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A Glossemática e o estruturalismo norte-americano. A morfologia

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Apresentação em tema: "A Glossemática e o estruturalismo norte-americano. A morfologia"— Transcrição da apresentação:

1 A Glossemática e o estruturalismo norte-americano. A morfologia
Universidade de Vigo, 2007

2 A Glossemática

3 A Glossemática Escola fundada por Louis T. Hjelmslev e Hans J. Uldall no seio do Círculo Linguístico de Copenhague Outros nomes conhecidos: Viggo Bröndal – fundador do Círculo Glossema: Forma mínima da análise linguística que porta significado (< gr. γλωσσα). Louis Trolle Hjelmslev ( )

4 A Glossemática É umha escola estruturalista “de base”, já que parte dumha reformulaçom do próprio conceito de signo linguístico (vide supra) e fai uso dumha terminologia completamente autónoma. Consideram a língua umha forma pura e procedem a realizar umha formulaçom muito mais formal e abstracta do que tinha sido realizado até entom, deixando de parte qualquer consideraçom relativa à substância. A língua seria um ente formal autónomo constituído por umha série de dependências (relações) internas entre elementos de diferentes níveis linguísticos.

5 A Glossemática A sua análise linguística leva-os a diferenciar dous tipos de glossemas: cenemas (~ fonemas) e pleremas (~ morfemas). Do seu estudo encarregaria-se respectivamente a cenemática e a pleremática. Um contributo mui importante de Hjelmslev é a catalogaçom de três tipos de relações: De determinaçom (subordinaçom): Joám comprou um boneco que fala segadora De interdependência (interordinaçom): saca-rolhas Fijo os trabalhos mas nom passou a matéria De constelaçom (coordenaçom): galaico-luso-brasileiro Joám canta e Paulo dança

6 Estruturalismo norte-americano

7 O relativismo linguístico
É umha corrente herdeira da linguística comparada do séc. XIX e do estruturalismo saussureano. Relaciona-se com o relativismo antropológico, corrente minoritária no séc. XIX e inícios do séc. XX que se opunha ao etnocentrismo de inspiraçom darwinista. Baseia-se em trabalhos de campo e descrições de línguas mui diferentes do típico padrom indo-europeu, fundamentalmente línguas ameríndias.

8 O relativismo linguístico
Franz Boas ( ): antropólogo de origem alemã (judaica) que emigrou para os EUA e que é pai do chamado “relativismo cultural”: “raças como os índios do Peru e da América Central desenvolverom civilizações similares àquelas nas quais as civilizações europeias tenhem a sua origem” Cada cultura é umha unidade integrada, fruto dum desenvolvimento histórico particular. Deve ser estudada em relaçom aos seus próprios parâmetros. A partir dos estudos de Boas, a Antropologia começa a abandonar as ideias etnocentristas. No âmbito da linguística, Boas destacou o valor idêntico de todas as línguas, com independência da raça ou nível cultural de cada povo, algo que se contrapunha à visom maioritária no seio da linguística comparada (p.ex. Schleicher)

9 O relativismo linguístico
Edward Sapir ( ): discípulo de Boas e, ao igual que ele, judeu alemám emigrado para os EUA. Desenvolveu um ingente trabalho de campo com línguas em perigo, elaborando umha multidom de gramáticas e dicionários. Interessou-se sobretudo pola organizaçom do significado nas diferentes línguas e pola relaçom deste factor com aspectos de tipo cultural.

10 O relativismo linguístico
Benjamim Lee Whorf ( ): discípulo de Sapir com formaçom no campo da antropologia cultural, mas com conbributos fundamentais para a linguística. Dedicou-se especialmente ao trabalho de campo, estudando um grande número de línguas ameríndias. Aprofundando nas ideias de Sapir, desenvolveu o princípio do relativismo linguístico, também conhecido como hipótese Sapir-Whorf. Esta teoria terá grande importância no debate acerca da possibilidade da traduçom.

11 O relativismo linguístico
A hipótese Sapir-Whorf afirma que existe umha relaçom estreita entre a linguagem e o pensamento. A língua materna dumha pessoa determinaria o seu jeito de pensar e de estar no mundo (a sua cogniçom). Um dos exemplos mais eloquentes do alcance desta teoria é o sistema verbal da língua hópi: “... O idioma hópi parece nom conter palavras, formas gramaticais, construções ou expressões referidas directamente ao que nós chamamos “tempo”, quer passado, presente ou futuro... ...Entre as propriedades peculiares do tempo em hópi estám a de que ele varia com cada observador, nom permite a simultaneidade e nom tem dimensões, isto é, nom lhe pode ser atribuído um número maior do que um. Os hópi nom dizem: Eu fiquei durante cinco dias mas Eu parti no quinto dia...

