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Processo de Cicatrização de Úlceras Cutâneas - Estudo de Caso

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Apresentação em tema: "Processo de Cicatrização de Úlceras Cutâneas - Estudo de Caso"— Transcrição da apresentação:

1 Processo de Cicatrização de Úlceras Cutâneas - Estudo de Caso
Bom dia! Eu sou a enfª Silvana do CS Coruche e estou aqui para apresentar um estudo de caso sobre úlceras cutâneas, retirado da minha práctica profissional. As úlceras cutâneas são um problema, não só para o utente (devido à dor e perda de autonomia), como para a família (pela convivência com a situação), prestadores de cuidados (pois nem sempre os resultados obtidos são os pretendidos) e toda a sociedade em geral (o utente está inserido num contexto social, em que o tratamento destas feridas é muito dispendioso). II Encontro Ibérico de Feridas e Úlceras 19 de Março 2011 Nuno Palma Silvana Coelho

2 Objectivos •Expor situação do utente A •Caracterizar as úlceras cutâneas do pé esquerdo •Enumerar as diferentes acções executadas para o tratamento das úlceras •Demonstrar a importância da limpeza das feridas •Abordar a importância da relação estabelecida no domicílio entre enfermeiro/utente/família Este trabalho tem como objectivos

3 Caracterização do Utente
• Utente de 74 anos • Família carenciada referenciada para apoio social • Doente crónico: HTA, Diabetes Mellitus Tipo II, Insuficiência Cardíaca e Doença Hepática • Ferida anterior no pé esquerdo (2008) de difícil cicatrização O utente A, de 74 anos, funcionário público reformado, de fracos recursos financeiros, casado, vive com a esposa e 2 filhos de cerca de 50 anos, em que apenas o filho exerce actividade profissional. A filha apresenta por vezes discurso inadequado, tendo a seu cargo todas as tarefas da casa, uma vez que o utente tem dificuldades de locomoção e a mãe tem problemas mentais e cardíacos, estando a família referenciada para apoio social que recusam.

4 1º Contacto com o Centro de Saúde
Pequena ferida traumática no dorso do pé esquerdo em Janeiro de 2010 com cerca de 1cm Tratamento baseava-se na limpeza da ferida com sf,exercendo pressão para “limpar bem” e aplicação de diferentes apósitos Ferida vai agravando apresentando características de Úlcera Arterial Em Janeiro de 2009 a filha do utente fez o 1º contacto com o CS, no sentido de solicitar a observação de uma pequena ferida no dorso do pé esquerdo, na qual, até Março 2009, foram efectuados diferentes tipos de tratamento, entre os quais: limpeza com soro fisiológico e aplicação de diferentes apósitos disponíveis no CS, sem resultados. A ferida vai-se agravando, apresentando características de úlcera arterial em Março de 2010

5 Feridas Em Março de 2010 (data do 1º Fórum Ibérico Úlceras e Feridas) apresentava as seguintes feridas no pé esquerdo: Úlcera arterial no dorso do pé Ferida por queimadura no 5º dedo Em Maio de 2010 Reabriu ferida do 3º dedo 3 1 2

6 Plano Terapêutico Higiene da ferida Penso Família Lavagem das feridas
Utilização de água Água tépida Pressão de água corrente Penso Protecção de tecidos perilesionais Apósito durante mais tempo Ligadura de pano Família Inclusão da família no plano terapêutico Após a participação no I Fórum Ibérico de Feridas, foi delineado um plano terapêutico que incidiu em 3 aspectos: Higiene da Ferida, Penso e Família. Relativamente ao 1º ponto começou a ser feita a lavagem das feridas 1 vez/semana Foi utilizada água potável, pois é de consenso geral que o SF é o melhor soluto para lavar as feridas, mas segundo o tema abordado no Fórum anterior e que tb se encontra fundamentado na bibliografia a água é mais eficaz – Segundo MORINSON 2004:150 um estudo realizado na Urgência nos Estados Unidos mostrou que a taxa de infeção em feridas irrigadas com Sf foi 10,3% e com água da torneira 5,4%. Utilizada água tépida:as soluções frias ou à temperatura ambiente podem levar a hipotermia local q pode demorar até 40m a recuperar a temp inicial e várias horas até a actividade celular normalize (necessária à cicatrização). Pressão de água corrente q retire os detritos e contaminantes, mas q minimize o traumatismo dos tecidos. Relativamente ao penso –foi feita proteção dos tecidos peri-lesionais e aplicada vitamina A Manteve-se o mesmo tipo de apósito durante mais tempo, neste caso foi aplicado Inadine -compressa com acção bactericida, q favorece a circulação da ferida e o penso sai com facilidade sem agredir a lesão Ligadura de pano, o utente não tolera pressão Inclusão da família no plano terapêutico- explicando q as feridas não cicatrizam apenas pela realização do penso (apesar deste aspecto ser importante, mas também pelo cumprimento das indicações dadas, contrariando as suas crenças

7 Acções de Enfermagem Planeamento Família Domicilio
Disponibilidade de tempo Material necessário Abordagem familiar Explicar a importância da higiene da ferida Solicitar colaboração do utente/filha Verificar condições de higiene Observar características WC Verificar existência de água potável As acções de Enfermagem estiveram relacionadas com Planeamento - Foi necessário planear bem todos os recursos que iriam ser precisos como o tempo, o material necessário e o tipo de abordagem à família. Em relação à família foi necessário explicar os benefícios de lavar a ferida e solicitar colaboração – mostraram-se bastante receptivos No Domicílio- foi necessário verificar condições de higiene e observar caracteristicas WC e verificar existência de água potável

