A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Professor Denis Oliveira. Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud, nasceu em Marselha, 4 de setembro de 1896 e morreu em Paris no dia.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Professor Denis Oliveira. Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud, nasceu em Marselha, 4 de setembro de 1896 e morreu em Paris no dia."— Transcrição da apresentação:

1 Professor Denis Oliveira

2 Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud, nasceu em Marselha, 4 de setembro de 1896 e morreu em Paris no dia 4 de março de 1948. Foi poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowsky e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cemitério de Marseille, França. Perfil

3 Introdução

4 O teatro era “um fácil e enganoso” provedor de prazeres passageiros ao qual se ia “como se vai ao bordel”. A perspectiva de Artaud era mudar o homem psicologicamente e não socialmente, por meio da liberação das forças tenebrosas e latentes em sua alma (Carlson, 1997, p.379). O teatro era “um fácil e enganoso” provedor de prazeres passageiros ao qual se ia “como se vai ao bordel”. A perspectiva de Artaud era mudar o homem psicologicamente e não socialmente, por meio da liberação das forças tenebrosas e latentes em sua alma (Carlson, 1997, p.379). Artaud defendia que o teatro deveria voltar à vida; não à maneira dos naturalistas, mas num nível mais místico e metafísico; Artaud defendia que o teatro deveria voltar à vida; não à maneira dos naturalistas, mas num nível mais místico e metafísico; o publico tem que participar. o publico tem que participar. O teatro tem que mostrar à platéia as angustias e perturbações de suas vidas reais e onde o espectador se submeteria a uma verdadeira operação envolvendo não apenas a mente, mas também os sentidos e a carne. O teatro tem que mostrar à platéia as angustias e perturbações de suas vidas reais e onde o espectador se submeteria a uma verdadeira operação envolvendo não apenas a mente, mas também os sentidos e a carne. O teatro tem por finalidade a libertação do homem interior. O teatro tem por finalidade a libertação do homem interior.

5 Teatro extratextual, uma reintegração da vida em si mesma, uma próxima da alucinação da realidade humana, a realidade da sensação e da inquietação em sua plenitude (CARLSON, 1997, p.380). Teatro extratextual, uma reintegração da vida em si mesma, uma próxima da alucinação da realidade humana, a realidade da sensação e da inquietação em sua plenitude (CARLSON, 1997, p.380). Teatro puro, onde tudo, concepção e realização, tem valor e existência apenas na medida de grau de sua objetivação no palco. Teatro puro, onde tudo, concepção e realização, tem valor e existência apenas na medida de grau de sua objetivação no palco. A crueldade é, de preferência, um rigor cósmico, uma intenção e decisão implacáveis, uma determinação irreversível e absoluta que subjugam tanto o torturador como torturado. A crueldade é, de preferência, um rigor cósmico, uma intenção e decisão implacáveis, uma determinação irreversível e absoluta que subjugam tanto o torturador como torturado. O espírito dionisíaco de Nietzsche. O espírito dionisíaco de Nietzsche. Expectador do teatro de Artaud, encerrado no ser, não tem acesso à libertação mística sugerida por Schopenhauer, nem Artaud postula uma contraposição apolínea originaria da arte. A única e verdadeira tarefa do teatro é revelar o âmago da treva na própria vida. Expectador do teatro de Artaud, encerrado no ser, não tem acesso à libertação mística sugerida por Schopenhauer, nem Artaud postula uma contraposição apolínea originaria da arte. A única e verdadeira tarefa do teatro é revelar o âmago da treva na própria vida.

6 Se o teatro é o duplo da vida, a vida é o duplo do verdadeiro teatro.

7 Teatro e a peste; Teatro e a peste; Teatro e o texto; Teatro e o texto; Teatro religioso e metafísico; Teatro religioso e metafísico; Teatro da crueldade. Teatro da crueldade.

