A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Introdução à Farmacoeconomia Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS) Ricardo Letizia Garcia (UERGS)

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Introdução à Farmacoeconomia Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS) Ricardo Letizia Garcia (UERGS)"— Transcrição da apresentação:

1 Introdução à Farmacoeconomia Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS) Ricardo Letizia Garcia (UERGS)

2 2

3 3 Health is a state of complete physical, mental and social well being and not merely the absence of disease or infirmity. World Health Organisation (1948) Definição de Saúde

4 4 Economia da Saúde Fundamentos Economia da Saúde é o campo de conhecimento voltado para o desenvolvimento e uso de ferramentas de economia na análise, formulação e implementação das políticas de saúde. Envolve a análise e o desenvolvimento de metodologias relacionadas ao financiamento do sistema, a mecanismos de alocação de recursos, à apuração de custos, à avaliação tecnológica, etc. Busca o aumento da eficiência no uso dos recursos públicos e a eqüidade na distribuição dos benefícios de saúde por ele propiciados. [cf. MS, Brasil]

5 5 NECESSIDADES ILIMITADAS RECURSOS FINITOS IMPORTÂNCIA DE OBTER A MÁXIMA EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS MATERIAIS, HUMANOS E FINANCEIROS CUSTOS CRESCENTES Contexto de Saúde

6 6 A responsabilidade social dos médicos na alocação dos recursos escassos. As public investiment in health care growth, physicians become increasilingly responsible fro allocating societys resources. Limited resourses may force doctors to compromise their primary role as advocats for the individuals patients, but only within total resources constraints set by societal decision makers. Methods for efficent resource allocation, such as cost-effectiveness analysis are important for physicians to understand so that they themselves may make intelligent decision within resources limits and act as informed techical advisors and responsible critics in the process of setting societys health-care priorities. Weinstein et al. (1980, p. 303)

7 7 PaísGastos totais (% PIB) Gastos públicos (% gasto total) Taxa anual de crescimento (%) Gastos em saúde (dólar per capita ppp) Gastos farmacêuticos (% gasto total) 20061995200619952000-20062006199520061995 Austrália8,87,467,095,84,52229161114,212,1 Áustria10,19,776,272,62,03606225912,49,2 Bélgica10,48,269,171,15,03488185416,816,7 Canadá10,09,070,471,44,73678205717,413,8 Finlândia8,27,776,074,15,62668144014,613,0 França11,19,979,778,64,23449199716,416,0 Alemanha10,610,176,981,61,43371227514,812,9 Itália9,07,377,271,92,82614153820,020,7 Japão8,26,982,770,82,52474155119,822,3 México6,65,644,242,15,279438622,9... Nova Zelândia9,37,277,877,26,72448124412,414,8 Noruega8,77,983,684,22,8452018638,59,0 Portugal10,27,870,662,63,32120103621,323,6 Espanha8,47,471,272,26,02458119321,719,2 Suécia9,28,081,786,64,73202174613,312,3 Reino Unido8,46,987,383,95,127601350...15,3 Estados Unidos15,313,345,846,35,06714365612,68,9 Média da OECD8,97,673,072,95,22824149417,616,3 Brasil * 7.28.4... Recursos e gastos em saúde em diferentes países: Brasil e OECD

8 8 Evolução da Idade Mediana da População – Brasil: 1980 - 2050

9 9 Evolução do Indice de Envelhecimento da População – Brasil: 1980 - 2050

10 10 Evolução da População de 80 anos ou mais de idade por sexo – Brasil: 1980 - 2050

11 11 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 1980

12 12 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2000

13 13 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2005

14 14 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2010

15 15 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2020

16 16 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2030

17 17 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2040

18 18 Pirâmide Etária Absoluta – Brasil: 2050

19 19 Definição de Avaliação Econômica em Saúde A orientação de se avaliar políticas e ações do ponto de vista econômico não implica a predominância da dimensão econômica sobre as demais, e sim que esta dimensão não pode ser ignorada e deve ser obrigatoriamente parte integrante do processo decisório que determina a adoção de políticas de saúde e a alocação de recursos. O dinheiro disponível para a saúde é limitado e, portanto, deve ser utilizado eficientemente e de maneira a maximizar o resultado obtido. Bernard F. Couttolenc (2001) - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.1 São Paulo Jan./Mar

20 20 Bibliografia

21 21 Bibliografia Sugerida

22 Origens da Farmacoeconomia

23 23 Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia Secoli S.R et ali (2005) A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997).

