AHE Santo Antônio e AHE Jirau ICTIOFAUNA E PESCA.

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2 AHE Santo Antônio e AHE Jirau ICTIOFAUNA E PESCA

3 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Ictiofauna Objetivos Ictiofauna - Objetivos Inventário Padrões de distribuição Estrutura trófica Aspectos reprodutivos Abundância e frequência de ovos e larvas

4 AHE Santo Antônio e AHE Jirau

5 Ictiofauna: composição geral

6 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Ictiofauna: auto-ecologia Formas de Uso das 189 espécies coletadas por malhadeiras: 119 fonte de proteína (subsistência) 82 explotadas na pesca comercial 52 efetivamente comercializadas para ornamentação; 57 com potencial para ornamentação; 16 pesca esportiva.

7 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Maiores capturas na seca Ictiofauna: Captura por Unidade de Esforço (CPUE)

8 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Ictiofauna: valores Amazônicos Valores de CPUE para a pesca experimental com malhadeiras, para alguns ambientes aquáticos da Amazônia (Fonte Governo do Tocantins, 2002). (CPUE=100m2) * = não disponível.

9 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Hipóteses para as baixas CPUEs Desembocaduras de igarapés são ambientes menos produtivos que os lagos onde foram realizados a maioria dos estudos aqui comparados; Impactos envolvendo desmatamentos e atividades de garimpo diminuiriam de forma direta ou indireta os estoques regionais; Porções altas dos rios de grande porte devem funcionar como marcos divisórios, sendo marcados pela alta diversidade e baixa abundância

10 AHE Santo Antônio e AHE Jirau CONCLUSÕES 1. Alta riqueza de espécies e dominância baixíssima 2. CPUE entre as mais baixas registrados para a Amazônia 3. Dominância de adultos e pré-adultos 4. Baixa atividade alimentar 5. Intensidade reprodutiva alta 6. Cachoeiras como importantes limites ecológicos 7. Importante rota migratória para os peixes Ictiofauna: conclusões

11 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Mapa de distribuição da dourada e da piramutaba Único estoque distribuído na bacia sem preferência do destino final Área de Criação Área de Alimentação adultos e pre-adultos Área de Desova (Adaptado de: Barthem & Goulding, 1997) Grandes Bagres: Cenário Macroregional

12 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Alonso, 2000 Grandes Bagres: Cenário Macroregional

13 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Estoques independentes por bacia Grandes Bagres: Cenário Macroregional

14 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Maior variabilidade genética Menor variabilidade genêtica Único estoque ( Batista, 2001 ) Sub-populações: Retornam ao seu lugar de origem Grandes Bagres: Cenário Macroregional

15 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Analisando a estrutura de tamanhos da dourada do trecho estudado sob as mesmas bases conceituais que permitiram montar os cenários macrorregonais, vemos que pela distância que há entre o estuário do Amazonas e Porto Velho ou até a Cachoeira do Teotônio, de aproximadamente 2.400 km, neste setor a população deveria estar composta por cerca de 80 a 90% de adultos. Dos 580 indivíduos amostrados pelo Grupo Caparari, 520 tinham comprimento furcal entre 40 e 80 cm, o que significa que neste setor 89% dos indivíduos são jovens migrantes. Grandes Bagres: Cenário Regional

16 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Os resultados indicam que as douradas e piramutabas presentes no trecho do rio Madeira, onde é previsto a construção do empreendimento hidroelétrico, se encontram em estágio de maturação inicial e intermediária, fato que é condizente com os tamanhos observados e as estimativas que predizem que os indivíduos ainda migraram rio acima até atingir o tamanho e o grau de desenvolvimento das gônadas necessário para a desova.

17 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Impactos relevantes sobre a ictiofauna Alteração da composição de espécies pela formação dos reservatórios Introdução de espécies provocada pela eliminação de barreiras físicas naturais Interrupção de rotas migratórias de peixes em conseqüência dos barramentos Interferência na rota de deriva de ovos, larvas e juvenis de peixes migradores Perda local de biodiversidade de peixes Perda de áreas de desova e crescimento da ictiofauna

18 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Programas ambientais para ictiofauna Monitoramento da ictiofauna Construção de um sistema de transposição de peixes Monitoramento de ovos e larvas no trecho de inserção dos empreendimentos Realização de um inventário qualitativo no trecho de inserção e entorno dos empreendimentos Monitoramento dos aspectos reprodutivos

19 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PESCA

20 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PESCA - OBJETIVOS GERAL Realizar um diagnóstico sobre a dinâmica da pesca no alto rio Madeira a fim de avaliar os possíveis efeitos econômicos e sociais a serem gerados com a implantação dos AHEs Santo Antônio e Jirau ESPECÍFICOS Identificar os principais locais e métodos de pesca empregados no trecho Verificar a composição específica das capturas Estimar a produtividade em peso Calcular o esforço empregado Avaliar o valor dos recursos pesqueiros para as comunidades ribeirinhas existentes no trecho Porto Velho – Guajará Mirim.

