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PublicouLeonor Custódio Varejão Alterado mais de 8 anos atrás
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ESCOLA CATÓLICA: UM PROJETO EDUCATIVO ASSENTE NA PESSOA (Informação baseada no projeto educativo da Fundação SM – Santa Maria, Espanha)
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Falar de projeto educativo é falar mais de sementes do que de frutos.
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Como educadores, acolhemos uma criança e, durante uma série de anos, acompanhamo-la no seu crescimento em todas as suas facetas como pessoa. Educar supõe conduzir desde fora para deixar nascer tudo o que a pessoa tem dentro. Educar significa intervir positivamente para fazer crescer.
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Por detrás da palavra “educação” há sempre generosidade e entrega. Recordamos sobretudo os nossos antigos professores que como pessoas nos respeitavam, nos compreendiam, que se entregavam com entusiasmo, que eram pacientes e bondosos, que nos tratavam como pessoas e nos aceitavam tal como éramos.
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Uma criança sente uma enorme satisfação por fazer as coisas por si própria
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O educador sabe que o desenvolvimento da personalidade, a motivação e o ritmo de aprendizagem variam de aluno para aluno. Portanto, as metas que pode traçar para cada um devem também ser diferentes.
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Especialmente na infância e pré-adolescência, o educador deve transmitir confiança e segurança emocional, base da autoestima. Neste contexto de afeto e consideração, a organização, as regras e as exigências que toda a aprendizagem comporta adquirem um valor educativo positivo.
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Um aluno que se sente querido, «amado», aprende, e aprende a querer.
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Especialmente na adolescência e juventude, os educadores devem oferecer critérios de julgamento para que os alunos aprendam a analisar, a criticar de forma construtiva, aprendam a discernir, encontrando o seu próprio caminho.
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Não devemos ansiar por alunos “uniformes”. Cada pessoa deve seguir o seu próprio caminho, mas incumbe-nos, como educadores, oferecer, através do processo de aprendizagem, a matriz de valores que entendemos necessária para enriquecer a sua personalidade e para facilitar o seu acesso ao bom, ao belo, ao justo, ao verdadeiro.
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Que modelo de pessoa deve estar subjacente aos nossos projetos educativos? Uma pessoa que vá construindo o seu projeto de vida e seja capaz de comprometer-se consigo mesma e com os outros.
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(modelo de pessoa) Ou seja: -Uma pessoa aberta ao encontro (muita atenção à nossa linguagem verbal e não verbal, pois é o principal instrumento de comunicação)… -Uma pessoa livre e responsável (educar na liberdade e na responsabilidade é educar na necessidade de comprometer-se em projetos pessoais e sociais; é educar no respeito pelas normas essenciais, em relação a si próprio e aos outros)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa consciente da sua fragilidade (o sofrimento é inevitável e deve apresentar-se como uma dimensão educativa muito importante; devemos ajudar, pois, o aluno a compreender-se nas suas fragilidades, a comover-se e a sentir-se solidário com as injustiças; educar é apresentar aos alunos a realidade com as suas luzes e sombras, e motivá-los a serem artífices da mudança, assumindo atitudes realistas e proativas)…
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(modelo de pessoa) - Uma escola aberta ao transcendente (a pessoa sente, desde tenra idade, a necessidade de resposta a mistérios que não sabe explicar: o mistério da vida, do belo, do sagrado; a educação não pode esquecer a dimensão transcendente do ser humano, que integra a experiência libertadora e humanizadora de Deus, expressa no compromisso ativo na construção de um mundo melhor)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa enraizada na história (no âmbito pessoal, a nossa experiência de vida compõe-se não só do presente, mas também de experiências e recordações do passado, que constituem o nosso património pessoal e determinam a nossa identidade; é também a consciência de futuro que amplia os horizontes pessoais, torna possível a esperança e permite fazer