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DOIS MODOS DE PENSAR JAMES BRIANT CONANT PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL DISCIPLINA: METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS.

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1 DOIS MODOS DE PENSAR JAMES BRIANT CONANT PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL DISCIPLINA: METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DOCENTES: EDIVALDO BOAVENTURA E JOÃO APOLINÁRIO DISCENTES: JOANNA MILANEZ, JOSÉ ALLANKARDEC RODRIGUES, MAÍRA MENEZES, MONIQUE CAVALCANTE, PEDRO HENRIQUE DUARTE E ULISSES RIBEIRO

2 Conant (1893-1978), nascido nos Estados Unidos e autor do livro Dois Modos de Pensar, foi químico, presidente de Harvard, alto funcionário americano na Alemanha e estudioso da educação pública. JAMES BRYANT CONANT Conant | Fonte: http://media.www.harvard.edu/content /conant.jpg

3 I N T R O D U Ç Ã O O texto faz parte da Série Credo, que apresenta a visão de diferentes autores sobre seu processo criativo, sua busca apaixonada pelo trabalho guiado por suas intuições e a influência do trabalho sobre o homem e a sociedade. Além de explicar a necessidade de dar um sentido à vida, uma explicação para o mundo ao nosso redor, ou seja, a busca pela compreensão dos problemas do homem. E assim Conant, da os primeiros passos para explicar o seu credo. Dois modos de pensar é a tese defendida por Conant, como resultado de sua experiência acumulada a partir do convívio com mestres, professores, cientistas, altos funcionários públicos e homens de negócios da Alemanha e dos EUA; Ao longo de sua vida profissional, deparou-se com um complexo de problemas que o torturavam desde os primeiros anos de suas responsabilidades como administrador de universidade, e que têm a ver com o modo como as pessoas pensam a respeito dos problemas humanos;

4 I N T R O D U Ç Ã O 1930 → Chave do enigma para as discursões de Conant: a Grande Depressão. “ [...] no mundo das teorias sociais, políticas e econômicas, teses ortodoxas e heterodoxas estavam em discussão não em termos abstratos, mas, como proposições concretas para ação imediata, constituindo os problemas de estudo e debate dos cientistas sociais.” (CONANT, 1968, p. 29 - 30). Questiona-se se a ciência social é uma ciência comparável com as ciências naturais, como também se havia ou poderia haver uma ciência de educação. Observou que o tempo despendido estudando educação foi substancialmente um encontro com a teoria e a prática de uma fase da ciência social, além de notar o contraste entre os cientistas de ciência social aplicada, em especial os educadores dos EUA e da Alemanha.

5 I N T R O D U Ç Ã O Para o autor, seu credo é: Uma sociedade livre requer hoje entre os seus mestres, professores e praticistas, dois tipos de indivíduos: um que prefere o método empírico-indutivo de pensar; e outro que tem a visão teórico- dedutiva. Ambos os modos de pensar têm seus perigos; ambos têm suas vantagens. Em qualquer profissão, em qualquer instituição isolada, em qualquer país, um dos métodos pode ser subdesenvolvido ou superdesenvolvido. Nestes casos, o equilíbrio tem de ser reencontrado. Acima de tudo impõe-se, para a continuação da liberdade intelectual, a tolerância das atividades dos adeptos de um método pelos do outro. (CONANT, 1968, p. 33) Nos três primeiros capítulos do livro o autor se propõe a explicar as afirmações da crença dele, e, no último, se dedica a considerações sobre problemas relacionados à educação necessária para o progresso de uma sociedade livre e altamente industrializada.

6 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO DOIS MODOS DE PENSAR | CONANT NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

7 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA Segundo CONANT (1968) a definição de: – A INDUÇÃO é o raciocínio próprio dos investigadores (quando faltam pistas de um crime) e cientistas (quando faltam dados concretos sobre uma pesquisa). – A DEDUÇÃO é uma forma mais segura de raciocínio, porque é baseada em dados mais abrangentes e já aceitos.

