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A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XVI

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Apresentação em tema: "A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XVI"— Transcrição da apresentação:

1 A ESPIRITUALIDADE NO SÉCULO XVI

2 O humanismo foi um movimento de glorificação do homem e da natureza humana, que surgiu na Itália em meados do século XVI. O homem, a obra mais perfeita do Criador, era capaz de compreender, modificar e até dominar a natureza. O pensamento humanista provocou uma reforma no ensino das universidades, com a introdução de disciplinas como poesia, história e filosofia. Os humanistas buscavam interpretar o cristianismo, utilizando escritos de autores da Antiguidade, como Platão.

3 Da concepção teocêntrica, transcendente e teológica passou-se gradualmente a uma concepção humanística, antropocêntrica, imanentista, e, enfim materialista. Houve um declínio do desejo espiritual da sociedade.  Os primeiros anos do século XVI indicam um dos momentos da Historia nos quais o Apocalipse se apoderou mais fortemente da imaginação dos homens.

4 No Humanismo deu-se a concentração do interesse sobre o homem, sobre a vida civil,e, como reflexo, uma atenuação dos grandes movimentos espirituais que explodiram nos tempos de São Francisco de Assis e São Domingos e outros... Humanista: é o homem de saber e cultura (geralmente um eclesiástico ou professor que se inspira na cultura da Antiguidade Clássica, que a reinterpreta à luz da Razão e do espírito crítico de seu tempo).

5 Reforma Protestante – Alemanha – Sec.XVI
“CRER É PENSAR”

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7 O catolicismo espanhol era diferente do restante da Europa
O catolicismo espanhol era diferente do restante da Europa. Era de uma “fogosidade” maior, pois a Península enfrentou quase 8 séculos de luta contra os “infiéis”. O catolicismo espanhol era marcado pelo martírio e pelo Espírito de Cruzada. A Igreja Espanhola era uma Igreja reformada, pois na Espanha O humanismo encontrou uma situação intelectual que ficou imune a qualquer desagregação eclesiástica e religiosa. Igreja e piedade, por causa da luta secular contra os mouros, tinham-se mantido intactas como na Idade Média.

8 Foi nesse contexto que surgiu na Espanha, Inácio de Loyola ( ). Leigo, nascido em Loyola, que após a sua conversão, (antes fora cavaleiro de grande prestígio diante do rei), confrontou sua vida com a Palavra de Deus e, sem o saber, começava uma peregrinação interior de conhecer-se a si mesmo, sentir-se amado e pertencido ao Criador.

9 QUEM FOI INÁCIO DE LOYOLA?
Soldado espanhol, nascido em Loyola – 1491. Educação profundamente católica. Como cavaleiro, levou uma vida mundana. Na batalha em defesa de Pamplona, foi gravemente ferido pelos franceses. (20/05/ 1521) De volta para o castelo de seu irmão, a fim de recuperar-se, Inácio entrou em contato, pela leitura, com a Vida dos Santos e pela Vida de Cristo. Sentindo-se muito afetado com as leituras, Inácio sente que Deus lhe pede mais do que apenas lutar em defesa das terras do rei. Descobriu aí o chamado à conversão.

10 Já curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus.
Começou sua vida de peregrinação no início de 1522. Indo a Monteserrat fez sua confissão geral por três dias e começou a praticar exercícios metódicos de oração.

11 Decidido à mudança de vida, para seguir os passos de Jesus, Inácio depositou suas armas
aos pés de Nossa Senhora de Montserrat, trocou suas vestes com um mendigo e partiu para Manrresa.

12 Inácio fez em Manresa uma experiência fortíssima de oração, abnegação e auto-análise, colocando a realidade direto com a Palavra de Deus.

13 Em Manrresa, Inácio refugiou se em uma cova (gruta) e fez ali sua morada. Ali viveu uma vida solitária por mais de dez meses, onde escreveu os Exercícios Espirituais Cueva de Santo Inácio

14 Observando o rio Cadorner, que corria abaixo de sua cova, Inácio faz um profunda experiência de Deus, talvez a mais profunda de toda sua vida.Estando sentado, começa a ver as coisas de outra maneira, de uma maneira nova, como se subitamente uma luz muito mais potente e brilhante as iluminasse ou como se elas saíssem da sombra e passassem a ser vistas claramente, inundadas pela luminosidade do sol...

15 Inácio começa a sentir o seu entendimento se abrir e recebe luz para descobrir
e compreender muitas coisas que antes não via com tanta clareza. Começa a ver que Deus espera que ele reparta o que está recebendo e o faça não como quiser, não como fez até agora, mas de modo ordenado, organizado... Talvez reunindo em torno de si alguns companheiros que o ajudem, que se comprometam, que se dediquem como ele a fazer bem às almas.