projetos)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa aberta à sociedade plural (a globalização transformou as nossas sociedades nacionais em pluriculturais, exigindo-nos encontrar formas de convivência que harmonizem o particular com o comum; os alunos dispõem hoje de grande facilidade de acesso a múltiplas fontes de informação que os convertem em autênticos cidadãos do mundo; o sentimento de pertença cria segurança mas exige que despertemos atitudes de cooperação e tolerância)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa com esperança (educar na esperança é potenciar nas crianças e jovens a confiança neles próprios e dar sentido aos seus esforços, aos seus fracassos, aos seus projetos, ajudando a valorizar os aspetos positivos da existência; o processo educativo assume-se, assim, como uma oportunidade privilegiada para semear alternativas de esperança, tanto na dimensão social como pessoal; como educadores, devemos esforçar-nos para que o aluno tome consciência dos grandes progressos da humanidade, que não seriam alcançáveis se não houvesse pessoas persistentes e plenas de esperança, vocacionadas para vencer obstáculos aparentemente intransponíveis)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa com sentido crítico e com consciência moral (a ética e a moral permitem que as pessoas possam encarar a vida com elevação, interiorizando valores e atitudes que permitem construir tanto um projeto de vida como um grande projeto ético de convivência, tão necessários na nossa sociedade; o objetivo é levar a pessoa a ser capaz de se “autogovernar”, de construir o seu projeto de vida e de se comprometer com ele)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa comprometida com a justiça e os direitos humanos (o sentimento de justiça encerra diversos valores que são a base da convivência em sociedade, tais como a equidade, a liberdade responsável, o respeito pelos outros, a defesa dos mais débeis e a valorização das diferenças; tudo isto se materializa no acolhimento aos imigrantes, no acompanhamento dos doentes, na integração de pessoas portadores de deficiência, na empatia para com os marginalizados e os desfavorecidos)…
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(modelo de pessoa) - Uma pessoa sociável e compassiva (a vida afetiva, a atenção pelo outro, o cuidado pelos laços familiares e as relações pessoais, o compromisso e a generosidade são atitudes que fazem crescer a pessoa; é necessário insistir na importância do “estar próximo”, da colaboração, da disponibilidade e da compaixão ante os problema dos outros)…
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Devemos apostar na dignidade da pessoa. O aluno a quem nos dirigimos é único, irrepetível, vulnerável e digno de respeito. Respeitar a criança, o adolescente, o jovem é convertê-lo no (principal) protagonista do seu crescimento; é despertar e valorizar os seus interesses profundos e apelar à sua criatividade; é impulsionar, animar e exigir conforme as suas possibilidades, para que desenvolva as suas potencialidades.
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Há outra realidade que a criança, o adolescente, o jovem terão de integrar: é a que deriva da diferença de capacidades e interesses das pessoas. No processo de socialização, a criança deverá ir aceitando esta variedade e descobrirá que as relações humanas nos enriquecem e complementam. Desde os primeiros anos escolares podem-se criar atitudes de integração desta diversidade.
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A criança que é aceite e amada aprende a aceitar, aprende a valorizar aquilo que o une aos outros, superando a cultura que o possa separar. Entendemos que isto significa trabalhar por uma cultura de paz e de encontro. Isto é, educar para a vida.
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Devemos defender uma educação integral que emerge da unidade da pessoa. A pessoa íntegra não é um aglomerado de atividades diversas, mas sim um ser capaz de pôr a sua marca pessoal nas diferentes facetas da sua vida. Por isso devemos trabalhar para que a pessoa cresça em todas as suas dimensões, também na dimensão espiritual, pela qual ela se encontra com o próprio mistério da vida, abrindo caminho à experiência religiosa.
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A criança percebe a aprendizagem de forma global. De facto, um dos parâmetros que avalia o crescimento intelectual é precisamente a capacidade para relacionar saberes e transferir e aplicar os conceitos e procedimentos que se vão aprendendo em situações, contextos e áreas de ensino diferentes.
