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Os Modelos de Atenção à Saúde e a proposta de reorientação dos sistemas com valorização da Atenção Primária em Saúde.

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Apresentação em tema: "Os Modelos de Atenção à Saúde e a proposta de reorientação dos sistemas com valorização da Atenção Primária em Saúde."— Transcrição da apresentação:

1 Os Modelos de Atenção à Saúde e a proposta de reorientação dos sistemas com valorização da Atenção Primária em Saúde

2 Quais as características dos serviços de saúde?

3 Modelo hegemônico de organização dos serviços de saúde
Médico Assistencial Privatista Hospitalocêntrico Segmentado Prioriza as ações curativas Medicalizado Ênfase nas ações de alta densidade tecnológica Incorporação tecnológica irracional Voltado ao indivíduo Fragmentação da atenção Autoritário BAIXA VALORIZAÇÃO DA APS

4 Por que funcionam assim?

5 Contexto histórico O modelo hegemônico de prestação de serviços em saúde, no mundo ocidental, tem sua origem nos séculos XVIII e XIX, com as descobertas de Pasteur ( ) e Koch ( ) no campo da biologia e da microbiologia. A descoberta dos microorganismos e sua associação com as doenças veio contrapor-se à teoria miasmática e à corrente da determinação social das doenças (Virchow e Newman, na Alemanha, séc XIX).

6 Contexto histórico Papel estratégico dos laboratórios no conhecimento da etiologia das doenças e nas propostas de intervenção Hospitais tornam-se locais de trabalho da ”Medicina Científica” Finais do séc. XIX e início do séc. XX – aumento da indústria de equipamentos médicos, de medicamentos e do ensino e da pesquisa médica

7 Destaca-se neste contexto a valorização da MEDICINA CIENTÍFICA no início do século XX, com a influência do famoso RELATÓRIO FLEXNER – Abraham Flexner – Universidade Johns Hopkins: publicou um relatório sobre avaliação da educação médica nos EUA e no Canadá. Impacto: fechamento de 124 das 155 escolas médicas americanas. A Associação Médica Americana e as indústrias do complexo médico hospitalar absorveram as recomendações do relatório Flexner (de 1910 a 1928 foi aplicado cerca de US$600 milhões).

8 MECANICISMO - o corpo é uma máquina BIOLOGICISMO - a causa da doença é o micróbio INDIVIDUALISMO - pessoas isoladas de seus contextos ESPECIALIZAÇÃO - fragmentação do trabalho ÊNFASE NA MEDICINA CURATIVA

9 EXCLUSÃO DAS PRÁTICAS ALTERNATIVAS a imposição do conceito de “cientificamente comprovado” coloca outras alternativas (práticas médicas, acadêmicas, populares) como “ineficazes”.

10 Tecnificação do Ato Médico
Incorporação tecnológica, sem necessariamente estar correlacionada com capacidade de promover ou restaurar a saúde e prevenir doenças Ilusão de que “quanto mais equipamentos sofisticados e opções medicamentosas, melhor o ato médico resultante” Difusão da tecnologia médica Influencia das indústrias de equipamentos médicos Influencia das industrias multinacionais no ensino e na pesquisa médica, dos países centrais do capitalismo para os periféricos (receptores de tecnologia)

11 Ênfase na Medicina Curativa
“ao prestigiar o processo fisiopatológico como base do conhecimento para o diagnóstico e a terapêutica, objetivou-se as doenças em lesões e o critério de cura na remissão de lesões, dando à prática médica um caráter eminentemente curativo”. Essa abordagem é mais susceptível à incorporação de tecnologias.

12 Criticou o relatório Flexner
1920 – Relatório DAWSON: proposta de reestruturação dos serviços de saúde na Inglaterra Criticou o relatório Flexner Criticava a separação entre medicina preventiva e curativa Propunha ação coordenada de médicos generalistas, capazes de atuar sobre os indivíduos e sobre as comunidades Preconizou a organização regionalizada de serviços de saúde em 3 níveis: os centros primários de atenção à saúde; os centros secundários e os hospitais de ensino.

13 Quem influenciou mais o contexto internacional: Flexner ou Dawson?

14 Década 70: Crise no modelo da Medicina Científica (Mendes, 1980)
Necessidade crescente de investimentos X baixos resultados Multiplicação dos gastos públicos em saúde com a incorporação de novas tecnologias Inovação tecnológica em medicina não é substitutiva e tem alta velocidade de reposição

15 Alma Ata A indicação da Atenção Primária em Saúde como doutrina universal ocorreu na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários em Saúde, realizada em Alma-Ata, em 1978 (OMS e UNICEF)

16 Cuidados Primários de Saúde (OMS, 1979)
“Cuidados essenciais baseados em métodos práticos, cientificamente bem fundamentados e socialmente bem aceitáveis e em tecnologia de acesso universal para indivíduos e suas famílias na comunidade, e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de desenvolvimento, dentro do espírito de autoconfiança e autodeterminação” .