24 24 Pressões sobre os custos em saúde e o surgimento da farmaeconomia Secoli S.R et ali (2005) A importância dos estudos nessa área provém, não de justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997).

25 25 Origens da Farmacoeconomia O primeiro trabalho de análise econômica de medicamentos foi publicado em 1979 (Bootman et al., 1979). Apesar disto, o termo farmacoeconomia surgiu na literatura em 1986 com a publicação do artigo "Post Marketing Drug Research and Development" (Townsend, 1987; Bootman et al., 1996).

26 26 Origens da Farmacoeconomia A farmacoeconomia é uma disciplina nova cujo corpo de conhecimentos está pautado na economia da saúde - especialidade surgida nos países desenvolvidos no período pós-guerra, como estratégia para melhorar a eficiência dos gastos no sistema de saúde (Bootman et al., 1996; Drummond et al., 1997). A importância dos estudos nessa área provém, não de justificativas acadêmicas ou políticas, mas da constatação de que os gastos com saúde vêm crescendo em ritmo acelerado em âmbito mundial, preocupando usuários, governos e sociedade (Folland et al., 1997). [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

27 27 Origens da Farmacoeconomia A Austrália foi o primeiro país a aplicar e elaborar diretrizes para a avaliação econômica de medicamentos. Posteriormente, outros países, como Canadá, Inglaterra, Espanha e Itália iniciaram estudos nesta área.

28 28 Origens da Farmacoeconomia Na definição estabelecida por Townsend (1987) e usualmente difundida, a farmacoeconomia representa a descrição e análise de custos da terapia medicamentosa para o sistema de saúde e sociedade. Neste conceito amplo, o termo engloba todos os aspectos econômicos dos medicamentos: o seu impacto na sociedade, na indústria químico-farmacêutica, nas farmácias, nos formulários nacionais, o que significa dizer que, quase, todas as áreas relacionadas a medicamentos são vinculadas a questões econômicas (Sacristán Del Castilho, 1995).

29 29 Origens da Farmacoeconomia A relação entre medicamentos e economia é estudada pela farmacoeconomia, a qual representa uma área da economia da saúde, que foi utilizada intuitivamente durante muitos anos, emergindo como disciplina no final da década de 1980, devido ao agravamento da crise financeira do setor da saúde e dos custos com medicamentos. Secoli & Zanini (1999).

30 30 Origens da Farmacoeconomia Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos. Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica. Sacristán Del Castilho (1995).

31 31 Origens da Farmacoeconomia Economic evaluation of pharmaceutical products, or pharmacoeconomics, is a rapidly growing area of research. Pharmacoeconomic evaluation is important in helping clinicians and managers make choices about new pharmaceutical products and in helping patients obtain access to new medications. Over the last few years, the scientific rigor of this field has increased greatly. At the same time, new types of analysis, based on prospective data collection, have been developed. Kevin A. Schulman and Benjamin P. Linas Annual Review of Public Health, Vol. 18: 529-548 (Volume publication date May 1997)

32 Questões Farmacoeconômicas

33 33 Questões Farmacoeconômicas - qual a melhor droga para um determinado paciente? - qual a melhor droga para uma indústria farmacêutica desenvolver ou para um país investir? - quais drogas devem ser incluídas num protocolo médico? - qual o custo por qualidade de vida por uma droga? - a qualidade de vida do paciente irá sofrer uma melhoria pela adoção de uma determinada terapia? - quais são os resultados para o paciente das várias modalidades de tratamento?

34 34 Quais são os Usuários das Avaliações Farmacoeconômicas Administradores em Hospitais ou de planos de saúde; Companhias Farmacêuticas; Governo/Formuladores de Política Econômica; Pesquisadores.

35 O Que é Farmacoeconomia?

36 36 O Que é Farmacoeconomia? No caso de intervenções farmacêuticas, a farmacoeconomia tenta medir se o benefício adicionado por uma intervenção compensa o custo adicionado por essa intervenção. A farmacoeconomia foi definida como sendo a descrição e a análise dos custos da terapia farmacêutica para os sistemas de assistência a saúde e para sociedade. Ela identifica, mede e compara os custos e conseqüências de produtos e serviços farmacêuticos. [cf. Rascati (2010, p. 22)]

37 37 O Que é Farmacoeconomia? A farmacoeconomia é a disciplina científica que avalia o valor global dos produtos farmacêuticos, serviços e programas para cuidados de saúde. Como resultado natural da necessidade dessa avaliação, essa disciplina aborda os aspectos clínicos, econômicos e humanísticos das intervenções de cuidados à saúde, aplicados à prevenção, diagnóstico, tratamento e gerenciamento de doenças. A farmacoeconomia, então, fornece informações críticas à ótima alocação dos recursos de cuidados a saúde.

