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ATOS DOS APÓSTOLOS Tudo começa no dia de Pentecostes.

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Apresentação em tema: "ATOS DOS APÓSTOLOS Tudo começa no dia de Pentecostes."— Transcrição da apresentação:

1 ATOS DOS APÓSTOLOS Tudo começa no dia de Pentecostes.
Fase inicial: eram (quase todos) judeus convertidos. Eram vistos com um dos muitos dos movimentos de contestação dentro do Judaísmo. Formavam pequenas comunidades ao redor da Sinagoga. Início da proclamação da Boa Nova: anúncio da Chegada do Reino Mt 10, 5-10 e da morte e ressurreição de Jesus At 2,23—3.

2 Bíblia dos primeiros cristãos: Sagrada Escritura dos Judeus.
A expressão “Antigo Testamento” ou “Antiga Aliança” vem de Paulo 2Cor 3,14. (Mt 21,42); Assim ao primeiros cristãos liam e reliam a Bíblia com novos olhos, nascidos da prática nova, onde as palavras da Escritura dos Judeus não eram suficientes, os cristãos começavam a lembrar as palavras e gestos do próprio Jesus. (Lembrança baseada no TESTEMUNHO – At 1,22).

3 Divergência dessa fase:
Grupo ligado a Estevão – judeus da diáspora (abertura aos helenistas) At 7,1-53. Grupo ligado a Tiago – judeus da Palestina (fidelidade estrita à Lei de Moisés e a Tradição dos Antigos) Mc 7,5.

4 POLÍTICA ROMANA Intensificação do culto ao imperador. Ameaçando as comunidades judaicas que se fecharam mais para manter-se fiel. Dificultou-se ainda mais a convivência com os judeus cristãos e os não cristãos. Império sediado em Cesaréia (muito próximo da terra dos judeus, reacendendo o sentimento anti-romano. Novos movimentos messiânicos foram surgindo (a partir dos anos 40).

5 EXPANSÃO MISSIONÁRIA NO MUNDO GREGO (anos 40 a 60)
Perseguições, mudança de conjuntura, vontade de anunciar a Boa Nova “a toda criatura” Mc 16,15, levando os cristãos para fora da Palestina. Assim, o Evangelho se espalha pelo Império e penetra em praticamente todas as grandes cidades, inclusive Roma, a capital, o “fim do mundo” At 1,8. O levante dos judeus e a brutal destruição de Jerusalém pelos romanos (70) cria uma nova situação e marca o fim desse período.

6 A passagem da expansão missionária
3 viagens de Paulo e seus companheiros (cerca de km) Muitos problemas 2Cor 11,25-26. Fase lenta e de difícil passagem: Do oriente para o ocidente; Da Palestina para a Ásia menos, Grécia e Itália; Do mundo cultural judeu para p mundo cosmopolita da cultura grega; Realidade do mundo rural para o mundo urbano;

7 De comunidades que surgiram ao redor da Sinagoga, espalhadas pela Palestina e Síria, para comunidades mais organizadas que surgem ao redor da casa (oiko) nas periferias das grandes cidades da Ásia e da Europa. Passagem do mundo da observância da Lei, que acusa e condena, para o mundo da gratuidade do amor de Deus que acolhe e perdoa (Rm 8, ). As comunidades começam a despertar para sua própria identidade e recebem o nome de “Cristãos” pelo povo da Antioquia.

8 O LIVRO DOS ATOS Destaca o período histórico de quarenta anos entre a ressurreição de Jesus e a organização das Igrejas. Não narra os acontecimentos de todos os Apóstolos, nem sequer todos os acontecimentos de Pedro e Paulo. Trata-se de uma história teológica, não pode ser lido como livro histórico. O livro mostra a obediência à ordem dada por Jesus em At 1,8: “recebereis o Espírito santo e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, até os confins da Terra”.

9 TEMA CENTRAL DO LIVROS DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
Missão essencial de testemunhar a ressurreição de Jesus. O Livro é guiado pelo “ESPÍRITO SANTO”.

10 Atos 2,14-41 Núcleo essencial do primeiro anúncio cristão: Jesus, o homem aprovado por Deus, mas morto como um criminoso pelos homens, foi ressuscitado da morte (2,22-24b). Nas três fases de Jesus – atividade, morte e ressurreição – domina soberana a iniciativa de Deus : Deus opera milagres, prodógios e sinais por meio de Jesus. milagres (δυναμις = dynamis): faculdade, força, poder, potência... obras de portência, milagres, etc. prodígios (Τερας = téras): prodígios (talvez mais ligado a curas). sinais (σημειον = semeión): sinal (que indica uma presença sobrenatural) Os três são sinônimos. É usado para indicar ação, força e poder de Deus. A ressurreição é a última intervenção decisiva de Deus. Testemunho dos Apóstolos (2,32).

11 O fato de Jesus ter ressuscitado não é casual mas entra no projeto de Deus: a escritura anunciou a ressurreição do Messias. Segundo a mentalidade Bíblia, uma promessa da Escritura deve tornar-se realidade histórica. No discurso de Pedro a ressurreição não é uma simples libertação da morte, mas a entronização régia e messiânica de Jesus. O homem Jesus, morto no choque com as forças históricas de pecado, ressuscitou, por isso, ele é o Senhor da História. A vitória e senhorio de Jesus tornam-se visíveis nas novas relações livres e corajosas daqueles que receberam o seu Espírito.

