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Urgências e Emergências em Saúde Mental

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Apresentação em tema: "Urgências e Emergências em Saúde Mental"— Transcrição da apresentação:

1 Urgências e Emergências em Saúde Mental

2 Urgências e Emergências em Saúde Mental
Avaliação inicial Principais demandas aos pontos de atenção da Urgência: - Comportamento suicida - Agitação Psicomotora - Quadros relacionados ao uso de álcool e outras drogas Manejo Cuidado na Rede de Atenção Psicossocial As principais demandas de “saúde mental” chegam aos pontos de atenção da Rede de Urgência e Emergência, referem-se à risco de suicídio, comportamentos agressivos, associados ou não ao uso de substâncias psicoativas. Nesta aula partiremos de uma avaliação inicial, que pode ser usada na maioria dos casos, partindo para a padronização de algumas condutas dirigidas a partir de situações específicas, discutindo o manejo de cada uma delas e o seu direcionamento dentro da rede de atenção psicossocial.

3 AVALIAÇÃO INICIAL SEGURANÇA EM 1o LUGAR Fonte: Google Imagens
Antes de proceder à qualquer avaliação, especialmente alguém que está agitado ou agressivo, é preciso garantir a segurança de todos: da própria pessoa, da equipe, e do local onde se presta o atendimento. Em algumas urgências há necessidade de se lançar mão de apoio para esta garantia. Por exemplo: indivíduo em lugar de difícil acesso pode ser necessária a atuação do corpo de bombeiros para uma aproximação garantindo segurança do local para os outros profissionais. Fonte: Google Imagens

4 Peça apoio, se necessário
AVALIAÇÃO INICIAL SEGURANÇA EM 1o LUGAR Peça apoio, se necessário Familiares Agentes Comunitários de Saúde Profissionais do CAPS Bombeiros Guarda municipal Polícia Paciente Equipe Local Solicitar apoio para qualificar a avaliação e o atendimento é fundamental. Muitas vezes, a presença de profissionais com os quais os pacientes tem vinculação, ou familiares nos quais tem confiança, pode modificar a intervenção, tornando-a mais efetiva e segura.

5 AVALIAÇÃO INICIAL Observação – do local e do paciente
Há risco de queda? Há objetos ao redor que possam por em risco as pessoas envolvidas? Como é aparência, postura, gestos, fala, modo de andar da pessoa para a qual a solicitação de atendimento foi feita? Como é o comportamento de quem está próximo (vizinhos/família)? 1) Avaliação da situação/risco 2) Decidir necessidade de ajuda 3) Combinar com equipe como agir 4) Coordenar a ação A partir da observação da cena se faz a avaliação do risco, isso é feito rapidamente, observando se as pessoas envolvidas correm algum risco; se há sinais crescentes de agitação. Às vezes é preciso observar por um período e ter um pouco de tranquilidade para executar uma ação planejada.

6 Fatores de risco para comportamento violento
Sexo Masculino Feminino História previa de violência Existente Inexistente Tolerância a frustrações/autoestima Baixa Alta Intoxicação/abstinência Existente Inexistente

7 Risco para comportamento violento
COMPORTAMENTO DURANTE A ENTREVISTA (fator preditivo importante de violência iminente) Fisionomia do paciente Tensão muscular Inquietação Tom de voz Conteúdo do discurso Irritabilidade Intoxicação (por álcool/drogas) O comportamento do indivíduo durante a entrevista é um dos principais fatores preditivo de violência iminente. Abordagens adequadas podem antecipar e minimizar a eclosão de atos de violência.

8 DIANTE DE SITUAÇÃO COM POTENCIAL PARA COMPORTAMENTO VIOLENTO
Apresentar-se (equipe), explicar suas funções e o motivo de estarem ali; Ter atitude respeitosa, manter a calma; Não enfrentar ou duvidar do sujeito, afastar aqueles que instigam a violência; Não fazer falsas promessas, dizer a verdade; Evitar infantilizar, tratar o indivíduo como adulto; É comum evitarmos o que não entendemos e termos medo do desconhecido, tomar cuidado para não fazer comentários depreciativos e reforçar o preconceito. Falar o nome de cada um da equipe e a função, pode-se explicar o motivo de estarem ali como uma preocupação da família com seu bem estar, pelas informações da ligação ao serviço de urgência ficamos preocupados com seu sofrimento, parecia que estava precisando de ajuda, etc. Durante todo o procedimento explicar o que será feito, independente do estado do sujeito, por mais delirante ou confuso que estiver. Mesmo em caso de contenção física ou química explicar o motivo, reassegurar que será pelo menor tempo necessário. Cumprir com o que foi prometido, não fazer falsas promessas.

