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ECOUMÈNE Introduction à l´étude des milieux humains Paris, Belin, 2000.

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1 ECOUMÈNE Introduction à l´étude des milieux humains Paris, Belin, 2000

2 • Augustin Berque • Diretor de estudos junto à Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (CNRS, Paris) • e membro da Academia Europea. Especialista em estudos orientais ( Japão) onde desenvolve estudos dos meios humanos na Universidade de Miyagi.

3 • A obra está dividida em 3 partes com 3 capítulos nas primeira e segunda partes e 2 capítulos na terceira parte, além de uma introdução e uma conclusão assim nomeados, respectivamente: Renaturalizar a cultura e reculturalizar a natureza e Razão trajetiva e superação da modernidade • Em tradução livre, títulos das partes e dos seus capítulos

4 • Primeira parte: O aqui daquilo que há (???) • Capítulos: Lugares, Mundo, Universo • Segunda parte: A humanização das coisas • Capítulos: Mobilidade (Mouvance????), Sentidos, • Tomadas ( Prises???) • Terceira parte: Existir com os outros • Capítulos Lar ( Foyer????), • Cidade

5 • Principais elementos e/ou conceitos a serem observados nas diversas partes e capítulos considerados • Introdução • 1. todos os seres têm uma razão para ser e estar da maneira como são e estão e isto envolve estreira relação entre filosofia e geografia e justifica a natureza dos lugares humanos, além da compreensão ontológica dos seres e da realidade.

6 • 2. esse livro quer mostrar de modo objetivo esse desdobramento nas intituições, construções, organizações, edificações, redes de sistemas sociais e técnicos que constitui a existência humana e acarreta fortes consequências para nosso modo de pensar. • 3. necessidade de rever axiomas da C. Humanas em suas articulações, existentes ou não, com as ciências da natureza: o que se revela é que essa articulação possibilita emergir do abismo disciplinar a que nos restringiu o moderno ( Descartes)

7 • 4. essa relação é, ao mesmo tempo geográfica e ontológica e isso se chama ecumênico, ou seja aquuilo que faz com que a terra seja, ao mesmo tempo, humana e terrestre. • 5. ecumênico é o conjunto das condições ecológicas e físicas dos meios humanos e essa relação é a síntese do existência humana.

8 • 6. nesse sentido opõe-se à filosofia que procurou localizar o lugar do ser na linguagem, ou as ciências humanas quando valorizam a cultura desvinculada da natureza: essa divisão repete o dualismo cartesiano. • 7. o ecumênico é uma relação ecológica, técnica e simbólica de extensão terrestre e existencial do ser humano, que vai além da sua extensão geométrica: o ecumênico e, ao mesmo tempo, mensurável e imensurável.

9 • Primeira parte • cap. 1: Lugar • Distinguir Topos e Chora ( Platão/Timeu) • Topos: o local físico onde as coisas se encontram • Chora: matriz de pregnância ontológica sem nada a ver com localização física ou específica, • Refere-se ao lugar ( distinção possível em português entre local( topos) e lugar(chora)

10 • Cap. 2: Mundo • 1. insularidades de singularidades: relação lar ( foyer) e mundo. O lar a partir do qual se dispõe o horizonte do mundo não é outro senão o espírito humano. • 2. mas mundo também tem o sentido de lar cosmogenético (urbi et orbi). Na cidade, esse mundo simboliza o centro do mundo (no espaço) em sua origem (no tempo): a cidade se encontra em uma ordem cósmica da qual ela é fonte e responsável.

11 • 3. o lar sacraliza a relação céu e terra com um horizonte inatingível que o mantém no centro; • Esse “mundus” nada tem a ver com a transcendência e correlativamente nada tem a ver com o que chamamos consciência individual. (p. 35) • 4. a absolutização do mundo é proposta por Nishida Katarô ( escola de Kiotê) que, no século XX pensava em uma absolutização do mundo, na medida em que considerava ser possível a síntese entre o pensamento oriental e a filosofia ocidental.

12 • 5. examinando a questão a partir do ângulo da relação entre a mundanidade e o universal, Merleau Ponty considera o universo como totalidade acabada e o mundo como multiplicidade aberta e indefinida com relações de implicação recíproca. • 6. em relação à ponderação de MP, Berque pensa que é o mundo que parece acabado ( fechado) e o universo é aberto.