8 A metáfora da peste edifica uma utopia de um teatro sacramental. A epidemia, diz Artaud, provoca uma formidável explosão libertadora. Pestífero, condenado a uma morte iminente, o homem se entrega a forças interiores que recalcava em tempo normal, isto é, no âmbito do funcionamento das normas morais e sociais que a peste deslocou (ROUBINE, 2003, p.171) A metáfora da peste edifica uma utopia de um teatro sacramental. A epidemia, diz Artaud, provoca uma formidável explosão libertadora. Pestífero, condenado a uma morte iminente, o homem se entrega a forças interiores que recalcava em tempo normal, isto é, no âmbito do funcionamento das normas morais e sociais que a peste deslocou (ROUBINE, 2003, p.171)

9 Uma observação é que os dois únicos órgãos realmente atingidos e lesados pela peste, o cérebro e os pulmões, são os que dependem diretamente da consciência e da vontade. Podemos impedir-nos de respirar ou de pensar, podemos precipitar nossa respiração, ritmá-la à vontade, torná-la voluntariamente consciente ou inconsciente, introduzir um equilíbrio entre os dois tipos de respiração: o automático, que está sob a ordem direta do sistema simpático, e o outro, que obedece aos reflexos do cérebro tornados conscientes. Também podemos precipitar, tornar mais lento e ritmar o pensamento. Podemos regulamentar o jogo inconsciente do espírito.

10 Não podemos dirigir a filtragem dos humores pelo fígado, a redistribuição do sangue do organismo pelo coração e pelas artérias, controlar a digestão, parar ou apressar a eliminação das matérias do intestino. A peste, portanto, parece manifestar sua presença nos lugares, afetar todos os lugares do corpo, todas as localizações do espaço físico, em que a vontade humana, a consciência e o pensamento estão prestes e em vias de se manifestar (ARTAUD, 1993, p. 15).

11 De tudo isso resulta a fisionomia espiritual de um mal cujas leis não é possível determinar cientificamente e cuja origem geográfica seria tolice tentar determinar, pois a peste do Egito não é a do oriente, que não é a Hipócrates, que não é a de Siracusa, que não é a de Florença (ARTAUD, 1993, p.16)

12 Mas dessa liberdade espiritual com a qual a peste se desenvolve, sem ratos, sem microfone e sem contatos, pode-se extrair o jogo absoluto e sombrio de um espetáculo... (ARTAUD, 1993, p.19) Mas dessa liberdade espiritual com a qual a peste se desenvolve, sem ratos, sem microfone e sem contatos, pode-se extrair o jogo absoluto e sombrio de um espetáculo... (ARTAUD, 1993, p.19) Nas casas abertas, a relé imunizada, ao que parece ser, por seu cupido frenesi, penetra e rouba riqueza que ela sente que lhe serão inúteis. E é então que se instala o teatro. O teatro, isto é, a gratuidade imediata que leva a atos inúteis e sem proveito para o momento (ARTAUD, 1993, p.19) Nas casas abertas, a relé imunizada, ao que parece ser, por seu cupido frenesi, penetra e rouba riqueza que ela sente que lhe serão inúteis. E é então que se instala o teatro. O teatro, isto é, a gratuidade imediata que leva a atos inúteis e sem proveito para o momento (ARTAUD, 1993, p.19)

13 Entre o pestífero que corre gritando em busca de suas imagens e o ator que persegue sua sensibilidade entre o vivo que se compõe das personagens que em outras circunstancias nunca teria pensado em imaginar, e que as realiza no meio de um público de cadáveres e de alienados delirantes, e o poeta que inventa personagens intempestivamente e as entrega a um publico igualmente inerte ou delirante há outras analogias as únicas verdades que importam e que põem a ação do teatro e a da peste no plano de uma verdadeira epidemia ((ARTAUD, 1993, p.19). Entre o pestífero que corre gritando em busca de suas imagens e o ator que persegue sua sensibilidade entre o vivo que se compõe das personagens que em outras circunstancias nunca teria pensado em imaginar, e que as realiza no meio de um público de cadáveres e de alienados delirantes, e o poeta que inventa personagens intempestivamente e as entrega a um publico igualmente inerte ou delirante há outras analogias as únicas verdades que importam e que põem a ação do teatro e a da peste no plano de uma verdadeira epidemia ((ARTAUD, 1993, p.19).

