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CULTURA E POLÍTICA EM MOVIMENTOS DE MORADIA DA CIDADE DE SÃO PAULO II Stella Zagatto Paterniani (Bolsista SAE/PIBIC, IFCH-Unicamp) Profª Drª Luciana Tatagiba.

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1 CULTURA E POLÍTICA EM MOVIMENTOS DE MORADIA DA CIDADE DE SÃO PAULO II Stella Zagatto Paterniani (Bolsista SAE/PIBIC, IFCH-Unicamp) Profª Drª Luciana Tatagiba (Orientadora / Departamento de Ciência Política, IFCH-Unicamp) stella.paterniani@gmail.com Palavras-chave: Movimentos sociais, narrativa, política habitacional Respostas% No centro há infra-estrutura e fica próximo de tudo 21,4 Todos têm o direito de morar no centro 19,0 Existem muitos imóveis ociosos que poderiam ser ocupados com habitação de interesse social 18,2 Há pessoas que já moram no centro precariamente (em cortiços, em situação de rua, aluguel abusivo etc.), e é preciso garantir sua permanência, com moradia digna 15,3 Ocupar o centro com moradia resulta em benefícios para a cidade 7,9 Outros9,5 Não sabe/ Não respondeu 8,7 Total 100,0 ALONSO, Angela. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova. São Paulo, 76: 49-86, 2009. DIANI, Mario. Networks and social movements – A research programme. In: DIANI, Mario e McADAM, Doug. Social movements and networks – Relational approaches to collective action. Oxford University Press, 2003. DILLEY, Roy. Introduction: the problem of context. In: Dilley, R. (Org.) The problem of context. Nova Iorque/ Oxford: 1999. FABIAN, Johannes. (1992) Ethnographic misunderstanding and the perils of context. In: Dilley, R. (Org.) The problem of context. Nova Iorque/ Oxford: 1999. POLLETTA, Francesca. “It was like a fever...” - Narrative and identity in social protest. Social Problems, vol. 45, nº 2, Mai/1998. TATAGIBA, Luciana. Relação entre movimentos sociais e instituições políticas no cenário brasileiro recente – reflexões em torno de uma agenda de pesquisa. [a ser publicado], 2009. Faixa na ocupação Plínio Ramos, com os dizeres: “O direito a moradia (sic) é mais do que o direito a propriedade abandonada (sic)”. Foto: Isadora Lins França, 2005. Dossiê Fórum Centro Vivo, 2006. Olhar para o objeto na busca, no aceite e na problemática de suas contradições e tensões: eis a diretriz mais refinada e fidedigna ao estudo dos movimentos sociais. A principal tensão que identificamos do, no e para o movimento de moradia é a entre “autonomia” e “eficácia” (Tatagiba, 2009), ou entre “identidade” e “estratégia” (Alonso, 2009). Breve histórico dos estudos sobre movimentos sociais no Brasil: entre os anos 1960 e 1970, respaldava-se – tanto na academia como nas matrizes discursivas dos movimentos – em um afastamento do Estado e dos governos autoritários de então. A autonomia era a não-relação entre movimento social e instituições políticas. No regime democrático, contudo, a relação entre movimentos sociais e instituições políticas torna-se ressignificada, ou polissêmica. O ranço histórico de uma cultura política autoritária influencia uma tendência a encarar quaisquer relações entre movimentos e instituições políticas como cooptação, por um lado, enquanto o esforço democrático propõe representação e participação popular, por outro. A partir dos anos 2000, com ascensões de governos de esquerda, abertura das instituições políticas e incentivo à participação popular através de Conselhos Municipais, o tema dos movimentos sociais novamente ganha força na academia, agora atrelado a discussões sobre espaços públicos, sociedade civil, contexto. O movimento de moradia, especificamente, foi escolhido pela importância histórica que possui na cidade de São Paulo. Introdução Resultados Tabela 2. “O que a militância trouxe para sua vida pessoal?” Conclusões Referências bibliográficas Plenária do XI Encontro Estadual de Moradia Popular. São Paulo, 2009. Foto do acervo da União Nacional de Movimentos Populares Metodologia Com a referência técnico-científica dos pesquisadores do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP/ Unicamp), foram aplicados 147 questionários exploratórios, no 11º Encontro Estadual de Moradia Popular, organizado pela União dos Movimentos de Moradia (UMM), que ocorreu em São Paulo, de 15 a 17 de maio de 2009, no Sindicato dos Bancários. Os objetivos do Encontro, segundo a própria UMM, eram eleger a Coordenação Executiva da entidade e definir as grandes linhas de atuação e organização do movimento para os próximos dois anos. Os dados de nosso survey serviram para alimentar intuições e novas hipóteses, a partir de codificações e da concomitância entre pesquisa qualitativa e quantitativa. O que é movimento social? Não consideramos o movimento de moradia da cidade de São Paulo como um sujeito monolítico ou um bloco homogêneo; antes, pensamos o movimento como o encontro entre sujeitos atores – de e em ações promovidas e performadas numa coletividade mais ou menos coesa. Entendemos movimento social composto por três características básicas: i )inserção num conflito social; ii) identidade coletiva compartilhada – construída por interpretações e narrativas que interligam, de maneira inteligível e significativa, eventos, atores e iniciativas dotadas de outros sentidos quando isoladas – entre membros (indivíduos) ativistas; iii) intercâmbio de recursos materiais e simbólicos através de redes não- formais. (Diani, 2003) Respostas % Consciência política, conhecimento dos direitos, nova visão de mundo, cidadania 27,9 Crescimento pessoal, autoconfiança, autoestima, maior capacidade de comunicação 14,3 Maior conhecimento sobre as questões relativas à habitação 13,6 Maior sensibilidade para questões sociais8,2 Ampliação dos espaços de convivência social 6,8 Não trouxe nada 6,8 Benefícios materiais 5,4 Esperança 4,8 Acesso a outros serviços (hospitais, assistência jurídica) 1,4 Outros 5,4 Não sabe/ Não respondeu 5,4 Total 100,0 No campo do movimento de moradia, as disputas de sentido que se atribui a ações e processos são abundantes. Há, por exemplo, a tendência em se ver com maus olhos o predomínio de atividades de gestão no movimento. Ler a captação de recursos – humanos, financeiros e de conhecimento técnico – apenas como cooptação, desvirtuação, ou como ceder à política burocrática da urgência é incorrer no erro de perceber a ação (ou sua orientação) como estanque e isolada. Considerar o contexto em que ela se insere – as relações que a nutrem e que são por ela nutridas – possibilita interpretar os processos de captação de recursos também sob a chave do empoderamento do movimento social, por exemplo. Parece ser a partir de (re)posicionamentos dos elementos que configuram as relações que as identidades são forjadas; o passado, reelaborado; e a associação e ação coletiva, possíveis. A narrativa parece justamente pressupor as relações como não-estáticas, contextuais e é também o instrumento pelo qual a reflexão sobre a própria relação acontece. A narrativa integra tempos e relaciona eventos; constrói, enfim, uma temporalidade, e por ela é possível reter a continuidade na mudança e preservar ambiguidades. Construir a inteligibilidade da narrativa torna-se então o desafio do movimento para si, entre si e para fora, numa cadência em que o interesse coletivo é constantemente construído. Maria Tomaselli. (Sem título) Tabela 1. “Você acha importante a luta por moradia no centro da cidade?” 82% dos entrevistados responderam “Sim”. A esses 82%, perguntamos: “Por quê?”


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