38 38 O Que é Farmacoeconomia? Insumos Custos Cuidados de Saúde Resultados (Outcomes) Os estudos farmacoeconômicos comparam os custos da adição de um produto ou serviço farmacêutico aos desfechos.

39 39 Definição de Farmacoeconomia A farmacoeconomia representa um valioso instrumento de apoio para tomada de decisões, que envolvem avaliação e direcionamento de investimentos baseados numa distribuição mais racional de recursos, permitindo aos profissionais conciliar necessidades terapêuticas com possibilidades de custeio individual, das empresas provedoras de serviços ou de sistemas de saúde. Isto tem permitido incorporar um novo critério - o econômico - na escolha de alternativas terapêuticas.

40 40 Definição de Farmacoeconomia Farmacoeconomia é uma ferramenta que auxilia na identificação de produtos e serviços farmacêuticos cujas características possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio. A farmacoeconômica utiliza instrumentos de análise econômica para examinar os resultados ou o impacto dos diversos tratamentos alternativos e intervenções relacionadas com os cuidados em saúde.

41 41 Definição de Farmacoeconomia Farmacoeconomia é a aplicação das ferramentas da teoria econômica no campo da assistência farmacêutica, como a gestão de serviços farmacêuticos, a avaliação da prática profissional e a avaliação econômica de medicamentos. A farmacoeconomia examina os custos e as conseqüências econômicas da farmacoterapia para o paciente, o sistema de saúde e a sociedade.

42 42 Farmacoeconomia é uma disciplina que avalia o impacto dos produtos e serviços farmacêuticos nos resultados de saúde e custos para os sistemas provedores de saúde e para a sociedade. Definição de Farmacoeconomia

43 43 Definição de Farmacoeconomia Pharmacoeconommics is a branch of health economics which paraticulary focues upon the costs and benefits of a drug therapy. A knowledge of pharmacoeconomics is therefore vital for clinical pharmacologists who are involved in promoting rational prescribing or in clinical trials which incorporate na economic component. Walley & Haycox (1997, p.343)

44 44 Definição de Farmacoeconomia Na avaliação econômica global de um medicamento distingue-se a avaliação clínica, baseada na eficácia ou efetividade, e a avaliação farmacoeconômica, baseada na eficiência, em que se inclui o cálculo de custos. Desta forma, qualquer método que traga informações sobre custos e efeitos de um medicamento pode ser utilizado como base para a realização de uma avaliação farmacoeconômica. (Sacristán Del Castilho, 1995).

45 45 Definição de Farmacoeconomia Pharmacoeconomics may be considered to involve the study of how to generate the most benefit, enhance the patient survival and quality of life, and the effect of lowest overall cost. Or it may be considered to involve evaluation of a drugs clinical, economic, and humanistic attributes, and their effect on health-resources utilization and costs. Celia C, DErrico (1998, p. S51)

46 46 Definição de Farmacoeconomia Pharmacoeconomics has been defined as the description and analysis of the cost of drug therapy to health care systems and society. Pharmacoeconomics research identifies, measures, and compares the costs (i.e, resources consumed) and consequences (clinical, economic, and humanistic) of pharmaceutical products and services. Within this framework are included the research methods related to costs minimization, cost-effectiveness, cost- benefit, cost-of illness, cost-utility, and decision analysis, as well as quality-of-life, and other humanistic assesments. In essence, pharmacoeconomic analysis uses tools for examining the impact (desirable and undesirable) of alternative drug therapies and other medical interventions. Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 7)

47 47 Definição de Farmacoeconomia By definition, pharmaeconomics evaluations include any study designed to acess the costs (i.e., resources consumed) and consequences (clinical and humanistic) of alternative therapies. This includes such methodologies as cost-benefit, cost-utility and cost- effectiveness. Bootman, Townsend e McGhan (1996, p. 9)

48 48 Definição de Farmacoeconomia A International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research - ISPOR define farmacoeconomia como o campo de estudo que avalia o comportamento de indivíduos, empresas e mercados com relação ao uso de produtos, serviços e programas farmacêuticos, e que freqüentemente enfoca os custos e as conseqüências desta utilização. (Pashos et al., 1998).