14 ... do mesmo modo pode-se admitir que os acontecimentos exteriores, os conflitos políticos, os cataclismo naturais a ordem da revolução e a desordem da guerra, ao passarem para o plano do teatro se descarreguem na sensibilidade de quem os observa com a força de uma epidemia (ARTAUD, 1993, p.20).... do mesmo modo pode-se admitir que os acontecimentos exteriores, os conflitos políticos, os cataclismo naturais a ordem da revolução e a desordem da guerra, ao passarem para o plano do teatro se descarreguem na sensibilidade de quem os observa com a força de uma epidemia (ARTAUD, 1993, p.20).... as imagens da poesia no teatro são uma força espiritual que começa sua trajetória no sensível e dispensa a realidade. Uma vez lançado em seu furor: é preciso muito mais virtude ao ator para impedir-se de cometer um crime do que coragem ao assassino para executar seu crime (ARTAUD, 1993, p.19).... as imagens da poesia no teatro são uma força espiritual que começa sua trajetória no sensível e dispensa a realidade. Uma vez lançado em seu furor: é preciso muito mais virtude ao ator para impedir-se de cometer um crime do que coragem ao assassino para executar seu crime (ARTAUD, 1993, p.19).

15 Ora se o teatro é como a peste, não é apenas porque ele age sobre importantes coletividades e as transforma no mesmo sentido. Há no teatro como na peste algo de vitorioso e de vingativo, ao mesmo tempo. Sente-seque esse incêndio espontâneo que a peste provoca e por onde passa não é nada além de uma imensa liquidação (ARTAUD, 1993, p.21). Ora se o teatro é como a peste, não é apenas porque ele age sobre importantes coletividades e as transforma no mesmo sentido. Há no teatro como na peste algo de vitorioso e de vingativo, ao mesmo tempo. Sente-seque esse incêndio espontâneo que a peste provoca e por onde passa não é nada além de uma imensa liquidação (ARTAUD, 1993, p.21). Uma verdadeira peça de teatro perturba o repouso dos sentidos, libera o inconsciente comprimido, leva a uma espécie de revolta virtual e que alias só poderá assumir todo o seu valor se permanecer virtual, impõe às coletividades reunidas uma atitude heróica e difícil (ARTAUD, 1993, p.22). Uma verdadeira peça de teatro perturba o repouso dos sentidos, libera o inconsciente comprimido, leva a uma espécie de revolta virtual e que alias só poderá assumir todo o seu valor se permanecer virtual, impõe às coletividades reunidas uma atitude heróica e difícil (ARTAUD, 1993, p.22).

16 Como a peste o teatro é portanto uma formidável comoção de forças que reconduzem o espírito, pelo exemplo, à origem de seus conflitos, (ARTAUD, 1993, p.24). Como a peste o teatro é portanto uma formidável comoção de forças que reconduzem o espírito, pelo exemplo, à origem de seus conflitos, (ARTAUD, 1993, p.24). Se o teatro essencial é como a peste, não é por ser contagioso, mas porque, como a peste, ele é a revelação, a afirmação e exteriorização de um fundo de crueldade latente através do qual se localizam num individuo ou num povo todas as possibilidades perversas do espírito. Assim como a peste ele é o tempo do mal, o triunfo das forças negras que uma força ainda mais profunda alimenta até a extinção (ARTAUD, 1993, p.24). Se o teatro essencial é como a peste, não é por ser contagioso, mas porque, como a peste, ele é a revelação, a afirmação e exteriorização de um fundo de crueldade latente através do qual se localizam num individuo ou num povo todas as possibilidades perversas do espírito. Assim como a peste ele é o tempo do mal, o triunfo das forças negras que uma força ainda mais profunda alimenta até a extinção (ARTAUD, 1993, p.24). Pode-se dizer agora que toda verdadeira liberdade é negra e se confunde infalivelmente com a liberdade do sexo, que também é negra, sem que se saiba muito bem por quê. Pois há muito tempo o Eros platônico, o sentido sexual, a liberdade de vida, desaparecem sob o revestimento escuro da Libido, que se identifica com tudo o que há de sujo, de abjeto, de infame no fato de viver, de se precipitar com um vigor natural e impuro, com uma força sempre renovada na direção da vida (ARTAUD, 1993, p.25) Pode-se dizer agora que toda verdadeira liberdade é negra e se confunde infalivelmente com a liberdade do sexo, que também é negra, sem que se saiba muito bem por quê. Pois há muito tempo o Eros platônico, o sentido sexual, a liberdade de vida, desaparecem sob o revestimento escuro da Libido, que se identifica com tudo o que há de sujo, de abjeto, de infame no fato de viver, de se precipitar com um vigor natural e impuro, com uma força sempre renovada na direção da vida (ARTAUD, 1993, p.25)