17 Conferência definiu como elementos essenciais da APS
Educação sanitária Saneamento básico Programa materno-infantil, incluindo imunização e planejamento familiar Prevenção de endemias Tratamento apropriado das doenças e dos danos mais comuns Provisão de medicamentos essenciais Promoção de alimentação saudável e de micronutrientes Valorização da medicina tradicional

18 Cuidados Primários de Saúde, passaram a ser denominados também de:
Medicina Comunitária Medicina Simplificada Programas de Extensão de Cobertura

19 Saúde para Todos no Ano 2000 Contextos diversos nos distintos países
Grau de alcance diferente nas metas preconizadas (países industrializados X em desenvolvimento)

20 Principais Interpretações de APS (Mendes, 1999)
AP SELETIVA: Programa focalizado em pessoas e regiões pobres AP COMO O NÍVEL PRIMÁRIO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Primeiro nível de atenção do sistema e serviços de saúde AP COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Estratégia de organização de todo o sistema de serviços de saúde

21 OPÇÃO QUE O BRASIL ESTÁ FAZENDO
APS COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DE TODO O SISTEMA DE SERVIÇOS OPÇÃO QUE O BRASIL ESTÁ FAZENDO

22 ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Esforço de convergência com as características que definem APS internacionalmente

23 Existem vários conceitos de APS (atenção básica no Brasil)
“Constitui o primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades com o sistema nacional de saúde, trazendo os serviços de saúde o mais próximo possível aos lugares de vida e trabalho das pessoas e constitui o primeiro elemento de um processo contínuo de atenção” (OMS, 1978)

24 Características da APS (Starfield, 1992)
PRIMEIRO CONTATO LONGITUDINALIDADE INTEGRALIDADE COORDENAÇÃO CENTRALIZAÇÃO NA FAMÍLIA ORIENTAÇÃO NA COMUNIDADE VALORIZAÇÃO DA CULTURA

25 Características da APS (Starfield, 1992)
1- PRIMEIRO CONTATO Porta de entrada para o sistema de saúde ACESSO O que significa ACESSO ?

26 ACESSIBILIDADE... Geográfico: distância; transporte
Sócio-organizacional: horário de atendimento; forma de marcar consultas; tempo gasto em sala de espera; acesso de portadores de deficiência; oferta de atenção aos que não procuram os serviços, etc. Cultural: linguagem, costumes, crenças e valores;

27 Características da APS (Starfield, 1992)
2- LONGITUDINALIDADE fonte regular de atenção da equipe de saúde ao longo do tempo, independente do tipo de problema de saúde ou mesmo da existência de problema – relação mútua e humanizada entre equipe de saúde, indivíduos e famílias

28 Características da APS (Starfield, 1992)
3– INTEGRALIDADE “é a capacidade da equipe de saúde em lidar com os problemas de saúde da população, seja resolvendo-os por meio da oferta de um conjunto de serviços voltados aos problemas mais frequentes, seja garantindo que o paciente receba os serviços que não são competência da APS” (Takeda, 2002)

29 Características da APS (Starfield, 1992)
4- COORDENAÇÃO “é a disponibilidade de informação a respeito de problemas e de ações realizadas... Implica na adequada troca de informações nos casos de referência e contra-referência”

30 Características da APS (Starfield, 1992)
CENTRALIZAÇÃO NA FAMÍLIA Torna indispensável considerar a família como sujeito da atenção, o que exige uma interação da equipe de saúde com essa unidade social e o conhecimento integral de seus problemas de saúde

31 ORIENTAÇÃO NA COMUNIDADE E VALORIZAÇÃO DA CULTURA
Pressupõe o reconhecimento das necessidades familiares em função do contexto físico, econômico, social e cultural em que vivem Exige diagnóstico das necessidades das famílias na perspectiva da saúde coletiva com forte ação INTERSETORIAL Território VIVO Vigilância e Promoção da Saúde

32 Existem evidências de que sistemas de saúde organizados a partir da APS estruturada com esses princípios ordenadores, são mais eficazes e de maior qualidade (Mendes, 2002).

33 Comparação internacional – 11 países (Starfield, 1994)
Sistemas orientados pela APS estão associados com menores custos, maior satisfação da população, melhores níveis de saúde e menor uso de medicamentos.

