avós maternos. Seus pais diziam que ela era uma garotinha meiga, mas extremamente sensível.

3 Linda Desde cedo teve medo de água.
Seus pais frequentemente diziam aos filhos que desejariam que suas vidas tivessem sido diferentes. Aos quatro anos de idade teve que dividir a atenção de seus pais com a chegada de uma irmã. Quando ela tinha seis anos seu irmão nasceu.

4 Linda Seus sentimentos de exclusão começaram cedo.
Tinha dificuldades em compartilhar seus problemas. Aos nove anos de idade sofreu um grande trauma – seu avô morreu de câncer de pulmão. Teve que suprimir todo o seu amor e sua tristeza. Havia pouco incentivo na sua família para se expressar o sentimento de raiva.

5 Linda O que sentia quando criança: não posso... Ninguém me compreende... Isso me magoa... Estou tão empolgada... Amo papai e mamãe... Sou tão tímida... É tudo culpa minha... Odeio todo mundo... Estou envergonhada... Estou me sentindo sozinha... Será que sou amada?

6 Linda Quando tinha quatorze anos nasceu sua irmã caçula.
Menstruou pela primeira vez aos quinze anos. Ficou embaraçada por ser adulta e envergonhada de que os homens agora pudessem a achar atraente. Deixou a escola aos dezesseis anos. Sempre sentiu que não seria capaz de fazer sexo.

7 Linda Teve vários namorados na sua adolescência.
Sem tinha a atitude de “não vou conseguir”. Tinha vinte e dois anos quando conheceu aquele que viria a ser o seu marido. Procurou ajuda por incentivo e apoio do marido.

8 Vaginismo Espasmo involuntário dos músculos que cercam a entrada da vagina. Na maioria das vezes, o espasmo limita-se à abertura vaginal, mas muitas mulheres têm espasmos dos músculos das coxas, do ânus, do abdômen e das nádegas. É uma condição emocional cujas causas, psicológicas, manifestam-se através de uma reação física.

9 Vaginismo Primário Secundário Seletivo Não seletivo

10 Vaginismo Bloqueio total de todas as possibilidades.
Termo que se aplica a muitos processos dentro de nós. Pode resultar de uma diversidade de conflitos, cujas origens podem variar de psicológicas a sociais. Outras condições podem impedir a penetração: medo e inexperiência; intercurso doloroso (dispareunia).

11 Vaginismo Medo da intimidade Medo da dependência Falta de auto-estima
Baixa auto-estima Falta de confiança Sentimento de inadequação

12 Vaginismo Ele se torna uma dificuldade sexual, razão pela qual é tratado como um problema sexual. Pode estar ligado mais à receptividade emocional e não genital. É uma condição que se desenvolve. Primeira referência médica: Lexicon Medicum, de Quincy, publicada em Londres em 1802.

13 Vaginismo Os tratamentos da época eram sempre cirúrgicos, pois ainda não havia a psicoterapia. Outras referências são datadas de 1880 (homeopatia). O termo “vaginismo” originou-se com o Dr. Sims – ginecologista americano (1860). Outra referência feita por Havelock Ellis ( ) – médico britânico.

14 Vaginismo Sigmund Freud ( ): grande contribuição para o estudo da sexualidade no século XX. Introduziu o conceito de associação entre mente e corpo, daí “psicossomático”. Psicanálise para o tratamento do vaginismo. Com Dr. William H. Masters e Dra. Virgínia E. Johnson o vaginismo ganhou maior relevância.

15 Vaginismo No cinema ( Marnie) 1964.
Na literatura: Ofélia de Shakespeare; O Tocar do Sino (Sylvia Plath); artigo “Dispareunia e Vaginismo”(Dr. Philip Sarrel, Lorna Sarrel e a Dra. Carol Nadelson); A Crying Game (Um Jogo de Lágrimas – Janine Turner); The Lady Killer (A Dama Assassina – de Masako Togawa); A Dark Science ( Uma Ciência Negra – de Jeffrey Moussaieff Masson)

16 Vaginismo Caso J.P.: mulher solteira, vinte e cinco anos, com diagnóstico de vaginismo. Teve como tratamento a cauterização de parte dos pequenos lábios e prepúcio do clitóris. Tratamento realizado em 11 de novembro de 1864 pelo Dr. Gustav August Braun – médico vienense). Algum tempo depois, J.P. foi submetida à amputação do clitóris.

