ÁGUA - “ELEMENTO DE VIDA”

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A água é o elemento que existe em maior abundância no nosso planeta, ocupando, aproximadamente, 71% da superfície terrestre sendo a maior parte imprópria para consumo, ou seja, apenas 2,5% de água doce.

3 Dessa percentagem apenas 0,3% é de fácil acesso como lagos e rios.
ÁGUA - “ELEMENTO DE VIDA” Dessa percentagem apenas 0,3% é de fácil acesso como lagos e rios.

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e o restante encontra-se nos glaciares, neve permanente, aquíferos e nos lençóis freáticos.

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O ciclo da água é responsável pela renovação da água doce, em que essa renovação varia consoante o local onde se encontra: nos glaciares, cujo tempo de renovação é cerca de anos, mais longo do que o da água salgada (cerca de anos), nas águas subterrâneas que se renovam após 300 anos, os lagos com tempos de renovação variáveis da ordem dos 100 anos e os rios com renovação rápida, entre 12 a 20 dias.

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Cabul - Afeganistão Cairo – Egipto Curitiba – Brasil Yalta - Ucrânia Bisbane - Austrália Riad – Arábia Saudita A quantidade de água doce existente no nosso planeta seria suficiente para satisfazer as necessidades de toda a população mundial, caso a sua distribuição não fosse tão desequilibrada - havendo grande percentagem em regiões inter-tropicais e temperadas, em oposição da escassez verificada em regiões semi-áridas e áridas.

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Como exemplo temos nove países que dividem cerca de 60% das fontes renováveis de água doce do mundo (valores aproximados em biliões m3): Brasil (6.2); Rússia (4.1); Estados Unidos (3.8); Canadá (3.3); China (2.8); Indonésia (2.5) e Índia (1.9). Em contraste, existem países em situação muito precária como: o Kuwait e Bahrain - quase sem recursos.

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Quando falamos de consumos existe uma discrepância entre países, em que alguns usam menos de 10 litros de água por pessoa ao dia: Gâmbia usa 4.5l; Mali, 8l; Somália, 8.9; Moçambique, 9.3l. Pelo contrário, o cidadão britânico usa 200 litros e os Estados Unidos uns impressionantes 500 litros de água por dia, em média. Como nota de observação, a necessidade básica recomendada de água por pessoa num dia é de 50 litros.

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Devido à ocupação antropogénica, a quantidade e qualidade da água tem sido reduzida e afectada nos últimos anos, agravado pelo aumento exponencial da população. Este crescimento implica um aumento na procura de alimento e recursos naturais originando as principais fontes de poluição dos recursos de água: como a agricultura, a indústria e os transportes.

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A principal fonte de poluição das águas subterrâneas é a agricultura, devido à utilização de quantidades excessivas de produtos químicos (fertilizantes, pesticidas e herbicidas) contaminando os solos e, consequentemente, através da infiltração, as águas subterrâneas. A contaminação da água, através da poluição do ar (condicionando a qualidade da água das chuvas) é influenciada pelos transportes e pela indústria. A indústria por seu lado, para além de contribuir para a poluição do ar, também contribui para o consumo excessivo de água, como exemplo, no fabrico de um refrigerante são gastos, aproximadamente, 28 litros de água.

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Segundo estudos feitos, mais de um bilhão de pessoas não dispõem de água salubre e 25 mil entre elas morrem diariamente, devido à má qualidade das águas que usam e tomam. Actualmente, 35% da população mundial têm uma reserva de água potável entre baixa ou extremamente baixa. Em 2025 está previsto que 75% da população mundial estarão nessa mesma situação. Prevê-se também que a água será objecto de conflitos entre nações, como exemplo o rio Brahmaputra já causou tensão entre Índia e China e pode se tornar uma faísca para dois dos maiores exércitos do mundo.