21 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PESCA - ÁREA DE ESTUDO Guajará Mirim Nova Mamoré Abunã Fortaleza do Abunã Jacy Teotônio Porto Velho Humaitá

22 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PRODUÇÃO PESQUEIRA HISTÓRICO DESCONTINUIDADE DE INFORMAÇÕES AUSÊNCIA DE DADOS SOBRE O ESFORÇO EMPREGADO INVIABILIZA A ANÁLISE DAS CAUSAS DA OSCILIÇÃO DA PRODUÇÃO

23 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PRODUÇÃO MÉDIA NA REGIÃO DESEMBARQUE TOTAL ANOTADO PELAS COLÔNIAS MAIOR DESEMBARQUE – PORTO VELHO TENDÊNCIA À DIMINUIÇÃO DO TOTAL DESEMBARCADO AUSÊNCIA DE DADOS SOBRE O ESFORÇO INVIABILIZA A ANÁLISE DAS CAUSAS DESSA TENDÊNCIA

24 AHE Santo Antônio e AHE Jirau FROTA PESQUEIRA REGISTRADA TIPO DE EMBARCAÇÃO QUANTIDADE DE EMBARCAÇÕES CAPACIDADE MÉDIA % Barco Pescador Barco Recreio Canoa Canoa motorizada 43 15 38 127 3.000 Kg 100 Kg 250 Kg 19,28 6,73 17,04 56,95 TOTAL 223 ESSES DADOS PERMITEM CLASSIFICAR A PESCA DA REGIÃO COMO COMERCIAL, DE CARÁTER ARTESANAL E DE PEQUENA ESCALA

25 AHE Santo Antônio e AHE Jirau IMPORTÂNCIA SOCIAL DA PESCA NÚMERO DE PESCADORES INFORMADO PELAS COLÔNIAS COLÔNIA Z-1 PORTO VELHO ASSOCIADOS – 1925 NÃO REGISTRADOS – 400 TOTAL 2.325 COLÔNIA Z-2 GUAJARÁ MIRIM ASSOCIADOS – 140 NÃO REGISTRADOS – 70 TOTAL 210

26 AHE Santo Antônio e AHE Jirau IMPORTÂNCIA SOCIAL DA PESCA NÚMERO DE PESCADORES EM ATIVIDADE NO PRESENTE TRABALHO LOCALIDADE N O DE PESCADORES Guajará Mirim22 Nova Mamoré19 Fortaleza do Abunã23 Abunã7 Jacy Paraná58 Teotônio20 Porto Velho30 Total para o trecho estudado 179

27 AHE Santo Antônio e AHE Jirau PRODUÇÃO TOTAL E RENDIMENTO MÉDIO EM CADA MERCADO A captura e o esforço variaram entre os mercados levantados, sendo que Porto Velho apresentou os maiores valores para ambos os parâmetros, seguido de Guajará-Mirim. 2O2O 1O1O

28 AHE Santo Antônio e AHE Jirau CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesca comercial no trecho estudado, mesmo sendo classificada como artesanal de pequena escala, demonstrou ser de grande importância social e econômica para a população ribeirinha do trecho estudado. As maiores capturas encontram-se a jusante de Porto Velho e a montante do município de Nova Mamoré. Foi verificada uma grande discrepância entre o número de pescadores em atividade, registrado no presente trabalho, e o número de pescadores cadastrados nas Colônias.

29 AHE Santo Antônio e AHE Jirau Modificação da pesca nos reservatórios devido à alteração dos recursos pesqueiros disponíveis Impactos e medidas ambientais para pesca Acompanhamento dos desembarques pesqueiros proposta para zoneamento da atividade pesqueira e co-gestão nos reservatórios com base nos resultados do monitoramento da pesca proposta para normatização e ordenamento pesqueiro participativo (co-gestão) a jusante do AHE Santo Antônio, principalmente no que se refere aos grandes bagres programa de treinamento e instrumentalização dos pescadores da região, contemplando a nova realidade observada com a formação dos reservatórios Impacto  Medidas Propostas 