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Acidentes por Aranhas e Escorpiões
Fernanda R. Canteli
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Escorpionismo Importância: grande frequência potencial de gravidade*
No Brasil: 8000 acidentes/ano 3 casos/ habitantes; Letalidade de 0,58%; 50%: MG e SP *Principalmente crianças picadas pelo Tityus serrulatus.
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Escorpionismo Agentes de importância médica são:
T. serrulatus (maior gravidade) T. bahiensis T. stigmurus Características das picadas: Em meses quentes e chuvosos Principalmente em MMSS (65% em mão e antebraço) Curso benigno (maioria)
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Tityus serrulatus Tronco marrom-escuro, pedipalpos e patas amarelados, cauda amarelada, serrilha dorsal, mancha escura no lado ventral da vesícula. De 6 cm a 7 cm. Distribuição geográfica: Bahia, Espírito, Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
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Tityus bahiensis T ronco marrom-escuro, patas e pedipalpos com manchas escuras. De 6 cm a 7 cm. Distribuição geográfica: Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio
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Tityus stigmurus Tronco amarelo-escuro, triângulo negro no cefalotórax, faixa escura longitudinal mediana e manchas laterais escuras nos tergitos. De 6 cm a 7 cm. Distribuição geográfica: estados da região Nordeste do Brasil.
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Ações do Veneno Dor local
Ações nos canais de sódio → liberação de catecolaminas e acetilcolina → ações simpáticas ou parassimpáticas
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Quadro Clínico Dor local e parestesias; Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa Digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia e, mais raramente, dor abdominal e diarréia Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva e choque Respiratórias: taquipnéia, dispnéia e edema pulmonar agudo Neurológicas: agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia e tremores * Encontro desses impõe a suspeita diagnóstica de escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada e independente do encontro do escorpião
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Gravidade e Evolução A gravidade depende:
Espécie e tamanho do escorpião Quantidade de veneno inoculado Massa corporal do acidentado Sensibilidade do paciente ao veneno Influem na evolução: Diagnóstico precoce Tempo entre a picada e a administração do soro Manutenção das funções vitais
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Exames ECG (acompanhamento) Raios X de tórax Hemograma Eletrólitos
Amilase Glicemia CPK e CKMB ELISA
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Tratamento Sintomáticos
Alívio da dor: Lidocaína 2% sem vasoconstrictor ( 1 a 2 ml) Dipirona Específico: Soro antiescorpiônico (SAEEs) ou antiaracnídico (SAAr) → formas moderadas e graves
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Araneísmo *Menor importância: Lycosa(aranha-de-grama), caraganjeiras.
1,5 casos/ hab Baixa mortalidade Regiões Sul e Sudeste Gêneros de importância médica: Phoneutria Loxosceles Latrodectus *Menor importância: Lycosa(aranha-de-grama), caraganjeiras.
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Phoneutria ``Aranha armadeira´´ 42,5 % dos casos de araneísmo
Picada em mãos e pés Raramente leva a quadro grave
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Phoneutria Ações do veneno:
Ativação e retardo da inativação dos canais neuronais de sódio → despolarização de fibras musculares e terminações nervosas → liberação de acetilcolina e catecolaminas. Pode induzir tanto a vasoconstricção quanto o aumento da permeabilidade vascular por ativação do sistema calicreína-cininas e de óxido nítrico.
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Tratamento Sintomático:
Lidocaína a 2% sem vasoconstritor (infiltração local ou troncular). Repetir em 60 a 90 minutos, se necessário Se > de 2 infiltrações: Meperidina (Dolantina) IM Dipirona Imersão do local em água morna ou uso de compressas quentes
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Loxosceles Aranhas-marrons;
Não são agressivas( ao se refugiar em vestimentas, acabam provocando acidentes) Paraná e Sta. Catarina Quadro de instalação lenta e progressiva. Forma mais grave: CIVD Distribuição centrípeta da picada Presenta a Forma Cutânea e a FormaCutâneo- visceral.
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Loxosceles Ações do veneno:
Esfingomielinase-D → ação sobre endotélio vascular e hemácias → ativa cascatas do sist. complemento, da coagulação e das plaquetas → intensa inflamação, edema, hemorragia e necrose focal.
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Forma Cutânea 87-98% Sintomas locais se acentuam em 24 a 72 horas
Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor; b) Lesão sugestiva: enduração, bolha, equimoses e dor em queimação c) Lesão característica: dor em queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia (placa marmórea) Pode evoluir para necrose seca (escara), em 7 a 12 dias, que, ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma úlcera de difícil cicatrização.
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Forma cutâneo-visceral
Hemolítica Comprometimento cutâneo + manifestações de Hemólise intravascular ( anemia, icterícia e hemoglobinúria) → primeiras 24h CIVD (1% a 13%) → L. laeta Complicação: IRA (diminuição da perfusão renal, hemoglobinúria e CIVD) → principal causa de óbito
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Tratamento Suporte : Dipirona Compressas frias
Antisséptico local e limpeza periódica da ferida (5 a 6x/dia) Antibiótico sistêmico (se infecção secundária) Remoção da escara após estar delimitada a área de necrose ( ~ 1sem) Tratamento cirúrgico (se necessário)
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Tratamento A indicação do antiveneno é controversa na literatura;
Dados experimentais revelaram que a eficácia da soroterapia é reduzida após 36 horas de inoculação do veneno;
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Lactrodectus Viúvas-negras Acidentes quando comprimidas contra o corpo
Principalmente no Nordeste Não há registro de óbitos
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Lactrodectus Ações do veneno:
Alpha-latrotoxina → Dor local por ação sobre terminações nervosas + liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos na junção neuromuscular pré-sináptica → alteração da permeabilidade aos íons sódio e potássio.
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Chega!
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