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Processamento da co-referência Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL 18 de Novembro de 2011.

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1 Processamento da co-referência Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL 18 de Novembro de 2011

2 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Introdução  Objectivo dos estudos de processamento da linguagem  Compreender como é que o nosso cérebro interpreta a informação linguística, ou seja, como é que utiliza as diferentes fontes de informação para compreender o que lemos/ouvimos Gráfica Lexical Sintáctica Semântica Pragmática Fonológica Prosódica Morfológica

3 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Introdução  Diferentes construções têm sido alvo de análise para tentar responder às questões levantadas pelo processamento:  Processamento de cadeias anafóricas O João… ele… o aluno da Maria… o rapaz…

4 Para preparar os exames, Hans Castorp tivera que estudar com intensidade e perseverança. Ao regressar a casa, parecia muito mais fatigado do que usualmente. O Dr. Heidekind ralhava com ele cada vez que o encontrava, e exigia uma mudança de ares, mas que fosse radical. Desta vez, disse ele, não bastava Nordyrney, nem Werk, na ilha de Föhr. A seu ver, Hans Castorp deveria, antes de entrar nos estaleiros, passar algumas semanas na alta montanha. Thomas Mann, A Montanha Mágica. Tradução de Herbert Caro revista por Maria da Graça Fernandes. Edição «Livros do Brasil», Colecção Dois Mundos n.º 32, Lisboa, s.d. (anterior a1963).

5 Para preparar os exames, Hans Castorp tivera que Hans Castorp estudar com intensidade e perseverança. Ao regressar a casa, Hans Castorp parecia muito mais fatigado do que usualmente. O Dr. Heidekind ralhava com ele Hans Castorp cada vez que o Hans Castorp Dr. Heidekind encontrava, e Dr. Heidekind exigia uma mudança de ares, mas que fosse radical. Desta vez, disse ele Dr. Heidekind, não bastava Nordyrney, nem Werk, na ilha de Föhr. A seu Dr. Heidekind ver, Hans Castorp deveria, antes de Hans Castorp entrar nos estaleiros, Hans Castorp passar algumas semanas na alta montanha.

6 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Introdução  Referência das entidades no discurso  SNs plenos Hans Castorp Dr. Heidekind  Pronomes  Nulos Ø Hans Castorp parecia  Plenos ele Hans Castorp  Possessivos seu Dr. Heidekind

7 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Pressuposto  A forma da expressão anafórica está directamente co- relacionada com a acessibilidade do antecedente Quanto mais saliente o antecedente, menor a probabilidade de ser referido por uma expressão altamente explícita. Teoria da Acessibilidade de Mira Ariel (1996)

8 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Ariel (1996)  Gaps (pro, PRO, wh- traces, reflexives, …)  Cliticized pronoun  Unstressed pronoun  Stressed pronoun  Stressed pronoun + gesture  Proximal demonstrative (+ NP)  …  First name  Last name  Short definite description  Long definite description  Full (“namy”) name  Full name + modifier Entidades muito salientes Entidades pouco salientes Por exemplo, linearmente próxima da expressão anafórica Por exemplo, linearmente distante (outras entidades são referidas entre o antecedente e a expressão que o retoma) Hierarquia das expressões anafóricasSaliência do antecedente

9 Para preparar os exames, Hans Castorp tivera que estudar com intensidade e perseverança. Ao regressar a casa, Ø parecia muito mais fatigado do que usualmente. O Dr. Heidekind ralhava com ele cada vez que o encontrava, e exigia uma mudança de ares, mas que fosse radical. Desta vez, disse ele, não bastava Nordyrney, nem Werk, na ilha de Föhr. A seu ver, Hans Castorp deveria, antes de entrar nos estaleiros, passar algumas semanas na alta montanha.

10 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Processamento da co-referência em frases  Do discurso/texto, para a frase  O que define a saliência de uma entidade em frases subordinadas, justapostas, coordenadas, onde a distância linear, por exemplo, não é um factor tão preponderante?