8 Implementação do Plano Terapêutico
Dificuldades na Implementação do Plano Terapêutico Tempo Penso apenas 3xsemana Difícil articulação com restante equipa de saúde Equipa saúde -Utente com pouca mobilidade -Incumprimento inicial das indicações -Filha com comportamentos inadequados Utente/ Família As dificuldades na implementação do Plano Terapêutico prenderam-se essencialmente com 3 aspectos: equipa de saúde, utente/família e ambiente Equipa de saúde – o tempo foi dificil disponibilizar o tempo necessário para a lavagem do pé e restante tratamento (inicialmente + de 1h) Penso apenas 3x/semana (independentemente da necessidade) Dificil articulação com restante equipa de saúde como qd era solicitada observação médica o utente não queria ir ao CS Utente: Com pouca mobilidade, incumprimento inicial das indicações, filha com comportamentos por x inadequados, que exigia ensinos diferentes? Domicilio- limpeza deficiente Ambiente -Condições de higiene deficientes

9 Abordagem Familiar ensinos ao utente/família - respeitando as suas decisões
Habitação IIuminação/ Ventilação Não permitir Animais em casa Limpeza Para ultrapassar essas dificuldades o instrumento utilizado foi a relação de confiança entretanto estabelecida com utente/família, baseada no respeito e q levou a que cumprissem as indicações dadas. Os ensinos abrangeram as diversas áreas, quer relativos às condições da habitação, quer aos cuidados que o utente deve ter. Em relação à habitação, a importância de iluminação/ventilação, Limpeza e não permitir animais em casa

10 Abordagem Familiar ensinos ao utente/família - respeitando as suas decisões
Penso/ Cicatrização feridas Controlo glicémia Higiene/ Calçado No que diz respeito ao utente, os ensinos incidiram sobre: Controlo da glicémia –através de alimentação adequada, vigilância da glicémia, medicação, actividade física/repouso Higiene do corpo e da roupa, aplicar creme hidratante na pele, ter atenção aos pés e não ter o aquecedor virado directamente, o uso de calçado adequado Da relação entre o estado do penso (da importância da ligadura estar limpa) e cicatrização das feridas

11 Feridas cicatrizadas P L A N O Feridas não cicatrizam T E R Ê U I C
Implementação de plano terapeutico com higiene do pé semanal Feridas não cicatrizam Alteração do plano terapêutico higiene do pé todos os tratamentos Feridas cicatrizadas P L A N O T E R Ê U I C Ao implementar o plano terapêutico anterior, com a higiene do pé 1x semana, as feridas não tinham a evolução desejada. Optou-se pela alteração do plano e lavar as feridas todas as mudanças de penso, as feridas cicatrizaram

12 Processo de Cicatrização das Feridas
Através do cumprimento das indicações dadas, possível através da relação enfº/utente/família e a lavagem das feridas cada vez que se realizava o penso foi possível...

13 Processo de cicatrização das feridas
Antes: Depois (Outubro 2010): A cicatrização das feridas, sendo que em Novembro a ferida se encontrava completamente cicatrizada e ficou exposta

14 Caracterização da situação - Ambiente
- Casa escura - Iluminação artificial - Janelas fechadas - Aquecedor aos pés do utente - Higiene deficiente da roupa - Animais de estimação em casa - Esposa e filha não saem de casa Antes - Casa com luz natural - Janelas abertas - Aquecedor virado para o ambiente - Higiene da casa e roupa adequada - Animais de estimação não entram em casa - Esposa e filha saem de casa Depois Após todo este processo, as principais mudanças observadas foram: No ambiente

15 Caracterização da situação - Utente
Antes - Fáceis triste - Deitado na cama - Sozinho no quarto - Levanta-se para a refeição/ WC - Sem actividade de lazer - Higiene num alguidar - Dieta Hipercalórica - Glicémias não vigiadas (200 mg/dl) - Pé descalço (mesmo quando começou a ir á rua de terra batida) - Pele da perna esquerda seca e descamativa - Presença de úlceras cutâneas - Ligadura suja com produtos de contaminação externa - Dor Depois - Fáceis alegre - Sentado no sofá - Com familiares - A ver TV - Higiene no WC com ajuda - Dieta adequada - Glicemias de 140 mg/dl - Calçado adequado - Pele limpa e hidratada - Feridas cicatrizadas - Ligadura externamente limpa - Sem dor - Sentado no alpendre E as mudanças observadas no utente

16 Conclusão As feridas cutâneas são determinantes na qualidade de vida do utente/família e no orçamento do Estado É necessário favorecer a participação do utente/família no processo terapêutico, através da relação No domicílio o ambiente/utente não são controlados pelos profissionais, sendo necessário adoptar novas estratégias É importante inovar e ser persistente para conseguir bons resultados A lavagem das feridas foi, neste caso, determinante para a sua cicatrização

17 Referências Bibliográficas
BARANOSKI, Sharon e AYELLO, Elizabeth A. – O Essencial sobre o Tratamento de Feridas, Loures, Lusodidacta, 2006, 486p. ISBN COLLIÉRE, Marie-Françoise – Promover a Vida, 3ª ed. Lisboa, Lidel, 1999, 385p. ISBN MORISON, Moya J – Prevenção e Tratamento de Úlceras de Pressão, Lusociência, Loures, 2004, 286p. ISBN NIGHTINGALE, Florence – Notas sobre Enfermagem, São Paulo, Cortez Editora, 1989, 179p. ISBN RIBEIRO, Fontes et al – Feridas e Úlceras Cutâneas. Coimbra, Formasau, 1999, 210p. ISBN


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