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Restauração e Biomonitoramento

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Apresentação em tema: "Restauração e Biomonitoramento"— Transcrição da apresentação:

1 Restauração e Biomonitoramento
1- Objetivos da Restauração 2- Diretrizes para Restauração 3- Orientações para a elaboração, execução e monitoramento de Projetos de Restauração Ecológica 4- Critérios e parâmetros para avaliar seus resultados e atestar sua conclusão.

2 Objetivos da Restauração
Restauração Ecológica é um processo assistido, que visa recuperar aspectos da estrutura e funções ecológicas característicos do ecossistema alterado (SER 2004). Busca-se aumentar a velocidade da regeneração e a resiliência dos sistemas que sofreram perturbações. Atualmente, o termo “restauração ecológica” é uti- lizado quando o objetivo é alcançar uma comunidade que se mantenha ao longo prazo, visando prioritariamente a conservação da biodiversidade (SER, 2004) Restaurar é promover a sustentabilidade dos processos ecológicos que garantem a automanutenção da bio- diversidade (diversidade de espécies e variabilidade genética), definida a partir de um diagnóstico prévio baseado no contexto onde os processos populacionais ocorrem (a paisagem), para estabelecer um plano de ação.

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4 Diretrizes para restauração ecológica
1- Incorporar Processos Ecológicos - Do ponto de vista ecológico, ao se estabelecer objetivos para a restauração é necessário considerar os processos ecológicos responsáveis pelo funcionamento e manutenção dos ecossistemas ao longo do tempo. - O processo de regeneração natural e a capacidade de automanutenção das matas são atualmente apontados como as principais metas dos projetos de restauração ecológica (Rodrigues et al. 2007). - Dentre estes processos, dois conjuntos merecem destaque para os fins da restauração ecológica: (a) aqueles que fazem parte de diferentes etapas da reprodução de muitas es- pécies vegetais (polinização, disper- são de sementes e recrutamento de propágulos) (Cullen et al. 2006); e (b) aqueles que garantem a variabilidade genética necessária para a manuten- ção de populações viáveis (migração e fluxo gênico) (Futuyma 1997) - Considerar apenas aspectos físicos ou estruturais, como altura e formação de dossel, pode resultar em uma estratégia falha e onerosa. Caso os processos ecológicos não sejam restaurados - É importante compreender que estruturas podem existir sem garantir a ocorrência de processo algum, mas por outro lado, a ocorrência de processos de- pende da presença de determinadas estruturas (Allen & Hoekstra 1992).

5 Diretrizes para restauração ecológica
2- Ampliar a escala espacial na elaboração do plano de restauração - Os processos ecológicos importantes para a manutenção de ecossistemas viáveis dependem da mobilidade de animais, pólen, sementes e propágulos através da paisagem e, portanto ocorrem em escalas espaciais amplas (Bennett et al. 2009). - boa parte dos processos ecológicos que contribuirão com o sucesso do projeto de restauração operam em escalas espaciais mais amplas (George & Zack 2001). - Uma paisagem é formada por fragmentos ou manchas de habitat que persistem em matrizes constituídas por diferentes formas de uso e ocupação do solo, formando o que chamamos de paisagem em mosaico. - Os fragmentos de habitat na paisagem funcionam como áreas fonte de espécies animais e vegetais responsáveis pelos processos ecológicos relevantes para a restauração (Metzger 2001). - Ressalta-se a importância de trabalhar o diagnóstico e planejamento na perspectiva da paisagem e focar os objetivos e as ações em nível local. - potencializar a mobilidade dos organismos de fragmentos do entorno para a área alvo e a regeneração natural.

6 Diretrizes para restauração ecológica
3- Diagnóstico O diagnóstico é uma etapa fundamental para os projetos de restauração ecológica, em que se deve buscar compreender o sistema a ser restaurado para então estabelecer um plano de ação (Rodrigues et al. 2011). Realizar um diagnóstico abrangente, que considere aspectos levantados nas duas escalas de análise: escala local (área alvo do projeto), e escala da paisagem (entorno da área alvo). - Cada uma dessas escalas deve ser avaliada sob a ótica de três componentes: fatores de impacto, indicadores estruturais e processos ecológicos. - Identificar dificuldades e potencialidades inerentes a esses sistemas além de seu contexto é fundamental para a escolha das técnicas mais apropriadas em cada caso.