12 CONSEQÜÊNCIAS PRÁTICAS DO QUERIGMA PROPOSTO
“Irmãos, que devemos fazer?” (2,37) QUATRO etapas: a conversão, o batismo, o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo. A conversão é mudança de mentalidade, de concepção de vida (interior e exterior). O sinal visível e exterior da ruptura com o passado é o rito do batismo “em nome de Jesus Cristo”. A ruptura com o passado é um dom de Deus que arranca o homem da escravidão e da alienação sob o domínio do pecado. Batizados: membros da comunidade messiânica Ez 36,25-28).

13 A VIDA DA PRIMEIRA COMUNIDADE 2,42-47
Comunidade ideal cristã. Ensinamentos dos Apóstolos: Escuta e aprofundamentos e interiorização da PALAVRA; PALAVRA que é testemunho autorizados dos Apóstolos, isto é, dos garantes da revelação histórica de Deus; O ensinamento dos Apóstolos é a transmissão fiel do que Jesus ensinou

14 Comunhão Fraterna: - Comunhão espiritual dos crentes baseada na mesma fé e no mesmo projeto de vida. A comunidade cristã realiza o ideal dos amigos entre os quais tudo é comum. Tudo é participação e solidariedade. Fração do pão: - Esta refeição tem lugar nas casa privadas. Acontece num clima de alegria (tema caro par a Lucas) e simplicidade de coração. “fração do Pão” indica a refeição fraterna dos cristãos que se unia às refeições de Jesus com os discípulos e, de modo particular, à última ceia, com esperança de comunhão plena no reino de Deus (Lc 22,14-20).

15 As orações: Trata-se daquelas orações que demarcam o da do judeu piedoso. O grupo de cristãos toma parte assiduamente e unido na liturgia do Templo (o Templo de Jerusalém é o centro da história salvífica para Lucas).

16 TESTEMUNHO CORAJOSO E LIVRE
Três momentos : Um acontecimento que revela a nova força salvífica do nome de Jesus (3,1-10) Discurso de Pedro ao povo, com o qual se dá um significado cristão ao milagre (3,11-26) Confronto de Pedro e João com o Sinédrio judaico (corajoso testemunho cristão). Enfim, a comunidade descobre a sua confiança e liberdade na oração (4,23-31).

17 Cura de um paralítico em Jerusalém
Fatos e gestos prodigiosos que acompanham o testemunho autorizado dos Apóstolos. “Em nome de Jesus” acontece a cura. O Templo: não é casual a ambientação deste primeiro gesto prodigioso dos Apóstolos no Templo de Jerusalém (mencionado 5 vezes neste trecho). A primeira comunidade cristã vive a sombra do Templo e, só se distancia dele quando é obrigada pela violência do grupo sacerdotal saduceu.

18 Pedro e João estabelecem um contato humano e pessoal com o aleijado.
A palavra é seguida por um gesto: “tomando-o pela mão”. “Então o coxo saltará como um cervo...” (Is 35,6) A salvação de Deus já presente nos gestos curadores de Jesus continua agora a revelar-se em favor dos homens através dos Apóstolos. A cura do aleijado é apenas um “sinal” da nova esperança de salvação que agora tem um nome: Jesus.

19 Da mesma forma que acontece com Jesus o caminho dos gestos miraculosos não conduz ao sucesso fácil, mas desencadeia o conflito e a perseguição. Lógica Evangélica – Lógica da cruz.

20 Salvação por meio de Jesus
Ambiente solene: Templo! Elementos essenciais : situação imediata (3,12); proclamação do querígma sobre a morte e ressurreição de Jesus (3,14-15), argumentação escriturística (3, ); apelo à conversão (3,19.26) A cura do paralítico é um sinalvisivel que evoca a ação soberana e libertadora de Deus na história Síntese da Paixão (3,14-15)

21 A cura engloba a reintegração física e social de um homem: é uma salvação que se enxerta na carne dos homens para sustentar a esperança da libertação total. A cristologia do texto: o servo ( de Deus) – santo – o justo (3,13) – o príncipe da vida (3,14) [Cântico de Isaías 52,13; 53,10-12 – Esta alusão velada ao Texto de Isaías dá um sentido salvífico à vida e morte de Jesus]. Para Lucas a conversão é uma ruptura com o passado de ignorância e infidelidade, e a abertura ao projeto de Deus revelado em Jesus. CONVERSÃO, FÉ e PERDÃO DOS PECADOS são três momentos do processo de salvífico que tem sua iniciativa EM DEUS e o CENTRO de realização EM JESUS. “Na sua descendência serão abençoadas todas as nações” – quando Lucas escreve os Atos, o caminho universal e ecumênico do movimento cristão já é uma realidade. (ver Gn 12,3)

22 Testemunho de Pedro e João diante do Sinédrio: 4,1-22
Inicia-se o conflito com o judaísmo oficial. Jesus também foi refutado e perseguido pelos chefes, mas acolhido com entusiasmo pelo povo. Saduceus: grupo de judeus ricos e poderosos, do qual fazem parte as grandes famílias sacerdotais e a aristocracia leiga. Tinham boas relações com o poder romano de ocupação e, no campo religioso, eram conservadores rígidos, opondo-se às tradições e práticas propugnadas e recomendadas pelos fariseus.

23 A cena do interrogatório: de uma lado a liberdade e coragem dos dois Apóstolos, e de outro, o embaraço e as contradições da autoridade suprema, sinédrio de Jerusalém. Salmo 118,22 (Lc 20,17). A palavra livre a franca corrói e põe em crise um poder que não tem razões. A liberdade diante dos homens se fundamenta na fidelidade a Deus, isto é, ao que é justo à consciência.

