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Pierre Bourdieu: habitus, racionalidade e o mercado linguístico

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Apresentação em tema: "Pierre Bourdieu: habitus, racionalidade e o mercado linguístico"— Transcrição da apresentação:

1 Pierre Bourdieu: habitus, racionalidade e o mercado linguístico
Sérgio Praça edspraca.wordpress.com

2 Temas da aula 1) Duas teorias da ação
2) A teoria da ação de Bourdieu: o habitus 3) Campo/Mercado linguístico e habitus

3 1) Teoria da ação marxista
Pessoas agem sempre determinadas pelas relações de produção nas quais estão inseridas Capitalista é motivado pelo lucro: TODAS as ações dele serão orientadas para obter lucro Trabalhador é alienado: NENHUMA ação dele será “esclarecida” Não há espaço para intencionalidade individual

4 1) Teoria da ação marxista
Não há desvio de ações; nada é imprevisível Bourdieu chama isso de “explicação mecanicista” Louis Althusser: “Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado” Editorial da revista Fórum: “Às ruas contra o partido da mídia”

5 1) Teoria da ação racional
Atores Racionais = Agem de acordo com suas preferências, que são determinadas por interesses de curto prazo e interesses de longo prazo, com a intenção de maximizar a utilidade Utilidade = dinheiro, votos etc Intencionalidade individual objetivará maximizar as diversas utilidades (Contraste com teoria da ação marxista: naquela teoria, a “utilidade” [objetivo final do indivíduo] não varia)

6 1) Teoria da ação racional
Mas nossa racionalidade é limitada! 1) Pessoas tomam decisões isoladas umas das outras, sem considerar as consequências que tomar a decisão X terá nas futuras decisões Y e Z; 2) Pessoas não levam em conta TODAS as escolhas possíveis (limitação cognitiva); 3) Pessoas não levam em conta todos os aspectos e conseqüências relativas a UMA única escolha.

7 2) Outra teoria da ação: o habitus
Problemas com essas teorias da ação: a realidade empírica é muito mais diversa! “O conceito de habitus destrói falsos problemas, como a alternativa do mecanicismo (teoria da ação marxista) e do finalismo (teoria da ação racional), por exemplo.”

8 2) Outra teoria da ação: o habitus
Um habitus de crítico literário é ao mesmo tempo um “ofício”, um capital de técnicas, de referências, um conjunto de “crenças”, como a propensão a dar tanta importância às notas de rodapé quanto ao texto, propriedades que se atêm à história da disciplina, à sua posição na hierarquia das disciplinas, e que são ao mesmo tempo a condição de funcionamento do campo e o produto deste funcionamento

9 2) Outra teoria da ação: o habitus
Pelo conhecimento prático dos princípios do jogo que é tacitamente exigido dos recém-chegados, toda a história do jogo, todo o passado do jogo, estão presentes em cada ato do jogo.

10 2) Outra teoria da ação: o habitus
i) O habitus é um capital incorporado que se apresenta com as aparências de algo inato. Mas por que não dizer “hábito”? O hábito é considerado espontaneamente como repetitivo, mecânico, automático, antes reprodutivo do que produtivo. Ora, quero insistir na ideia de que o habitus é algo que possui uma enorme potência geradora.

11 2) Outra teoria da ação: o habitus
ii) O habitus é uma espécie de máquina reprodutora que faz com que nós “reproduzamos” as condições sociais de nossa própria produção, mas de uma maneira relativamente imprevisível, de uma maneira tal que não se pode passar simplesmente e mecanicamente do conhecimento das condições de produção ao conhecimento dos produtos.

12 2) Outra teoria da ação: o habitus
iii) O habitus pode ser comparado a um programa de computador (analogia perigosa, por ser mecanicista), mas um programa autocorrigível. É constituído por um conjunto sistemático de princípios simples e parcialmente substituíveis, a partir dos quais uma infinidade de soluções podem ser inventadas, soluções que não se deduzem diretamente de suas condições de produção.

13 2) Outra teoria da ação: o habitus
O habitus jornalístico em ação e a relação entre campo jornalístico e campo político: César Tralli (Rede Globo) vs. Celso Russomanno (PRB)

14 3)Mercado linguístico e habitus
O mercado linguístico é uma certa situação social, mais ou menos oficial e ritualizada, um certo conjunto de interlocutores, situados abaixo ou acima na hierarquia social, ou seja, uma série de propriedades percebidas e apreciadas de maneira consciente e que orientam inconscientemente a produção linguística.

15 3)Mercado linguístico e habitus
O habitus linguístico é produto das condições sociais; não é uma simples produção de discursos, mas uma produção de discursos ajustados a uma “situação”, ou, de preferência, ajustados a um mercado ou a um campo. Exemplo: o dicionário coxês-português

16 3)Mercado linguístico e habitus
Para que as palavras acertem na mosca, para que as palavras produzam seus efeitos, é preciso dizer não apenas as palavras gramaticalmente corretas, mas as palavras socialmente aceitáveis. “Hugo Chávez era um comunista incompetente”, “Bolsa Família é assistencialista e deixa as pessoas folgadas” Em que condições/contextos esses discursos são socialmente aceitáveis? Ter o “habitus”: é saber se naquele contexto/campo/tempo/hora seu discurso será aceito socialmente ou não!


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