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MÉTODO IRLEN: UMA ESPERANÇA PARA INDIVÍDUOS COM PROBLEMAS DE LEITURA.

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Apresentação em tema: "MÉTODO IRLEN: UMA ESPERANÇA PARA INDIVÍDUOS COM PROBLEMAS DE LEITURA."— Transcrição da apresentação:

1 MÉTODO IRLEN: UMA ESPERANÇA PARA INDIVÍDUOS COM PROBLEMAS DE LEITURA.
TRAVASSOS, L.P. 1, GARCIA, R. A. da S.2, FIALHO, F.A.P. 3 Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento - Doutorado - –– Universidade Federal de Santa Catarina INTRODUÇÃO Em tempos passados, um professor deveria se preocupar somente o conteúdo da sua disciplina, a ser ensinada como se fosse possível a simples transmissão direta de um indivíduo para outro. Hoje, sabe-se que são outras as competências docentes e que entre elas está a habilidade de identificar aspectos biopsicossociais que possam ser causadores de distúrbios no processo de aprendizagem e nas relações. Por isso, tem sido defendido que é preciso capacitar professores para reconhecer e intervir nos casos mais simples e encaminhar os quadros de transtornos mais severos para outros profissionais, buscando a ajuda de equipe multidisciplinar nas áreas de saúde e educação. Freqüentemente, quando um indivíduo apresenta dificuldades escolares, essas são confundidas com sua menor capacidade intelectual. No entanto, o problema real pode estar em como alguém percebe e processa letras, números e símbolos. Exemplo disso ocorre com indivíduos portadores da Síndrome da Sensibilidade Escotópica, também conhecida como Síndrome de Irlen, por ter sido primeiramente detectada pela Dra. Helen Irlen, psicóloga educacional americana, cujas pesquisas nesta área começaram há cerca de 25 anos. Essa Síndrome afeta pessoas de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média, e está relacionada à desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual. Estudos sugerem que 46% das pessoas com dificuldades escolares apresentam tal condição, traduzida como uma marcante sensibilidade a certos comprimentos de onda de luz, o que provoca  distorções no processamento pós-retiniano: os impulsos elétricos chegam ao córtex visual em momentos distintos, resultando em menor qualidade da interpretação visual. Pesquisas indicam que, além das intervenções pedagógicas, psicológicas e médicas usuais, a utilização do Método Irlen – avaliação, sobreposições coloridas e/ou uso de filtros seletivos ─ ajuda indivíduos com problemas comportamentais e emocionais, dificuldades de aprendizagem, cefaléias, fadiga, fotofobia e outras condições clínicas e visuais decorrentes de uma disfunção na área de visão no sistema nervoso central. Os estudos têm indicado que o Irlen propicia melhora na fluência e na compreensão da leitura, assim como na atenção sustentada, remediando casos de leitura mais lenta e segmentada, de comprometimento da velocidade de cognição, memorização, cansaço, inversões, trocas de palavras, distração, perda de linhas no texto, sonolência, distorções visuais, irritabilidade e enjôo, que podem acontecer a esses indivíduos, quando expostos a tempo relativamente curto de esforço despendido no processamento das informações visuais. A segunda visa à prescrição dos filtros seletivos, nome dado aos óculos com lentes coloridas, e só pode acontecer em centros credenciados pelo Irlen Institute, que já existem em 34 países, aqui no Brasil representado pela Hospital de Olhos – Clínica Dr. Ricardo Guimarães, em Belo Horizonte, MG. RESULTADOS Após a aplicação da primeira etapa de testes para capacitação sobre a Síndrome de Irlen, 18 dos 40 sujeitos avaliados apresentaram resultados indicativos de que deveriam ser submetidos à segunda etapa. Confirmada sua condição, possível pela observação da significativa melhora das atividades de leitura e percepção com o uso de lâminas coloridas (colored overlays) sobre figuras e textos, foi preciso encaminhá-los ao Hospital de Olhos - MG, para que fosse feito o Diagnóstico Padrão de Leitura Cognitiva - DPLC e o Exame de Neurofisiologia Visual, com o objetivo de conferir a necessidade da prescrição dos filtros seletivos de uso contínuo (óculos com lentes coloridas), indicados para melhor desempenho cerebral no processamento da informação visual. CONSIDERAÇÕES FINAIS É interessante ressaltar que a literatura pesquisada indica que o uso de filtros seletivos e overlays pode trazer benefícios relevantes para indivíduos disléxicos, com déficit de atenção e hiperatividade causados pela dificuldade no processamento visual, assim como para pessoas não portadoras de qualquer desses transtornos. Entendemos que a capacitação de professores para identificar Síndrome de Irlen em alunos, o que requer apresentação e explicação dessa Síndrome aos educadores, assim como a sua exposição ao Método Irlen, pode ser um fator de considerável valia como ferramenta de inclusão, em especial no atual cenário da educação no país, no qual centenas de milhares de alunos da rede pública e privada têm sérios comprometimentos sociais gerados pela falta de escolaridade básica, chegando a abandonar os estudos em razão do contínuo fracasso escolar. Conclui-se, ainda, que, além do serviço social que podem prestar, parte significativa dos professores expostos ao Método Irlen de correção de distorções visuoperceptuais também pode ser beneficiada pelo Método. METODOLOGIA Com o objetivo de capacitar educadores, apresentando-lhes características da Síndrome de Irlen, suas conseqüências e como remediá-la, o presente estudo foi realizado por uma psicopedagoga certificada pelo Irlen Institute, que trabalhou com 40 participantes, avaliados nas duas fases básicas características do Método Irlen: 1.Questionários sobre habilidades acadêmicas e análise do Estresse Visual e Perceptivo: testes da Escala Perceptual de Leitura Irlen (com indicadores de 0-17); 2.Após a etapa 1, acima, quem apresenta indicadores entre 4-17, que equivalem índices moderado e severo da sensibilidade escotópica, prossegue para outras duas fases dos procedimentos do Método: uma primeira, que deve ser realizada por profissionais qualificados para tal, é voltada para a seleção de qual de 10 (dez) cores de overlay (ou transparência) é indicada para cada portador da Síndrome, sendo que, em alguns casos, uma combinação de cores se faz necessária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EVANS, B.; JOSEPH, F. The effect of coloured filters on the rate of reading in an adult student population. Opthalmological and Physiological Optics - # 22, p IRLEN, Helen. Reading by the Colors: overcoming dyslexia nd other resing disabilities through the Irlen Method. New York: Penguin, 2005. POINTER, D.G. An Investigation into remediation of some reading problemas using colour. Norfolk: UK: County Council Education Department, Special Education Services, 1994. WHITELEY, Helen E., & Smith, Chris. The Use of Tinted Lenses to Alleviate Reading Difficulties. Journal of Research in Reading, 24 (1), 2001.p 1 – Doutoranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina; Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC; Especialista em Lingüística Aplicada, pela UFMG; Psicopedagoga pela PUC Minas 2 – Doutoranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina; Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC; Especialista em Arte Educação; Artista Plástica; Professora Universitária. 3 – Docente do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina Contato:


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