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FLORESTAN FERNANDES: o Intérprete do Brasil

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Apresentação em tema: "FLORESTAN FERNANDES: o Intérprete do Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 FLORESTAN FERNANDES: o Intérprete do Brasil
Prof.ª Andréa Cristina – Sociologia Colégio Adventista da Cohab São Luís - MA

2 COLONIZAÇÃO Florestan denuncia a mentira do contato pacífico;
Contato entre colonizador e colonizado: marcado pela violência e crueldade. As “trocas” com os indígenas foram feitas em cima da exploração da diferença cultural entre os povos. O indígena respondeu de três maneiras a este contato: Preservação da autonomia pela violência; Submissão; Preservação da autonomia por meios passivos Há um padrão de comportamento que perdura nas classes dominantes – assimilação ou exclusão. Jesuítas modernos; Pelo Brasil ter sido uma colonização de exploração, ele herdou o patrimonialismo de Portugal .

3 COLONIZAÇÃO Política de sesmarias: doação de terras – oferecer algo para atrair pessoas à colônia. A terra era um pagamento do Estado ao empreendedor que se aventurasse por aqui; A posse da terra era restrita a poucos, uma forma de garantir a reprodução da hierarquia e das relações sociais da metrópole fossem reproduzidas aqui. Reprodução da estratificação estamental da metrópole na colônia; Na colônia deveria haver um mínimo de estrutura física e administrativa.

4 ESCRAVIDÃO GILBERTO FREYRE – é filho do engenho que vê na estrutura patriarcal e latifundiária no Brasil um marco civilizatório positivo. Ele defende que a sociedade brasileira cresceu com contradições que foram harmonizadas pela característica do colonizador. Para ele, o negro não foi violentamente explorado, mas um participante ativo na formação da identidade nacional. O autor queria “revelar” uma sociedade construída por uma sociabilidade harmônica e fraterna e que as relações sociais no Brasil se não fosse igualitárias, não seriam pelo menos cordiais. Não considerou a violência que de fato esse contato significou. Era como se as relações sexuais corrigissem a distância entre a casa grande e a senzala. Apesar de defender a tese antirracista, ele foi extremamente conservador e parcial ao reduzir as relações sociais inter-raciais ao sexo.

5 ESCRAVIDÃO Gilberto Freyre defendeu a tese de que as relações sexuais estavam despidas da violência do invasor branco. Propõe que todo o brasileiro tem o sangue negro em suas veias. Encarava a miscigenação como uma força social para o Brasil e não uma desvantagem. O português é apresentado como um herói que triunfou onde outros povos fracassaram. O negro é apresentado como superior ao indígena e até mesmo superior ao próprio português.

6 VISÃO CRÍTICA DE FLORESTAN
Florestan vai expor a falsa ideia da harmonia e fraternidade entre os povos na colônia. Tal situação foi uma mentira contada à perpetuação da desigualdade. “Harmonia existiu sim, desde que cada um seu canto.” Derruba o mito de que a sociabilidade brasileira foi forjada pela doçura e cordialidade das relações entre senhor e escravo. A sociedade escravista pautada em dois tipos básicos de violência: brutalidade e a selvageria dos senhores, de um lado, e a institucionalização da diferenciação racial e estamental, de outro legitimado pela igreja e Estado. O negro escravizado como “inimigo doméstico e um inimigo público.”

7 VISÃO CRÍTICA DE FLORESTAN
O Escravo (mercadoria) foi a base da “acumulação originária” ou acumulação primitiva do capital. (construída por muita violência); Deu condições para a existência de um setor, o mundo urbano, atrelado do mundo rural. Fetichismo da cor da pele, pois o negro livre continuava a ser inferior e lhe era vedada qualquer participação política. A abolição foi uma maneira de romper com as barreiras que impediam o desenvolvimento econômico no Brasil e fora dele. (revolução de brancos para brancos- “ato de boa vontade”.) Era um empecilho ao desenvolvimento capitalista.

8 VISÃO CRÍTICA DE FLORESTAN - ESCRAVIDÃO
A visão positivista do progresso dentro da ordem (positivista) exigia um discurso de cordialidade e fraternidade entre as raças no Brasil. Assim, o Brasil foi apresentado como nação modelo para a democracia. Existia ascensão econômica, mas não social. Mas até então, a opressão sobre o negro tinha sido subsistido por muito tempo por uma “ética cristã”. (400 anos de escravidão). Davam-lhes certa autonomia pessoal, em uma agricultura de subsistência. Modernização conservadora. Octavio Ianni: “o liberalismo senhorial era um liberalismo que começava e terminava na ‘liberdade do senhor.’” A abolição da escravidão no Brasil foi um verdadeiro “bota-fora”.p.11

9 REVOLUÇÃO BURGUESA NO BRASIL
A Elite rural brasileira se aburguesou com o tempo, dentro de uma estrutura rural e conservadora. A independência do Brasil tem um valor revolucionário, pois possibilitou a formação da sociedade nacional e facilitou o desenvolvimento do “espírito burguês”. A escravidão era a âncora que prendia o Brasil no “Antigo Regime”, e é seu desaparecimento que vai marcar o real momento de modernização no Brasil. O desenvolvimento capitalista internacional tinha que ser acompanhado de uma contrapartida nacional. O desenvolvimento de outros ramos produtivos dependia da liberação de capitais que foram deslocados do comércio negreiro.

10 REPÚBLICA SIM, MAS BRASILEIRA.
O liberalismo nunca se manifestou puramente por ser de caráter exógeno, importado e transplantado. O discurso liberal foi usado de maneira artificial, justificando o moderno e o atrasado. República não foi uma ideologia da sociedade, pois não representou uma crise no poder oligárquico, nem a vitória de um sistema democrático. Perpetuou o domínio oligárquico. Florestan: “o mandonismo oligárquico se reproduziu fora da oligarquia”. República brasileira nasceu de cima para baixo e se decompôs em duas ditaduras em seus primeiros quatro anos.

11 REPÚBLICA SIM, MAS BRASILEIRA.
Tal revolução não superou nossa condição de atraso por: sua subserviência ao capitalismo internacional e a dependência do Estado. A república brasileira não foi condutora de seu próprio destino, em face de uma acomodação aos interesses internacionais. Pois a independência do Brasil foi decorrente de interesses do capitalismo inglês. A burguesia nacional se apoiou no Estado, pois este fornecia o aparato e a ideologia de segurança para manter a ordem. (obediência ao patrão e pelo medo da polícia. A burguesia nacional mostrava seu passado senhorial, conservador e acomodado.P.14 Europa: impessoalidade, lei e princípios abstratos, no Brasil era o contrário.

12 REPÚBLICA SIM, MAS BRASILEIRA.
Nosso Estado, nosso liberalismo não produziam uma mediação social impessoal. O favor se tornou marca de nossas relações sociais, políticas e culturais. Benefícios pessoais que lhes interessam. ( homem cordial) Confusão entre o público e o privado. A independência do Brasil dependeu muito mais de pessoas do que uma ideia. Brasileiro com manias de fidalguia, pouco valor ao trabalho, ausência de instituições fortes e duradouras e até mesmo uma religião mais reflexiva e impessoal nos falta.


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