7 Diretrizes para restauração ecológica
4- Identificação dos fatores de impacto - Fatores de impacto causadores da degradação podem impedir o desenvolvimento estrutural e o estabelecimento de processos ecológicos. - Uma vez identificados os fatores de impacto, devem ser definidas ações com o objetivo de promover o seu controle e/ou a sua eliminação. - Na escala local, os fatores de impacto mais comuns são o fogo, a presença de bovinos e caprinos (que causam herbivoria e compactação do solo por pisoteio) e a ocorrência de pragas e espécies competidoras (Attanasio 2008). - Na escala da paisagem, os principais fatores de impacto estão relacionados à configuração espacial dos fragmentos de habitat no entorno, assim como à qualidade desses fragmentos e da matriz que os circunda (Baum et al. 2004, Ewers & Didham 2006, Pardini et al. 2010).

8 Diretrizes para restauração ecológica
5- Indicadores estruturais - Os indicadores estruturais devem ser pensados sempre como meios para a ocorrência de processos ecológicos. Devem funcionar como indicadores da qualidade dos processos ecológicos presentes ou de como os fatores de impacto agem sobre eles. - Na escala local é importante avaliar a qualidade do solo (presença da macrofauna edáfica e aspectos físicos do solo), a capacidade de regeneração natural (presença de mudas e pro- págulos e composição de bancos de sementes) e o estágio sucessional (estrutura da vegetação, composição da comunidade vegetal, hábito de vida e presença de espécies dominantes e regenerantes). - Na escala da paisagem, os indicadores estruturais devem identificar a presença de fragmentos de habitat próximos à área alvo, a qualidade desses fragmentos e a conectividade entre esses fragmentos e a área alvo, além da atratividade da área alvo.

9 Diretrizes para restauração ecológica
5- Fatores Sócioeconômicos - a análise deve abarcar os aspectos socioeconômicos da região que possam interferir direta ou indiretamente nos projetos de restauração ecológica (Mesquita et al. 2010). - a participação das comunidades locais nos proces- sos onde a restauração pode configu- rar fonte de temas educacionais, de emprego e renda, mudando posturas e atitudes em relação aos ambientes restaurados (Hall & Bauer-Armstrong 2010, Mesquita et al. 2010). - A geração de emprego e renda local e a capacitação técnica, assim como atividades de pesquisa e extensão, são algumas oportunida- des para promover a integração entre o projeto e o contexto social de seu entorno. - A educação ambiental e a articulação com o poder público também são aspectos importantes que, além de contribuir para os projetos de restauração, promovem a participação social na construção de uma paisagem sustentável (Hall & Bauer-Armstrong 2010).

10 Sugestões áreas Prioritárias para realização de Projeto de Restauração Ecológica, respeitada legislação específica: I - relevantes para a conservação de recursos hídricos, em especial aquelas no entorno de nascentes e olhos d’água, perenes ou intermitentes; II - com elevado potencial de erosão dos solos e acentuada declividade do terreno; III - que promovam o aumento da conectividade da paisagem regional; IV - que ampliem ou melhorem a forma de fragmentos de vegetação nativa; V - localizadas em Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos - UGRHi com baixa cobertura vegetal nativa; VI - localizadas em zonas de recarga hídrica; VII - localizadas em Unidades de Conservação e zonas de amortecimento; VIII - consideradas relevantes para fins de restauração ecológica em Zoneamento Ecológico-Econômico.

11 Etapas do Projeto de Restauração Ecológica
I - diagnóstico da área objeto da restauração; II - proposta de Projeto de Restauração Ecológica; III - implantação da metodologia e das ações previstas no Projeto de Restauração Ecológica; IV - manutenção e monitoramento do Projeto de Restauração Ecológica; V - conclusão do Projeto de Restauração Ecológica.

12 Material antigo daqui para frente

13 Diagnóstico A etapa de diagnóstico embasará a escolha do método e das ações mais apropriadas à restauração ecológica de cada área e deverá contemplar as seguintes informações: I - bioma e tipo de vegetação; II - potencial da regeneração natural; III - condições de conservação do solo e dinâmica hídrica; IV - declividade do terreno; V - fatores de perturbação; VI - verificação de ocorrência de espécies exóticas; VII - localização e extensão da área objeto de restauração.