9 DIANTE DE SITUAÇÃO COM POTENCIAL PARA COMPORTAMENTO VIOLENTO
Devemos Coletar Informações

10 DIANTE DE SITUAÇÃO COM POTENCIAL PARA COMPORTAMENTO VIOLENTO
Tentar entender o contexto, o que aconteceu e como estavam as coisas antes; Perguntar em quem o indivíduo confia, conversar com essa pessoa e pedir sua ajuda se possível; Coletar informações com os familiares, vizinhos e pessoas próximas; Questionar sobre: o uso de substâncias psicoativas, doenças físicas, quadro semelhante anterior, história de doença mental, tratamento prévio; Devemos Coletar Informações Informações devem ser averiguadas com o maior numero de informantes possíveis, de forma rápida e objetiva. São dados chaves – 1) entender o contexto da agitação, 2) historia previa de uso de substancias 3) tratamento por condições clínicas e psiquiatricas

11 DIANTE DE SITUAÇÃO COM POTENCIAL PARA COMPORTAMENTO VIOLENTO
Avaliação da consciência: (rebaixamento, atenção, concentração) Avaliação da orientação temporal e espacial: (Onde está? Que dia é hoje?) Avaliação do curso do pensamento: (velocidade de expressão das idéias) Avaliação do conteúdo do pensamento (delírio): (existência de conteúdos inverossímeis relacionados à perseguição, grandeza, religiosidade e etc.) Devemos Avaliar Exame do Estado Mental

12 CAUSAS FREQUENTES DE COMPORTAMENTO VIOLENTO:
Episódio Maníaco; Tr. Psicótico agudo; Tr. Psicótico crônico agudizado; Intoxicação por substância psicoativa ex. álcool, cocaína; Abstinência grave por substância psicoativa ex. delirium tremens; Confusão mental por quadro orgânico (TMO). TMO: Transtorno mental orgânico.

13 CAUSAS FREQUENTES DE COMPORTAMENTO VIOLENTO:
Alteração do pensamento Alteração do juízo de realidade Alteração da consciência Alteração da orientação Abstinência grave por substância psicoativa. Confusão mental por quadro orgânico Delirium Episódio Maníaco Tr. Psicótico agudo Tr. Psicótico crônico agudizado; por substância Intoxicação psicoativa Os quadros clínicos relacionados no círculo da esquerda possuem alterações mais evidentes no conteúdo e forma do pensamento, sem apresentar alterações na consciência ou localização temporo-espacial. Nestes quadros, o juízo de realidade (capacidade de discernir o que é ou não realidade) está prejudicada, o que leva à imutabilidade da crença do paciente quanto as idéias, sejam elas de conteúdo persecutório, religioso ou de grandeza. Os quadros clínicos relacionados no circulo à direita possuem alterações tanto da consciência (observada por alteração da atenção e concentração) como desorientação frequentes. Na intoxicação por substancias, pode ocorrer ambas as alterações.

14 MANEJO DOS PACIENTES AGITADOS/AGRESSIVOS
Tipos de Contenção: Contenção verbal Contenção mecânica Contenção química O paciente tem o direito de receber o tratamento menos restritivo e invasivo possível, apropriado às necessidades de segurança da equipe, suas e de terceiros.

15 Contenção Verbal Primeira forma de contato com o paciente, vale o que foi mencionado anteriormente; Apenas escutá-lo já pode ajudar a tranquilizar, sempre se dirija à pessoa chamando-a pelo nome. Aproveite esse diálogo para realizar uma entrevista informal; Uma entrevista cuidadosa e respeitosa faz com que o paciente sinta-se compreendido.

