Conclusões e recomendações

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1 Conclusões e recomendações
CRIANÇAS COM CÂNCER E ESTUDANTES DA SAÚDE CONSTRUINDO UMA FORMAÇÃO ACADÊMICA HUMANIZADA Autores: LEITE, R.C.B., ROCHA, N.S.P.D., NELSON, P.K.C., MACÊDO, D.S., OLIVEIRA, C.O.P. HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO BEZERRA (HOSPED) HSPED Objeto da intervenção Análise crítica Esta parceria de sucesso entre a UFRN e a Casa Durval Paiva é a garantia de uma melhor qualificação dos universitários para o diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil e o resgate da cidadania, da dignidade e da qualidade de vida das crianças que são acometidas por essa enfermidade. A família e a criança quando do diagnóstico, enfrentam problemas como longos períodos de hospitalização, reinternações freqüentes, terapêutica agressiva com sérios efeitos indesejáveis advindos do próprio tratamento, dificuldades pela separação dos membros da família durante as internações, interrupção das atividades diárias, limitações na compreensão do diagnóstico, desajuste financeiro, angústia, dor, sofrimento e o medo constante da possibilidade de morte, estes diversos fatores tornam os profissionais de saúde e de assistência importantes peças no contexto do cuidado, na tentativa de proporcionar um reequilíbrio emocional para a criança e sua família. No Brasil, são estimados cerca de casos novos de câncer infanto-juvenil, representando a segunda maior causa de mortalidade entre crianças e adolescentes (INCA, 2009), podendo ser considerado atualmente importante problema de saúde pública. Aproximadamente 70% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas, quando o diagnóstico ocorre precocemente e o tratamento é realizado em centros especializados, sendo esperado que em 2010 um em cada 250 adultos seja sobrevivente de câncer na infância. Em estudo realizado no Hospital do Câncer em São Paulo foi encontrada uma correlação entre a idade e o atraso no diagnóstico do câncer na infância, sendo quanto maior a idade maior o atraso no diagnóstico em virtude dos lactentes serem mais cobertos de atenção pelos pais, o que mostra a importância do papel do pediatra no cuidado á saúde da criança. Desta forma, a inserção de práticas voltadas para a adequada formação profissional frente ao câncer infantil torna-se estratégia relevante para o currículo das instituições de ensino. Conclusões e recomendações Objetivos Este trabalho busca contribuir para a consolidação do conhecimento técnico-científico da área através de vivências e práticas institucionais, embasando-se na concepção do cuidado humanizado e integral á saúde da criança, fundamentado na confiança, solidariedade, e vínculo equipe-criança-família. Sendo a hospitalização uma experiência extremamente dolorosa para uma criança, cabe aos profissionais estarem devidamente preparados para o enfretamento de riscos transformando o hospital em um ambiente de aprendizado e amadurecimento. As ações de proteção, prevenção, reabilitação e inserção social no cuidado à criança em situação de vulnerabilidade, são de extrema relevância e de grande impacto na família, no convívio com uma doença que ameaça a vida, e que resulta em profundas transformações em suas vidas. Contribuir com o processo de formação dos profissionais da saúde voltado para o cuidado integral da criança com câncer através de práticas inovadoras de ensino-aprendizagem. Através destas práticas os estudantes da graduação podem ser inseridos no universo do câncer infantil contribuindo para uma formação Metodologia A metodologia utilizada compreende a implantação de atividades que envolvem estudantes da graduação, dos cursos de medicina e enfermagem, a preceptoria do Hospital de Pediatria da UFRN (HOSPED) e a Casa Durval Paiva a partir do ano de Parceria esta que proporcionou benefícios para o Hospital, o qual teve seu setor de atendimento ambulatorial de oncologia pediátrica ampliado, e para a Casa Durval Paiva que passou a receber apoio de um hospital credenciado para o acompanhamento da criança enferma. As atividades desenvolvidas são: aula inaugural do estágio supervisionado de pediatria sobre câncer na infância introduzindo estudantes do curso de medicina, no estágio final da formação acadêmica, na realidade do atendimento ao câncer infantil; visitas dos estudantes á Casa Durval Paiva com interação com as crianças, proporcionando momentos lúdicos á mesmas; construção de agenda integrada, composta por diversos eventos relacionado ao HOSPED, englobando o tema; participação de profissionais no projeto de radiodifusão promovido pela Rádio Globo para divulgação do câncer infantil na comunidade, visto ser a rádio um meio de comunicação de fácil acesso; e construção de trabalhos científicos divulgados em eventos. Referências BELTRÃO, Marcela Rosa L. R. et al. Câncer infantil: percepções maternas e estratégias de enfrentamento frente ao diagnóstico, Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.83, n.6, Nov./Dez 2007. CAMARGO, Beatriz de; RODRIGUES, Karla Emília. Diagnóstico precoce do câncer infantil: responsabilidade de todos, Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v.49(1), p , 2003. NASCIMENTO, Lucila Castanheira et al. Crianças com câncer e suas famílias, Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 39(4), p , Jun 2005.