24 ENTRE O IDEAL E A REALIDADE NA PRIMEIRA IGREJA 4,32—5,42
Duas características definem a comunidade cristã: a unidade e a fé (DT 6,5). Com sua opção de fé, os cristãos, tentam uma inspiração mais profunda com os homens: uma perfeita comunhão, que se exprima também em novas relações humanas no plano social e material (vida também dos essênios). Mas, a novidade da motivação é a fé em JESUS CRISTO RESSUSCITADO (4,33).

25 A expressão: “não havia necessitados entre eles”, evoca o texto de Dt 15,4. Lucas, apresenta a comunidade cristã primitiva como o povo messiânico no qual se realiza a promessa da benção por parte de Deus: o fim da pobreza e da miséria. Isso acontece de forma natural, graças a uma renovação interior, que cria um novo estilo de vida e instaura relações diferentes e estruturas de participação (Lc 12,33; 14,33; 16,9).

26 Dois exemplos: a generosidade de Barnabé e a fraude de Ananias e Safira: 4,36—5,11.
O exemplo de Barnabé confirma o quadro ideal da partilha dos bens da primeira comunidade, em contraste com a hipócrita mesquinhez de Ananias e Safira. Barnabé é um personagem importante da Igreja da Antioquia e animador da primeira missão dos pagãos (At 11,25-26).

27 INSTITUIÇÃO DOS SETE A comunidade neste período é caracterizada por dois fatos: o aumento dos discípulos e as tensões internas entre dois grupos, diferentes pela cultura e mentalidade. Falta uma organização adequada para o numero de discípulos. Os DOZE instituem os SETE. DOZE -> Tribos de Israel SETE -> Nações pagãs que habitavam em Canaã

28 Moisés -> autoridade dos DOZE.
70 COLABORADORES (Nm 11,1-24) -> os SETE. A comunidade cristã toma o lugar do antigo povo de Israel (encara-se assim, sob uma nova luz a autoridade dos DOZE)

29 Em Jerusalém havia sinagogas para os judeus provenientes da diáspora ou dispersão.
Os que falavam língua grega e liam a Bíblia na tradução litúrgica chamada “Setenta”, por sua proveniência e contato com um mundo diferente e pluralista, eram mais aberto e inovadores na interpretação e prática da lei -> grupo dos Helenistas. Os originários da Palestina falavam aramaico e liam a Bíblia em hebraico -> grupo dos Hebreus.

30 O problema é a assistência cotidiana aos pobres.
Aos DOZE, cabe , por excelência, testemunhar a ressurreição, isto é, o serviço da Palavra, o anúncio público e catequético. Enquanto aos SETE, devem prover à gestão dos bens, à assistência aos pobres. Há a suspeita legítima de que os SETE, mais que uma comissão de assistência dependente dos DOZE, constituem na realidade o grupo dirigente presidindo os cristãos de língua grega, paralelo ao grupo dos anciãos u presbíteros, cujo chefe é Tiago, para os cristãos de língua aramaica.

31 O episódio trata-se de uma direção colegiada em vista de um serviço, diakonia, em favor da comunidade. As estruturas essenciais que se pode reconhecer na comunidade de Jerusalém são três: o serviço da Palavra, o da oração e o serviço da assistência ou solidariedade com os pobres.

32 ATIVIDADE E PRISÃO DE ESTEVÃO: 6,8-15
Estevão : um defensor da liberdade e coragem espirituais extraordinárias. Se Lucas dá um realce tão forte à atividade e ao fim trágico deste cristão de língua grega, é porque recebeu, sem dúvida, a sua lembrança da tradição. É um homem dotado de qualidades carismáticas e de força espiritual. Prodígios e sinais(v.8) -> atividade taumatúrgica que acompanha o testemunho da ressurreição por parte dos apóstolos.

33 A oposição que encontra estevão neste ambiente judaico não faz senão comprovar a verdade da promessa de Jesus aos seus missionários perseguidos: “ Eu vos darei uma eloqüência e uma sabedoria às quais não poderão resistir seus adversários” (Lc 21,15). É o primeiro amplo debate entre a velha instituição judaica e o novo movimento cristão.

34 Estevão é modelo de justo mártir
Sua acusação acompanha temas do relato tradicional da paixão de Jesus: os “falsos testemunhos”, a acusação de “blasfemia” e a imputação mais grave, a sua constatação das observâncias legais do lugar do culto, o Templo. Os dois títulos de acusação contra o primeiro mártir cristão são um eco das acusações lançadas contra Jesus de Nazaré: inovação de leis ou instituições tradicionais mosaicas (repouso do Sábado, leis de pureza ritual, tabus alimentares etc. e a contestação do lugar santo, o Templo ( 6, ).

35 Lucas ressalta a dimensão espiritual do conflito: de uma parte, a cegueira irracional dos adversários judeus; de outra, a sabedoria espiritual de Estevão. A reação dos judeus recorre à violência e à mentira, para reprimir a liberdade e a força do Espírito. O discurso que se segue (7,2-53) é a justificação teórica da nova posição cristã em relação à velha instituição judaica, da qual o Sinédrio é representante oficial.

36 O discurso de Estevão é o mais longo dos Atos.
Há nele uma reconstrução da História Bíblica de Abraão a Salomão à base de um mosaico de textos emendados por notas e comentários redacionais. A concepção histórico-teológica de Lucas plasmou todo o caso de Estevão, do qual o discurso é ponto central e a justificação teórica. O movimento cristão toma distância do judaísmo oficial, representado pela Lei e pelo Templo.

37 Lucas tinha boas probabilidades de demonstrar aos cristãos, que tinham visto em 70d.C. a destruição do templo, a provisoriedade das estruturas e instituições judaicas. Dessa forma, estava plenamente justificada a passagem de um cristianismo que gravitava em torno das tradicionais instituições judaicas, o Templo e a Lei, para um cristianismo disperso entre os pagãos, mas autônomo e livre.