16 Contenção Mecânica Prevenir danos físicos a outros e ao próprio paciente; Deve ser planejada com antecedência com os membros da equipe, que deve ser treinada para agir conjuntamente; Paciente deve ser informado sobre o que está acontecendo; Deve ser feita em espaços amplos que possibilite o acesso de pelo menos cinco profissionais para a contenção (evite dentro de ambulância); Serve para prevenir danos físicos a outros e ao próprio paciente. Quando uma equipe treinada trabalha junto há um certo tempo, muitas vezes bastam pequenas palavras e olhares para se entenderem. Contudo, equipes novas precisam conversar e deixar bem claro qual será a atuação de cada um, por. ex. quem ficará responsável por alcançar o material de contenção que deve estar preparado, onde será feita a contenção, ambiente e acesso para a maca, quem ficará em cada membro superior e tronco, quem ficará em cada no membro inferior. Na ambulância não existe espaço suficiente para realizar a contenção, o melhor é realizá-la em local espaçoso fora dela, somente colocar o paciente contido na maca para dentro da ambulância depois de certificar-se que a contenção está adequada.

17 Contenção Mecânica Em geral é feita na maca retrátil, em locais de difícil acesso pode ser usada a maca de madeira ou polietileno; Tomar cuidado para não fazer compressão ou garrote; Observar se as vias aéreas estão livres, se o paciente não tem dificuldade para respirar; O paciente deve ser contido em decúbito dorsal, mantendo posição de braços que possibilite acesso venoso. Importante! Quando se pede ajuda da guarda ou da polícia, quem coordena a ação é a equipe de saúde. Se conversa antes como agir, não se permite atos de violência em relação ao paciente e não se faz contenção armado. Isso o coordenador da ação e a equipe de saúde precisam deixar bem claro.

18 Contenção Mecânica No momento da contenção em si é a organização da equipe que faz a diferença: coordene os esforços para imobilizar o paciente nos pontos relacionados às articulações que proporcionam maior amplidão de movimentos como joelhos, braços e tronco. Enquanto parte da equipe efetua a imobilização manual, outra pode proceder com a realização da contenção com faixas apropriadas.

19 Contenção Química Último tipo de abordagem, sinal de falha de todas as anteriores. Algumas pessoas mesmo contidas mecanicamente continuam tão agitadas podendo machucar-se mesmo contidas. Vantagem: tranquilização rápida, não instantânea. Desvantagem: risco de efeitos colaterais, de iatrogenia. Essa tranquilização rápida não é como vista em filmes, mesmo as medicações injetáveis, possuem um certo tempo de ação para o efeito esperado. Na maioria das vezes, pela facilidade e maior segurança para equipe e paciente é usada via intramuscular. Muitos familiares têm no seu imaginário o que se vê na ficção, que a medicação terá efeito instantâneo e ficam decepcionados ou solicitando mais medicamento. É importante informar aos familiares o que será feito e que mesmo a medicação não age tão rapidamente. Iatrogenia: refere-se ao dano que pode ser causado pelo própria medicação.

20 Contenção Química Consciência
O propósito da contenção química é a tranquilização do paciente, não sua sedação. Consciência Psicomotricidade Antipisicóticos Benzodiazepínicos O propósito da contenção química é a tranquilização do paciente, não sua sedação. Lembrar que ele será levado para outro serviço da rede de saúde, portanto se nos colocarmos do outro lado, receber um paciente muitas vezes com pouca história e muito sedado dificulta ainda mais a avaliação. Para auxiliar a equipe que recebe, leve um familiar ou a pessoa que mais sabe fornecer informações sobre o paciente junto. Os benzodiazepínicos possuem maior efeito sedativo, podem alterar a consciência, causam sonolência pelo efeito depressor em sistema nervoso central. Por causa disso é preciso tomar cuidado com o efeito potencializador que pode ter quando associado a outras substâncias que também tem esta ação depressora, por ex. álcool, pois pode causa depressão respiratória. Os antipsicóticos são usados pela sua ação na psicomotricidade.