13 • 7. Para Nishida o que se pensa como ser é o ser relativo, localizado no espaço e tornando- se temporal, conforme o que Platão chama no Timeu de “genesis” que supõe necessariamente uma “chora”. Nishida estuda como se pode remundializar o universo, fechando outra vez aquilo que a modernidade havia aberto. ( nota: segundo Platão: genesis corresponde à idéia e chora é um receptáculo da idéia)

14 • 8. Nishida não se dá conta desse desdobramento platônico do ser entre o absoluto e o relativo: lugar mundianiza o ser e, para Nishida, esse lugar é um mundo relativo. • 9. Platão não define a chora porque sua essência é de não ser identificável. Portanto, a ontologia de Platão e a neantologia de Nishida são inicialmente compatíveis, e a diferença parece estar fora do mundo no qual parecem residir e no caráter absoluto das respectivas ontologias. Ou seja, o mundo platônicao exige essa distância entre os mundos sensível e inteligível, pois sem isso o primeiro não existiria.

15 • 10. essa distância de onde nasce a metafísica faz com que o pensamento europeu procure a verdade para além dos fenômenos, isto é, além dos horizontes do mundo, para chegar ao universal de limites absolutos onde a mundanidade se absolutiza, enquanto o universl se confunde com o mundo. Em Nishida esta absolutização do mundo se exprime por uma redução sistemática do outro ao mesmo.

16 • Nishida: o múltiplo elimina toda escala e não é senão um ponto que se abre e permite voar para outros mundos, reconhecendo que o um não é senão o múltiplo e vice versa, isto é “o mapa não é o território”

17 • Cap 3 O Universo • 1. escala e proporção • A dimensão simbólica cincunscreve, fecha, institui ontologicamente o mundo: identifica- se o ser à medida em que distinguimos sua proproção e não sua escala. • 2. A espacialização das coisas

18 • A universalidade, ou ao menos a comunidade do espaço é anterior à modernidade, visto que esse espaço é inerente ao humano e, portanto, ecumênico. • No dualismo cartesiano, espaço e lugar são a mesma coisa, como o espaço na geometria de Euclides. No moderno, a espacialização, destemporaliza o mundo, na medida em que o determina pelo objeto, fazendo das coisas a forma concreta da nossa existência.

19 • Se se considera que o ser tem uma dinâmica temporal indissoluvelmente espacial, • na duração de Bergson ou no Ser Aí ( Dasein) de Heidegger, temos uma remundialização do ser pela dimesnão temporal reencontrada na realidade, superando a espacialziação modernista e cartesiana.

20 • 3. A aterrizagem da geometria • A partir de Copérnico, o universal supera a evidência do mundo, o espaço (abstrato) substitui o lugar porque, para a cosmologia de Copérnico, o espaço infinito supera radicalmente o lugar e os pontos de referência do horizonte que foram fundadores do mundo antigo. O mundo moderno não tem horizonte e não tem “foyer”: reduz-se cartesianamente, todo lugar é uma objetividade puramente métrica e científica.

21 • Ontologicamente, nem em arquitetura ou em geografia, não se pode fazer abstração do mundo sensível e da existência humana que só é mensurável no domínio da proporção e não da escala. Espaço não é uma questão de escala ou da passagem de um domínio a outro, do humano ao terrestre, do terrritorial ao gráfico, do físico ao social, do desenho à construção. Ao contrário, é uma relação de proporção. A forma e a escala são questões de poder.

22 • Em 1854, Riemann (p. 78) sugere uma geometria que prevê uma curva do espaço, colocando em questão a gravidade de Newton, conforme o que Einstein (1905/1915) proporá depois com a relatividade restrita e geral.

23 • Segunda parte: A Humanização das Coisas • Cap 4 Mobilidade???? (Mouvance) • 1. A trajetividade das coisas • Mobilidade ( mouvance) apresenta 2 sentidos, um ativo e outro passivo • O passivo supõe dependência de um eixo central, e o ativo supõe dependência de um sobre o outro e caracteriza uma evolução.

24 • 2. A trajetividade das relações ecumênicas • Igualmente pode ser ativa e passiva: é o meio ( chora) como domínio no qual agimos e carrega as marcas das nossas ações, mas é também o meio ( topos) que nos afeta e ao qual pertencemos de alguma maneira, • O ecumênico é uma relação com limites móveis, como o horizonte com movimento, mudanças e variações de equilíbrio.

25 • Os lugares humanos são uma relação e não um objeto físico: uma chora que se transforma e sem identidade física. • A trajetividade vai do objetivo ao subjetivo, do local (topos) ao lugar (chora): característica básica do ecumênico, ao mesmo tempo, material e imaterial, subjetivo e objetivo. • A trajetividade é um processo e conceitua, ao mesmo tempo, um estado e uma propriedade.