38 A chave hermenêutica A chave hermenêutica de toda essa síntese de história Bíblica é justamente a conclusão. A figura do justo prometido pelos profetas, refutado e morto pelos descendentes dos “pais”, projeta a sua luz sobre os Principais personagens lembrados na exposição bíblica de Estevão.

39 Morte de estevão e perseguição dos helenistas: 7,54-8,4
A reação dos judeus explode só após a sua declaração deque o Filho do Homem está de pé à direita de Deus (7,55-56) Jesus está de pé: Ele agora é “juiz” constituído por Deus e como tal intervém não só em favor do seu primeiro corajoso mártir, mas também para sancionar, com sentença autorizada, a auto-exclusão do povo judeu infiel, acusado por Estevão (Lc 12,8-9). A confissão de fé em Jesus ressuscitado e juiz da história é o motivo determinante da condenação de Estevão. O luto e sepultamento por parte de judeus piedosos, pode ressaltar um último detalhe, a concordância com o sepultamento de Jesus por parte de José de Arimatéia, “homem bom e justo”

40 Presença de Paulo Enquanto morre Estevão, que paga com o sangue a sua tomada de posição em favor da reviravolta histórica do projeto salvífico de Deus, que dos judeus passa para os pagãos, aparece no horizonte o primeiro líder da missão aso pagãos. Mais, aquele Saulo que antes dá uma mão aos assassinos de Estevão, e depois se transforma no fanático perseguidor que arruína a Igreja de Jerusalém, justamente ele, será animador da missão que realizará a nova linha de desenvolvimento da Igreja entre os pagãos.

41 ATIVIDADE DE FILIPE: A MISSÃO CRISTÃ ATINGE OS EXCLUÍDOS 8,5--10
O protagonista agora é Filipe, o “evangelista”, um dos SETE. Destinatários da missão: os samaritanos. Pedro e João legitimam a missão tão discutida na Igreja (Mt 10,5; Lc 9,51-56; Jo 4,20-26).

42 A MISSÃO DE FILIPE NA SAMARIA: 8,5-25.
Lucas alcança dois objetivos com esse relato: mostra a progressiva expansão da Igreja segundo o projeto traçado pelo ressuscitado (1,8) e ressalta a superioridade vitoriosa da experiência cristã sobre a magia no ambiente circunstante. Simão, representante do mundo da magia, entra em contato com a força irresistível da palavra e o poder do Espírito (8,9-10).. A presença dos Apóstolos é a autenticação da missão na Samaria e a derrota da magia sob a intervenção decisiva de Pedro.

43 Filipe, é um dos SETE, conhecido como “evangelista” (21,8), refugiado por causa da perseguição judaica que levou Estevão à morte, anuncia o Evangelho pela primeira vez na Samaria. Os samaritanos era um grupo de excluídos, separados da ortodoxia judaica. Habitavam a região central da Palestina, chamada Samaria. Eram considerados heréticos ou cismáticos pelo judeus. No aspecto religioso eram equiparados aos pagãos, porque não reconheciam o lugar do culto legítimo, o Templo de Jerusalém, nem observavam todas as minuciosas prescrições legais.

44 A atividade missionária de Filipe : anúncio verbal e sinais, gestos de libertação dos espíritos malignos e curas de doente (obtém sucesso imediato). A figura e atividade de Simão entra em crise com a chegada do Evangelho. Fundação da Igreja na Samaria. O batismo de Filipe não dá o Espírito. Cabe aos Apóstolos de Jerusalém a tarefa de comunicar aos batizados o dom do Espírito, por meio da imposição das mãos.

45 Um novo “pentecostes” sela a fundação da Igreja da Samaria.
Simão simonia: compra e venda de dignidades ou bens espirituais na Igreja. Onde o Espírito, dom gratuito de Jesus ressuscitado, é trocado, sob qualquer forma, por privilégios ou compensações econômicas, cessa a genuína experiência cristã, e a tentação da magia corrompe a liberdade e a verdadeira fé. A condenação mais severa do Livro do Atos é a de Pedro em relação a Simão, o mago.

46 CONVERSÃO E BATISMO DO EUNUCO ETÍOPE: 8,26-40
Nova etapa de expansão e progressão da Igreja: Conversão de um africano da longínqua Etiópia, cidade situada nos confins do império romano. Um homem excluído da comunidade santa (Dt 23,2). A força do Evangelho supera as barreiras raciais e culturais (Is 53,3-7 – conhece a escritura) e as distancias étnicas e sociais (Sl 68,32). Cumpre-se agora as esperanças messiânicas. A salvação é oferecida a todos.

47 Encontro, anúncio, catequese, batismo caminho cristão
Lucas destaca nesse relato a iniciativa de Deus! (O Anjo do Senhor – O Espírito do Senhor). Não basta o missionário, mas a abertura sincera de coração de quem busca a verdade. O texto de Isaías referido nos vv.32-33, é o único a ser citado de modo amplo em Atos. O catecúmeno, o etíope, escutou e acolheu o anúncio, está pronto para o batismo (referência a catequese pré-batismal que parte da escritura). Encontro, anúncio, catequese, batismo caminho cristão

48 PAULO EM DAMASCO: DE PERSEGUIDOR A APÓSTOLO 9,1-31
Paulo é o protagonista principal da nova etapa histórica que levará a mensagem cristã para fora da Palestina e entre os pagãos. O fanático perseguidor dos cristãos, graças à intervenção prodigiosa de Deus, se transforma num pregador indomável da nova mensagem que diz respeito a Jesus, o Messias. Lucas pretende propor um modelo ideal de cristão e Apóstolo.