17 Vaginismo Estudo americano: mulheres relatam experiências similares ao vaginismo durante períodos de estresse e dificuldades conjugais. Poucos trabalhos publicados sobre vaginismo. Vaginismo não é uma condição rara. É uma preocupação mundial.

18 Vaginismo São mulheres sexualmente responsivas.
Vida sexual rica e variada. Realização de um exame pélvico por um médico ginecologista – eliminação fator orgânico. Sinais clínicos: contração involuntária dos músculos vaginais se o intercurso for antecipado ou tentado; se for feita uma tentativa de penetrar ou examinar a vagina, os músculos das coxas, do ânus, do abdômen e das nádegas contraem-se juntos.

19 Vaginismo Para escapar do exame médico, a mulher pode arquear as costas e se retrair em direção à extremidade superior da mesa de exame. Sinais psicológicos: fantasias, medos e sentimentos combinados com espasmo involuntário. Fantasias: medo e ansiedade de que o pênis seja grande demais para a vagina; medo de que a vagina não tenha elasticidade, seja pequena e apertada demais.

20 Vaginismo Associação da penetração com dor e dano, imaginando que será rasgada. Fobia da penetração. Ansiedade aguda sobre todos os orifícios do corpo e medo de tocar seu interior. Fortes sentimentos negativos, inclusive medo de olhar ou tocar a vagina. Crença de que a mulher é cloacal – de que possui apenas um orifício através do qual se urina, defeca e faz amor.

21 Vaginismo Medos irracionais sobre nosso corpo: medo de que o pênis penetre a parede abdominal e provoque danos aos órgãos internos. Fantasias sobre o hímen: crença de que existe um hímen interior. Medo de que o hímen ainda esteja intacto. Sinais históricos: mutilação genital feminina; tentativas de penetração dolorosas ou violentas; abuso sexual ou estupro; exame pélvico traumático; expectativa de intercurso doloroso devido ao uso de supositórios seguido de dor pélvica na infância.

22 Vaginismo Mulheres ansiosas e medrosas.
Não devemos rotular as pacientes. As pacientes são muito diferentes umas das outras. Pouco se escreve e pouco se fala em vaginismo. O silêncio é mantido pela paciente e pelas pessoas que a cercam.

23 Vaginismo As pacientes com vaginismo são incapazes d falar honestamente sobre sexo. A falta de respeito e de honestidade ao falar sobre sexo pode impossibilitar que a família se comunique de um jeito confortável e natural. A essência da expressão sexual é perdida numa avalancha de informações. As pacientes vagínicas pensam que um casamento pode ser anulado se não haver a consumação do ato sexual.

24 Vaginismo Pode ser visto pelo “inconsciente coletivo masculino” como um símbolo de poder sobre os homens. É uma incômoda maneira de lembrar que as mulheres podem dizer “Não”. O silêncio também pode ser mantido pela relutância inconsciente de alguns médicos em reconhecer a existência do vaginismo.

25 Vaginismo Sentimentos negativos: medo do ridículo e a perda do auto-respeito, devido a crença de que revelar um problema sexual significa admitir um fracasso. Medo de ser estigmatizada pela sociedade. Ocultado para não ser visto como anormalidade. Paciente sente-se envergonhada por fracassar na mais profunda expressão do amor físico.

26 Vaginismo Afeta todos os relacionamentos.
Leva a abstinência sexual, devido aos contínuos fracassos. Faz com que o parceiro seja forçado a buscar outras parceiras. Gera fantasias de que a paciente esteja com o parceiro errado. Leva ao término do relacionamento.

27 Vaginismo Masters & Johnson: o vaginismo pode afetar o desempenho sexual masculino, fazendo com que o homem seja incapaz de manter a ereção devido a repetidos fracassos na penetração. Kaplan: a qualidade dos casamentos vaginísmicos varia de excelente a profundamente problemática. Não é geneticamente transmitido.

28 Vaginismo Tem a ver com a percepção emocional que a mulher tem das ansiedades de sua mãe e da maneira como a mãe as transmite. A mulher com vaginismo pode ter filhos. Não melhora após o parto. As pacientes se vêem como inférteis, pois o vaginismo pode impedir a concepção.