8 Segundo CONANT (1968) a definição de: – “INDUÇÃO é o processo de pensar do particular para o geral, sendo que a DEDUÇÃO parte-se da visão geral para o particular”; – No cotidianos pensamos de forma indutiva e dedutiva nas tarefas cotidianas; – Validamos as generalizações; 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

9 CONANT (pg. 36, 1968) afirma que: [...] as ciências naturais, no estado em que se acham hoje, foram o resultado do uso cuidadoso de método empírico-indutivo conjugado com o uso imaginativo do teórico-dedutivo (grifos nossos). 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

10 Na observação de CONANT(1968) o conhecimento é advindo de inúmeras tentativas, surgidas, às vezes, de acidentes, erros nas receitas ou variação do material; Resulta-se no conhecimento chamado de “puramente empírico”, pois não contem influências direta da teoria científica. 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

11 Observa, CONANT (1968), que as generalizações empíricas são mais limitadas quando comparadas com as possibilidades da ciência; Os conceitos fundamentam-se nos termos do senso comum, faltando a precisão; Deste modo, as generalizações empíricas não são amplas e sua validade está limitada as provas de suas experiências. 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

12 Relata, CONANT (1968), que: – Com a evolução da ciência química (1780 a 1815), e a verificação da Lei de Boyle na aplicação em novos gases, a generalização empírica incorporou-se a estrutura teórica cinética dos gases. Fato de impacto no método teórico- dedutivo sobre a generalização empírica. EXEMPLO CLÁSSICO DE INDUÇÃO Lei de Boyle | Fonte: https://i.ytimg.com/vi/YNoPxva3s3g/maxresdefault.jpg 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

13 UM EXEMPLO DA ABORDAGEM EMPÍRICO-INDUTIVA Narra, CONANT (1968) que: No processo de descoberta da primeira gasolina para motores de alta compressão passou-se pelo dilema. 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

14 UM EXEMPLO DA ABORDAGEM EMPÍRICO-INDUTIVA Narra, CONANT (1968) que: Testou a iodina – solução alcoólica vermelho-bronzeada Muito cara para uso comercial Colocou a tintura para solvente; Não funcionou Não haveria outra substancia que pudesse ser viável? Foram testados os produtos químicos a partir da ordem alfabética existentes no almoxarifado. Puro empirismo Chegou-se a anilina – posteriormente ao tetra etilo de chumbo 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

15 UM EXEMPLO DA ABORDAGEM EMPÍRICO-INDUTIVA Conclui, CONANT (pg. 61-62, 1968) que: Pode parecer que temos aqui um caso em que a abordagem empírico-indutiva levou afinal à emergência de um novo esquema conceptual; Nos termo da dicotomia deste livro aqueles com preferências pelo método teórico-dedutivo de pensar são os construtores da teoria; Os classificadores, os observadores, os experimentadores se encontram na tradição empírico-indutiva 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

16 UM EXEMPLO DA ABORDAGEM EMPÍRICO-INDUTIVA Conclui, CONANT (pg. 61-62, 1968) que: Os maiores cientistas podem usar e usaram os dois modos de pensar; O empírico-indutivo por si mesmo é insuficiente para gerar os grandes avanços da teoria científica. O modo teórico-dedutivo por si mesmo é muitas vezes estéril, para o avanço nas artes práticas foi no passado inteiramente inútil ou dispensável. 1. INDUÇÃO E DEDUÇÃO NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

17 2. INVENTORES AMERICANOS DOIS MODOS DE PENSAR | CONANT NO SÉCULO XIX

18 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX Século XIX → Revolução Industrial → Ferramentas novas e novas máquinas Setor Industrial → Herói Americano → Empírico – dedutiva Estudos da natureza → Estudo do direito → Estudo da administração dos negócios → Sociologia → Educação Método empírico indutivo → Característico da Ciência Social Americana (Séc. XIX) Descoberta do carvão pedra → Revolução na produção do ferro e do aço