49 CONVERSÃO E VOCAÇÃO DE SAULO 9,1-19a
A conversão de Saulo provoca uma reviravolta histórica na expansão do movimento cristão. Saulo o perseguidor: promotor de uma campanha de inquisição nas comunidades judaicas situadas fora da Palestina (Damasco, Síria). Iniciativa divina. Jesus é solidário com os cristãos (Lc 10,16).

50 A conversão de Paulo coincide com a sua vocação ou investidura de apóstolo, enviado em missão.
Igreja de Damasco: a missão origina-se em Jesus, mas realiza a continuidade histórica com a Igreja. “Cai por terra”, como acontecia com os profetas no AT. A cegueira é significativa, Paulo viu o esplendor divino. A iluminação da fé coincidirá, para Paulo, com o seu caminho catecumenal, que se conclui com o batismo e o dom do Espírito.

51 Três dias sem ver, nem comer, nem beber: experiência da morte, de ruptura radical com o passado (experiência de renascimento, verdadeira ressurreição espiritual). Três dias de jejum poderia lembrar aos leitores de Lucas a práxis em preparação ao batismo. Ação de Deus -> visão de Ananias. A refeição após o batismo, num significado espiritual, poderia ser uma alusão à eucaristia, assim, sua participação na comunidade eclesial seria expressa e realizada de forma plena.

52 PRIMEIRA ATIVIDADE E PERSEGUIÇÃO DE SAULO EM DAMASCO: 9,19B-25
A audácia de Paulo, que afronta seu ex-colegas na Sinagoga, é uma prova incontestável da sua mudança espiritual. Gl 1,13 -> At 9,21 Gl 1, > At 9,20 2Cor 11,32 -> At 9,24b 2Cor 11,33 -> At 9,25

53 ENCONTRO DE SAULO COM A COMUNIDADEDE JERUSALÉM: 9,26-31
O encontro de Paulo com a comunidade mãe de Jerusalém, de modo particular com os que ali residem, serve para dar legitimidade e autoridade à sua futura missão. É singular a posição de Paulo após sua conversão: estranho aos seus antigos amigos judeus ( agora é desprezado, renegado, apóstata e traidor) e suspeito e evitado pelos novos irmãos cristãos, porque é muito recente a lembrança do seu fanatismo persecutório (Mc 8,34).

54 A audácia e liberdade de Paulo em Jerusalém o levam a chocar-se com aquele grupo de judeus helenistas que tinham linchado Estevão.

55 PEDRO NA JUDÉIA E EM CESARÉIA: OS PAGÃOS ENTRAM, COM PLENOS DIREITOS , NA IGREJA 9,32 – 11,8
Este episódio exerce função essencial na reconstrução lucana da primeira missão cristã. O centro de ação não é mais Jerusalém, mas Cesaréia, cidade pagã. O relato da cura do homem paralítico, Enéias, e a ressurreição (reanimação) de Tabita, trazem a luz a função e ascendência de Pedro e dá ideia do progresso da missão cristã na Judéia ocidental.

56 Pedro cura um paralítico em Lida: 9,32-35
Lida, região do Saron e Jope: o leitor tem a impressão que toda a Palestina está cravejada de núcleos cristãos, pelo menos os centros maiores. Recorda os relatos bíblicos de Elias e Eliseu. Paulo é protagonista de dois episódios análogos: cura de um paralítico em Antioquia da Psídia (14,8-10) e a ressurreição de Êutico em Trôade (20,7-10). É Jesus que age na palavra e pessoa de Pedro.

57 Pedro ressuscita uma mulher em Jope: 9,36-43
Progressão da cura Figura feminina; traço distintivo em Lucas. Nem todos que ficam sabendo do fato creem no Senhor. É a força de Jesus ressuscitado que devolve a vida. A permanência de Pedro na casa de um curtidor de couro prepara a indicação der lugar para p próximo episódio .

58 O ofício de Simão, “curtidor de peles”, o expunha ao desprezo e suspeita de desonestidadenos ambientes judeus integristas. Quem o exercia era de fato excluído dos encargos civis e religiosos (aspecto poluente: fedor e contato com cadáveres).

59 Pedro vai à casa de um centurião romano:10,1-33
ESTRUTURA TEOLÓGICA DO RELATO: o batismo da família de Cornélio exerce nos Atos uma função de primeiro plano. Lucas dedicou 66 versículos a esse acontecimento (41 no relato de Pentecostes e 58 na conversão de Paulo). Iniciativa de Deus.

60 Fonte: Deus ou o Espírito Santo disse, fez entender ou manifestou.
Outro aspecto importante do relato: encontros entre homens ou grupos, e os relativos discursos de explicação -> o acontecimento se dá por encontros, acolhida, hospitalidade e confronto entre pessoas e os grupos.

61 VISÃO REVELADORA DE CORNÉLIO
O relato mostra a condução de uma igreja-comunidade aberta, onde os pagãos começam a fazer parte, com pleno direito, do povo de Deus (11,18). VISÃO REVELADORA DE CORNÉLIO Figura do centurião romano é apresentada com termos elogiosos (todas as figuras ou representantes do império são bem apresentados em Atos). Centurião: comandante de cem soldados. Lucas ressalta, sobretudo, a fisionomia espiritual e religiosa de Cornélio.