17 É assim que todos os grandes Mitos são negros e é assim que não se pode imaginar fora de uma atmosfera de carnificina, tortura, de sangue vertido, todas as magníficas Fabulas que narram para as multidões a primeira divisão sexual e a primeira carnificina de espécie que surgem na criação. O teatro como a peste é feito à imagem dessa carnificina, dessa essencial separação. Desenreda conflitos, libera forças, desencadeia possibilidades, e se essas possibilidades e essas forças são negras a culpa não é da peste ou do teatro, mas da vida. (ARTAUD, 1993, p.25). É assim que todos os grandes Mitos são negros e é assim que não se pode imaginar fora de uma atmosfera de carnificina, tortura, de sangue vertido, todas as magníficas Fabulas que narram para as multidões a primeira divisão sexual e a primeira carnificina de espécie que surgem na criação. O teatro como a peste é feito à imagem dessa carnificina, dessa essencial separação. Desenreda conflitos, libera forças, desencadeia possibilidades, e se essas possibilidades e essas forças são negras a culpa não é da peste ou do teatro, mas da vida. (ARTAUD, 1993, p.25). O teatro como a peste, é uma crise que se resolve pela morte ou pela cura. E a peste é um mal superior porque é uma crise completa após a qual resta apenas a morte ou uma extrema purificação (ARTAUD, 1993, p.26). O teatro como a peste, é uma crise que se resolve pela morte ou pela cura. E a peste é um mal superior porque é uma crise completa após a qual resta apenas a morte ou uma extrema purificação (ARTAUD, 1993, p.26).

18 Teatro e o texto As filhas de Loth

19 - a escravização ao autor, a submissão ao texto, que banca fúnebre! Mas cada texto tem possibilidades infinitas. O espírito e não a letra do texto! Mas um texto exige mais do que analise e penetração (ARTAUD, 2006,p.25). - a escravização ao autor, a submissão ao texto, que banca fúnebre! Mas cada texto tem possibilidades infinitas. O espírito e não a letra do texto! Mas um texto exige mais do que analise e penetração (ARTAUD, 2006,p.25).

20 o teatro precisa ser relançado na vida. o teatro precisa ser relançado na vida. desembaraçar-se não somente de toda realidade, de toda verossimilhança, mas até mesmo de toda lógica, se ao cabo do ilogicismo percebemos ainda a vida. desembaraçar-se não somente de toda realidade, de toda verossimilhança, mas até mesmo de toda lógica, se ao cabo do ilogicismo percebemos ainda a vida.

21 É impossível dispensar o público, ele é parte integrante da experiência É impossível dispensar o público, ele é parte integrante da experiência A angústia, o sentimento de culpabilidade, esta vitória, esta sociedade dão o tom e o sentido mental no qual o espectador deverá sair de nosso teatro. A angústia, o sentimento de culpabilidade, esta vitória, esta sociedade dão o tom e o sentido mental no qual o espectador deverá sair de nosso teatro. A ilusão não versará mais sobre a verossimilhança ou inverossimilhança da ação, mas sobre a força comunicativa e a realidade desta ação. A ilusão não versará mais sobre a verossimilhança ou inverossimilhança da ação, mas sobre a força comunicativa e a realidade desta ação.

22 Onde se quer chegar? Onde se quer chegar? A cada espetáculo montado desempenham uma parte grave, que todo o interesse do nosso espaço resida neste caráter de gravidade. Não é ao espírito ou ao sentido do espectador que nos dirigimos, mas a toda sua existência. À deles é a nossa (ARTAUD, 2006,p.31) Espectador que vem ver-nos sabe que vem oferecer- se a uma operação verdadeira, onde não somente seu espírito mas também seus sentido e sua carne estão em jogo. Ele irá doravante ao teatro como vai ao cirúrgico ou como vai ao dentista. No mesmo estado de espírito, pensando, evidentemente, que não morrerá, mas que é grave e que não sairá lá de dentro intacto.... ele deve estar bem persuadido de que somos capazes de fazê-lo gritar (ARTAUD, 2006,p.31)

