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INTRODUÇÃO O aumento nas taxas de cesariana é um fenômeno internacional. Um grande número destas operações são realizadas desnecessariamente e esta tendência.

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1 INTRODUÇÃO O aumento nas taxas de cesariana é um fenômeno internacional. Um grande número destas operações são realizadas desnecessariamente e esta tendência é preocupante tanto por razões de saúde quanto pela demanda em termos de recursos dos serviços 1 A operação cesariana carrega riscos para a mãe e recém nascido quando realizada sem indicações médicas precisas 1 O Brasil apresenta uma das maiores taxas de cesariana do mundo com 46,6 % em 2007 2 Dados da Secretaria Estadual de Saúde para o Estado de Santa Catarina mostram que as taxas de cesariana em nosso estado estão entre as mais altas do país e que cresceram de 41,4% em 1998 para 48,0% em 2008 3 A investigação dos determinantes das altas taxas de cesariana no Brasil sugere uma estreita relação entre indicadores sociais e a chance do evento 4 Variações geográficas nas taxas de cesariana parecem estar grandemente influenciadas por fatores não- médicos 4 O entendimento da distribuição geográfica dos eventos tem estreita relação com os determinantes sociais em saúde. 5 Taxas mais altas entre as mulheres com escolaridade mais elevada e da etnia branca, ou seja, entre grupos socioeconomicamente mais privilegiado e de menor risco sugerem “equidade inversa” no uso do procedimento 4 A multidimensionalidade e regionalidade da cesariana no Brasil indicam que as intervenções dirigidas ao problema passam necessariamente pelo conhecimento das particularidades socioculturais locais 6 OBJETIVOS Investigar como características do contexto, representadas por indicadores socioeconômicos da área de residência, influenciam e interagem com variáveis individuais da mãe e do recém-nascido na determinação das altas taxas de cesariana em Santa Catarina. Figura 1. Variações Temporais nas Taxas de Cesariana em Santa Catarina 2003-2007 RESULTADOS A taxa média de cesarianas em Santa Catarina para o período estudado foi de 49.9% e aumentou de 46.3 %, em 2003, para 53,1%m em 2007. (Fig.1) A taxa municipal de cesariana se mostrou positivamente correlacionada com os melhores índices de desenvolvimento humano (IDH) e educacional (IDE), com populações maiores e mais urbanizadas, com menor proporção de analfabetismo e melhor nível de renda. Médias significativamente mais altas para todos os indicadores foram encontradas entre as mulheres tendo cesariana comparadas àquelas com parto vaginal (Tabela 1) Os grupos apresentando o maior risco de cesariana, foram idade maior de 35 anos, escolaridade maior de 12 anos, freqüência ao pré-natal de mais de 7 consultas, idade gestacional de 42 ou mais semanas e etnia branca. Ao investigar a existência de desigualdades sociais nas taxas de cesariana para o Estado de Santa Catarina, aquelas mulheres com maior escolaridade e nas classes étnicas mais privilegiadas apresentaram o dobro da chance de cesariana. (Tabela 2) As Razões de Prevalência, ao comparar extremos do período mostram que a probabilidade de cesariana ao comparar mulheres nos grupos de maiores e menores prevalências aumentou para escolaridade, etnia e freqüência ao pré-natal em função de um aumento nas prevalências entre os grupos de maior escolaridade, de etnia branca e de maior frequência ao pré-natal. (Fig. 2) CONCLUSÕES As altas taxas de cesariana no estado e um aumento nos últimos cinco anos é preocupante. 80% dos 293 municípios catarinenses, responsáveis por quase 90% de todos os partos no estado, apresentaram uma taxa superior a 40% Taxas mais altas entre as mulheres com escolaridade mais elevada, etnia branca e em municípios socioeconomicamente mais privilegiados, conseqüentemente de menor risco, trazem a tona a "equidade inversa" no uso da tecnologia no parto em Santa Catarina. METODOLOGIA O estudo combinou métodos ecológicos e de análise multivariada, na investigação de associações entre fatores socioeconômicos, demográficos e reprodutivos e as altas taxas de cesariana no Estado de Santa Catarina. Informação a respeito de um total de 419.361 nascidos vivos, foi obtida a partir do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC-SC) para