62 O leitor é convidado a ficar disponível à ação de Deus, que se revela progressivamente onde encontra um homem aberto às duas dimensões da fé: atenção a Deus e solidariedade com os outros. VISÃO DO CÉU PARA PEDRO A revelação acontece num contexto de oração. ÊXTESE: uma experiência fora do normal, conexa com uma forte emoção espiritual. Ponto focal do relato: conteúdo da toalha e a ordem que vem do céu “mata e come”.

63 O tabu ritual impede Pedro de se alimentar.
Deus, com a sua palavra eficaz, reporta toda a realidade criada à sua bondade original , eliminando as barreiras que os homens introduziram entre si e nas coisas (o fim dos tabus alimentares era uma das expectativas do mundo judaico para o tempo de messias). A experiência extática de Pedro deve prepará-lo à conversão cultural.

64 ENCONTRO DE PEDRO E CORNÉLIO
É superada a distancia espiritual que separa judeus e pagãos. O fim dos tabus alimentares conduz também a superação de tabus sociais e raciais, que dividem os dois grupos: judeus e pagãos. “Mas Deus acaba de mostrar-me que a nenhum homem se deve chamar profano ou impuro”.

65 DISCURSO DE PEDRO EM CESARÉIA
Estrutura do discurso: INTRODUÇÃO, que serve para estabelecer o contato com os ouvintes, partindo de circunstâncias concretas (10,34-43); ANÚNCIO OU QUERIGMA, síntese da mensagem, centrada na figura e atividade de Jesus, o Cristo (10,36-41); CONCLUSÃO, com um convite à fé para obter o perdão dos pecados, a salvação definitiva (10,42-43). Deus não leva em conta a pertença étnico-cultural ou religiosa de uma pessoa, mas leva em conta a consciência religiosa e moral.

66 “Jesus Cristo, que é o Senhor de todos”, v
“Jesus Cristo, que é o Senhor de todos”, v.36 = valor universalista e ecumênico da frase ( no autor helenista, assuma talvez também um acento polêmico em relação às divindades pagãs ou os representantes políticos, como o imperador, que era proclamado senhor de tudo). TESTEMUNHAS -> função única e insubstituível dos APÓSTOLOS .

67 DOM DO ESPÍRITO E BATISMO DOS PAGÃOS
Iniciativa e ação de Deus-> introdução oficial , com pleno direito, dos pagãos na Igreja. O espírito sanciona de forma irreversível a incorporação dos pagãos na comunidade cristã. O dom do Espírito, é agora, concedido aos pagãos. O Espírito rompe a ordem antes seguida, primeiro deve-se fazer parte do sistema judaico e depois aderir ao cristianismo. Rompendo assim com uma ideologia de privilégio cultural e racista.

68 O batismo cristão vem ratificar uma pertença e agregação à Igreja já feita pela ação soberana de Deus. No Atos o dom do Espírito não é estritamente ligado ao batismo. Enquanto a fé é sempre pressuposta para receber o Espírito ( a fé é uma condição interior necessária – o batismo é a pertença pública).

69 PEDRO EM JERUSALÉM JUSTIFICA SUA CONDUTA: 11,1-18
A notícia que chega a Jerusalém é a de que os pagãos acolheram a palavra de Deus. Cornélio é o representante do novo mundo dos pagãos, aos quais, agora é aberta a evangelização. Conflito: não é permitido a um judeu-cristão partilhar com os pagãos convertidos a comunhão eclesial, que compreende também a ceia eucarística.

70 Lucas repropõe o fato de Cornélio, colocando-o na discussão oficial em Jerusalém, com a finalidade de receber a marca da institucionalidade, tornando-se uma mudança histórica. Lucas repete o relato para reforçar a ideia. Pedro aderiu a iniciativa Divina (uma história guiada por Deus se justifica por si só). Recusar o batismo de pertença à Igreja, seria opor-se a ação de Deus, manifestada no dom do Espírito.

71 ANTIOQUIA: A PRIMEIRA IGREJA DOS PAGÃOS CONVERTIDOS: 11,19-30
Antioquia: grande centro pagão. Cesaréia: sede da autenticação teológica dos pagãos; Antioquia: sede de sua concretização histórica. Descentralização na liderança missionária. Relação entre as Igrejas: comunhão e solidariedade.

72 Fundação da igreja da Antioquia: 11,19-26
Pela primeira vez, constitui-se numa grande metrópole do Império um grupo misto de cristãos. O centro de gravidade se desloca de Jerusalém para Antioquia. A fundação da Igreja da Antioquia não é casual. Pertence a um plano divino. Barnabé, com seu amigo Saulo, torna-se animador e catequista de grande prestígio na nova Igreja.

73 Antioquia: terceira cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria).
Número de habitantes: mais de meio milhão, no século I ( na maioria gregos, sírios e também judeus). Um ambiente novo e rico, onde pela primeira vez um grupo de judeus—cristãos de língua grega propõe o Evangelho aos gregos pagãos. Barnabé é quem faz o reconhecimento oficial da nova Igreja (estimado pelos Apóstolos e originário de Chipre). É a segunda vez que Barnabé intervém para introduzir Paulo na comunidade.

74 SOLIDARIEDADE ENTRE AS IGREJAS
“receberam o nome de cristãos” – o novo grupo religioso distingue-se tanto dos judeus como dos pagãos. A Igreja da Antioquia surgiu pela iniciativa espontânea e livre dos refugiados ou perseguidos. Forma original e nova de iniciar uma missão. SOLIDARIEDADE ENTRE AS IGREJAS Lucas apresenta Barnabé e Paulo como missionários da Antioquia, conforme informações de Paulo organizando coleta nas novas comunidades missionárias em favor de Jerusalém.