23 Temos a necessidade de que o espetáculo ao qual assistimos seja único, que ele não dê a impressão de ser imprevisto e tão incapaz de se repetir quanto qualquer ato da vida, qualquer acontecimento trazido pelas circunstâncias. (ARTAUD, 2006,p.34). Temos a necessidade de que o espetáculo ao qual assistimos seja único, que ele não dê a impressão de ser imprevisto e tão incapaz de se repetir quanto qualquer ato da vida, qualquer acontecimento trazido pelas circunstâncias. (ARTAUD, 2006,p.34). É nesta angustia humana que o espectador deve sair de nosso teatro. É nesta angustia humana que o espectador deve sair de nosso teatro.

24 A ilusão que procuramos criar não versará sobre a maior ou menor verossimilhança da ação, mas sobre a força comunicativa e a realidade desta ação. (ARTAUD, 2006,p.34). A ilusão que procuramos criar não versará sobre a maior ou menor verossimilhança da ação, mas sobre a força comunicativa e a realidade desta ação. (ARTAUD, 2006,p.34). No teatro que queremos fazer, o acaso será nosso deus. No teatro que queremos fazer, o acaso será nosso deus. As obras que apresentaremos pertence à literatura, não importa o que se ache dela... Por essa definição que tentamos dar ao teatro, uma só coisa no parece incomensurável, uma só coisa nos parece verdadeira: o texto. Mas o texto enquanto realidade distinta, existente por si mesma, bastando-se a si mesmo, e não no tocante a seu espírito, que estamos tão pouco quanto possível dispostos a respeitar, mas simplesmente no tocante ao deslocamento de ar que sua enunciação provoca. E ponto final (ARTAUD, 2006,p.35) As obras que apresentaremos pertence à literatura, não importa o que se ache dela... Por essa definição que tentamos dar ao teatro, uma só coisa no parece incomensurável, uma só coisa nos parece verdadeira: o texto. Mas o texto enquanto realidade distinta, existente por si mesma, bastando-se a si mesmo, e não no tocante a seu espírito, que estamos tão pouco quanto possível dispostos a respeitar, mas simplesmente no tocante ao deslocamento de ar que sua enunciação provoca. E ponto final (ARTAUD, 2006,p.35)

25 Nós concebemos o teatro como uma verdadeira operação de magia. Nós não dirigimos aos olhos, nem à emoção direta da alma; o que nós procuramos criar é uma certa emoção psicológica onde as molas mais secretas do coração serão posta a nu. (ARTAUD, 2006,p.38).

26 Entre a vida real e a vida do sonho, existe um certo jogo de combinações mentais, de relação de gesto, de teatral que o teatro Jearry pôs na cabeça que iria ressuscitar (ARTAUD, 2006,p.42). Entre a vida real e a vida do sonho, existe um certo jogo de combinações mentais, de relação de gesto, de teatral que o teatro Jearry pôs na cabeça que iria ressuscitar (ARTAUD, 2006,p.42). - o teatro existe entre a realidade e o sonho. - o teatro existe entre a realidade e o sonho.

27 A linguagem do teatro é em suma a linguagem do Palco, que é dinâmica e objetiva. A linguagem do teatro é em suma a linguagem do Palco, que é dinâmica e objetiva. Uma concepção européia do teatro quer que o teatro seja confundido com o texto, que tudo seja centrado em torno do diálogo considerado como ponto de partida e de chegada. (p.72) Uma concepção européia do teatro quer que o teatro seja confundido com o texto, que tudo seja centrado em torno do diálogo considerado como ponto de partida e de chegada. (p.72)

28 Religiosidade: para Artaud, o teatro não era espaço de diálogo com Deus, mas o contato com os divinos que estão no homem, é o homem em busca de si mesmo. Poderíamos dizer que tal teatro é antropológico ou antropocêntrico.