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Deste modo a distribuição de água necessita de uma gestão racionalizada que permita um equilíbrio das necessidades e é com este objectivo que surgiram iniciativas como os Fóruns Mundiais da Água, como o realizado no México em 2006 (4º Fórum Mundial da Água) alertando os diversos representantes dos vários países para a necessidade de preservar a qualidade da água assim como uma gestão mais eficiente, contribuindo deste modo para a qualidade de vida das populações, a manutenção da diversidade das espécies existentes no nosso planeta e garantir a sustentabilidade das gerações vindouras.

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substituir um banho de imersão que gasta cerca de 180 litros de água por um duche que gasta entre 15 a 20 litros de água por minuto; usar um copo em vez de deixar a torneira com a água a correr – poderá poupar mais de 30 litros de água de cada vez que se lava os dentes ou se barbeia assim como regar as plantas de manhã cedo ou à noite evitando que uma grande percentagem de água se desperdice ao evaporar. Estes são alguns dos exemplos que nos permitem obter resultados, a curto prazo, com o fim de diminuir significativamente a redução do consumo de água apenas alterando alguns dos comportamentos diários:

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Também é por hábito considerar água pura à água mineral, mas isso é apenas no sentido alimentar pois a água pura é isenta de quaisquer solutos, sendo apenas possível obtê-la, teoricamente, num meio controlado, em laboratório através da destilação ou por osmose inversa. A água destilada é normalmente utilizada em hospitais, indústrias e nas baterias de veículos motorizados. Parte-se do princípio que a água das chuvas seria pura, devido à sua obtenção através da evaporação à semelhança da destilação, mas ao cair sob a forma de gotas dissolve alguns dos materiais presentes na atmosfera, como o dióxido de enxofre (SO2), dióxido de carbono (CO2) e óxidos de nitrogénio (NO, NO2, N2O5).

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As águas minerais são águas ricas em sais minerais e sem qualquer tratamento com desinfectantes, devido à filtração efectuada pelo percurso das mesmas através das rochas, em lençóis de água. Para além disso, a água através desta “filtração” adquire características benéficas ao seu consumo. É também objecto de testes rigorosos, verificando a sua qualidade e garantindo que esta é embalada assim como é extraída, permitindo apenas a sua filtração ou a adição de gás carbónico (água com gás).

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A água mineral é também utilizada para fins terapêuticos ("Diário da República", II Série, n.º 149, de 29 de Junho de 2001) - como os estabelecimentos termais existentes em Portugal.

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As águas naturais são captadas de fontes naturais ou de origem subterrânea, caracterizadas pelo conteúdo definido e constante de sais minerais, oligoelementos e outros constituintes, mas com valores inferiores aos encontrados na água mineral natural.

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Águas de abastecimento público, são águas normalmente provenientes das chuvas, águas subterrâneas ou superficiais, sujeitas a um tratamento de controlo de cor, sabor, turbidez e determinação de pH sendo posteriormente canalizadas para distribuição da rede pública.

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A fim de garantir a qualidade da água utilizada e consumida pela população, está definido na legislação portuguesa os parâmetros de qualidade da água, através do Decreto-Lei nº 236/98 de 1 de Agosto, delimitado por VMR (valor máximo recomendado – este valor não deve ser ultrapassado) e VMA (valor máximo aceitável ), sendo os valores de consumo os mais rigorosos.

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Uma das características da água do mar é ter uma salinidade muito elevada: contém cerca de ppm (partes por milhão), ou seja, em cada L de água do mar, existem aproximadamente 35t de sais. A mistura de minerais e de líquido que compõem a água do mar é de facto muito complexa. Já foram identificadas, nas águas do mar, 84 dos elementos básicos da Terra, desde quantidades vestigiais ou concentrações muito pequenas. O cloreto de sódio juntamente com os outros três sais mais abundantes (cloreto de magnésio, sulfato de cobre e cloreto de cálcio) constitui cerca de 99% da composição de sais dos oceanos.

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Para além dos materiais sólidos arrastados e dissolvidos que são fontes de iões da água do mar, existem também gases dissolvidos como o oxigénio e o dióxido de carbono. CO2 (g) + H2O (l) HCO3- (aq) + H+ (aq) HCO3- (aq) + H2O (l) CO32- + H+ (aq) O dióxido de carbono desempenha ainda um outro papel nas águas dos oceanos. Alguns organismos usam moléculas de dióxido de carbono dissolvido, para formar carbonatos pouco solúveis, como o CaCO3 , base de conchas e de esqueletos.