16  A partir de então, passa a anotar os sentimentos que experimentava durante meditações e contemplações e esses registros tornaram-se a base de um pequeno livro chamado Exercícios Espirituais. Os Exercícios Espirituais são fruto dessa conversão de Santo Inácio: propõem os assuntos sobre os quais ele refletiu, meditou e contemplou, como a indicação de atitudes e procedimentos que o moveram a mudar de vida e entregar-se a Deus.

17 A força dos Exercícios Espirituais reside no fato de que o livro, com cerca de 200 páginas, apresenta um modo e um roteiro, totalmente fundamentado na experiência de Santo Inácio de Loyola, para a pessoa se dispor e se preparar para perceber e acolher a íntima ação de Deus em sua vida e acolhê-la na dinâmica de uma participação cada vez mais efetiva na Vida e na Missão de Jesus Cristo. Os Exercícios Espirituais são, portanto, um processo uma metodologia para uma experiência espiritual que tem como ferramenta principal a oração, e como meta o discernimento. Essa experiência deve ser vivida no núcleo mais intimo de cada pessoa, sua afetividade

18 O início do processo dos Exercícios Espirituais busca libertar a pessoa dos "afetos desordenados" que o impedem de conhecer e colocar em prática a vontade de Deus para minha vida Para onde meus afetos me levam? Para perto ou longe de Deus? Os afetos são ordenados quando: A minha relação com Deus é de dependência. A minha relação com o outro é de fraternidade. A minha relação com as coisas é de senhorio. A minha relação comigo mesma é de verdade.

19 Para saber se meus afetos estão ordenados ou desordenados, perante meu relacionamento com Deus, devo fazer uso do Tanto/ Quanto. Devo me relacionar com as pessoas, com as coisas e comigo mesma, o Tanto/ Quanto essa relação me aproxima ou afasta de Deus e assim atingir o fim ao qual fui criado: A Salvação.

20  Inácio quer que, como ele o fez, cada um pare para pensar, medite, peça luz a Deus e enfrente-se com as grandes questões: Deus e eu. Pio XI qualificou-o como código sapientíssimo e universal para dirigir almas, e alguém escreveu que realizou mais conversões do que as letras que contém.

21 É um caminho para tentar despojar-nos dos condicionamentos de nossa liberdade, de pôr-nos em estado de indiferença, acima das solicitações mundanas e de nossos próprios impulsos para situar-nos diante de Deus, como razão de ser e horizonte de nossa vida, e diante dele, em estado de indiferença, de busca e de entrega generosa. O homem diante de Deus tem de escolher, determinar-se, decidir: e isto vale para os momentos graves e decisivos da vida ou para decisões de pouca importância. À sua luz, muitos viram-se renascer, ser homens novos.

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23 O esquema dos exercícios é o seguinte:
Com o Principio e Fundamento, supõe-se que já surja uma primeira e firme resolução: tirar de si tudo o que for impedimento para abraçar a vontade de Deus na própria vida. O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para que o ajudem a alcançar o fim para que é criado. Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim, e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem. Pelo que é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido. De tal maneira que, de nossa parte, não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que breve, e assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo apenas o que mais nos conduz ao fim para que somos criado.

24 É necessário consequentemente tomar consciência de toda a desordem existente (Pecado) e de suas trágicas consequências, para que o abandono à misericórdia e à graça de Deus (Perdão) torne possível uma vida nova, de acordo com a vontade de Deus. É o trabalho da Primeira Semana.

25 Na Segunda Semana o exercitante contempla a vida de Jesus Cristo.
É o Exercício do Reino. Onde o exercitante faz a experiência do conhecimento interno de Jesus Cristo, a partir da Encarnação até sua vida pública. Este tempo de discernimento culmina com o processo de Eleição e a tomada de uma decisão de vida.

26 A Terceira Semana tem como finalidade confirmar a opção feita, confrontando a nossa pequenez com o amor sem limites que Cristo manifestou através da instituição da Eucaristia e dos sofrimentos de sua Paixão. Somos levados com Jesus Cristo a viver a sua Paixão, Morte e Ressurreição.

27 A Quarta Semana reforça ainda mais esta opção feita, mediante a alegria, a paz e a felicidade da Ressurreição, Ascensão e Pentecostes. Os exercícios terminam com a contemplação para alcançar o Amor. Esse é o início de uma vida nova.

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