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CARNAVAL: da antiguidade ao carnaval brasileiro

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Apresentação em tema: "CARNAVAL: da antiguidade ao carnaval brasileiro"— Transcrição da apresentação:

1 CARNAVAL: da antiguidade ao carnaval brasileiro
CARNAVAL: da antiguidade ao carnaval brasileiro. (por Ivan Saigg Teixeira)

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3 As origens do carnaval O carnaval tem início com a criação das festas da colheita, quando o homem descobre a agricultura e passa ao modelo de vida sedentária. O homem entra no reino da utopia através das celebrações, e usa as festas para se desligar das coisas ruins.

4 Antigo Egito (4000 a.C) Um dos modelos mais simples de carnaval, com cantos, danças em volta de fogueiras. Os festejos estavam ligados a deuses e totens. Festa à Deusa Isis e ao Deus Boi Ápis.

5 ISIS, a Grande Mãe, responsável pelas cheias do Rio Nilo, e seu filho, o Touro APÍS, divindade solar da fertilidade dos rebanhos.

6 Antigo Egito Com a acentuada divisão de classes, são incorporadas máscaras e adereços, orgias e libertinagens. Culto ao belo, ao corpo e à liberdade. Espantar as coisas ruins (inverno) que prejudicam o plantio.

7 ANTIGUIDADE: principais cultos agrários
PÉRSIA: Deusa Naita, da fecundidade, e Deus Mira, dos Pastores. CRETA: Festa da Grande Mãe, deusa protetora da terra e da fertilidade, representada por uma pomba.

8 ANTIGUIDADE: principais cultos agrários
FENÍCIA: Festa de Astarteia, Deusa da Fecundidade. BABILÔNIA: as Sáceas, festas que duravam cinco dias, marcadas pela licença sexual e inversão dos papéis entre servos e senhores, e pela eleição de um escravo rei, sacrificado no final da celebração.

9 Grécia Antiga No século VII a.C., torna-se oficial o culto ao deus Dionísio na Grécia, chamado de Baco, em Roma. Sociedade organizadas em classes (Nobres, Camponeses e Escravos) acentuava a necessidade de festas como válvulas de escape e superação das hierarquias.

10 Grécia: Festa de Dionísio
Dionísio é o deus do vinho, da beleza, do êxtase e do entusiasmo. É acompanhado por um grupo de sátiros e ninfas. É saudado pelos fiéis através de música, dança, algazarra, vinho e sexo. Estátua de Dionísio Museu do Louvre.

11 Grécia: Festa de Dionísio
Foi Pisistrato quem oficializou o culto à Dionísio (séc. V a.C). A imagem do Deus desfilava em uma embarcação com rodas (carrum navalis), puxado por satírios, levando homens e mulheres nus em seu interior. Seguia-o uma alegre multidão de mascarados, e um touro, que ao final era sacrificado.

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13 Em ROMA Em 370 a.C., o culto à Dionísio ganha prestígio em Roma.
As sacerdotisas de BACO, as Bacchantes, ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos em número crescente, causaram desordens e escândalos, que o Senado Romano proibiu as BACANAIS, em 186 a.C.

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15 As Saturnálias Romanas
Saturno é o deus que ensinou a agricultura aos antigos romanos (Cronos na Grécia). Também foi expulso do Olimpo e pregava a igualdade entre os homens. Saturno chegava com os primeiros sopros de calor da primavera e era saudado com festas, em período de liberação das convenções sociais.

16 As Saturnálias Romanas
Durante as Saturnálias, os escravos tomavam os lugares dos senhores. Saiam às ruas para comemorar a liberdade e igualdade entre os homens, cantando e se divertindo em grande desordem. As casas eram lavadas, após os excessos libertários que aconteciam de 17 a 19 de dezembro (entrada da primavera no hemisfério norte).