75 SOLIDARIEDADE ENTRE AS IGREJAS: 11,27-30
“Mundo inteiro”: região palestinense. Na teologia do texto expressa-se a comunhão e solidariedade que existe entre as comunidades até em nível material. O que pode , também, ter inspiração nos modelos preexistentes: contribuição ou taxa que os judeus da diáspora davam para o Templo de jerusalém.

76 JERUSALÉM: A PERSEGUIÇÃO JUDAICA: 12,1-25
A perseguição desencadeada pelo rei Agripa, segundo o texto dos Atos, assinala também a ruptura definitiva com o judaísmo de Jerusalém. Deus guia toda a história. Ele protege e salva os que Nele confiam.

77 É a iniciativa divina que liberta Pedro da prisão.
Tiago é o primeiro dos DOZE que termina com morte violenta. Este Tiago é o filho de Zebedeu, irmão de João. O outro, citado no fim do relato é o Tiago “irmão do Senhor”. Enviado divino: “anjo do Senhor”. A Igreja ora por Pedro. Pedro é preso na proximidade da Páscoa, assim como Jesus.

78 São 16 soldados que fazem a guarda, ressaltando, ainda mais, a eficácia da ação libertadora de Deus.
Páscoa de Pedro: uma evasão prodigiosa do cárcere (êxodo rumo a liberdade). A reação da comunidade ( a jovem) ao ouvir a voz de Pedro, lembra da reação dos discípulos em relação a Jesus ressuscitado.

79 MORTE DE DO PERSEGUIDOR HERODES AGRIPA: 12,20-23.24.25
A morte do imperador é vista com um sinal do céu, por aceitar aclamações blasfemas, divinização do imperador ( o homem que toma lugar de Deus - Gn 3,5). Enquanto morre o imperador blasfeme, a palavra de Deus cresce e progride.

80 PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA: CHOQUE COM OS JUDEUS E FUNDAÇÃO DE NOVAS COMUNIDADES : 13,1 – 14,28
Viagem e missão: binômio indivisível. Ambiente e destinatários: judeus da diáspora que se reúnem na sinagoga; ambiente urbano; ao redor do núcleo judaico encontra-se um círculo de pagãos simpatizantes do judaísmo. Conteúdo e modalidade do anúncio: inspirado nos textos bíblicos ou na experiência imediata dos ouvintes.

81 ENVIO DE BARNABÉ E PAULO EM MISSÃO: 13,1-13
Reação: os judeus, na maioria, rejeitam o anúncio evangélico e organizam perseguições contra os dois cristãos. Os pagãos aderem a pregação com entusiasmo. ENVIO DE BARNABÉ E PAULO EM MISSÃO: 13,1-13 Antioquia: novo centro de irradiação missionária.

82 Terceira lista no livro dos Atos: Barnabé (homem de confiança da Igreja de Jerusalém e influente em Antioquia); Simão Níger (Moreno); Lúcio de Cirene (África); Manaem (personagem importante ligado ao tetrarca Herodes Antipas [Lc 3,1; 13,31;23,7.8-12]; e Saulo. Características: “Homens inspirados”, encarregados do ensinamento. “Reunião litúrgica”: momento central é a eucaristia. O espaço e o lugar da revelação do Espírito é a comunidade reunida.

83 EM CHIPRE: INCOMPATIBILIDADE COM O MAGLO ELIMAS: 13,4-12
Igreja de Atos: comunidade reunida ao redor do Senhor, atenta e fiel ao Espírito, diversidade de qualidades e atitudes, fortalecida pela oração comum e solidariedade nas opções assumidas. EM CHIPRE: INCOMPATIBILIDADE COM O MAGLO ELIMAS: 13,4-12 O anúncio cristão não pode ser confundido com as artes mágicas com ambiente sincrético grego. O triunfo do Evangélico é garantia da sua validez.

84 ANTIOQUIA DA PISÍDIA: DISCURSO DE PAULO AOS JUDEUS: 13,13-43
Cai na escuridão aquele que se opõe à luz do Evangelho. Paulo se torna agora personagem principal, sinal de sua função emergente. ANTIOQUIA DA PISÍDIA: DISCURSO DE PAULO AOS JUDEUS: 13,13-43 Anúncio cristão entre os judeus da diáspora. Marcos deixa o grupo. Este fato provocará conflito em At 15,37-40.

85 Estrutura do discurso:
Síntese histórica da ação gratuita e salvífica de Deus para com o povo de Israel, dos pais a Davi. Querígma cristão: anúncio da morte e ressurreição de Jesus (promessa cumprimento). Convite final a conversão que consiste em acolher a salvação de Deus por meio do perdão dos pecados para todos os que crêem em Jesus.

86 Deus que conduz toda a história
Deus que conduz toda a história. Assim, a presença eficaz e amorosa de Deus dentro da trama histórica faz amadurecer um projeto, que começa a concretizar-se em Davi. Salvação acontece de forma paradoxal: morte e ressurreição. O ponto de discernimento não é mais a Lei, mas a fé em Jesus Cristo, que consiste na livre acolhida da iniciativa de Deus. Evangelho: continuidade entre história de Israel e Jesus, entre passado e presente; ao mesmo tempo, é superação e novidade.

87 PAULO E BARNABÉ SE DIRIGEM AOS PAGÃOS:13,44-52
Esquema de “promessa e cumprimento”, “ontem e hoje”. É tão importante o vínculo histórico-salvífico como a FÉ. PAULO E BARNABÉ SE DIRIGEM AOS PAGÃOS:13,44-52 Tema central é o conflito entre os missionários cristãos e os judeus que culmina na perseguição, que obriga Paulo e Barnabé a abandonar Antioquia. Passagem do mundo judaico ao dos pagãos.