21 Contenção Química Esquema farmacológico: Haloperidol 1amp. IM (1ml;5mg); Midazolam 1amp. IM (1ml;5mg)* ou Haloperidol 1 amp. IM (1ml;5mg); Prometazina 1amp. IM (2ml;50mg) – risco ef. Extrapiramidais Evitar Diazepam IM, pois apresenta absorção erratica ao longo do tempo *Tomar cuidado com a ampola de midazolam porque nem sempre é essa a apresentação, tem ampola de 3ml com 15mg. Este é um esquema geral, para a fácil memorização, muito usado, inclusive em pronto socorro, e comumente disponível. Este esquema pode ser readequado a determinadas situações que serão discutidas a partir dos casos adiante.

22 Contenção Química Preferência IM, pela segurança;
Monitorar o nível de consciência freqüentemente; Evite usar benzodiazepínicos em intoxicações alcoólicas (efeito potencializador); Intensa agitação: alternância haloperidol 5mg IM e bezodiazepínico (midazolam 5mg ou diazepam 10mg IM) a cada 30min; Atenção: acatisia, distonia aguda e sd. neuroléptica maligna. Para os pacientes muito agitados, como estratégia de rápida tranquilização, usa-se um regime de antipsicótico de alta potência (haloperidol 5mg) alternado com benzodiazepínico (midazolam 5mg ou diazepam 10mg ou lorazepam 1-2mg) a cada 30 min até tranquilização. Mesmo tendo absorção irregular pode-se usar o diazepam IM. Efeitos colaterais comuns dos antipsicóticos são: tremores finos estremidades, rigidez muscular, lentificação dos movimentos, hipersalivação, marcha em bloco. Também podem causar distonia aguda (especialmente em homens jovens) e acatisia. O efeito colateral mais grave (mortalidade pode chegar a 21%), porém raro (incidência < 1%), causado por antipsicóticos é a Síndrome Neuroléptica Maligna. Acatisia: tr. do movimento relacionado ao sistema motor e caracterizado por sensação subjetiva de inquietude interna, irritabilidade. Associa-se à sensação física e objetiva de desassossego e a movimentos como: balanço alternado dos pés, caminhar no mesmo lugar, movimentos no sentido ântero-posterior do tronco ou balanço alternados das pernas quando sentado. Em casos mais intensos os pacientes levantam-se e abaixam-se como tentativa de aliviar o sofrimento causado pela sensação de desassossego. Distonia aguda: contrações musculares tônicas dolorosas, principalmente nos músculos do pescoço, mandíbula, língua e face (não exclusivamente). Síndrome neuroléptica maligna: quadro clínico de rigidez muscular grave, febre, aumento da frequencia respiratória, suor excessivo, alterações do nível de consciência, podendo desenvolver quadro de delirium. O principal fator de risco identificado é desidratação!

23 Contenção Mecânica e Química
Um procedimento que não deve ser banalizado. Instituição de protocolos de verificação do paciente a cada meia hora após a realização da contenção reduz complicações clínicas. Pode ser utilizado como indicador de qualidade clínica do serviço

24 Na Ambulância No caso de contenção mecânica, assegure-se se está adequada (eficaz, perfusão sanguínea e sinais vitais); Siga ao lado do paciente: tranquilizá-lo, manutenção dos cuidados, intervenções se necessárias; Leve um acompanhante: familiar ou pessoa próxima (tranquilização e informações). Uma das piores coisas que pode acontecer no transporte é ter um indivíduo agitado dentro da ambulância correndo o risco de agredir equipe e de se machucar tentando sair de um veículo em movimento. Para auxiliar a equipe que recebe, leve um familiar ou a pessoa que mais sabe fornecer informações sobre o paciente junto, quando é alguém que o paciente confia e ajuda a tranquilizá-lo ele poderá ir junto da equipe próximo ao paciente, se a proximidade do familiar aumentar a hostilidade do paciente, peça que vá ao lado do motorista.