11 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Processamento da co-referência: estudos  Vários trabalhos têm sido desenvolvidos com o objectivo de identificar os factores intervenientes no processamento de cadeias anafóricas em situações intra e interfrásica  Nas línguas pro-drop os estudos têm-se focado na análise da alternância entre as formas nula e plena do pronome da 3.ª pessoa do singular O João viu o Carlos no cinema, mas fingiu que estava distraído. O João viu o Carlos no cinema, mas ele fingiu que estava distraído. Ontem, o João foi com o Carlos ao cinema. Ele não gostou nada do filme mas o Carlos gostou.

12 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Co-referência e processamento  Compreender quando e como são usadas as diferentes fontes de informação linguística disponíveis neste tipo de estruturas pode contribuir para a compreensão de como o cérebro faz uso da informação linguística Objectivo do estudo do processamento da linguagem

13 E STUDOS SOBRE PROCESSAMENTO DA CO - REFERÊNCIA COM PRONOMES NULOS E PLENOS

14 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Estudos: processamento da co-referência  Costa, Faria & Matos (1998) A Teresa viu a Maria na última fila mas Ø/ela não a cumprimentou deliberadamente.  Conclusões:  Função sintáctica é primordial  Nulo retoma o Sujeito  Pleno tende a retomar o Objecto

15 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Estudos: processamento da co-referência  Corrêa (1998) Emília gosta de fazer exercícios. Ela e Cristina caminham na Lagoa. Emília chamou Critina e Ø/ela atravessou o sinal vermelho.  Conclusões:  Função sintáctica é primordial  Nulo retoma o Sujeito  Pleno tende a retomar o Objecto  Mas a diferença esbate-se quando não há vínculo sintáctico entre a oração que contém a forma pronominal e a que contém os seus possíveis antecedentes

16 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Estudos: processamento da co-referência  Costa (2003) e Costa, Faria & Kail (2004) O João desiludiu o Pedro porque Ø/ele foi desonesto.  Conclusões:  Função sintáctica é primordial  Nulo retoma o Sujeito  Pleno tende a retomar o Objecto

17 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Estudos: processamento da co-referência  Melo & Maia (2005) José garantiu a Lúcio, com o objetivo de estimular o colega de trabalho, que Ø/ele ganharia o concurso.  Conclusões:  Função sintáctica é primordial  Nulo retoma o Sujeito  Pleno tende a retomar o Objecto

18 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Estudos: processamento da co-referência  Carminatti (2002) Marta scriveva frequentemente a Piera quando Ø/lei era negli Stati Uniti.  Alonso-Ovalle, Clifton, Frazier, & Solera (2002) Teresa llegó al aeropuerto tarde. Ø/Ella estaba cansada.  Conclusões:  Hipótese da Posição do Antecedente  Nulo retoma entidade em SpecIP  Pleno retoma entidades que não estejam em SpecIP  Mas a distinção esbate-se em orações sem vínculo sintáctico

19 T RABALHOS EM CURSO

20 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Trabalhos em curso  Conclusões gerais dos estudos realizados:  Nulo retoma Sujeitos  Pleno retoma preferencialmente entidades não-Sujeito  Várias questões permanecem ainda em aberto  A proeminência atribuída à função sintáctica pode ser reduzida pela intervenção de outros factores?  Ordem de referência (posição estrutural dos constituintes)  Papel temático das entidades referidas no discurso

21 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. ordem de referência  Paula Luegi (em curso)  Nos trabalhos anteriores o Sujeito era sempre primeira referência  O que acontecerá se o Sujeito não for a primeira entidade referida no discurso?

22 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Objectivo Contrastar o peso da função sintáctica e da ordem de referência na atribuição de saliência a uma entidade durante o processamento de pronomes nulos e plenos. Previsões Informação mais relevante: função sintáctica O Sujeito é sempre recuperado pelo nulo, qualquer que seja a sua ordem de referência Informação mais relevante: ordem de referência A entidade referida em primeiro lugar é sempre retomada pelo nulo, qualquer que seja a sua função sintáctica. Condições Orações subordinante-subordinada em que as entidades da primeira oração podem estar na ordem SVO ou OVS e em que o Sujeito da oração subordinada é sempre um pronome nulo ou pleno que retoma uma das entidades da oração precedente.