88 Função da “palavra”: aparece quatro vezes a expressão “palavra de Deus ou do Senhor”.
Grupos De um lado: pagãos, gregos, latinos, nativos; De outro: judeus. Um messias morto, crucificado é blasfêmia, escândalo para os judeus. Um insulto a Deus! Primeiro o anúncio deveria ser feito ao povo dentro do qual amadureceu a fé e foi conservada a esperança em Deus salvador.

89 ANÚNCIO DO EVENGÉLHO EM ICÔNIO: 14,1-7
A recusa judaica legitima a passagem do projeto salvífico aos pagãos. Lucas utiliza o ecumenismo dos profetas clássicos, dos quais o representante máximo é Isaías. “Sacudir os pés”: gesto típico de separação. ANÚNCIO DO EVENGÉLHO EM ICÔNIO: 14,1-7 Assembléia: judeus e pagãos simpatizantes do monoteísmo judaico. Trabalho continuado em pequenos encontros. Liberdade e audácia dos pregadores!

90 CURA DE UM ALEIJADO EM LISTRA: 14,8-20
Sinais e prodígios acompanham o discurso cristão. CURA DE UM ALEIJADO EM LISTRA: 14,8-20 Listra: colônia militar romana (população pagã). A condição humana desesperadora ressalta a extraordinária eficácia da palavra de Paulo. Mas entre a impotência do aleijado e a palavra curadora de Paulo está a fé. Paulo e Barnabé são confundidos com Zeus(Júpiter dos romanos) e Hermes (Mercúrio dos romanos).

91 “rasgar as vestes”: compreensível para judeus, mas não para pagãos.
Primeira vez que Paulo se encontra diante de um auditório greco-pagão. Discurso é um exemplo de anúncio ao mundo de cultura grega e da religiosidade pagã. Acabou o tempo da ignorância, todos os povos podem ler a “Bíblia universal” escrita no mundo visível e material que dá testemunho do único criador e Senhor. A libertação e promoção do homem são dois componentes da “boa notícia” cristã.

92 ORGANIZAÇÃO DA NOVA COMUNIDADE E VOLTA ANTIOQUIA: 14,21-28
A sorte dos homens e personagens públicos, para a massa de homens escravos ou alienados, é a de ser heróis-divinos ou mártires. ORGANIZAÇÃO DA NOVA COMUNIDADE E VOLTA ANTIOQUIA: 14,21-28 As comunidades cristãs tem m momento estrutural e institucional: v.23. Autonomia da comunidade é um elemento importante. “Deus abriu as portas aos pagãos”, que não passam mais pelos ritos e práticas judaicas. Fecha-se o primeiro circuito missionário.

93 CONCÍLIO DE JERUSALÉM: 15,1-35
Jerusalém e Antioquia: dois principais centros. Personagens principais: Paulo e Barnabé, Pedro e Tiago. Como elemento de ruptura e separação aparecem os representantes do grupo judeu-cristão integristas de Jerusalém. Novos personagens: Judas e Silas, portadores autorizados da carta às Igrejas.

94 DISCURSO EM ANTIOQUIA E JERUSALÉM: ANOVA SALVAÇÃO: 15,1-5
O objeto da controvésia, tanto em Antioquia como em Jerusalém, é um princípio que diz respeito ao conteúdo essencial da vida cristã. A circuncisão põe em discussão a opção cristã. Posições teóricas dentro do mundo judaico em relação a circuncisão: Judeu por nascimento circuncidado e observante da lei; O não-judeu convertido e circuncidado que pratica integralmente a lei de Moisés (prosélito);

95 O não judeu que adere ao monoteísmo e observa os princípios éticos do judaísmo (temente a Deus). Mas na diáspora vigorava uma práxis mais liberal: em alguns casos era considerada suficiente a adesão de fé ao único Deus e a observância da lei de Moisés para ser considerado “prosélito” (judeu por adoção). A oposição surge da ala mais intransigente e rígida e não da Igreja oficial. Paulo também fala do Concílio em sua carta aos Gálatas 2,1-10

96 ASSEMBLÉIA DE JERUSALÉM E DISCURSOS DE PEDRO E TIAGO: 15,6-21.
A Assembléia de Jerusalém constitui um divisor de águas. Um eixo ao redor do qual gira a história da expansão do cristianismo. Pedro fala da sua experiência (casa de Cornélio) como princípio doutrinal, e Tiago cita as Escrituras. Ambos chegam a mesma conclusão. Resultado geral do Concílio: a liberdade em relação à lei judaica, vista como sistema salvífico para os convertidos do paganismo.

97 V. 7 e 8: A iniciativa é de Deus. O homem responde com a fé.
O Espírito guia a Igreja no discernimento do plano histórico de Deus. Determinante é a resposta de fé dos pagãos, como condição única e indispensável para serem purificados na consciência. A Palavra da Escritura torna-se palavra de Deus quando sai do livro, e torna-se história de Deus com os homens. As restrições imposta por Tiago poderiam ser justificadas como compromisso histórico para favorecer a convivência. Da missão entre os pagãos surgiu com tomada de consciência histórica. Abre-se ao universalismo histórico.

98 CARTAS ÀS IGREJAS: 15,22-35 Relato conhecido como: “decreto” do Concílio de Jerusalém. A Judas e Silas cabe a tarefa de explicar de viva voz as conclusões do concílio. Os dois personagens sãos cristãos abertos e dinâmicos. A liberdade da imposição do judaísmo aos pagãos convertidos é fruto da ação inovadora do Espírito Santo.


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