29 Vaginismo Caso Christabel Ampthill: engravidou por intercurso intracrural. Virgem. Inseminação artificial. Gravidez difícil e parto traumático. Uso da hipnose. Pacientes procuram tratamento pelo desejo de ter um filho. As pacientes são orientadas a não engravidar quando em terapia.

30 Vaginismo Paciente dividem uma incapacidade de separar-se psicologicamente de suas mães. O pedido de inseminação pode ser uma tentativa inconsciente de gerar um bebê dela. Fantasias subconscientes. A mulher com vaginismo deve ter o direito de escolher o que fazer com seu corpo.

31 Vaginismo Efeito devastador na qualidade de vida da mulher.
Proíbe tanto a penetração como a capacidade de conceber. Combina a aflição de um problema sexual com a angústia da infertilidade. Perda de feminilidade e de status como esposa. Exclusão do mundo sexual e fértil.

32 Vaginismo Sentimentos de inveja direcionados às outras mulheres que podem engravidar e fazer sexo com seus parceiros. Desperta sentimentos de auto-rejeição. Pacientes tem dificuldades ter amigas. Complexo de inferioridade. Falta de compreensão e de ajuda profissional.

33 Vaginismo Indiferença e frieza por parte da maioria dos profissionais médicos. O poder de cura do vaginismo reside na mulher e em sua capacidade de criar uma parceria de cura com o médico ou terapeuta que escolher. Isolamento e dissimulação. Deficiência física invisível. Temor de que as outras pessoas percebam.

34 Vaginismo Alienação da família: temor de rejeição e de não entendimento por parte dos familiares. Pode ser tratado. Depende de um terapeuta sensível e competente. Terapias comportamental e sexual e a psicoterapia, ou uma combinação delas. É raro um caso que não possa ser tratado. Com tratamento adequado o resultado geralmente é positivo.

35 O que causa o vaginismo Não há uma causa ou evento em particular.
Causas: identificadas através de um estágio ou estágios do desenvolvimento psicológico do qual a pessoa não conseguiu se libertar. De quem é a culpa? De que este espasmo está me protegendo? Causas altamente individuais. Fatores psicológicos são mais importantes que os fatores físicos.

36 O que causa o vaginismo Traumas: algo que tenha acontecido à vagina.
Condicionamento cultural de que sexo é mau. Base inconsciente conectada à sua própria sexualidade. Sensação de desmerecimento. Fato de ter sido criada com visão errada do próprio corpo e sexualidade.

37 O que causa o vaginismo Nosso passado modela o nosso presente.
Compreensão da vida emocional pode desencadear uma maior compreensão da relação entre o desenvolvimento psicológico precoce e vaginismo. Categorias de fatores psicológicos: de desenvolvimento; traumáticos e relacionais. Fatores de desenvolvimento: tensão emocional num período sensível do desenvolvimento, resultando na suspensão do amadurecimento psicológico.

38 O que causa o vaginismo Fatores de desenvolvimento: educação cheia de culpa, vergonha e desinformação sobre sexo; estritos tabus religiosos. Fatores traumáticos: estupro; mutilação genital feminina; abuso sexual na infância; primeira experiência sexual violenta; exames ginecológicos dolorosos. Fatores relacionais: preliminares inadequadas – falta de excitação.

39 O que causa o vaginismo Fatores relacionais: medo de se ouvida ou flagrada durante o sexo; impotência ou inabilidade sexual do parceiro; atitudes e sentimentos negativos com relação a um amante; conflito e tensão no relacionamento; sentir-se dominada e oprimida pelos homens.

40 Fatores de desenvolvimento
Distúrbio de relacionamento entre mãe e filha. Vida intra-útero: lugar onde fome, sede, frio e separação não existem. Ao nascimento: temos que nos adaptar à gravidade e à temperatura, aos sons e aromas, à fome e outras necessidades. A mãe deve apresentar o mundo ao bebê em estágios graduais.

41 Fatores de desenvolvimento
Primeiras semanas de vida do bebê: é de pura sensação – ser segurado e alimentado, trocado, acariciado e banhado. Mãe precisa relacionar-se com o bebê, e não negar a individualidade do bebê. Mãe precisa conscientizar o bebê de que, embora ela o adore, ele é um ser separado, com vida própria. Criação de limites. Processo de individualização – psicanálise.