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A educação deve contribuir para o desenvolvimento de cada pessoa: corpo e mente, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade individual e espiritualidade. O conhecimento que cada indivíduo deve assimilar é o que necessita para compreender o mundo que o rodeia, viver com dignidade, desenvolver as suas capacidades profissionais e comunicar com os outros.
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Devemos promover nos alunos o desejo de saber. A palavra “saber” deriva de “saborear”. Habitualmente, as pessoas apaixonadas pelo conhecimento têm mestres enamorados pelo seu trabalho, mestres que saboreiam o desejo de saber e suscitam esse desejo nos seus alunos, mestres que inspiram e despertam a vida à sua volta. O desejo de saber anda de mãos dadas com a aprendizagem, está estreitamente relacionado com a motivação e com a criação de hábitos. Ao mesmo tempo, toda a aprendizagem supõe uma considerável dose de esforço por parte da criança, esforço que vai sendo recompensado noutras etapas educativas na vida de adulto.
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Nas últimas décadas o caudal de conhecimentos aumentou de forma exponencial. Estamos imersos na “sociedade do conhecimento” ou, do ponto de vista da pessoa, na “sociedade da aprendizagem”.
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Aumentar a competência dos indivíduos que estamos preparando para um futuro imediato passa não tanto por adquirir uma enorme quantidade de conhecimentos classificados, mas sobretudo por dominar e gerir os instrumentos do saber. Isto é, passa por “aprender a aprender”. Para tal, será necessário ajudar o aluno a construir critérios sólidos que lhe permitam discernir, com sentido crítico, por entre o emaranhado de informação disponível, e tomar decisões sobre a sua própria aprendizagem, para continuar a sua formação ao longo da vida.
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Devemos fomentar o “aprender a conviver” e o “aprender a ser”. O processo de socialização – aprender a conviver – é um dos objetivos da educação, devendo nós, educadores, proporcionar recursos que facilitem a cooperação entre as pessoas.
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Com o passar dos anos, a criança vai assumindo que necessita dos outros para poder viver, e que, portanto, necessita de aprender a viver com as pessoas que o rodeiam.
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Um dos paradoxos do nosso tempo é o contraste entre a riqueza dos nossos avanços técnicos e a pobreza das nossas formas de tratar a realidade humana. Resolvemos com enorme eficácia problemas de engenharia, mas não os problemas vitais. Somos uma sumidade em tecnologia, mas em muitas ocasiões comportamo-nos como analfabetos na “disciplina” mais importante da nossa vida – em “humanidade”.
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Aprender a SER é, sem dúvida, o conteúdo mais difícil de ensinar e de aprender. É a aprendizagem que nos vai acompanhar ao longo de toda a nossa existência…
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As crianças que hoje aprendem o sentido do bem comum nesse pequeno mundo que é a aula ou a escola serão amanhã cidadãos do bem, sensíveis ao que as rodeia e comprometidos com a construção de uma sociedade melhor.
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Educar é (muito) mais do que transmitir conhecimentos, é muito mais que informar. Educar é cultivar na criança, no aluno, o pensamento, a capacidade de ajuizar, a sensibilidade, a ética, a consciência moral, a tolerância, o sentido da gratuitidade, a arte de ser feliz…
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Educar é conseguir que cada criança desenvolva ao máximo as suas capacidades e cresça em todas as dimensões, da mente e do espírito.
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Em suma, queremos… Pessoas livres e responsáveis Pessoas com esperança Pessoas com sentido crítico e consciência moral Pessoas sociáveis e compassíveis Pessoas comprometidas com a justiça
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«A nossa missão é ajudar a formar os profissionais do futuro, sem esquecer que aqueles indivíduos que o mundo vai precisar nos próximos anos são, acima de tudo, PESSOAS. Portanto, além da sua cumplicidade com as tecnologias, eles são seres humanos tolerantes, generosos e apaixonados!» 完 Recolha de informação da responsabilidade da APEC, julho de 2012
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