49 49 Definição de Farmacoeconomia O termo farmacoeconomia é utilizado, também, de forma mais restrita como sinônimo da avaliação econômica de medicamentos. Nesta acepção, as análises consideram o custo e resultados na escolha entre alternativas terapêuticas. (Sacristán Del Castilho, 1995; Velásquez, 1999).

50 50 Definição de Farmacoeconomia A farmacoeconomia é a aplicação da análise econômica ao campo dos medicamentos. A farmacoeconomia é a determinação da eficiência (relação entre custo e efeitos) de um tratamento farmacológico e sua comparação com as outras opções, com a finalidade de selecionar aquelas com uma relação custo- benefício mais favorável. Herrera e Diaz (2000, p.65)

51 51 Definição de Farmacoeconomia Pharmaeconomics decribes and analyses the costs of drug therapy to health care system and society. It identifies, measures, and compares the costs, and consequences of phamaceutical products and services, with its research methods related to cost-minimization, cost-effectiveness, cost-benefit, cost-of-illness, cost- utility, decision analysis of life assesments. K.C. Carriere & Rong Huang (2001, p.19)

52 52 Definição de Farmacoeconomia Pharmaeconomics is a process used to identify, measure, and compare the costs and consequences of relevant medical interventions (e.g. drug, services, diagnostic tests) and their impact on patients, health care systems, and society. Susan K. Maue & Richard Segal (2001, p. 145)

53 53 Definição de Farmacoeconomia Pharmaecoecnomics is a specific form of health economics that is restricted to pharmaceutical products. Pharmacoeconomics can be described as a social science concerned with the impact of pharmaceutical products and services on individuals, health systems and society,as well as the description and analysis of the costs. One of the primary gols of pharmecoeconomics is to determine which healthcare alternatives provide the best healthcare outcome per dollar spent. Pharmecoeconomics aims to improve the allocation of resources for pharmaceutical products and services. Wertheimer & Chaney (2003, p. 2)

54 54 Definição de Farmacoeconomia Pharmacoeconomics adopts and applies the principles and methodologies of health economics to the field and pharmaceutical policy (supply and demand for medicines). Walley, Haycox and Bolland (2004, p.1)

55 55 Definição de Farmacoeconomia Pharmaecoeconomics is the branch of economics related to the most economical and eficient use of phamraceuticals; economics approaches are applied to pharmaceuticals to guide the use of limited resources to yield maximum value to patients, health care payers and society in general. Arenas-Guzman, Tosti, Ray e Haneke (2005, p. 34)

56 56 Disciplina que avalia o impacto dos produtos e serviços farmacêuticos nos resultados de saúde e custos para os sistemas provedores de saúde e para a sociedade Definição de Farmacoeconomia

57 57 Definição de Farmacoeconomia... Pharmecoeconomics identifies and attributes monetary dimensons to health interventions comparing their results to the results of similar interventions and the results of diferent interventions (which could well be the simple observation of health status). So, pharmacoeconomics allows the determination of the health gain can be achieved after investigating a speficic ammount of resources. In other words, pharmacoeconomics provides scientific criteria for decisions on the necessary amount of resources for a given area, during a given time, to provide more efficient and rational money allocation. Tatsch & Vianna (2006, p.51)

58 58 Farmacoeconomia: Conceito Dominante A farmacoeconomia é dominada por um simples conceito teórico: o de custo-efetividade. O conceito de custo efetividade implica que nós desejamos alcançar algum objetivo pré-determinado ao menor custo, ou, alternativamente, nós desejamos maximizar os benefícios para os pacientes gerados por uma dada quantidade limitada de recursos. Para alcançar isto, nós usamos os instrumentos de avaliação econômica para selecionar (escolher) as opções mais eficiente entre todas as alternativas disponíveis para maximizar o benefício da população atendida.