42 Fatores de desenvolvimento
A dificuldade de individualização leva a mãe, inconscientemente, a se sentir ultrajada e decepcionada, e sua raiva e dor podem levar a um relacionamento inadequado com a criança. A falta de limites pode levar a sentimentos de confusão: o bebê não sabe onde ele termina e onde começa a sua mãe, sente-se desintegrado.

43 Fatores de desenvolvimento
Os problemas de separação, usurpação e união – que são sentidos, pelo bebê, como uma perda do eu e uma ameaça de destruição – o forçam a criar o único limite do qual pode estar certo: seu corpo, sua vagina. O vaginismo torna-se a proteção que o bebê procura para a união ou invasão da mãe e, mais tarde, de outras pessoas.

44 Fatores de desenvolvimento
As experiências positivas na infância podem contribuir para um desenvolvimento emocional sadio, com consistência no amor e na atenção, criando uma sensação de bem-estar, promovendo uma auto-imagem positiva e desenvolvendo a auto-estima. Quando a pessoa em quem o bebê confia (mãe) não é capaz de responder consistente ou satisfatoriamente às necessidades do bebê, ele cria um mundo de relações internas (relações objetais internas) para lidar com os desapontamentos e dificuldades que enfrenta (introjeção).

45 Fatores de desenvolvimento
A maioria dos analistas concordam que as raízes de todos os problemas sexuais e emocionais são conflitos não resolvidos que ocorreram em estágios específicos da infância. Complexos: todas as experiências reprimidas da infância, bem como as emoções que as acompanham.

46 Fatores de desenvolvimento
O potencial da criança de separar-se psicologicamente de sua mãe e de seu pai para entrar no mundo adulto e buscar um parceiro sexual dependerá muito do resultado deste estágio do desenvolvimento. Sarrel e Nadelson: todos os seres humanos, por “instinto”, têm medo da penetração corporal de qualquer tipo. As “fantasias” são imagens do inconsciente.

47 Fatores do desenvolvimento
Cena primária: não é apenas o testemunho do intercurso dos pais, mas descreve qualquer evento durante o qual o bebê percebe ou imagina uma relação excitante, atormentadora, mas exclusiva, entre seus pais. Desejando e temendo o pênis ao mesmo tempo. Complexo de castração: fantasia em que a mulher sente-se furiosa por não ter pênis e deseja castrar os homens, em vingança a sua própria castração.

48 Fatores do desenvolvimento
Geralmente, as pacientes vagínicas tem inveja do pênis. O vaginismo surge de uma combinação de circunstâncias do passado e do presente. Não é uma coisa orgânica. Se a personalidade da menina (ego) possui fortes defesas naturais, pode ajudá-la a superar os medos sexuais.

49 Fatores do desenvolvimento
Uma defesa é um mecanismo criativo que visa proteger o indivíduo psicologicamente. O vaginismo tenta afastar as rejeições e os desapontamentos, mas também pode, simultaneamente, impedir a aproximação do amor. Tensão numa fase sensível do desenvolvimento. Possuindo a própria vagina.

50 Fatores de desenvolvimento
Proibições inconscientes transmitidas pelos pais. A capacidade para possuir a própria vagina marca a maturidade feminina em termos psicossexuais. O adulto como modelo. A garota tem que admirar e invejar os adultos ao seu redor o suficiente para desejar ser como eles, competir com eles e finalmente juntar-se ao seu mundo.

51 Fatores de desenvolvimento
Crescimento psicológico. Quando as comunicações são intencionalmente negativas. Os pais podem, consciente ou inconscientemente, comunicar seus medos e ansiedades. Geralmente, as mulheres vagínicas são as filhas mais velhas ou filhas únicas.

52 Fatores de desenvolvimento
Se a mãe inconscientemente reprime a curiosidade natural da menina sobre seu corpo, isto pode levantar a idéia de que a vagina é um território proibido, misterioso e imoral. Falsa idéia de anatomia genital anormal – pela dificuldade de inserir tampão vaginal. A linguagem da vagina: quando se diz algo sobre a vagina, pode estar sendo dito alguma coisa similar sobre os medos e desejos.