23 Self-paced reading  40 participantes A Maria conversou com o João quando foi internada/o no hospital. Com o João conversou a Maria quando foi internada/o no hospital. Resultados:  Não há resultados estatisticamente significativos, mas a condição com tempos mais elevados foi a condição SVO_Nulo retoma de Objecto Questionário lápis-papel  40 participantes Visual World Paradigm  24 participantes O arquitecto discordou do empreiteiro quando Ø / ele permitiu a alteração... Do empreiteiro discordou o arquitecto quando Ø/ele permitiu a alteração... Resultados nas condições OVS:  Off-line: preferência Nulo  Sujeito esbate-se  On-line: Nulo  Oblíquo e Pleno  Sujeito Função sintáctica vs. ordem de referência

24 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. ordem de referência  Conclusões preliminares  A proeminência de uma entidade é influenciada por diversos factores que podem combinar-se ou opor-se  A função sintáctica e a ordem de referência parecem estar num nível muito próximo de influência  Proposta: N ULO Sujeito PrimeiraReferência Sujeito SegundaReferência / Objecto PrimeiraReferência Objecto SegundaReferência P LENO

25 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. função semântica  Sara Morgado (em curso)  Que outros factores poderão influenciar o processamento da co-referência?

26 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. função semântica O André empurrou o Duarte no recreio. O André foi derrubado pelo Duarte no recreio. O André admirou o Duarte durante o jogo. Será que o André, sendo sempre Sujeito, tem a mesma proeminência em todas estas frases?

27 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. função semântica O André Agente empurrou o Duarte Tema no recreio. O André Tema foi derrubado pelo Duarte Agente na rua. O André Experienciador compreendeu o Duarte Tema durante a palestra.

28 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. função semântica  Hierarquia temática (Grimshaw, 1991) (Agente (Experienciador (Alvo/Fonte/Localização (Tema)))) + Proeminente– Proeminente

29 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Objectivo Contrastar o peso da função sintáctica e da função semântica na atribuição de saliência a uma entidade no processamento de pronomes nulos e plenos. Previsões Informação mais relevante: função sintáctica O Sujeito é sempre retomado pelo nulo, independentemente do seu papel temático. Informação mais relevante: função semântica A entidade com o papel temático mais relevante é sempre retomada pelo nulo, qualquer que seja a sua função sintáctica. Condições Experiência 1: pares de frases justapostas nas quais o Sujeito da primeira frase pode ter o papel temático de Agente, Experienciador ou Tema. O Sujeito da segunda frase é sempre um pronome nulo ou pleno que retoma uma das entidades da frase anterior. Experiência 2: orações subordinadas concessivas nas quais o Sujeito da oração subordinante pode ter o papel temático de Agente ou Tema. O Sujeito da oração subordinada é sempre um pronome nulo ou pleno que retoma uma das entidades da oração subordinante.

30 Offline com tempo limitado  24 participantes Durante o intervalo, o André empurrou/foi empurrado (pel)o Duarte no recreio. À saída da escola Ø/ele falou com a mãe sobre o assunto. No sábado passado, a Lúcia reconheceu/foi reconhecida (pel)a Eunice no café. Durante a conversa, Ø/ela encomendou um bolo de chocolate. Resultados:  Nulo e Pleno  Sujeito independentemente do papel temático  Pleno tempos resposta < que Nulo Questionário lápis-papel  20 participantes A Luísa derrubou a Cármen durante o campeonato de judo, embora Ø / ela já estivesse qualificada para a final. A Luísa foi derrubada pela Cármen durante o campeonato de judo, embora Ø / ela já estivesse qualificada para a final. Resultados:  Activas: Nulo  Sujeito; Pleno  Objecto  Passivas: Nulo e Pleno  Sujeito Função sintáctica vs. função semântica

31 Paula Luegi e Sara Morgado | Laboratório de Psicolinguística – CLUL Função sintáctica vs. função semântica  Conclusões:  Em frases justapostas, há uma preferência em manter o tópico da frase precedente (sujeito), tanto com nulo como com pleno.  Na co-referência intrafrásica,  na forma activa: restrições sintácticas – o nulo retoma o sujeito, o pleno retoma o objecto.  na forma passiva, nulo e pleno retomam o sujeito.  Ou seja:  a função sintáctica é mais relevante do que a função semântica

32 M UITO OBRIGADA.


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