59 59 FARMACOECONOMIA definição depende do objetivo 1 - otimização do uso de recursos com medicamentos 1 - interesse social otimização do uso de recursos com medicamentos interesses internos do país e avaliação das decisões e procedimentos de países exportadores 2 - política nacional de medicamentos interesses internos do país (disponibilidade de medicamento, autonomia, gestão de saúde e influências sobre a qualidade do atendimento à saúde) e avaliação das decisões e procedimentos de países exportadores 3 - investimento financeiro (reflete o interesse dos donos e dos acionistas das indústrias farmacêuticas) ferramenta auxiliar para aumentar o retorno dos investimentos, ou seja, o aumento do lucro

60 A Relevância da Farmacoeconomia

61 61 A Relevência da Farmacoeconomia Pesquisa Farmacoeconômica Pressões Políticas Administração dos cuidados de saúde Orçamentos Hospitalares Marketing farmacêutico Governo Federal Planos de Saúde

62 62 Para que Serve a Farmacoeconomia? O seu objetivo global é o apoio à tomada de decisão, identificando as intervenções farmacológicas que contribuem para maximizar o bem-estar relacionado com a saúde dos cidadãos, minimizando o custo de oportunidade num contexto de escassez de recursos. A função da farmacoeconomia consiste em identificar, medir e valorizar os custos e conseqüências das alternativas terapêuticas partindo do juízo de valor de que os recursos devem ser preferencialmente utilizados na produção de bens e serviços que geram maiores ganhos de saúde, em relação aos seus respectivos custos, observando deste modo o princípio normativo da eficiência econômica. João Pereira e Carolina Barbosa (2009, p.9)

63 63 Para que Serve a Farmacoeconomia? Novas Tecnologias oferecem benefícios potenciais e custos adicionais Pagadores estão cada vez mais preocupados com Cuidados da Saúde e Custos Farmacêuticos Análise Custo-Efetividade pode prover para pagadores: – Reembolso – Seleção de Tratamento – Seleção de População de Pacientes

64 64 Aplicação da Farmacoeconomia- Consequências de uma Má Decisão Abandono precoce de uma linha de pesquisa Redução de escolha clínica (importante em resistência, efeitos colaterais – antivirais, antibióticos, anti-inflamatórios) Redução de competição Redução de continuação de pesquisa (inovação incremental – usos específicos, outras indicações, grupos especiais, melhor conveniênica e tolerabilidade) Fonte: Phrma ; Neumann PJ. Health Affairs 2000;19

65 Objetivos da Farmacoeconomia

66 66 Objetivos da Farmacoeconomia A farmacoeconomia busca prover os pagadores (governos ou planos de saúde), médicos e pacientes com uma informação explicita sobre o retorno, o investimento e as relação entre os dois. Miller (2005, p.2), Pharmacoeconomics

67 67 Objetivos da Farmacoeconomia A farmacoeconomia adota e aplica os princípios e metodologias da economia da saúde ao campo dos fármacos e da política farmacêutica. A avaliação farmacoeconômica utiliza, então, uma ampla gama de técnicas usadas na avaliação da economia da saúde num contexto específico da administração da saúde e medicina.

68 68 Objetivos da Farmacoeconomia A farmacoeconomia busca informar aos tomadores de decisão o custo-efetividade relativo das tecnologias em saúde e pode prover uma abordagem racional ao racionamento. Contudo, tais decisões podem estar limitadas por dois fatores: (i) disponibilidade orçamentária (affordability) – se não houver recursos para financiar uma nova intervenção, independentemente de quão eficiente ela seja, então ela não pode ser fornecida. (ii) motivos políticos: pode ser difícil recusar-se a aceitar uma droga, mesmo se ela se mostrar ineficiente.

69 69 Objetivos da Farmacoeconomia Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos. Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.

70 70 Objetivos da Farmacoeconomia Avaliar significa expor um valor assumido a partir do julgamento realizado com base em critérios previamente definidos. Ao avaliar, identificamos uma situação específica reconhecida como problema e utilizamos instrumentos e referências para emitir o juízo de valor, inerente a este processo.

71 71 Objetivos da Farmacoeconomia Today and in the future, health professionals must consider two factors in prescribing of recomending drug therapy that have not traditionally been considered. First, that resources are limited, and they must be spend wisely (efficently); sencondly, that health professional are responsible for the health of a population, and not just their individual pacients. In other words, the opportunity costs of their drug therapy decisions must be considered. Pharmacoeconomics can help clarify and quantify these factors. Lon N. Larson (2001, p.17)

72 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos

73 73 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos Perspectiva é um termo econômico que descreve de quem são os custos relevantes com base no propósito do estudo. A teoria econômica convencional sugere que a perspectiva mais adequada e abrangente é a da sociedade. Os custos para sociedade incluem os custos para a empresa de seguro-saúde, custos para o paciente, custos de outros setores e custos indiretos devido à perda de produtividade. [cf. Rascati (2010, p.33-34)]

74 74 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos Determina quais custos são relevantes para a análise: Sociedade; Pagador; Hospital; Paciente; Para o governo; Para a indústria farmacêutica; Para o pesquisador.