19 Willard Giibbs, Joseph Henry, Louis Agassiz, Asa Gray, Morley, Michaelson, Rowland Eli Whitney → Descaroçador de algodão – 1793 ↓ Bacharel em Yale; 100 anos de avanço no saber prático; ↓ ↓ Seguiu para o Sul; Incluindo as invenções de Edison; ↓ Fábrica de Armas; Barco a vapor → Grande numero de pessoas → Stevens pai e filho, Fitch e Rumsey 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX

20 ELETRICIDADE E MAGNETISMO MORSE → Pintor → Telégrafo → Auxílio de Joseph Lenry → Pesquisa no CYRUS FIELD → Primeiro cabo submarino transatlântico ALEXANDER BELL: – Nasceu, cresceu e se educou na Escócia; – Professor em Londres; – Em 1873: E.U.A, professor de fisiologia da voz em mecânica, fixado em Boston; – Inventou o telefone e melhorou o telégrafo Morse; – Após 3 anos, transmitiu a primeira mensagem telefônica 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX Código Morse → Primeira linha telégrafa → 1844: Washington e Baltimore campo da eletricidade ↓

21 ELETRICIDADE E MAGNETISMO 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX EDISON → Simboliza o inventor Americano → É o mais importante ↓ Original invenção - Fonógrafo/1877 Lâmpada incandescente; ↓ Ensaio 3.000 materiais contendo carbono; ↓ Método empírico – dedutivo

22 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX FARADAY EM ELETROMAGNETISMO MAXWELL → Estudou matemática e professor fundador de física – Universidade de Cambrigde na Inglaterra; → Fundador da formulação teórica do trabalho de Faraday; ↓ Equações diferenciais – Base da teoria eletromagnética da Luz. EDISON → Não sabia reconhecer uma equação diferencial; → sistema teórico-matemático da física; Abordagem teórico - dedutiva

23 Após 1900 → amplas mudanças na tecnologia → inventor solitário desapareceu → Empírico-Indutivo X Teórico – Dedutivo (Laboratórios e pesquisa industrial) Avanços da física → progressos da energia atômica → método da experiência + ajuda dos teóricos Ciências sociais terem desenvolvido nos E.U.A.: – Alta cultura dos americanos associado a palavra ciência com o sucesso dos inventores americanos; – Intimamente relacionada com essa associação estava a atenção provocada pelo trabalho dos biologistas sistemáticos; – Newton – saber comum; – Acontecimento científico → publicação em 1859 – origem das espécies de Darwin – Evolução das idéias → mistura do método empírico-indutivo com o teórico- dedutivo → para o leigo, constitui exemplo de método científico. 2. INVENTORES AMERICANOS NO SÉCULO XIX

24 3. A EDUCAÇÃO DOIS MODOS DE PENSAR | CONANT DE JURISTAS, ADVOGADOS E ADMINISTRADORES DE EMPRESAS

25 3. A EDUCAÇÃO DE JURISTAS, ADVOGADOS E ADMINISTRADORES DE EMPRESAS Método de caso – foi um método pedagógico, utilizado no ensino dos advogados, juristas e administradores de empresa (inicialmente em Harvard, e depois expandido para outras universidades); Criado por Christopher Columbus Langdell; Foi uma revolução na forma do ensino, uma vez que esse método objetivava o estudo prático da lei. A partir da análise dos defendidas pelos juízes, os alunos iam chegando às próprias conclusões sobre a legislação; Antes dele, os estudantes memorizavam a matéria sistematicamente apresentada nos manuais de Direito.