o período de 2003-2007. Informação referente aos indicadores socioeconômicos foi obtida a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Atlas do Desenvolvimento Humano (PNUD). Foram investigadas tendências temporais nas associações entre fatores socioeconômicos, demográficos e reprodutivos e as taxas de cesariana e testada a hipótes de "equidade inversa" ao comparar as taxas municipais. Foi ainda investigada a existência de interações entre variáveis sócio-demográficas e individuais e fatores socioeconômicos municipais. A análise exploratória consistiu na obtenção do perfil socioeconômico e demográfico, para o estado, tendo como base os indicadores socioeconômicos para o conjunto dos municípios. Razões de prevalência de cesariana (RP) brutas e ajustadas para confundimento, foram estimadas para cada uma das variáveis de interesse utilizando Regressão de Cox. A existência de associações foi testada no nível de significância de 95%. Tabela 1 Correlação dos indicadores socio-demográficos e ambientais com as taxas municipais de cesariana e sua distribuição média de acordo com tipo de parto. Santa Catarina 2003-2007 Tabela 2. Número de partos, taxas de cesariana e razões de prevalência, brutas e ajustadas, de acordo com variáveis sociais e reprodutivas. Santa Catarina 2003-2007 BIBLIOGRAFIA 1. Victora C, Vaughan J, Barros F, Silva A, Tomasi E. Explaining trends in inequities: Evidence from Brazilian child health studies. Lancet. 2000;(356):1093-8. 2. SINASC. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/%20deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvsc.def 3. Secretaria do Estado da Saúde SC. Disponível em: http://www.saude.sc.gov.br/cgi/tabcgi.exe? sinasc.def 4. Freitas PF, Drachler ML, Leite JCC, Grassi PR. Desigualdade social nas taxas de cesariana em primíparas no Rio Grande do Sul. Rev. de Saúde Pública. 2005; 39: 761-7. 5. Duarte EC, Schneider MC, Paes-Sousa R et al. Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório. 2002. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde. 6. Misago C, Freitas PF, Kendall C, Haneda K, Silveira D, Onuky D, et al. From culture of dehumanization of childbirth' to childbirth as a transformative experience: changes in five municipalities in north-east Brazil. Int J Gynaecol Obstet. 2001;75(1):67-72. Figura 2. Variações temporais nas taxas de cesariana de acordo com idade materna, escolaridade, etnia e frequência ao pré-natal. Santa Catarina 2003-2007. ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES SOCIOECONÔMICOS REGIONAIS E AS TAXAS DE CESARIANA EM SANTA CATARINA Área de Conhecimento: Ciências Biológicas/Ciências Médicas e da Saúde PUIC/UNISUL Rodrigo Firmino Silvano 1 e Paulo Fontoura Freitas 2 1. Acadêmico do Curso de Medicina da Unisul 2. Orientador: Médico Epidemiologista, Professor do Curso de Medicina, Núcleo de Orientação em Epidemiologia (UNISUL) IndicadoresCorrelação com Taxas de cesariana Tipo de Parto (1) Vaginal Tipo de Parto (2) Cesáreo Valor de p (1) X (2) MÉDIAD.P.MÉDIAD.P. População 0,058(**)114819,05134580,84116597,37130412,61 < 0,001 Urbano 0,164(**)0,790,210,800,20 < 0,001 IDH 0,461(**)0,813,800,823,45 < 0,001 IDE 0,447(**)0,903,830,903,55 < 0,001 Gini -0,129(**)0,535,780,535,73 < 0,001 Analfabetismo -0,314(**)6,813,506,433,25< 0,001 Renda 0,312(**)336,22132,04348,97130,59< 0,001 *Coeficiente de Correlação de Pearson (**) P < 0,01; **Teste t de Student para amostras independentes Variáveis NCesariana %RPbRPaj I.C. 95% (RPaj) Idade mãe (anos) < 20 77900 36,8Ref. 20-3429362151,81,401,291,27-1,31 35 >4749360,11,631,531,51-1,56 Escolar.mãe (anos) 0 –32844935,8Ref. 4 a 714983040,71,131,141,12-1,17 8 a 1116985651,71.451,431,40-1,46 12 >6794571,92,021,831,80-1,88 Consultas pré-natal 0-615416439,4Ref. 7 >26093556,11,431,301,29-1,31 Idade gest.(semanas) 22-412915257,0Ref. 42 >38895449,41,091,161,15-1,19 Etnia - cor da pele Branca40188850,5Ref. Todas as outras1563637,41,351,181,15-1,21 RPb: Razões de Prevalência brutas; RPaj: Razões de Prevalência ajustadas Fonte: SINASC/SC. 2003-2007. Taxas de Cesariana 0-8 anos de estudo 9 anos ou + Branca Outras Etnias < 7 consultas 7 consultas ou + Fonte: SINASC/SC. 2003-2007. Taxas de Cesariana %


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