75 75 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos: Custos a Serem Incluídos nos Estudos Exemplos de custosPacienteMédicoHospitalPlano de saúde Sociedade Custos Médicos Diretos Tempo do médiconãosim Outros (enfermagem, etc)simnãosim Drogassim Instrumentos médicos (seringas, ultrasom) não sim Testes de Laboratórionão sim Custos Diretos não médicos Administraçãonão sim Facilidades físicas (clinica)não simnãosim Infra-estrutura (telefones/eletricidade) nãosimnãosim Custos de deslocamento do pacientesimnão sim Cuidados temporáriossimnão sim Custos indiretos Tempo de visita médicasimnão sim Tempo doente e em recuperaçãosimnão sim Contratação de empregada de apoiosimnão sim

76 76 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos A perspectiva é um ponto fundamental quando consideramos qualquer avaliação econômica, isto é, qual é o ponto de vista considerado no estudo conduzido - o do serviço de saúde – onde somente os custos diretos são considerados – ou do ponto de vista social, onde são estudados também os custos indiretos. De um modo geral, a perspectiva social é considerada a mais apropriada. Walley, Haycox and Bolland (2004, p.10)

77 77 As Perspectivas dos Estudos Farmacoeconômicos Pharmacoeconomic outcomes may be measured from three perspectives: societal, institutional, or individual. The perspective chosen is often determined by the nature of the query. For example, it may be desirable to determine the cost of a health care intervention to society as a result of an inquiry into a potential reduction in gross national product. Alternatively, managed care institutions need cost evaluations of health care interventions as a method of formulary development. Finally, individuals may want to know the cost of a health care intervention to determine the change in their quality of life; the cost of medications and other health care interventions may mean not having enough left over for other activities. Just as each of these perspectives asks a different question, each answer requires the evaluation of a different set of costs.

78 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos

79 79 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos Os dados oriundos dos EFs têm ampla possibilidade de utilização na sociedade e compreendem: 1) autorização da comercialização de medicamentos, 2) fixação de preços, financiamento público de medicamentos, 3) suporte nas decisões sobre investigação e desenvolvimento na indústria farmacêutica, 4) definição de estratégias de marketing na indústria farmacêutica, 5) incorporação de medicamentos em guias farmacoterápicos e suporte na tomada de decisões clínicas. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

80 80 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos Na fixação do preço de medicamentos, cada vez mais, são incorporados resultados de EFs, com a finalidade de situar o valor terapêutico do medicamento justificando o seu preço no mercado. Esta estratégia é utilizada para negociação de preços com as autoridades sanitárias, de forma que um determinado medicamento, quando comparado a outra alternativa, possa apresentar um menor preço dependendo das suas vantagens terapêuticas. Os resultados dos EFs podem servir para negociação de preços com ambulatórios, hospitais e setores de assistência médica suplementar. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

81 81 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos Os EFs podem auxiliar na decisão quanto ao grau de financiamento público de medicamentos e quais serão estes agentes. Nos sistemas de saúde de cobertura universal existem listas de medicamentos que, muitas vezes, são totalmente financiadas como, por exemplo, os medicamentos imunossupressores para pacientes transplantados. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

82 82 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos A indústria farmacêutica é um dos setores da sociedade que mais tem incorporado os EFs como suporte nas decisões de investigar e desenvolver novos medicamentos. Os EFs ajudam na definição de estratégias de marketing, auxiliam na modificação de preços, na inclusão de medicamentos em formulários e recomendações terapêuticas. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

83 83 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos Outra finalidade desses EFs é auxiliar as Comissões de farmácia e terapêutica existentes nos serviços públicos e hospitais, na decisão de incorporar medicamentos nos guias farmacoterápicos. Estas comissões são responsáveis pela elaboração e manutenção atualizada de guias de medicamentos. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

84 84 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos A aplicação clínica dos EFs pode, também, beneficiar pacientes, profissionais envolvidos na assistência e a sociedade como um todo, incrementando a qualidade da assistência prestada e racionalizando os recursos. O suporte nas decisões farmacoterápicas pode ser em relação à inclusão do medicamento no guia; à seleção de uma determinada terapia para um paciente; e à normatização da utilização de medicamentos caros, entre outros. [cf. Secoli; Padilha; Litvoc; Maeda (2005)]

85 85 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos Os planos de saúde aplicam estudos farmacoeconômicos na prática de gerenciamento da doença, que significa estudar quais as doenças crônicas e opções de tratamento que permitem aumentar a sobrevida e reduzir os custos globais.