53 Fatores de desenvolvimento
Queixas: que a vagina é pequena demais; de que são ignorantes sobre sexo e sobre seus corpos; têm medo de que o intercurso seja doloroso; têm medo de ser machucadas. “Minha vagina é um lugar escuro e sujo”. “O pensamento de ser penetrada faz com que eu tenha vontade de vomitar”.

54 Fatores de desenvolvimento
O vaginismo está relacionado à complexa combinação de nossa predisposição inerente, nosso desenvolvimento psicológico, nossa personalidade, as personalidades dos que nos cercam e seu condicionamento social, e nossas percepções. Dra Robina Thexton (Londres): o que conta são as percepções que a menina tem de sua família e de suas relações, e não o que eles realmente fazem.

55 Fatores traumáticos Trauma: é um incidente poderoso ou um choque psicológico que pode, algumas vezes, ter um efeito duradouro sobre o bem estar. Estupro. Abuso sexual na infância. Primeira experiência sexual violenta. Exames ginecológicos dolorosos (causas iatrogênicas).

56 Fatores traumáticos Mutilação genital feminina: remoção de partes sensíveis da genitália feminina sob a forma de clitoridectomia é praticada em muitas partes do mundo, comumente entre os grupos muçulmanos na Austrália, nas Filipinas, na Malásia, no Paquistão, na Indonésia, nos Emirados Árabes Unidos, no Iêmen do Norte e do Sul, em Bahrain e em Omã. Em toda a África, exceto na Arábia Saudita.

57 Fatores traumáticos Clitoridectomia: realizada na Europa do século dezenove para curar as mulheres da ninfomania e da histeria. Reemergiu recentemente nos Estados Unidos e na Europa, devido ao grande número de imigrantes da África e da Ásia. A clitoridectomia é proibida: na Grã-Bretanha, na França, no Sudão e na Suécia.

58 Fatores traumáticos Nossa experiência ao nascer: vida emocional do bebê e sobre os efeitos que o nascimento pode ter sobre o desenvolvimento. Trauma ao nascer. Frederick Leboyer (Obstetra Francês ): o meio emocional do nascimento tinha efeitos profundos e duradouros sobre a pessoa. Grupos de renascimento: mostram-nos que nossas idéias e sentimentos sobre o nascimento são muito pessoais e têm conexões diferentes para mulheres diferentes.

59 Fatores relacionais Quando o aparecimento da condição está ligado a uma pessoa ou situação fora do nosso controle. Parceiros: os amantes de uma mulher podem contribuir para causar ou manter seu vaginismo. Vaginismo: visto como a expressão de um relacionamento problemático nos primeiros anos de vida.

60 Fatores relacionais Masters & Johnson: o vaginismo tem uma associação comum com a impotência primária do parceiro. O parceiro pode manter o vaginismo: quando ele mesmo tem medos e ansiedades não resolvidos sobre sexo. Parceiros de mulheres vagínicas: demasiadamente gentis e educados, passivos e sem iniciativa, e têm problemas sexuais.

61 Fatores relacionais Alison Clegg (terapeuta sexual): casais em que as mulheres têm vaginismo, é como se tivessem escolhido um ao outro. Numa relação não consumada, o medo que o parceiro sente de causar dor, combinado com suas próprias ansiedades sobre a penetração, pode ser um fator crucial. Escolha do parceiro: tem mais a ver com a compatibilidade emocional do que a sexual.

62 Fatores relacionais Examinando o papel do parceiro sem culpa.
Síndrome do espasmo-dor-fracasso: união fraternal de um casal. Naturalmente, o sexo deve ser suave, mas agressão e raiva são importantes aspectos da relação sexual. Mulheres na sociedade: “as causas relacionais” não significam apenas a relação entre uma mulher e alguém em sua vida – a sociedade ou o meio em que ela vive pode ter importância no aparecimento do vaginismo.

63 Fatores relacionais Situando o vaginismo na sociedade: o lugar das mulheres na sociedade e seus efeitos podem não ser notados em algumas abordagens terapêuticas do vaginismo. Vaginismo e histeria: Dr. Sims (1861) descreveu o vaginismo para a Sociedade de Obstetrícia de Londres. Dr. Gustav Braun (Viena) amputou o clitóris de uma paciente vaginísmica. Dr. Isaac Baker Brown (1859 – 1866 em Londres) removeu o clitóris e ao lábios de várias mulheres, com a intenção de curar a “insanidade feminina” – sexualidade descontrolada das mulheres.

