CORREÇÃO DE REDAÇÕES: A INFLUÊNCIA DA SUBJETIVIDADE

Apresentação em tema: "CORREÇÃO DE REDAÇÕES: A INFLUÊNCIA DA SUBJETIVIDADE"— Transcrição da apresentação:

1 CORREÇÃO DE REDAÇÕES: A INFLUÊNCIA DA SUBJETIVIDADE
Marcos Goldnadel UFRGS

2 O que caracteriza o gênero dissertação?

3 Artigo de opinião Dissertação evento de comunicação
Tema com relevo social Tema com relevo social Autoria reconhecida Público pretendido Objetivo assumido Conjunto de fatos imediatos evento de comunicação

4 Artigo de opinião Dissertação Tema conhecido do redator
Tema desconhecido do redator Tema caro ao redator Brevíssimo tempo de elaboração Longo tempo longo de elaboração

5 Densidade argumentativa na defesa de um ponto de vista
O que caracteriza o gênero dissertação? Densidade argumentativa na defesa de um ponto de vista

6 Como se produz densidade argumentativa?
Apresentando argumentos cuja conclusão expresse o ponto de vista defendido.

7 O que determina a qualidade de uma dissertação?
Existência de argumentos Organização das premissas (proximidade) Qualidade dos argumentos: Força das premissas Originalidade da composição

8 Tipos de originalidade
Premissas originais Argumentos originais

9 Exemplo Por que incivilidades e infrações impedem a construção de uma sociedade sadia? Parte da proposta do vestibular UFRGS/2010 Procurar um conhecido na fila para ter a oportunidade de furá-la, desrespeitar a preferência por uma vaga no estacionamento, jogar lixo na rua ou ocupar assentos reservados a portadores de deficiências, grávidas e idosos são incivilidades que impedem a consolidação de uma sociedade sadia, pois desestimulam o sentimento de respeito mútuo e do cuidado com o que é público. (P1) Se numa sociedade acontecem incivilidades, então nessa sociedade há um desestímulo ao respeito mútuo de cuidado com o que é público. (P2) Se numa sociedade há estímulo ao desrespeito mútuo de cuidado com o que é público, então essa sociedade não é sadia. (C) Se numa sociedade acontecem incivilidades, então essa sociedade não é sadia.

10 O problema da afinação da avaliação
Capacidade de identificação de argumentos em textos mal organizados. (relacionado ao pouco tempo para a leitura das redações) Capacidade de identificação de premissas originais. (relacionado à consciência do avaliador de que é um meta-leitor) Capacidade de identificação de argumentos originais

11 Critérios de avaliação (UFRGS)

12 1. Domínio da tipologia Trata-se de verificar se o texto apresenta adequação às características da tipologia textual solicitada na proposta de redação: dissertativa, narrativa, descritiva, epistolar, etc. Essa adequação diz respeito tanto à apresentação formal do texto quanto à manipulação de ideias/argumentos. Por exemplo, no caso do tipo dissertativo, é possível identificar a tese principal e os argumentos que a sustentam; no caso da narrativa, é possível identificar o narrador, o protagonista, a trama, o desenlace, a avaliação, etc.

13 2. Organização do texto Trata-se de verificar se a organização do texto, do ponto de vista formal, refletida na estruturação dos parágrafos, e do ponto de vista das ideias/argumentos que sustentam o texto, é adequada. Nesse item, avalia-se se os parágrafos apresentam organização adequada à sua função no texto, inclusive quanto ao número e extensão de períodos; se há organicidade, ou seja, estabelecimento de relações adequadas, tanto no desenvolvimento interno dos parágrafos quanto na transição entre eles.

14 3. Desenvolvimento do tema e do ponto de vista
Trata-se de avaliar a construção de um espaço reflexivo para o leitor. Deve-se observar se os conteúdos apresentados progridem e se articulam de modo a configurar uma associação de ideias que conduza o leitor a uma reflexão organizada sobre o tema assumido. Deve-se verificar se o texto é constituído de blocos textuais pertinentes, que permitam inferir um ponto de vista sobre o tema.

15 4. Qualidade do conteúdo Trata-se de verificar o uso de elementos capazes de sustentar qualificadamente a inteligibilidade e a interpretabilidade do texto, bem como aspectos referentes à consistência das ideias/argumentos manipulados. Avalia-se aqui a qualidade dos dados mobilizados e densidade informacional, entre outros aspectos.

16 5. Coesão textual Trata-se de verificar se o autor demonstra conhecimento dos recursos coesivos que a língua oferece, utilizando-os de forma apropriada e qualificada, isto é, se essa habilidade fica evidenciada na tessitura por ele constituída, através do emprego de nexos, de modalizadores, de correlação de tempos verbais, de referências anafóricas e de substituições lexicais.

17 6. Investimento autoral Trata-se de avaliar se o encaminhamento do texto evidencia esforço pela autoria, isto é, se o texto apresenta abordagens diferenciadas, fatos inusitados, tentativa de fugir do lugar comum, relacionando as ideias com criatividade e com propriedade. No plano formal, o investimento autoral pode revelar-se pelo uso de frases complexas, de vocabulário variado, além de recursos retóricos bem empregados.

18 Nível Conceito Gradação dos níveis Escore
[1] Os termos utilizados nesta classificação não devem ser entendidos individualmente, mas sempre a partir de sua relação com os demais, já que o objetivo aqui é o de promover uma gradação. Nível Conceito Gradação dos níveis Escore Excelente E+ excelente 5 E– muito bom 4 Satisfatório S+ bom 3 S– regular 2 Não satisfatório N+ insuficiente 1 N– péssimo/não atende