12 O relativismo linguístico
No entanto, Whorf nom considera essa diferença como um defeito do hópi: A língua hópi evidencia um nível mais elevado de pensamento, uma análise mais racional das situações do que o nosso inglês tam celebrado? Claro que evidencia. Neste aspecto e em vários outros, o inglês comparado com o hópi é como um coto comparado com uma longa espada Portanto: Cada língua é um vasto sistema diferente dos outros no qual som ordenadas culturalmente as formas e as categorias polas quais as pessoas nom só comunicam como também analisam a natureza e os tipos de relações e de fenómenos, ordenam o seu raciocínio e constroem a sua consciência Nom existe umha fonte universal do pensamento humano. Os falantes das diferentes línguas vêm o Cosmos diferentemente, às vezes de modo aproximado, às vezes de modo bastante diferente

13 O relativismo linguístico
Whorf aduziu como argumento favorável à sua hipótese a dificuldade que, mesmo entre as línguas indo-europeias, existe às vezes para traduzir mesmo simples frases. Tais dificuldades (ou “impossibilidade”) provariam que as diferenças linguísticas transmitem umha diferente apreensom da realidade. Portanto, o relativismo linguístico seria um argumento a favor da impossibilidade da traduçom.

14 O relativismo linguístico
A teoria Sapir-Whorf tem sido apoiada e criticada com paixom desde o início, tendo suscitado um caloroso debate entre os seus partidários e os seus detractores. John B. Carroll (1916), linguista e psicólogo estadunidense que trabalhou com línguas muito diferentes, corroborou a teoria Sapir-Whorf, mas eliminando o seu carácter determinista: a língua predispom, mas nom determina, a nossa visom do mundo. A partir de entom, é normal falar da acepçom forte da teoria Sapir-Whorf, actualmente minoritária, e da acepçom moderada, amplamente aceita apesar de ter também detractores. No âmbito da tradutologia, mesmo aceitando os condicionantes postos pola acepçom moderada da teoria Sapir-Whorf, é amplamente maioritária a opiniom de que nom existem textos ou expressões intraduzíveis. Podem é existir, em qualquer caso, dificuldades de diverso tipo para a traduçom.

15 O distribucionalismo É umha escola original, desenvolvida por Leonard Bloomfield ( ), que apresenta certas afinidades com a glossemática e que está influída pola psicologia condutista (“o comportamento humano está determinado polas condições externas em que tem lugar”). Outros nomes conhecidos: Charles Hockett Zellig Harris Afirma que um acto de fala nom é mais que um comportamento particular que se explica por factores externos antes que polo pensamento do falante. Nesse sentido, relaciona-se com as correntes funcionalistas e será precursor dos estudos sociolinguísticos. Também será um dos alicerces do gerativismo.

16 O distribucionalismo Contudo, e nessa mesma linha antimentalista, a principal característica do distribucionalismo será a sua renúncia a considerar o significado na descriçom linguística. A renúncia ao significado, que consideram um elemento inapreensível, teria por vantagem atingir umha maior cientificidade e rigor na descriçom linguística. A análise distribucional centra-se na fala (corpora) e consiste em descrever o contexto imediato das unidades do discurso e as hierarquias que entre elas se estabelecem mediante umha técnica de comutaçom baseada na gramaticalidade das sequências (nom no significado). P.ex. Em o gato dorme o elemento gato fai parte da mesma categoria que a unidade carro porque a frase o carro dorme é gramatical, embora careça de sentido ou seja inaceitável. No entanto, a sequência cantamos nom pertence a essa categoria porque a sequência *o cantamos dorme é agramatical.

17 A morfologia

18 Morfologia Parte da gramática que trata da análise da estrutura interna da palavra. Do estudo das palavras como unidades do léxicon ocupa-se a lexicologia. Divide-se em: Morfologia derivacional - Estudo dos processos de formaçom de palavras Morfologia flexional - Estudo dos processos de variaçom da forma dos itens lexicais por razões gramaticais

19 Morfologia Problemas para definir o conceito PALAVRA
Som análogas as relações que acontecem dentro da palavra das que acontecem em níveis superiores? Hipótese lexicalista: A tarefa exclusiva da morfologia é estrutura interna da palavra Hipóteses nom lexicalistas: Os processos sintácticos também atingem o nível da palavra.

20 Classes de palavras As palavras nom som todas iguais, mas estám classificadas em diferentes "classes“. O emprego de diferentes classes de palavras é um conhecimento espontâneo de todos os falantes, mas inconsciente. Só as pessoas com certa formaçom som capazes de classificar umha palavra na classe que lhe corresponde Os gregos forom os primeiros a classificarem as palavras em partes do discurso e descrever as suas variações segundo as diferentes flexões: tempo, género, número, caso, voz, modo, etc. Platom: diferenciou entre nomes e verbos Aristóteles: acrescenta ainda a categoria das conjunções

21 Classes de palavras Critério tradicional para estabelecer as classes de palavras > Critério nocional ou semântico. P.ex: "Verbo é a palavra que indica estado ou acçom" > estar, andar; mas tb. doente, corrida... Critério formal ou morfológico. p.ex: "Substantivo é a palavra que se flexiona em número" > mas... “Galiza” ?? Critério funcional ou distribucional: funçom do vocábulo em relaçom a outros. P.ex: "Adjectivo é aquele vocábulo que modifica os substantivos" > mas "marinheiro brasileiro" ??