64 Fatores relacionais Histeria: doença feminina descrita em 1800.
A visão patriarcal de Freud: o condicionamento social da mãe e a maneira como ele influencia a estrutura psicológica da filha também são raramente mencionados. As teorias e conceitos de Freud permanecem o alicerce de todas as psicoterapias, e sua contribuição para a compreensão da psicologia feminina e masculina tem sido inestimável.

65 Fatores relacionais O vaginismo como um protesto do corpo: anorexia genital. Num contexto feminista, os sintomas de anorexia nervosa e vaginismo são vistos como o modo que o corpo tem para dizer que a necessidade de amor, conforto, segurança e aceitação de uma mulher não foram atendidas. Criando um limite de defesa em um mundo patriarcal.

66 Fatores relacionais Inconscientemente, a mulher vagínica vê o intercurso como a penetração de seus limites, e a proteção dessa invasão manifesta-se fisicamente no vaginismo. Insegurança corporal pelas limitações sociais impostas às mulheres em uma sociedade patriarcal. As mulheres e a mídia: anúncios, revistas, TV e filmes bombardeias homens e mulheres com imagens de como as mulheres devem se sentir, parecer e agir.

67 Fatores relacionais Sexualidade feminina e intercurso: um estudo revela que aproximadamente dois terços das mulheres bem casadas desejam mudar seus modelos sexuais, isto é, ter menos intercurso, fazer amor de formas não imediatamente dirigidas à penetração e desfrutar mais do calor e do envolvimento com seus parceiros. Os fatores sociais influenciam o vaginismo.

68 Causas físicas Pode desenvolver-se após um longo período de intercurso doloroso não diagnosticado. Verrugas e infecções genitais. Vaginismo pós-parto. O vaginismo é, portanto, geralmente de desenvolvimento; suas causa são predominantemente psicológicas raramente físicas.

69 Buscando ajuda O vaginismo pode variar de leve a severo, também o grau de ajuda necessária para resolvê-lo varia. O vaginismo pode ser resolvido sem ajuda profissional. Importância do auto-exame. Técnicas de exploração genital e educação sexual. Deve-se buscar ajuda o mais rapidamente possível.

70 Buscando ajuda A psicoterapia tem a finalidade de fazer com que a paciente perca o medo de se machucar, de ser penetrada. Ensina a paciente a confiar. A paciente tem que fazer parte do processo terapêutico ativamente. Atitudes frias, rudes e indiferentes de muitos clínicos e médicos podem ser obstáculos. Profissional com capacidade para ouvir a dor de uma mulher.

71 Buscando ajuda A importância de uma escolha bem informada.
Cada paciente reage a uma combinação especial de tratamentos terapêuticos. Tratamento mais apropriado: psicoterapia. A importância de uma organização profissional: necessidade de se estabelecer regras para o exercício da profissão psicoterapeuta.

72 Buscando ajuda É importante que o terapeuta possua integridade e pertença a uma organização, onde estará sujeito a algum tipo de regulamento pelos colegas. O contato com um instituto, sociedade ou associação de profissionais reconhecidos assegura que será oferecida uma avaliação inicial como rotina.

73 Buscando ajuda Dr. M. Scott Peck (Psiquiatra): a habilidade de um terapeuta tem pouca relação com qualquer credencial que ele possa ter. Amor, coragem e bom senso não podem ser adquiridos através de títulos acadêmicos. É preciso um certo grau de confiança para deixar que alguém penetre em nossos pensamentos e sentimentos mais íntimos.

74 Buscando ajuda Não é o tipo de terapia que é vital para o sucesso ou o fracasso de um tratamento, é o terapeuta. Qualquer pessoa que trate o vaginismo, portanto, precisa ter habilidades psicoterapêuticas, bem como um extenso conhecimento das emoções e do comportamento humanos. O terapeuta deve colocar sempre as necessidades da mulher em primeiro plano e ajustar seu método a cada indivíduo.

75 Profissionais para o tratamento vaginismo
Psicólogo analítico ou psicoterapeuta analítico. Terapeuta comportamental. Clínico geral ou ginecologista. Homeopata. Hipnoterapeuta. Psiquiatra. Psicanalista. Psicoterapeuta. Terapeuta sexual.


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