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ALMEIDA GARRET. Contexto histórico da obra “Em 1578, o rei D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir. Não tendo deixado herdeiros, houve uma.

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1 ALMEIDA GARRET

2 Contexto histórico da obra “Em 1578, o rei D. Sebastião desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir. Não tendo deixado herdeiros, houve uma longa disputa pela sucessão. Entre os pretendentes estava Filipe, rei da Espanha, que anexou Portugal ao seu império em 1580. O domínio espanhol duraria sessenta anos (1580 a 1640). Criou-se nesse período o mito popular do "Sebastianismo", segundo o qual D. Sebastião, retornaria para reerguer o império português. Entre os nobres desaparecidos em Alcácer-Quibir estava D. João de Portugal, marido de Madalena de Vilhena.

3 Contexto histórico: domínio espanhol A ação dramática de Frei Luis de Sousa acontece em 1599, durante o domínio filipino, 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir. Esta aconteceu a 4 de Agosto de 1578. A ação reporta-se ao final do século XVI, embora a descrição do cenário do Acto I se refira à "elegância" portuguesa dos princípios do século XVII. O texto é, porém, escrito no século XIX, acontecendo a primeira representação em 1843.

4 Cenário O Ato I passa-se numa "câmara antiga, ornada com todo o luxo e caprichosa elegância dos princípios do século XVII", no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada. Neste espaço elegante parece brilhar uma felicidade, que será, apenas, aparente. O Ato II acontece "no palácio que fora de D João de Portugal, em Almada, salão antigo, de gosto melancólico e pesado, com grandes retratos de família…". As evocações do passado e a melancolia prenunciam a desgraça fatal. O Ato lll passa-se na capela, que se situa na "parte baixa do palácio de D. João de Portugal". "É um casarão vasto sem ornato algum". O espaço denuncia o fim das preocupações materiais. Os bens do mundo são abandonados.

5 Simbologia Vários elementos estão carregados de simbologia, muitas vezes a pressagiar o desenrolar da ação e a desgraça das personagens. A leitura dos versos de Camões referem-se ao trágico fim dos amores de D. Inês de Castro que, como D. Madalena, também vivia uma felicidade aparente quando a desgraça se abateu. O tempo dos principais momentos da ação sugerem o dia aziago: sexta-feira, fim da tarde e noite (Ato I), sexta-feira, tarde (Ato II), sexta-feira, alta noite (Ato lll); e à sexta-feira D. Madalena casou-se pela primeira vez; à sexta-feira viu Manuel pela primeira vez; à sexta-feira dá-se o regresso de D. João de Portugal; à sexta-feira morreu D. Sebastião, vinte e um anos antes

6 Simbologia A numerologia parece ter sido escolhida intencionalmente. Madalena casou 7 anos depois de D. João haver desaparecido na batalha de Alcácer-Quibir; há 14 anos que vive com Manuel de Sousa Coutinho; a desgraça, com o aparecimento do Romeiro, sucede 21 anos depois da batalha (21=3x7). O número 3 representa o círculo perfeito: nascimento, crescimento e morte e 3 atos. O número 7 representa o fim de um ciclo; O número 21 significa, então, a fatalidade perfeita.

7 Simbologia Maria vive apenas 13 anos. Na crença popular o 13 indica azar. Embora como número ímpar deva apresentar uma conotação positiva, em numerologia é gerado pela soma 1+3=4, um número par, de influências negativas, que representa limites naturais. Maria vê limitados os seus momentos de vida.

8 Do drama clássico ao drama romântico Garrett, recorrendo a muitos elementos da tragédia clássica, constrói um drama romântico, definido pela valorização dos sentimentos humanos das personagens; pela tentativa de racionalmente negar a crença no destino, mas psicologicamente deixar-se afetar por pressentimentos e acreditar no sebastianismo; pelo uso da prosa em substituição do verso e pela utilização de uma linguagem mais próxima da realidade vivida pelas personagens; sem preocupações excessivas com algumas regras, como a presença do coro ou a obediência perfeita à lei das três unidades (ação, tempo e espaço).

9 Tal como na tragédia clássica, também o fatalismo é uma presença constante. O destino acompanha todos os momentos da vida das personagens, apresentando- se como um força que as arrasta de forma cega para a desgraça. É ele que não deixa que a felicidade daquela família possa durar muito.

10 Frei Luís de Souza “é um drama romântico, com lances de tragédia...” (Almeida Garret)

11 Características românticas Patriotismo/ nacionalismo - Além do que decorre do Sebastianismo, deve-se ter em conta o comportamento de Manuel de Sousa Coutinho ao incendiar o seu próprio palácio para impedir que fosse ocupado pelos Governadores ao serviço de Castela;SebastianismoManuel de Sousa Coutinho Crenças e superstições: Alimentadas, principalmente, por Madalena, Telmo e Maria, que, sistematicamente, aludiam a agouros, visões, sonhos, devaneios e presságios;MadalenaTelmoMaria

12 Pessimismo: Permeia, principalmente, a personagem Madalena ao pressentir a desgraça, caso D. João retorne da Batalha. Sentimentalismo: A emoção sobrepõe a razão, principalmente quando D. Madalena casa-se sem ter certeza da morte de seu primeiro marido. Religiosidade: O casal D. Manuel e Madalena, torna- se Frei Luís de Souza e Sóror Madalena, respectivamente, abordando na fé e na religião o escapismo para a solução do conflito.

13 Idealização da mulher: Maria representa a mulher- anjo, pois é demasiadamente sensível, ingênua, culta e ainda tem uma intuição apurada, prevendo acontecimentos. Adaptação entre o mundo externo e mundo interno: Percebe-se uma adequação dos cenários e das cenas ao estado de espírito representado pelas personagens.

14 Tema da morte: A morte como solução dos conflitos é um tema privilegiado pelos românticos; no caso do Frei Luís de Sousa, verifica-se: a morte física de Maria (morre tuberculosa); a morte simbólica de Madalena e de Manuel, que, ao tomarem o hábito religioso, morrem para a vida mundana; morte simbólica de D. João de Portugal ao desaparecer na Batalha de Alcácer – Quibir.D. João de Portugal


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