26 • 3. Concretude, mobilidade (mouvance) do ser e corpo mediático • O ecumênico emerge da biosfera em mútuo desdobramente concreto e indissociável (v. Classificação de Leroi Gourhan em O Gesto e a Palavra. Paris: Albin Michel, 1964 (p.96) • A humanidade do ecumênico se faz através da movência do ser, mas contrariamente à ilusão da onipotência indefinida desenvolvida pelo corpo medial (mediático???).

27 • 4. O ecumênico emerge da biosfera em um processo de interação entre a hominização, a antropofização e a humanização em um desdobramento do espaço. • A organização de si mesmo ( do self???) através do corpo, não decorre do biológico, mas do social, isto é da técnica e do simbólico. Como entender a linha de precedência entre os dois?

28 • Do ponto de vista ecumênico não há apenas interrelação, mas interpenetração dos domínios que não se pode estudar em linha de causalidade porque, se os efeitos da técnica podem ser medidos (observados) objetivamente, os efeitos simbólicos não podem ser senão interpretados subjetivamente: cada caso deve ser analisado em si mesmo, respeitando as respectivas singularidades. Pensa-se, entretanto, em uma reabilitação do simbólico em relação ao determinsmo da técnica ou uma caracterização ecológica dentro de uma perspectiva ecumênica. (p. 102)

29 • Capítulo 5 : Sentidos • 1. Os três assentamentos dos sentidos • A questão do sentido é inseparável da linguagem, mas não se reduz a ela, embora o sentido englobe a linguagem. Esse é o postulado que fundamenta a aproximação ecumênica do sentido e a própria idéia de relação ecumênica.

30 • O sentido se situa no lugar (chora) onde se dá a relação ecumênica. • É ilegítimo estudar o sentido a partir da linguagem diretamente (logos), porque a linguagem substitui a realidade por uma abstração aplicada ao sentido das coisas, desenvolvido a partir dos signos linguísticos. O signo não é o objeto referente e o que há de original no sentido é irredutível à semiótica, porque signo e sentido não têm implicação direta e linear.

31 • 2. Na origem do sentido: o universo e a vida • O sentido não se produz como efeito de uma causa • A ciência se divide entre: a) a flecha do tempo, entendendo que os fenômenos são simétricos e reverssíveis e desse modo, o sentido é arbitrariamente determinado com clara alusão ao determinismo da física de Newton e a linguística de Saussure para os quais a natureza é, em si mesma, sem sentido. B) a visão ecumência que

32 • privilegia a noção de irreversibilidade do tempo, considera os lugares (chora) das coisas e não sua simples localização (topos), a assimetria auto-organizativa e, portanto, a significação como organização do sentido. Essa é a base que está presente na biossemiótica, na semiosfera, na atmosfera em mútuas formas de comunicação entre sons, odores, movimentos, cores, formas, campos elétricos, radiações térmicas, etc

33 • Nota: para Hoffmeyer (biossemiótica), a natureza é semiótica que desenvolve esquemas de atividade comunicativa e significativa cada vez mais complexas. Nesse sentido, Francisco Varela, em uma proximação conexionista, diz que a significação não está localizada nos símbolos em particular, mas ocorre em função do estado global do sistema por um acoplamento estrutural entre o sujeito e seu ambiente.

34 • Ecumênico: relação corpo animal e ambiente: acoplamento estrutural ( conceito de Varela) e estrutura ontológica dos meios humanos ( Varela X Berque) que supõe a trajetividade dos meios humanos que faz que o mundo tenha um sentido por razões que são irredutíveis ao bio-físico, embora os suponha necessariamente. • P. 123 Imanishi Kinji ( outra contestação ao néo-darwinismo): emprega a expressão de subjetivação do ambiente e ambientação do sujeito. Yamada Keiji e Niwa Fumio interpretam que essa tendência recupera um néo- confucionista da natureza nipônica e monista para designar a natureza se observando a si mesma no movimento de onde a observa o naturalista. Imanishi levou o anti-darwinismo a um finalismo contrário à visão moderna e onde Berque encontra uma homologia, no nível da biosfera, entre o princípio antrópico e o universo.

35 • Se para Darwin a evolução é uma adaptação do ser vivo ao ambiente o que o coloca em uma posição de subordinação, há para Imanishi uma reciprocidade entre os dois. Subjetivação e adaptação estão em mútua função: “o ambiente prolonga o corpo e o corpo prolonga o ambiente” Imanishi empresta à naureza uma espécie de necessidade de se transformar no modo como se transforma.

36 • 2. A medialidade ( médiance???): momento estrutural da existência humana • É necessário perceber a diferença que há entre o meio ( ambiente humano) do simples ambiente, ao qual pertencem todos os seres vivos. ( v. diferença entre os conceitos de umwelt e de ecumênico****) • É frequente não encontrar na bibliografia distinção conceitual entre meio e ambiente.