34 SE É TÃO, BOM PORQUE TODO MUNDO NÃO FAZ?

35 Dificuldades / Desafios a Superar
As organizações são fortemente influenciadas por suas trajetórias passadas e não são receptivas à mudanças radicais Questões ideológicas Cultura medicalizante na população Status da especialização - Encanto pela intervenção / procedimento APS racionaliza gastos - Não é grande consumidora do mercado de insumos e equipamentos Resultados não são imediatos Formação profissional inadequada na graduação e pós graduação Remuneração e vínculos não são atrativos - Não existe uma carreira O tamanho da rede– 40 mil unidades - Estrutura pouco atraente Fragilidade administrativa e gerencial Custos Complexidade

36 QUAL A COMPLEXIDADE DA APS?

37 “Será mesmo que prestar serviços de qualidade na APS, buscando promover a saúde de indivíduos, famílias e grupos sociais, O QUE ENVOLVE UM AMPLO CONJUNTO DE CONHECIMENTOS INTERDISCIPLINARES, ALÉM DE ATITUDES E HABILIDADES ALTAMENTE ESPECIALIZADAS, é menos complexo do que realizar certos procedimentos de maior densidade tecnológica em hospitais quaternários?” (Mendes, 2002)

38 RISCO DA BANALIZAÇÃO DA APS É preciso compreender a diferença entre COMPLEXIDADE e DENSIDADE TECNOLÓGICA Alta complexidade Média complexidade Atenção básica

39 SISTEMAS SEGMENTADOS ESTRUTURA PIRAMIDAL SISTEMAS INTEGRADOS REDE HORIZONTAL de pontos de atenção de distintas densidades tecnológicas, sem hierarquia entre eles

40 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL
(Mendes, 2002) ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL ORGANIZAÇÃO EM REDE Alta complexidade Média complexidade Atenção básica APS MAS NÃO ADIANTA TAMBÉM, SO A AB – TEM QUE TER UM SISTEMA INTEGRADO DE SERVIÇOS DE SAÚDE = REGIONALIZAÇÃO ; SENDO A AB A PORTA DE ENTRADA PARA O SISTEMA

41 Para desempenhar o papel de centro de comunicação desta rede a APS deve cumprir as seguintes condições: 1. RESOLUTIVA 2. ORGANIZADORA – de fluxos e contra fluxos das pessoas pelos diversos pontos de atenção 3. RESPONSABILIZAR-SE – pela saúde dos cidadãos em qualquer ponto de atenção APS

42 Atenção Primária à Saúde
RESOLUTIVA 85% dos problemas de saúde podem e devem ser resolvidos no âmbito da APS Demonstrar como faz diferença a AB organizada - resolutiva

43 Os Elementos Das Rede De Atenção À Saúde
UMA POPULAÇÃO: A POPULAÇÃO ADSCRITA À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE UMA ESTRUTURA OPERACIONAL: OS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE UM MODELO LÓGICO DE FUNCIONAMENTO: O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE FONTE: MENDES (2009)

44 A População nas Redes de Atenção à Saúde:
A Gestão da Saúde Baseada nas Necessidades o processo de territorialização o cadastramento das famílias a classificação das famílias por riscos sócio-sanitários a vinculação da população às equipes de atenção primária à saúde a identificação das subpopulações com fatores de risco a identificação das subpopulações com condições de saúde estabelecidas por graus de risco a identificação das subpopulações com muito alto risco FONTE: MENDES (2009)

45 A Estrutura Operacional das Redes de Atenção à Saúde
RT 1 RT 2 RT 3 RT n SISTEMAS LOGÍSTICOS TRANSPORTE EM SAÚDE PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS ACESSO REGULADO PRONTUÁRIO CLÍNICO CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO SISTEMAS DE APOIO APOIO DIAGNÓSTICO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA INFORMAÇÃO EM SAÚDE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE FONTE: MENDES (2009)

46 SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
O desafio da gestão ORGANIZAÇÃO EM REDE SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO Condições crônicas MODELO DE ATENÇÃO Condições agudas ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL

47 APS como ordenadora da rede e coordenadora da atenção
O desafio da gestão REDES DE ATENÇÃO REGIONALIZADAS como elemento organizativo do sistema de saúde Modelo de atenção voltado para as necessidades de saúde da população (predominância das condições crônicas), sem deixar de ser resolutivo e oportuno nas condições agudas. APS como ordenadora da rede e coordenadora da atenção

48 ORGANIZAR SISTEMAS E IMPLANTAR MODELOS QUE GARANTAM ATENÇÃO PRÓXIMA, OPORTUNA, RESOLUTIVA, HUMANIZADA E COMPROMETIDA COM AS NECESSIDADES DOS INDIVÍDUOS, DAS FAMÍLIAS E DE SUAS COMUNIDADES

49 UMA NOVA NORMA OPERACIONAL OU NOVO DECRETO?
“PROIBIDO DESPERDIÇAR SAÚDE” “OBRIGAÇÃO DE CUIDAR DA VIDA”


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