25 Chamado: pessoa agressiva*
AVALIAÇÃO INICIAL Chamado: pessoa agressiva* Situação B Família recebe a equipe e informa que o paciente (33 anos) já fez tratamento na saúde mental, desconfiam que ele não está tomando os remédios, pois estava bem antes e com o tempo começou a isolar-se, ficou arredio e desconfiado. Ele mesmo passou a cozinhar e não aceitava nada feito por outra pessoa da família. Aceitou um bolo feito pela vizinha. Hoje teve uma briga com um sobrinho, ficou violento, ameaçou matá-lo, depois disso ficou no quintal “transtornado”. Ao entrar na casa, os móveis estão desalinhados e alguns enfeites da sala quebrados. Indivíduo no quintal da casa, inquieto, xinga os familiares, diz que querem lhe matar, fala sozinho baixinho, fisicamente com bom aspecto, um pouco acima do peso e assustado. Não faz uso de álcool e/ou drogas segundo família, não tem outras doenças. *Lembrar que com uma história dessa, com familiares para fornecerem dados, é possível saber de antemão, durante a regulação, onde o paciente fez/faz tratamento, que medicação estava tomando, se tem outros problemas de saúde, se fazia uso de álcool ou drogas, como era seu comportamento nos últimos dias, se algo precipitou a crise. Dependendo das ciscunstâncias é possível ligar para o serviço onde o paciente tratava-se e ter informações sobre seu tratamento e comportamento, às vezes é essa a equipe quem fornece informação que pode ajudar muito na abordagem, por ex.” - Ele confia em tal pessoa”. E agora, o que fazer?

26 Acolhimento via telefone: existem abordagens que ajudam a identificar o problema?
Entenda a situação: O que acontece, quando começou, porque começou. Existe histórico prévio de tratamento psiquiatrico, acompanha em algum CAPS, faz uso de psicotropico. Tente sempre conversar com a pessoa que originou a ligação. Nunca se contente com informações passadas apenas por familiares e terceiros. identifique a pessoa mais calma para pedir e receber informações.

27 Avaliação de pacientes com intoxicação por álcool ou outras drogas.
Incoordenação motora Mudança de humor Mudança de comportamento Alterações clínicas mais sérias: prejuízo neurológico, hipotermia e coma alcoólico(inibição do centro respiratório) Estimulantes (Cocaína, Crack..) Euforia Hipervigilância Diminuição da sensibilidade a dor. Alterações clínicas mais sérias: alucinações, delírios paranóide, comportamento estereotipado, aumento da FC, PA e IAM

28 Álcool- intoxicação aguda
Exame físico (aspiração brônquica, crise hipertensiva, TCE, hepatomegalia, desidratação, desnutrição, anemia megaloblástica, infecções, traumas). Uso criterioso de glicose:Administrar tiamina antes de repor glicemia. Caso seja usuário crônico, pode desencadear Wernicke. Neurolépticos de alta potência na agitação Complicações: aspiração, crises hipertensivas, tce, hipoglicemia.

29 Álcool- intoxicação aguda (manejo)
Cessação da ingesta, organismo metaboliza 0,015 mg% álcool/hora (+/- 1 un/h)- QUADRO AUTO LIMITADO Ambiente com poucos estímulos mas iluminado. Monitoramento dos sinais vitais. Maior parte dos casos: hidratação, orientações objetivas, ambiente com poucos estímulos. Hidratação

30 Cocaína: intoxicação aguda
Pode evoluir com: depressão do SNC, estupor Overdose: falência de um ou mais órgãos do corpo. Se dá por aumento do tônus simpático com aumento de monoaminas em SNC Dose letal depende da tolerância, presença de quadro de base, arritmia, angina, IAM prévio, epilepsia

31 Cocaína: Manifestações Psiquiátricas
Quadros de ansiedade, mal estar, pânico, inquietação motora. Quadros paranóides transitórios (curta duração), quadros psicóticos induzidos, quadros de mania desencadeados (raros) O uso crônico aumenta risco de quadros depressivos

32 Intoxicação Cocaína: tratamento
Avaliação glicemia, temperatura, ECG, função hepática e renal. Manifestações psiquiátricas: utilização de benzodiazepínicos, utilização de antipsicóticos quando identificados sintomas paranóides. Antipsicóticos podem diminuir o limiar convulsivógeno.