26 Segundo Conant (1968), Wallace Donham, introduziu o método de caso na formação dos administradores de empresas, na Harvard Graduate School of Business Administration; O método de caso, baseia-se no princípio de que se aprende fazendo (CONANT, 1968, P. 90); Os estudantes de administração durante sua formação ouvem aulas-conferência sobre princípios de Administração do Comércio e sobre tópicos relacionados com estudos econômicos, além de participarem de seminários sobre comércio e problemas econômicos. 3. A EDUCAÇÃO DE JURISTAS, ADVOGADOS E ADMINISTRADORES DE EMPRESAS

27 “não porque seja um método indutivo, mas porque é o método de ensino inteiramente adaptado ao caráter do direito comum, à assimilação intelectual e independente da lei positiva em suas fontes, e ao mais alto desenvolvimento da capacidade de pensar lógica e sistematicamente – é, com tais fundamentos, que o método de casos deve, em realidade, ser reconhecido como o método cientifico de investigação e instrução no direito comum”. Redlich, 1913 (CONANT, 1968, P.83) 3. A EDUCAÇÃO DE JURISTAS, ADVOGADOS E ADMINISTRADORES DE EMPRESAS

28 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS DOIS MODOS DE PENSAR | CONANT

29 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS A UNIVERSIDADE É O LAR do humanista, do cientista e do filósofo (CONANT, 1968, p.95). Com essa proposição Conant inicia a análise dos métodos teórico-dedutivo e empírico-indutivo. Ao longo do texto a dicotomia ente os dois métodos é exposta, mediante demonstração das divergências de práticas e de perspectivas entre os dois grandes sistemas universitários: ALEMÃO – que utiliza-se do método teórico-dedutivo X AMERICANO – que utiliza-se do método empírico-indutivo

30 Para Conant, a escola Alemã tem uma similaridade com a escola Europeia. Já a escola Americana, apesar de ter sido importado da Europa a ideia de universidade, se distanciou daquele modelo. Com a expansão do modelo americano surgiram as “ciências do comportamento”. Daí surgiu a separação entre ciências sociais e estudos sociais no sistema americano. Por outro lado, no sistema germânico, apareceu a divisão entre filosofia e visão filosófica. 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS

31 Para o escritor a maior diferença superficial entre a educação superior na Europa e nos E.U.A ocorre, em virtude da ausência, no continente europeu, dos quatro anos de estudo subgraduado – o college –, cuja existência e expansão afetaram profundamente a atitude das universidades americanas para as novas ciências da psicologia, sociologia e antropologia. Em conclusão, o autor afirma que o status das novas ciências sociais é inteiramente diferente na Alemanha e nos E.U.A. A predileção germânica pela especulação teórica e pelo raciocínio dedutivo. Já na escola Americana admite-se que as ciências são tratadas de forma meramente empíricas. 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS

32 Problemas básicos, que jazem no fundo da controvérsia a respeito da posição acadêmica do trabalho no campo das ciências sociais: Em que nível de ensino e em que tipo de instituição acadêmica americana deve ser dada instrução naqueles campos práticos em que, reconhecidamente, há poucos, ou algum, princípio geral? (CONANT, 1968, p. 102). Num plano ideal, podia-se postular que os que tivessem a qualidade de talento acadêmico, que os habilitasse a compreender rapidamente princípios gerais e a pensar em termos abstratos, deveriam devotar seu tempo, além da escola secundária, ao domínio dos princípios gerais. Estas pessoas deveriam ser expostas o mínimo possível a aprender regras específicas ou projetos técnicos (CONANT, 1968, p. 103). Até que ponto pode esse material constitui a base para instrução formal no nível de colégio ou universidade? Até que ponto deve esse know-how ser ensinado pelo método do aprendizado? (CONANT, 1968, p. 104). 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS

33 O modo de pensar teórico-dedutivo mistura-se com o especulativo e mesmo o fantástico (...). Para aqueles, cuja educação tem sido dominada pelo método empírico-indutivo de pensar, o estudo das obras dos filósofos poderá ser o único meio de expô-los à influência dessa outra maneira de pensar (CONANT, 1968, p. 110). Não considero que a ciência moderna seja de muita utilidade para os que buscam um mínimo de postulados necessários para sistematizar as suposições aparentemente evidentes sobre a conduta humana (CONANT, 1968, p.111). O processo de busca de cada um será diferente, conforme sua predileção pelo modo empírico-indutivo de pensar, ou pela tradição teórico- dedutiva (CONANT, 1968, p.112). Para o Autor a conclusão de tudo isto é que os avanços na teoria e na prática, em todas as ciências, dependerão de um resultado da combinação do modo de pensar empírico-indutivo com o modo de pensar teórico-dedutivo, inclusive para os praticionistas. 4. HUMANISTAS, CIENTISTAS E FILÓSOFOS

34 EM CONCLUSÃO DOIS MODOS DE PENSAR | CONANT

35 CONCLUSÃO “Uma sociedade livre industrializada precisa de dois tipos de indivíduos reconciliados entre si. Um tipo prefere a abordagem teórico-dedutiva aos problemas e o outro, a empírico-indutiva. A reconciliação entre os dois pontos de vista [...] é essencial à continuação de uma sociedade livre, numa era de ciência e tecnologia [...].” (CONANT, 1968, p. 119) Conant pretendia contribuir para o debate sobre a educação e a preocupação que dominava nações modernas em relação a suas escolas e universidades nos anos 1960. Na visão do autor, é por meio da educação que a sociedade moderna desenvolve os talentos que necessita.

36 CONCLUSÃO Essa discussão é importante, segundo o autor, porque: “[...] para a maioria dos jovens intelectualmente capazes o modo de pensar que irão preferir no curso da vida será determinado, em grande parte, pela educação. Entretanto [para um pequeno número deles] cuja tendência para pensar por um dos modos seja tão marcada que lhes será praticamente impossível operar com êxito pelo outro modo. [...]” (CONANT, 1968, p. 119)

37 CONCLUSÃO Nas ciências naturais, puras e aplicadas, a necessidade dos dois pontos de vista é claramente reconhecida. Porém, a realidade é diferente em relação às ciências sociais e à educação dos práticos de negócios humanos, inclusive mestres e professores. Esse problema surgiu para Conant no início dos anos 1930, quando deixou o laboratório de química para ser administrador de universidade, e sua solução ficou mais clara durante o curso de sua experiência profissional. Conant entendeu que os dois modos de pensar também se aplicam às ciências sociais. “Deve haver [...] lugar para os que [...] desejam estudar os problemas humanos por métodos empíricos e também [...] para os que estão apenas interessados em amplas teorias especulativas.” CONANT (1968, p. 121).

38 CONCLUSÃO Segundo Conant, quem se ocupa em educar os futuros homens de negócios e treinar cientistas sociais precisa reconhecer a dupla formação. No contexto da sociedade industrial, na era da ciência e da tecnologia, o mundo acadêmico deveria evitar o que ocorria no passado, ou seja, “[...] a tendência dos empiricistas para considerar as obras de todos os teóricos como parolagem sem sentido e a tendência de todos os teóricos para julgar abaixo até do desprêzo tôda pesquisa empírica [...]” (CONANT, 1968, p. 122)

39 CONCLUSÃO Porém, ao mesmo tempo que apelava pelo mútuo respeito entre os professores de temperamento intelectual diferente, Conant apelava também para a crítica constante e rigorosa das obras e publicações de cada um dos dois grupos de cientistas. Afirmava que essa crítica terá maior possibilidade de ser efetiva se provier dos que reconhecem a validade de ambos os modos de pensar. “Assim como o homem precisa das duas pernas para caminhar, as ciências sociais precisam de dois tipos de pensadores para que seu progresso possa, como deve, atender às necessidades de uma sociedade livre e altamente industrializada.” (CONANT, 1968, p. 123)


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