17 Festa ao Deus Saturno

18 BACANAL, segundo Ticiano. Veneza ( )

19 LUPERCAIS – Roma Celebradas em 15 de fevereiro, em homenagem ao deus Pã. Seus sacerdotes, os Lupercos, saiam nus, banhados em sangue de cabra, lavados com leite e cobertos por uma capa de bode. Perseguiam as pessoas pelas ruas, batendo-lhes com uma correia. As virgens atingidas acreditavam se tornarem férteis e as grávidas não sentiriam dores no parto.

20 LUPERCAIS – Roma Suetônio conta que no tempo das Saturnais, os participantes e os escravos podiam dizer verdades a seus senhores, indo até ao extremo de ridicularizá-los do jeito que bem entendessem.

21 Pã é o deus das ovelhas, da lã, dos animais selvagens, da caça e da música rústica

22 Apolo (Razão) vs. Dionísio (Delírio)
O carnaval é uma trégua, um alívio para a hipocrisia social e para o medo do corpo. É uma festa em que foliões fantasiados e mascarados se transformam num “outro”. Catarse reguladora do equilíbrio social.

23 O CARNAVAL CRISTÃO Quando o Cristianismo se espalha pelo Mediterrâneo, e torna religião oficial do Império Romano (séc. IV), diversas cidades já tinham suas festas de orgia e libertinagem. A moral cristã julga tais festas pecaminosas, e são inicialmente condenadas pela Igreja.

24 IGREJA vs. CARNAVAL Tão logo a Igreja percebe que era impossível conter as manifestações populares e tratou de oficializá-las.

25 Quaresma X Carnaval Quaresma: período em que os cristãos fazem abstinência de carne, sexo, bebidas e demais prazeres do mundo. Resignação pela paixão de Cristo. Carnaval: festa antes da quaresma, em que se consome muita carne e bebida. Busca-se a felicidade, o riso e o prazer sensual.

26 Carnaval Cristão: O ENTRUDO
ENTRUDO significa início, abertura, começo da Quaresma. É a forma grosseira e primitiva de brincar o carnaval. O ENTRUDO tem origem nas comemorações naturais do tempo, as Bacanais e Saturnais. O nome surgiu com a oficialização do Carnaval Cristão, após 590 d.C.

27 O ENTRUDO O povo passou a comemorar o começo da Quaresma, bebendo e comendo, para compensar o jejum. O ritual foi se tornando bruto e grosseiro, consistindo em jogar água e farinha nas pessoas. O ENTRUDO fortaleceu-se entre os anos 1200 a 1300.

28 A Renascença Neste período, o carnaval floresceu nas cidades italianas, tornando-se freqüentes os bailes de máscaras. “O Carnaval de Roma não é propriamente uma festa que se dá ao povo, mas que o povo dá a si mesmo” (Goethe, séc. XVIII)

29 A Renascença: Cidades Italianas
Batalhas de confetes Eleição de um rei para rir Fogos de artifício Festas privadas em salões.

30 Carnaval: uma festa popular
O local do carnaval era ao ar livre, no centro da cidade, nos mercados... É uma imensa peça de teatro em que as ruas e praças viram palcos, a cidade vira um teatro, os habitantes viram atores. Não havia distinção entre atores e platéia: as senhoras, de suas casas, podiam lançar ovos na multidão, e os mascarados tinham licença para entrar em casas particulares.

31 CARNAVAL EM PORTUGAL: FESTA DA VIDA E DA MORTE
Acontece um enterro, geralmente o Enterro do Bacalhau. Depois celebra-se a vida, com danças, cortejos, cores, luzes e música. Há também um Julgamento, que é uma sátira à imposição eclesiástica de abstinência e jejum durante a Quaresma.

32 CARNAVAL CHEGA AO BRASIL

33 Roda de Samba (séc. XIX) – Carnaval Negro na periferia

34 O ENTRUDO NO BRASIL No século XVIII o entrudo chega ao Brasil, trazidos por imigrantes portugueses das ilhas de Madeira e Açores. Em 1723 o ENTRUDO é oficializado pelas autoridades coloniais.