14 Proposta A proposta deverá contemplar: I - ações de proteção contra fatores de perturbação, tais como presença de gado, formigas cortadeiras, risco de incêndios, secas prolongadas e presença de espécies exóticas com potencial de invasão; II - metodologia de restauração ecológica que será utilizada. São considerados os seguintes métodos de restauração ecológica: I - condução da regeneração natural de espécies nativas; II - plantio de espécies nativas; III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas; IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo exóticas com nativas de ocorrência regional.

15 Monitoramento e manutenção do Projeto
A manutenção contempla as ações de restauração ecológica pós- implantação e deverá ocorrer até que se comprove o restabelecimento da condição não degradada do ecossistema. O restaurador deverá monitorar periodicamente as áreas em restauração, até que a recomposição tenha sido atingida, por meio dos seguintes indicadores ecológicos: I - cobertura do solo com vegetação nativa, em porcentagem; II - densidade de indivíduos nativos regenerantes, em indivíduos por hectare; III - número de espécies nativas regenerantes. Classificados em 3 (três) níveis de adequação, de acordo com valores de referência para cada tipo de vegetação: I - adequado: quando foram atingidos os valores esperados para o prazo determinado; II - mínimo: quando os valores estão dentro da margem de tolerância para o prazo determinado e cumprem as exigências mínimas, porém os valores são inferiores ao esperado, o que indica a necessidade da realização de ações corretivas para não comprometer os resultados futuros. III - crítico: quando não foram atingidos os valores mínimos esperados no prazo determinado e será exigida a readequação do projeto por meio da realização de ações corretivas.

16 Definições I - restauração ecológica: intervenção humana intencional em ecossistemas degradados ou alterados para desencadear, facilitar ou acelerar o processo natural de sucessão ecológica; II - projeto de restauração ecológica: instrumento de planejamento, execução e monitoramento da restauração ecológica, em área rurais ou urbanas, que deverá ser apresentado pelo restaurador, sendo a recomposição seu principal objetivo; III - recomposição: restituição de ecossistema ou comunidade biológica nativa degradada ou alterada a condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; IV - condição não degradada: condição do ecossistema quando este é capaz de manter sua estrutura e autossustentabilidade; V - indicadores ecológicos: variáveis utilizadas para o monitoramento das alterações na estrutura e autossustentabilidade do ecossistema em restauração, ao longo de sua trajetória, em direção à condição não degradada; VI - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no artigo 3o da Lei no , de 24 de julho de 2006; VII - espécie nativa: espécie, subespécie ou táxon inferior ocorrente dentro de sua área de distribuição natural; VIII - espécie exótica: espécie, subespécie ou táxon inferior introduzido ou propagado fora de sua área natural de distribuição, incluindo qualquer parte, gametas, sementes, ou propágulos dessa espécie que possam sobreviver e posteriormente reproduzir-se;

17 Definições 2 IX - espécie exótica com potencial de invasão: espécie exótica cuja introdução, reintrodução ou dispersão ameace ecossistemas, ambientes ou outras espécies; X - sistema agroflorestal: sistema de uso e ocupação do solo em que plantas lenhosas perenes são manejadas em associação com plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas, culturas agrícolas, forrageiras em uma mesma unidade de manejo, de acordo com arranjo espacial e temporal, com alta diversidade de espécies e interações entre estes componentes; XI - condução da regeneração de espécies nativas: técnicas que auxiliem a colonização e o desenvolvimento dos indivíduos vegetais nativos presentes na área, inclusive por meio de coroamento, controle de gramíneas exóticas, técnicas de nucleação, entre outros; XII - plantio de espécies nativas: técnicas que introduzam deliberadamente novos indivíduos vegetais nativos na área, por meio de plantio de mudas, ramos, sementes, raízes ou quaisquer tipos de propágulos; XIII - regenerantes nativos: espécimes vegetais nativos oriundos de regeneração natural, ou seja, que não foram plantados ou semeados pelo restaurador; XIV - vegetação nativa: comunidade de plantas em seu ecossistema de origem, dotada de características próprias e adaptadas ao meio e às interações ecológicas ali presentes; XV - restaurador: pessoa responsável pelo Projeto de Restauração Ecológica, podendo ser o proprietário ou possuidor do imóvel, seu representante legal ou terceiro autorizado pelo proprietário ou possuidor, incluindo o responsável técnico devidamente habilitado.


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