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MODELOS DE PASTORAL INCONSEQUENTES COM OS TEMPOS ATUAIS Agenor Brighenti 1.

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Apresentação em tema: "MODELOS DE PASTORAL INCONSEQUENTES COM OS TEMPOS ATUAIS Agenor Brighenti 1."— Transcrição da apresentação:

1 MODELOS DE PASTORAL INCONSEQUENTES COM OS TEMPOS ATUAIS Agenor Brighenti 1

2 Hoje, podemos identificar, pelo menos, quatro modelos de pastoral, inconseqüentes com o momento atual: ● a pastoral de conservação ● a pastoral apologista ● a pastoral secularista ● a pastoral liberacionista 2

3 Desconhecendo as mudanças: a pastoral de conservação (de cristandade) Apesar de superado pelo Concílio Vaticano II, ela continua vigente na Igreja e existe há mais de mil anos. Funciona centralizado no padre e na paróquia. Para a maioria dos católicos, é o único espaço de contato com a Igreja. 3

4 Em sua configuração pré- tridentina, a prática da fé é de cunho devocional, centrada no culto aos santos, novenas, procissões, romarias e promessas. Já em sua configuração tridentina, a vivência cristã gira em torno do padre, baseada na recepção dos sacramentos e na observância dos mandamentos da Igreja. 4

5 Pressupõe-se cristãos evangelizados, mas são católicos não convertidos, sem iniciação à vida cristã. A recepção dos sacramentos salva por si só, concebidos como “remédio” ou “vacina espiritual”. Em lugar da Bíblia, coloca-se na mão do povo o catecismo da Igreja; em lugar de teologia enquadra-se os fiéis na doutrina. 5

6 No seio de uma paróquia territorial: ● em lugar de fiéis, há clientes; ● o administrativo predomina sobre o pastoral; ● a sacramentalização sobre a evangelização; ● o pároco sobre o bispo; ● o padre sobre o leigo; ● o rural sobre o urbano; ● o pré-moderno sobre o moderno; ● a massa sobre a comunidade. 6

7 Temendo as mudanças: a pastoral apologista (de neocristandade) A pastoral apologista assume a defesa da instituição católica, bem como a guarda das verdades da fé, no modo como foram formuladas pela escolástica. 7

8 À desconstrução dos metarrelatos, que gera vazio, contrapõe-se o “porto de certezas” da tradição religiosa. 8

9 Em lugar do Vaticano II, que se rendeu à modernidade, contrapõe-se a tradição anti- moderna dos papas “Pios”, os quais com acerto, excomungaram em bloco a modernidade. Assume uma postura apologética e apóia-se numa “missão centrípeta”: sair para fora da Igreja e trazer de volta as “ovelhas desgarradas” para dentro dela. 9

10 Numa atitude hostil frente ao mundo, cria seu próprio mundo, uma espécie de “sub-cultura eclesiástica”. No seio qual, pouco a pouco se sentirá a necessidade de vestir-se diferente, morar diferente, evitar os diferentes, conviver entre iguais, em típica mentalidade de seita ou gueto. 10

11 Como se está em estado de guerra, qualquer crítica é intolerada, pois enfraquece a resistência. A missa tridentina alimenta o imaginário de novos cruzados, no resgate da pré- modernidade perdida. 11

12 Padecendo as mudanças: a pastoral secularista (de pós-modernidade) Trata-se de uma religiosidade que se propõe responder às necessidades imediatas das pessoas, em sua grande maioria, órfãs de sociedade e de religião. 12

13 É integrada por pessoas em crise de identidade, machucadas, em busca de auto-ajuda, desesperançadas. Estão habitadas por um sentimento de impotência diante dos inúmeros obstáculos a vencer, tanto no campo material como no plano físico e afetivo. 13

14 São pessoas buscando solução a seus problemas concretos e apostando em saídas providencialistas e imediatas. Nestes meios, há um encolhimento da utopia no momentâneo: “eu quero ser feliz, aqui e agora”! 14

15 Dado que o passado perdeu relevância e o futuro é incerto, o corpo é a única referência da realidade presente, deixando-se levar pelas “sensações”, professando uma espécie de “religião do corpo”. Confunde-se salvação com prosperidade material, saúde física e realização afetiva. 15

16 É a religião a la carte : Deus como objeto de desejos pessoais. Solo fértil para os mercadores da boa fé, no seio do atual próspero e rentável mercado do religioso. A religião já é o produto mais rentável do capitalismo. 16

17 Há um deslocamento da militância para a mística na esfera da subjetividade individual, do profético ao terapêutico e do ético ao estético. Uma estranha combinação de “confissão de fé” e “afirmação narcisista”, típica de um sujeito ameaçado. 17

18 Neste contexto, a mídia contribui para a banali- zação da religião, reduzindo-a à esfera privada e a um espetá- culo para entreter o público. Também a religião passa a ser consumis- ta, centrada no indivíduo e na degustação do sagrado, entre a magia e o esoterismo. 18

19 Negando as mudanças: a pastoral liberacionista (de encantamento com a modernidade) Se reivindica da renovação do Concílio Vaticano II e da profética tradição latino- americana, a resposta mais avalizada à crítica da religião como alienação ou ópio do povo. 19

20 Não quer perder de vista a indissociável conversão pessoal e das estruturas, que exige a militância dos cristãos também na esfera política, a partir da opção preferencial pelos pobres. Não quer deixar a parceria com os movimentos sociais, que permitiu avanços nas políticas públicas de inclusão de amplos segmentos da população. 20

21 Com a crise das utopias, a fragmentação do tecido social, dos ideais comunitários e o surgimento de novos rostos da pobreza, a pastoral liberacionista, sem as suas mediações históricas, sofreu um grande revés. Em meio à perplexidade do presente, em lugar de tirar lições e buscar novas mediações, tende-se a minimizar ou mesmo a negar as mudanças atuais. 21

22 Continua priorizando, quando não de modo exclusivo, a promoção de mudanças estruturais e a atuação no âmbito político e social. Qualquer mudança é retrocesso. Questões mais ligadas à esfera da pessoa, à realização pessoal, autonomia, à dimensão sabática da existência, à experiência pessoal do sagrado, são tidas como preocupações burguesas. 22

23 . 23 Fim Slides – Pe. Agenor Brighenti


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