37 • Significativamente, aquilo que nomeia o mundo sensorial (sensível), Hoffmeyer aproxima da noção de umwelt ( Von Uexchull) que dá ao termo meio ambiente o sentido de “nicho ecológico que envolve o próprio animal” onde não há entre o homem e o animal um salto qualitativo conceitual, mas apenas uma progressão de complexidade para a constituição da biosfera.

38 • Porém há um salto qualitativo que não se confunde com a biosfera: trata-se do ecumênico onde os ecossistemas se compõem de sistema técnico-simbólicos. Falar de salto implica em descontinuidade física e é bem o que acontece com os sitemas simbólicos da humanidade, nos quais não há continuidade física ou simetria de qualquer ordem entre a representação e seu referente.

39 • Watsugi Tetsuro ( p. 128) é o primeiro a distinguir meio humano e ambiente natural (Fudô): o conceito de médiance vem de fudosei. • Médiance supõe o olhar dos habitantes do lugar sobre os fenômenos do seu ambiente ( contrée). É isso que precisa ser apreendido: como a mundanidade de Heidegger exige um método hermenêutico ( arqueologia filosófica de Agamben?????)

40 • Definir a médiance como momento estrutural da existência humana é dizer que há nela um poder de movimento ( de colocar em movimento): sair para fóra como um vetor proporcional ao seu comprimento. • Coloca-se emm novas bases uma teoria contemporânea da médiance. • O universo nasce de uma trajetividade pela qual as funções do corpo tornam-se humanas ao serem exteriorizadas ( assinaladas) no ambiente: assim se constitui nossoo corpo medial.

41 • Essa estrutura divide o ser humano em dois sentidos: um corresponde ao nosso corpo animal e o outro, nosso corpo medial. • Essa divisão estabelece a diferença entre nosso corpo animal do nosso corpo íntimo ( foyer) : momento estrutural da existência que não confunde médiance com subjetividade.

42 • Médiance deriva do latim “mediatas” que significa metade/meio, natureza intermediária em relação a uma sociedade com seu ambiente: relação dissimétrica. • Consiste na bipartição do nosso ser em dois sentidos que não são equivalentes: uma investe sobre o ambiente pela técnica e pelo simbólico, e a outra constitui nosso corpo animal.

43 • Embora não equivalentes, essas metades são unidas proque fazem parte do mesmo corpo. • Desse modo, essa estrutura ontológica faz sentido pois estabelece uma identidade dinâmica entre as duas metades, interna e externa: uma fisiológicamente identificada com o local (topos) e a outra é difusa no lugar (chora) e corresponde ao nosso corpo medial. • A definição de Watsugi de médiance faz todo sentido (p. 128)

44 • A médiance é o momento estrutural instaurado pela bipartição específica do ser humano entre umm corpo animal e o corpo médial. Essa perspectiva diverge totalmente da ontologia modernista onde o sujeito se estrutura como reflexo de um absoluto ( Parmênides, Platão, Santo Agostinho, Descartes p. 128)

45 • Ao contrário na médiance o ambiente faz parte estrutural do ser: o corpo medial não é o corpo animal, mas é a trajetividade entre o animal e o ambiente. • Superando o ponto de vista de Leroi-Gourhan para quem a exteriorização do corpo animal se faz tanto pela técnica como pelo símbolo sugerindo uma projeção do corpo animal no corpo social, parece que para o ecumênico o símbolo tem um papel inverso da técnica.

46 • A técnica é uma exteriorização que prolonga nossa corporeidade para fora do nosso corpo até o fim do mundo, mas o símbolo é, ao contrário, uma interiorização que recoloca o mundo no interior do nosso corpo: uma introjeção. • A trajetividade é esse duplo processo de projeção da técnica e simbólica emm pulsação existencial: nesse sentido somos humanos e ai existe o ecumênico e, como consequência, o mundo faz sentido. (p. 137 e 143)

47 • Antinomia aparente entre topos e chora ( entre local e lugar). Essa unidade dinâmica é o mover- se do nosso meio ( milieu) no momento estrutural de nossa existência. As coisas estão ai em devir, jamais fixas na identidade do seu próprio topos, mas sempre engajada na dinâmica de um sentido. Essa lugaridade (choresia) não é outro meio, é sua ek-sistence, o desdobramento do ser enquanto coisa: predicamos as coisas nos termos do nosso mundo.