22 Classes de palavras Mediante os três critérios, as gramáticas tradicionais estabelecerom dez classes de palavras: substantivo, artigo, adjectivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposiçom, conjunçom, interjeiçom Mas a delimitaçom depende de cada língua. P.ex. o latim ou o russo nom tenhem artigos. Nalgumhas línguas nom é singelo diferenciar verbos de adjectivos... etc. Podemos agrupar as dez classes em dous grupos: Palavras lexicais ou nocionais: substantivo, artigo, adjectivo, pronome, numeral, verbo, advérbio Palavras gramaticais ou instrumentais: preposiçom, conjunçom

23 Outros critérios de classificaçom das palavras
simples vs. compostas p.ex: maçã vs. vaga-lume primitivas vs. derivadas p.ex: pedra vs. pedrinha

24 Análise das palavras Formas livres: possuem existência autónoma: rei, mar Formas presas: nom podem ocorrer isoladamente: cant-a-re-i Formas dependentes: nom som afixos, mas também nom som autónomos: me, de, a

25 Análise das palavras Morfema (ou monema): é o elemento mínimo de análise da primeira articulaçom (um átomo de significante + significado). Alomorfe: variantes de forma que um mesmo morfema apresenta por diversas causas. a) Pola presença de contextos fonéticos condicionadores (condicionamento fonológico). Disto ocupa-se a morfofonologia. P.ex: i-legal, im-possível, in-disciplina b) Por selecçom lexical (condicionamento lexical). P.ex: abade-Ø, abadess-a

26 Análise das palavras Algumhas escritas tendem a ocultar a alomorfia de base fonológica. P.ex. o inglês: assign vs. assignation ; devoted vs. blamed vs. picked /asign-/ > [asain-] vs. [asign-] /-ed/ > [-id] vs. [-d] vs. [-t]

27 Análise das palavras Arquimorfema: Neutralizaçom que em certos contextos tem lugar entre dous morfemas. P.ex: neutralizaçom da oposiçom masc. vs. fem. no plural Ao igual que noutros níveis de análise linguística, entre os diferentes morfemas estabelecem-se relações de subordinaçom, coordenaçom e interordinaçom: P.ex: estrutura morfológica de tranquillizer:

28 Análise das palavras Lexemas ou morfemas radicais: parte (geralmente) invariável das palavras: GAT-o, GAT-a, GAT-inh-o, GAT-um... O conjunto das palavras relacionadas por um lexema denomina-se família ou paradigma lexical) O termo lexema também se emprega para designar de jeito abstracto umha família lexical no seu conjunto. Para representar o lexema costuma escolher-se convencionalmente uma das palavras derivadas: lema. P.ex: nos verbos o infinitivo: CANTAR (mas em latim a primeira pessoa do Pres. Ind: CANO) A concretizaçom dum lexema num discurso determinado denomina-se vocábulo. Quando um vocábulo só registra umha única ocorrência num texto denomina-se hápax. Morfemas afixais: parte variável das palavras: gat-O, pat-INH-O, dorm-I-RE-MOS

29 Análise das palavras Identificaçom dos morfemas: segmentaçom e comutaçom: cantaremos > cant a re mos cantaríamos > cant a ría mos cantávamos > cant a va mos cantarmos > cant a r mos

30 Análise das palavras Tipos de morfemas: 1. Aditivos radicais afixos
prefixos: des-fazer sufixos: palh-eir-o infixos: árabe> katab (escreveu) | katib (escrevendo) | kitab (livro) > raiz k_t_b Também se chamam infixos as partículas intercaladas por razões de eufonia entre lexemas e outros morfemas afixais: café + inho > café-z-inho. circunfixos: en-terr-ar

31 Análise das palavras 2. Reduplicativos: samoano: manao (quer) > mananao (querem) 3. Alternativos: muda a estrutura fónica da raiz. p.ex: vamos vs. fomos 4. Morfema zero: morfema para o qual nom há um alomorfe evidente: p.ex: leitorØ vs. leitora 5. Morfema substrativo: umha categoria gramatical é representada pola perda de morfema: réu - ré

32 Análise das palavras Morfemas afixais flexivos e derivativos
Morfemas flexivos: Estabelecem relações e acidentes gramaticais. Nom mudam o significado referencial básico do lexema. p.ex: bel-a-s Morfemas derivativos: Acrescentam matizes ao significado do lexema. p.ex: cafe-t-eir-a-s A derivaçom é, junto com a composiçom (p.ex: "quebra-nozes"), um dos procedimentos empregados para a FORMAÇOM DE NOVAS PALAVRAS.

33 Análise das palavras Categorias gramaticais ou morfo-sintácticas:
Som categorias que podem realizar-se flexionalmente em diversas línguas, tendo umha projecçom sintáctica: número, género, grau, definitude, caso, posse, tempo, aspecto, modo, negaçom, transitividade, voz, pessoa.


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