35 O ENTRUDO Refletia as divisões sociais da colônia.
Os escravos negros e homens livres pobres festejavam pelas ruas. Os brancos brincavam atirando água suja e ovos na população. Muitas famílias ricas se retiravam para casas de campo

36 Sátira política do carnaval carioca, 1883.
A baixo: O carnaval popular. A cima: O carnaval das elites.

37 O ENTRUDO (séc. XIX) A Música, em geral, era composta por batuques de tambores africanos. Acontecia a coroação de um Rei Momo, sátira à monarquia e inversão das classes sociais. AS ELITES dançavam valsas e polcas.

38 Pintura de AUGUSTUS EARLE, 1822.

39 O ENTRUDO (séc. XIX) Havia foliões que invadiam casas para molhar pessoas, e promoviam guerras de ovos, limões-de-cheiro e farinha. Muitas vezes a festa terminavam em brigas e confusões violentas.

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41 O ENTRUDO (séc. XIX) Nos desfiles havia espaço para críticas à escravidão e à monarquia. Por isso, muitas vezes, as sociedades carnavalescas das elites era amada e reconhecida pela multidão de negros e mulatos.

42 O Entrudo na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, 1884
O Entrudo na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, Obra de Ângelo Agostini

43 Carnaval de 1888 A Princesa Isabel, acompanhada do marido e dos filhos, promove no Carnaval de Petrópolis, uma Batalha de Flores, arrecadando donativos para a libertação de cativos.

44 Grupo de Carnaval de escravos no Rio de Janeiro
Grupo de Carnaval de escravos no Rio de Janeiro. Fotografia de Christiano Junior, 1868.

45 Fim da Escravidão e fim da Monarquia
Em 1888, a Princesa Isabel promulga a abolição da escravidão no Brasil Um ano depois, caí o regime monárquico e inicia-se a República brasileira. Influenciados pelo Positivismo, a ordem era civilizar os brasileiros.

46 CARNAVAL NA REPÚBLICA Com a industrialização e a chegada de imigrantes europeus, inicia a divisão do espaço público entre classes sociais. Havia o medo do povo solto nas ruas. Surgem clubes de comerciantes, que introduzem os carros alegóricos, que depois são incorporados pelas escolas de samba.

47 Rio de Janeiro, O Rancho Armeno visita o presidente Hermes da Fonseca. UNIÃO DOS RANCHEIROS COM A CLASSE MÉDIA.

48 Década de 1930, Rio de Janeiro. A Ala das Baianas.

49 Carnaval das Elites As famílias mais ricas, com seus bailes de máscaras, em salões e teatros, com fantasias de tecidos nobres, com valsas e músicas européias, consideravam que este era o verdadeiro carnaval, como se praticava em Paris e Veneza.

50 Classe Média pede passagem
A partir de 1910 começam as separações para os blocos da classe média que queriam participar, mas não junto com o povão. Cordas e policiais dividiam o povo. Começam a se organizar blocos e escolas de samba populares: “Se a gente não organizar, a polícia fica em cima. Vamos sair organizados”.

51 Carro alegórico em Paraty (RJ), 1917 - Foto de Augusto Malta.

52 O ENTRUDO (séc. XX) O entrudo passou a ser reprimido pelas autoridades no início do século 20. Os objetos arremessados na brincadeira foram substituídos por confetes e serpentinas, e o entrudo foi, aos poucos, dando espaço para o Carnaval de fantasias e música.

53 O ENTRUDO (séc. XX) Os populares Zé-pereiras, hordas de tocadores de bumbos, os capoeiristas vestidos de diabos, e todas brincadeiras consideradas grosseiras passaram a ser reprimidas pela polícia.

