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Racionalidade e Comunicação (Jürgen Habermas) O conceito formal-pragmático de mundo da vida (p. 129-137) Michel Pisa Carnio.

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1 Racionalidade e Comunicação (Jürgen Habermas) O conceito formal-pragmático de mundo da vida (p. 129-137) Michel Pisa Carnio

2 Neste tópico...  O mundo da vida e o objetivismo das ciências naturais;  A natureza das pretensões de validade  Criticáveis?  Plausibilidade  Práticas comunicativas do cotidiano  Conhecimentos:  (Horizontal; Contextual; De fundo do mundo da vida)  O pano de fundo do mundo da vida e seu caráter paradoxal  Certeza imediata; poder totalizante; holismo.  Experiências de natureza interna, o mundo empírico e as experiências estéticas

3 Husserl apresenta o conceito de mundo da vida no contexto de uma crítica da razão. Partindo de um ponto subjacente à realidade que as ciências naturais assumem como sendo a única, afasta-se do já existente contexto das práticas de vida pré-reflexivas e da experiência do mundo como a fundação destituída de significado. A este nível, o mundo da vida representa o conceito oposto daquelas idealizações que constituem em primeiro lugar o objeto das ciências naturais. Da perspectiva deste mundo da vida, critica as idealizações ignorantes de sua própria existência – do objetivismo científico natural. p. 129-130

4 Com pretensões de validade que transcendem todos os padrões de evolução meramente locais, a tensão entre pressupostos transcedentais e fatos empíricos desloca-se agora para a facticidade do próprio mundo da vida. A maior parte daquilo que se diz nas práticas comunicativas do cotidiano mantém-se não problemático, escapa às críticas e evita a pressão da surpresa exercida pelas experiências críticas, uma vez que recorre antecipadamente à validade das certezas acordadas de antemão, por outras palavras, às certezas do mundo da vida. A teoria da ação comunicativa destranscendentaliza o reino do Inteligível de Kant, revelando a força idealizadora de antecipação... no cerne das próprias práticas comunicativas do cotidiano. A ideia de justificar pretensões de validade criticáveis exige idealizações que, tendo descido dos céus transcedentais à terra do mundo da vida, desenvolvem sua eficácia no meio da linguagem natural. p. 130-131

5 Sobre o fardo de transformar as pretensões de validade em algo de plausível:  Assumido por conhecimentos situados em primeiro plano. a) Conhecimento horizontal relativo à situação específica É realizado concomitantemente, ainda que de forma implícita, sempre que algo é dito; torna uma expressão não problemática e apoia sua aceitabilidade. b) Conhecimento contextual dependente do tópico Consiste no fato de um falante poder mobilizar conhecimentos a partir de experiências subjetivas em comum. Conhecimento de fácil problematização  a atenção volta-se para os pressupostos pragmáticos, agora violados, que tínhamos até então tacitamente partilhado. p.131-132

6 (c) Conhecimento de fundo do mundo da vida (profundamente enraizado) Situado em segundo plano. Apresenta uma maior estabilidade, na medida em que é em grande parte imune à pressão da problematização exercida pelas experiências geradoras de contingências. Searle demonstra que o significado dos atos de fala se mantém indeterminado até ao momento em que as suas condições de validade semanticamente fixadas tiverem sido reforçadas por assunções implícitas de segundo plano e intuitivamente conhecidas, que permanecem não temáticas e se presume serem completamente não problemáticas. p. 132-133

7 Contudo, o método da livre variação de pressuposições inevitáveis depressa atinge o limite: o pano de fundo do mundo da vida está tão pouco à nossa disposição quanto nos encontramos em posição de submeter absolutamente tudo à dúvida abstrata. p. 133-134

8 O pano de fundo do mundo da vida está implícita e pré- reflexivamente presente. Este conhecimento distingue-se: a) Pelo seu modo de certeza imediata Falta uma relação interna com a possibilidade de se revelar problemático. b) Pelo seu poder totalizante. O mundo da vida constitui um todo que tem um centro e fronteiras, indeterminadas e porosas, que recuam em vez de se deixar transcender. c) Pelo seu holismo que, apesar da aparente transparência do seu pano de fundo, o torna impenetrável. As convicções acerca de algo se fundem com um confiar-em-algo, um ser-motivado-por-algo ou um saber-como-fazer-algo.

9 Os três atributos (da imediação, poder totalizante e constituição holística) pertencentes a este conhecimento (pano de fundo do mundo da vida) poderão talvez explicar a função paradoxal do mundo da vida: referimo-nos à forma como mantém as contingências sob controle através da proximidade com a experiência. Utilizando certezas que apenas obtivemos através das experiências, o mundo da vida erige uma barreira contra as surpresas, elas próprias resultantes da experiência. A força problematizante das experiências críticas separa o pano de fundo do mundo da vida do primeiro plano. Estas experiências são elas próprias diferenciadas de acordo com as várias formas em que aquilo que encontramos no mundo – coisas e acontecimentos, pessoas e histórias em que há pessoas envolvidas – é tratado de uma forma prática. p. 136

10 Mundo das coisas e contextos pragmáticos (da explicação) Mundo solidário e contextos históricos (do significado) Construído através Contato com as coisas e acontecimentos Formas interativas de lidar com as pessoas  Separação gradual  As experiências com a nossa natureza interna, com o nosso corpo, as necessidades e sentimentos são de tipo indireto, surgem refletidas contra as nossas experiências do mundo externo.

11 Quando as experiências de natureza interna alcançam a sua independência como experiências estéticas, os trabalhos de arte autônoma que daí resultam assumem o papel de objetos que nos abrem os olhos, que provocam novas formas de ver as coisas, novas atitudes e novos modos de comportamento. As experiências estéticas não são formas de prática cotidiana: não dizem respeito às capacidades cognitivo- instrumentais e às ideias morais – que se desenvolvem em processos de aprendizagem do mundo interno), estando sim ligadas à função constitutiva do mundo e reveladora do mesmo que a linguagem apresenta. p. 137

12 Por fim... O mundo da vida no seu todo apenas se torna perceptível quando, por exemplo, nos encontramos por detrás de um agente e vemos a ação comunicativa como um elemento de um processo circular em que aquele deixa de aparecer como iniciador para surgir como o produto das tradições no seio das quais se situa, dos grupos solidários a que pertence, da socialização e dos processos de aprendizagem a que está sujeita. É só após este passo inicial objetivante que a rede de ações comunicativas constitui o método através do qual o mundo da vida se reproduz. p. 137

13 Próxima apresentação: A sociedade enquanto mundo da vida simbolicamente estruturado Profa. Lizete


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