33 Delirium: formas de apresentação
Hipoativo Hipersonolência e pouca expressão motora e afetiva Associado a encefalopatias metabólicas e lesões neurológicas mais graves Hiperativo Forma mais exuberante. Inquietação, agitação psicomotora, ansiedade, agressividade, alucinações visuais Delirium tremens Misto Forma mais comum Alternância de períodos de hiperatividade e hipoatividade

34 Síndrome de Abstinência ao Álcool Grave
Hiperatividade autonômica (taquicardia, ↑ PA, sudorese, hipotensão ortostática, febre) Desorientação Convulsões Alucinações visuais, táteis, auditivas transitórias Delirium tremens (disforia, despersonalização, apatia/agressão, convulsões, sundowning) Morte

35 Sd. Abstinência: história natural

36 Abordagem não farmacológica
monitorização rigorosa do paciente em leito secundário de hospital geral por risco a vida restrição no leito evitar muito estímulo no ambiente jejum VO e decúbito elevado Abordagem farmacológica hidratação vigorosa e reposição de tiamina Diazepam IV conforme sintomatologia Controles laboratoriais (CK, Na, K, HMG, U, Creat) haloperidol em casos de agitação Não utilizar clorpromazina (risco convulsão e arritmia cardíaca)

37 Avaliação de pacientes com risco de suicídio.
COMPORTAMENTO SUICIDA AVISO DE ALERTA PEDIDO DE SOCORRO

38 Avaliação de pacientes com risco de suicídio.
1 Ouvir atentamente 2 Conhecer fatores de risco 3 Averiguar intencionalidade GERAIS ESPECÍFICAS

39 Fatores de risco para suicídio
Sócio-demográficos Sexo masculino 2 faixas etárias: e maior que 75 Viver sozinho (Separado > solteiro > viúvo > casado) Áreas urbanas Desempregados, aposentados Ateus, protestantes > católicos, judeus Migração Isolamento social

40 Fatores de risco para suicídio
Psicológicos Perda recente, instabilidade familiar Datas importantes (reações de aniversário) Traços de personalidade: impulsividade e agressividade. História familiar de doença afetiva, de alcoolismo ou suicídio Psiquiátricos Depressão, alcoolismo, drogadição, esquizofrenia Doenças físicas incapacitantes, dolorosas, terminais Tentativa de suicídio pregressa Atenção! Os principais fatores de risco para o suicídio são: história de tentativa de suicídio e presença de transtorno mental.

41 Não ! Peça ajuda! Se eu perguntar sobre suicídio... Posso induzir um
Vou ter que carregar o problema da pessoa? Não ! Peça ajuda!

42 O que perguntar para avaliar o risco?
Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio: Você fez algum plano para acabar com sua vida? Você tem uma idéia de como vai fazê-lo? Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar: Você tem pílulas, uma arma, veneno, ou outros meios? Os meios são facilmente disponíveis para você?

43 Como lidar com o paciente
BAIXO RISCO A pessoa teve alguns pensamentos suicidas, como “Eu não consigo continuar”, “Eu gostaria de estar morto”, mas não fez nenhum plano. Ação Necessária Oferecer apoio emocional Trabalhar sobre os sentimentos suicidas Focalize nos aspectos positivos da pessoa Se você não conseguir identificar uma condição tratável e/ou a pessoa não demonstra melhora, não consegue refletir sobre sua condição, encaminhe-a para um profissional de saúde mental.

44 Como lidar com o paciente
ALTO RISCO A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo, e planeja fazê-lo prontamente. Muitas vezes já tomou algumas providências prévias e parece estar se despedindo. Ação Necessária Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha. Gentilmente falar com a pessoa e remover os comprimidos, faca, arma, venenos, etc. Fazer um contrato, tente ganhar tempo. Entrar em contato com um profissional da saúde mental ou do serviço de emergência mais próximo. Informar a família e reafirmar seu apoio .

45 Resumindo: O que NÃO fazer 
Desafiar a pessoa a continuar em frente; Fazer o problema parecer trivial; Dar falsas garantias; Jurar segredo; Deixar a pessoa sozinha. Se você esgotou todas as tentativas de convencimento do percebe um risco de suicídio iminente, peça ajuda da família, pois uma internação poderá ser necessária.