54 Mulatos vestidos de nobres, Pernambuco, 1930. Bloco MARACATU ELEFANTE.

55 Cronologia do Carnaval
1899 – Chiquinha Gonzaga compõe “Ó abre-alás”, considerada a 1ª música de carnaval. 1908 – Primeiros filmes sobre o Carnaval. 1917 – Primeiro samba gravado: “Pelo Telefone”, de Mauro de Almeida. 1925 – 1º Concurso de marchinhas. 1935 – 1º Concurso de Escolas de Samba

56 Lança Perfumes Chega ao Brasil em 1907.
É proibido em 1937, devido ao uso como entorpecente.

57 Pernambuco, 1950.

58 Recife (PE), 1961.

59 Cronologia do Carnaval
1949 – Carnaval carioca é transmitido pelo rádio. 1951 – Surge, na Bahia, o trio elétrico. 1962 – O dia 2 de Dezembro torna-se oficialmente o Dia Nacional do Samba 1970 – A ditadura militar ( ) passa a censurar músicas e fantasias.

60 1984 – Criação do Sambódromo

61 CARNAVAL HOJE

62 CARNAVAL em PERNAMBUCO
As cidades de Recife e Olinda são as mais tradicionais. O principal ritmo é o frevo, o maracatu e a ciranda. Dança com roupas e sombrinhas coloridas.

63 Carnaval de Olinda (PE)
É costume produzir bonecos gigantes vestidos de fantasias carnavalescas. Representa-se personagens da vida política, artística ou do folclore do país.

64 CARNAVAL DE MINAS GERAIS
As cidades históricas das Minas têm carnaval de rua. Os blocos tocam marchinhas com suas baterias, e arrastam as pessoas pelas ladeiras. Ouro Preto, Sabará e Diamantina são as cidades mais festeiras.

65 O CARNAVAL HOJE - BAHIA Trios-elétricos com bandas populares de Axé music puxam os foliões pelas ruas. Há cordões separando quem pagou pelo uniforme do bloco, o Abadá, e quem vai na pipoca, a ala livre da festa.

66 Carnaval e Apartheid Na sociedade do espetáculo, o ideal de igualdade entre as pessoas está cada vez mais raro no carnaval. Paga-se por camarotes, paga-se por lugares privilegiados, paga-se para desfilar separado do povão.

67 Carnaval e Apartheid No Carnaval de 2006, obrigado a parar seu trio elétrico diversas vezes por causa de brigas entre o publico do Abadá e o da Pipoca, Carlinhos Brown não se conteve e discursou: "Tem que educar o povo o ano inteiro e não apenas sete dias por ano. Vocês, autoridades, têm de ver e resolver isso aqui, viu ministro, tem de filmar essas brigas aqui e não ficar escondendo. Isso aqui é a verdadeira Bahia. Vocês, viu Gil, têm de ajudar a gente a não ser assim. Tem de acabar com esse apartheid escroto. Todo mundo chega aqui em Salvador e dá uma de feliz. Depois acontecem essas brigas e ninguém sabe o que fazer"

68 Carnaval e Apartheid Daniela Mercury e Brown eram os únicos a sair sem corda – pessoas de camisetas protegidas pelas cordas, que chegam a pagar até R$ 500 nos trios mais famosos. Brown criticou os camarotes, onde estava Gilberto Gil (cantor e ministro), no qual as pessoas pagam para ter um lugar privilegiado, comida e bebida à vontade. Depois, o músico desceu do trio e dançou na rua com o público.

69 CARNAVAL: Uma época de comédias.
Época de desordem instituicionalizada. Representar o mundo de cabeça para baixo. Os valores pagãos da comilança, da embriaguês, da libertação sexual, do riso e da gargalhada sobrepõe-se à moral religiosa que reina nos demais dias do ano.

70 CARNAVAL “O carnaval não é uma festa que alguém ofereça; é uma festa que o povo oferece a si mesmo” (Goethe). Ninguém inventou o carnaval. Ele mesmo se organiza. É uma necessidade de lazer das camadas populares.

71 ESPÍRITO DO CARNAVAL O CARNAVAL INVERTE OS PAPEIS SOCIAIS.
Homens e mulheres invertem as roupas. Pessoas comuns se vestem de pessoas importantes. Uma pessoa do povo é escolhida como o Rei Para Rir, o Rei dos Bobos ou o Rei Momo.

72 A QUARTA FEIRA DE CINZAS: A volta à realidade
FIM


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