29 Necessidade de um teatro que desperte nervos e coração. Necessidade de um teatro que desperte nervos e coração. O teatro da crueldade se propõe a recorrer aos espetáculos de massas; a busca na agitação das massas importantes, porém jogadas umas contra as outras e convulsionadas, um pouco dessa poesia que existe nas festas e nas multidões dos dias, hoje tão raros, em que o povo sai às ruas (ARTAUD, 2006. p.76). O teatro da crueldade se propõe a recorrer aos espetáculos de massas; a busca na agitação das massas importantes, porém jogadas umas contra as outras e convulsionadas, um pouco dessa poesia que existe nas festas e nas multidões dos dias, hoje tão raros, em que o povo sai às ruas (ARTAUD, 2006. p.76). Queremos que o teatro seja uma realidade na qual se possa acreditar, contudo, para o coração e os sentidos, essa espécie de mordida concreta que toda sensação verdadeira implica (ARTAUD, 2006. p.77). Queremos que o teatro seja uma realidade na qual se possa acreditar, contudo, para o coração e os sentidos, essa espécie de mordida concreta que toda sensação verdadeira implica (ARTAUD, 2006. p.77). O público acreditará nos sonhos desde que os tome por sonhos e não por decalques da realidade; desde que lhe permitam liberar essa liberdade mágica dos sonhos que só pode ser reconhecida sob forma de rastros de temor e crueldade. Daí o apelo à crueldade e ao temor, mas em um plano mais amplo, cuja m sonda nossa vitalidade integral e nos coloca frente a frente com todas as nossas possibilidades (ARTAUD, 2006. p.77). O público acreditará nos sonhos desde que os tome por sonhos e não por decalques da realidade; desde que lhe permitam liberar essa liberdade mágica dos sonhos que só pode ser reconhecida sob forma de rastros de temor e crueldade. Daí o apelo à crueldade e ao temor, mas em um plano mais amplo, cuja m sonda nossa vitalidade integral e nos coloca frente a frente com todas as nossas possibilidades (ARTAUD, 2006. p.77).

30 Não é possível continuar a prostituir a ideia de teatro, que só é válido se tiver uma ligação mágica, atroz, com a realidade e o perigo. Não é possível continuar a prostituir a ideia de teatro, que só é válido se tiver uma ligação mágica, atroz, com a realidade e o perigo. Assim colocada, a questão do teatro deve despertar a atenção geral, ficando subtendido que o teatro, por seu lado físico, e por exigir a expressão no espaço, de fato a única real, permite que os meios mágicos da arte da palavra se exerçam organicamente e em sua totalidade como exorcismos renovados. De tudo isso conclui-se que serão devolvidos ao teatro seus poderes específicos de ação antes de ser devolvida sua linguagem (ARTAUD, 1993, p. 85). Assim colocada, a questão do teatro deve despertar a atenção geral, ficando subtendido que o teatro, por seu lado físico, e por exigir a expressão no espaço, de fato a única real, permite que os meios mágicos da arte da palavra se exerçam organicamente e em sua totalidade como exorcismos renovados. De tudo isso conclui-se que serão devolvidos ao teatro seus poderes específicos de ação antes de ser devolvida sua linguagem (ARTAUD, 1993, p. 85).

31 Isso significa que, em vez de voltar a textos considerados como definitivos e sagrados, importa antes de tudo romper a sujeição do teatro ao texto e reencontrar a noção de uma espécie de linguagem única, a meio caminho entre o gesto e o pensamento (ARTAUD, 1993, p.85). Isso significa que, em vez de voltar a textos considerados como definitivos e sagrados, importa antes de tudo romper a sujeição do teatro ao texto e reencontrar a noção de uma espécie de linguagem única, a meio caminho entre o gesto e o pensamento (ARTAUD, 1993, p.85).

32 O teatro só poderá voltar a ser ele mesmo, isto é,voltar a constituir um meio de ilusão verdadeira, se fornecer ao espectador verdadeiros precipitados de sonhos, onde seu gosto pelo crime, suas obsessões eróticas, sua selvageria, suas quimeras, seu sentido utópico da vida e das coisas, seu canibalismo mesmo se expandam, num plano não suposto e ilusório, mas interior (ARTAUD, 1993, p.88).

33


Carregar ppt "Professor Denis Oliveira. Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud, nasceu em Marselha, 4 de setembro de 1896 e morreu em Paris no dia."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google