46 Avaliação dos pacientes com transtornos conversivos ou dissociativos
O que são crises conversivas e dissociativas ? Frescura??? Fingimento??? DNV??? Piti??? Fonte: Google Imagens

47 Avaliação dos pacientes com transtornos conversivos ou dissociativos
O que são crises conversivas e dissociativas ? Alteração de funções normalmente integradas como consciência, memória e percepção do ambiente. O paciente “desliga-se” do seu “eu” por se deparar com situações que sobrecarregam suas defesas psicológicas. Não são “cenas” para “chamar a atenção”. Infelizmente recebem tratamento jocoso de boa parte dos profissionais de saúde

48 Avaliação dos pacientes com transtornos conversivos ou dissociativos
Conversões Mais comum em mulheres Preservação da consciência Instalação lenta Após fator estressante Não há pós ictal Sem liberação de esfíncteres Longa duração Manifestações bizarras Crises convulsivas Igual entre os sexos Consciência alterada Inicio abrupto Surge até durante o sono Confusão pós crise Pode liberar esfíncteres Dura poucos segundos Segue padrões específicos

49 Manejo dos pacientes com transtornos conversivos ou dissociativos
Leve o paciente a um ambiente tranqüilo, sem multidões, afaste os familiares. Tranquilização do paciente (verbal e/ou química VO). Utilização da sugestionabilidade para a remissão dos sintomas agudos. Em termos de tranquilização via oral, as drogas de escolha são benzodiazepínicos: clonazepam 2mg VO, diazepam 10mg VO ou outros.

50 Uma Mudança: dos manicômios para a vida
Porque devemos aprender sobre urgencias e emergencias psiquiatricas que ocorrem no domicilio ou na comunidade? Em termos de tranquilização via oral, as drogas de escolha são benzodiazepínicos: clonazepam 2mg VO, diazepam 10mg VO ou outros.

51 Princípios da Reforma Psiquiátrica
09/20/09 Princípios da Reforma Psiquiátrica Reorientação do modelo assistencial Mudança na maneira de cuidar: da cultura da internação ao acolhimento da crise Mudança na maneira de olhar o território: geográfico x rede de relações sociais, afetivas, de trabalho, etc. Mudança no enfrentamento clínico-político: gestão burocrática x gestão de conflitos a partir das demandas da clínica de atenção psicossocial

52 Lei 10.216 - ordenamentos Direitos humanos como norte ético
Autonomia, exercício pleno da cidadania Regulação do tratamento involuntário A rede de serviços deve ser de base comunitária Pacientes de longa permanência devem ser beneficiados por política específica – SRT, De Volta para Casa etc. O Estado é responsável pela garantia do acesso ao tratamento, em todos os níveis de gestão Articulação efetiva com políticas intersetoriais

53 Bibliografia: Botega, Neury J. (2012) Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed Editora, 3ª ed. Dalgalarrondo, P. (2008) Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed editora, 2ª ed. D’Oliveira, C.F.; Botega, N.J.; Cais, C.F.S.; Stefanello, S. (2006) Prevenção do Suicídio: manual dirigido a profissionais da equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde/OPAS/UNICAMP. Ferrando, S.J.; Levenson, J.l.; Owen, J.A. (2010) Clinical Manual of Psychopharmacology in the medically ill. Washington: American Psychiatric Publishing. Kapczinski, F.; Quevedo J.; Schimitt, R.; Chachamovich, E. (2001) Emergências psiquiátricas. Porto Alegre: Artmed Editora. Schatzberg, A.F.; Cole, J.O.; DeBattista, C. (2010) Manual of Clinical Psychopharmacology. Washington: American Psychiatric Publishing, 7ª ed. Wasserman, D.; Wasserman, C. (2009) Oxford Textbook of Suicidology and Suicide Prevention: a global perspective. New York: Oxford University Press.

54 Elaboração: Sabrina Stefanello, Psiquiatra, mestre e doutora em ciências da saúde e pós-doutoranda em saúde coletiva - Unicamp Deivisson Vianna Dantas dos Santos, Psiquiatra, mestre e doutorando em saúde coletiva Unicamp Revisão: Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde


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