48 • As línguas (p. 146) são trajetivas, singulares e irredutíveis à pura universalidade da linguagem que é uma abstração. Mais exatamente é a necessária singularidade de sua atualização e não a universalidade virtual que constitui a natureza da linguagem.

49 • Capítulo 6: Tomadas ( Prises????) • 1.Os motivos ecumênicos • Diferença entre motivos e causas( Leibniz): • Motivo: inclina sem determinar, preservando a liberdade e a espontaneidade do sujeito. • Causa: produz necessariamente seu efeito, portanto, determina e separa a necessidade moral e a necessidade despida de liberdade, constituída pela passividade de um mecanismo.

50 Cap. 7 Foyer ( Lar???) • 1. Bases: tese hermenêutico-fenomenológica do ser –fora-de-si-mesmo ( Heidegger\Watsugi e a tese páleo-antropológica de exteriorização das funções do corpo animal ( Leroi-Gourhan) para conjugar uma estrutura ontológica onde se congregam o corpo animal e o corpo medial: foyer a partir do qual se desenvolve correlativamente a existência humana e a relação ecumênica que se situa na conjugação dos dois corpos anteriores.

51 • 2. No ecumênico, causas e motivos se combinam na trajetiva da realidade, mas como o ser humano define o seu meio, a realidade e os fenômenos que oferecem à percepção, derivam mais de motivos que de causas, portanto, motivos são fatores de comportamento, sem behaviorismos ou determinismos.

52 • 3. Porém, a trajetividade não é pura fenomenalidade e menos ainda projeção de subjetividade: por essa trajetividade a terra e o universo estão submissos a essas motivações, diferentes do simples efeito físico sobre nosso corpo animal: é necessário apreender as tomadas (prises) trajetivas que permitem às diferentes sociedades compreender e utilizar a realidade das coisas: motivos ecumênicos são espaço-temporais

53 • 4. Coincidência do físico e do moral em um mesmo topos individualizado: mundo grego\cidadão\ polis: topos ontológico e base eficiente para a doutrina de Descartes(mente e corpo) que deu origem à ciência moderna. • 5. A descoberta da corporeidade • A subjetividade moderna repousa sobre uma alteração ( no sentido de tornar-se outro, alterar)

54 • Assim se colocou em vigor : uma alienação a relação com o semelhante. A partir do momento em que a dinâmica moderna acabou por apagar a ontologia cartesiana, perdeu-se o sentido da existência humana. • A questão que se coloca está em separar a alternativa moderna ou considerar o dualismo sujeito\objeto: a descoberta da corporeidade onde os sistemas técnico-simbólicos estendem nosso corpo medial até o fim do mundo.

55 • No espaço são configurações e no tempo são motivações: daí a trajetividade contribuir para estruturar nossa existência: nossa médiance, nossa realidade. • 4. Motivos ecumênicos são construções que levam a marca ( assinatura) da existência humana material ou imaterial e muito frequentemente ambos ao mesmo tempo: efeito: ex: efeito psicológico de um movimento de camadas da terra ( terremoto)

56 • 5. Isso faz com que as sociedades percebam seu meio em função da maneira pela qual o constroem e o percebem: a médiance de certo meio é composta aporeticamente por 2 lógicas irredutíveis uma à outra: aquela da choresia (lugaridade e aquela da topicalidade ( localidade: médiance: 2 raízes Watsugi ( trajeção) e affordance( recursos para prover, dar provimento) proposta por James Gibson.

57 : são essas provisões que concretizam a relação entre o ambiente e o animal • 6. Affordance: trata das provisões que o ambiente oferece à percepção e sua capacidade para apreender essas provisões ou ser por elas tomada: são essas provisões que concretizam a relação com o ambiente do animal ou do ser humano, sem ser totalmente subjetivas ou objetivas: o ambiente é relativamente estável, sem ser totalmente inerte.

58 • 7. Uma interlocução entre meio, homem e sociedade, construída por tomadas trajetivas e pelos motivos da médiance: o que percebemos não são as propriedades do objeto, mas suas provisões (affordance) • ( v. pg 152: aproximação com o conceito de hábito de Bourdieu)

59 • 8. Foyer: a corporeidade da humanidade comporta tantos lugares quanto são os números da humanidade. Foyer: o que está em causa é a natureza do pensamento em todas as suas probabilidades e possibilidades: médiance em processo trajetivo entre a natureza, a cultura, o sujeito e o corpo: o sujeito como predicado de si mesmo.

60 • 9. Tensão constitutiva da médiance: ser humano é predicado e sujeito de si mesmo. A irredutibilidade entre sujeito e predicado é o que nos liga ao outro e à vida. Se existimos é em virtude dessa obscuridade irredutível que levamos em nós mesmos.


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