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Todos os dias usam-se vários fenómenos do quotidiano como dissoluções. Usam-se aditivos para protecção das máquinas de roupa, também se usa amaciadores para protecção de roupa, usa-se sal nas máquinas de lavar roupa.

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Mantendo a temperatura, o estado de divisão do soluto apenas afecta a rapidez de dissolução, não interferindo com a solubilidade do soluto no solvente (a rapidez de dissolução é igual à de deposição), a agitação apenas interfere no tempo necessário para se atingir a saturação.

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As águas contêm, além de outros iões, catiões cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+) que são responsáveis pela formação de depósitos. A concentração destes iões determina o que vulgarmente se designa por dureza de uma água. A dureza total corresponde à soma das concentrações de iões cálcio e magnésio contidos na água. A dureza expressa-se em miligramas de carbonato de cálcio por litro, o que é equivalente a ppm de CaCO3 (considera-se, por convenção, a dureza devida apenas ao carbonato de cálcio).

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A quantidade de catiões Ca2+ e Mg2+ está associada à constituição dos solos. Os solos calcários apresentam elevadas concentrações de Ca2+ e Mg2+, sendo as águas que os atravessam designadas por águas duras. Também pode estar associada ao facto de os solos basálticos, areníticos e graníticos apresentarem normalmente baixas concentrações em iões Ca2+ e Mg2+, pelo que as águas que os atravessam são normalmente designadas por águas macias. A adição de iões cálcio na forma de cal apagada (Ca(HO)2) é um procedimento comum nas estações de tratamento. Os iões Ca2+ e Mg2+ que se encontram na água na forma de hidrogenocarbonatos (ou outros sais solúveis) reagem com o composto segundo as equações: Mg(HCO3)2 (aq) + Ca(HO) Mg(HO)2 (s) + Ca(HCO3)2 (aq) Ca(HCO3)2 (aq) + Ca(HO)2 (aq) CaCO3 (s) + H2O (l)

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O abastecimento público (quer doméstico quer industrial) exige um controlo desta dureza, de forma e evitar-se problemas graves do foro da saúde, prejuízos nas canalizações, perigos de rebentação, consumos exagerados de energia e custos acrescidos pela necessidade de aditivos na lavagem doméstica.

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Processos de uso doméstico podem minimizar a dureza de águas. Um destes processos é o uso de aditivos para protecção das máquinas de roupa. Neste aditivo, estão presentes substâncias tensioactivas que impedem a formação de calcário. O uso de amaciadores que são misturas em que estão presentes substâncias tensioactivas, isto é, substâncias que, ao baixar o valor de uma propriedade de água, a tensão superficial, impedem a formação dos referidos sais que endurecem a roupa.

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Tratamentos de água A destilação consiste em aquecer a água à temperatura de 100ºC, conduzir o seu vapor num circuito, provocando na parte final a sua condensação. A osmose inversa é o processo inverso do processo natural osmose: baseia-se na passagem de água por membranas cujos poros são tão pequenos que permitem reter iões dissolvidos. A tecnologia é dispendiosa e acarretada, por vezes, efeitos perversos, já que comporta, em algumas situações, alguns riscos para o ambiente: por exemplo, nas ilhas Canárias, a dessalinização permite o aumento das capacidades turísticas e, em consequência, a pressão sobre os meios naturais.

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Após a dessalinização de água, o seu teor em sais tem de ser corrigido para ficar de acordo com a legislação em vigor (VMA e VMR correctos) de maneira a poder ser considerada água potável.

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Outro processo de purificação de água é a filtração. Este processo é um processo físico em que o tamanho dos poros da membrana varia e, portanto, o resultado final é diferente. A microfiltração retém bactérias, macromoléculas orgânicas e colóides. A ultrafiltração retém vírus como o da poliomielite. A nanofiltração retém alguns dos sais dissolvidos e compostos orgânicos.