86 86 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos + requerido ; - não requerido [cf. Kolbelt (2002, p.15)] PaísNegociação de PreçoDecisão de Reembolso Decisão sobre a inclusão em formulários Bélgica-++ Dinamarca-++ Finlãndia++- França++- Alemanha--+ Itália-+- Holanda-++ Noruega++- Portugal-+- Espanha-+- Suécia-++ Suiça++- Reino Unido--+

87 87 Aplicação dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi- bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi- bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

88 88 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

89 89 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

90 90 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

91 91 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

92 92 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

93 93 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

94 94 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

95 95 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi- bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi- bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

96 Custos em Farmacoeconomia

97 97 Bibliografia Sugerida Rascati, K. L (2010). Introdução à Farmacoeconomia, Porto Alegre, Artmed. (cap.2) Drummond, M.F et al. Methods for Economic Evaluation of Health Care Promagrammes. Cambridge, Cambridge University Press. (cap.4)

98 98 Bibliografia Sugerida Drummond, M.F e McGuire, A. (2001) Economic Evaluation in Health Care. Oxford University Press (cap.4)

99 99 Custos em Economia da Saúde A análise dos custos em saúde envolve a identificação, mensuração e valoração de todos os recursos que são usados nos cuidados em saúde. O objetivo aqui é valorar o uso dos recursos escassos (materiais, drogas, tempo dos médicos, tempo dos pacientes e etc) que são necessários para produzir certos efeitos em saúde – os desfechos (outcomes) da intervenção. Assim, podemos ser capazes de ponderar os sacrifícios contra os ganhos da intervenção e determinar a necessidade relativa de uma determinada intervenção. cf. Drummond e McGuire (2004, p. 68)

100 100 Custos em Economia da Saúde Custo de aquisição: o preço de compra de uma droga, dispositivo ou outra intervenção de cuidados à saúde, para uma instituição ou pessoa. Custo permissível: a cobrança pelos serviços prestados ou suprimentos fornecidos por um provedor de saúde que se qualifica como gastos a serem cobertos pelo pagador do seguro ou do governo. Custo auxiliar: a taxa associada a serviços adicionais, tais como trabalho de laboratório, radiografia e anestesia que são realizados antes e/ou secundariamente ao procedimento principal.

101 101 Custos em Economia da Saúde Custo evitado: um desperdício financeiro potencial (de utilização de recursos) que é evitado pelo uso de uma intervenção alternativa de cuidados à saúde, tipicamente comparado ao padrão. Custo intangível: custo atribuído à quantidade de sofrimento que ocorre devido à doença ou à intervenção de cuidados à saúde. Este custo está crescentemente sendo incluído nas avaliações de utilidade. Custo do próprio bolso: porção do pagamento que recai sobre um indivíduo a ser feita com seu próprio dinheiro e recursos, ao contrário da porção paga pela seguradora. Por exemplo, co-participação e os custos dedutíveis são custos do próprio bolso.

102 102 Pressões sobre os custos em sa ú de Gastos com saúde Novas Tecnologias Aumento na demanda Aumento das expectativas Envelhecimento da população Problemas estruturais Regulamentação Governamental

103 103 Termos de Custeio Por que calcular custos?

104 104 Por que avaliar e medir custos em saúde? A justificativa fundamental da avaliação econômica é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios potenciais. Assim, se se deseja maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se em conta todos os efeitos que daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente a alocação de recursos.

105 105 As análises do tipo custo da doença são importantes para criar um conjunto de informações necessárias tanto à decisão sobre prioridades de investimento em saúde quanto para verificar o impacto da implantação de ações e programas no setor da saúde. Por que avaliar e medir custos em saúde?

106 106 Termos de Custeio Os custos são calculados para estimar os recursos (ou insumos) que são utilizados na produção de um bem ou serviço. Os recursos utilizados na produção de um bem ou serviço não estão mais disponíveis para a produção de outro. Com base na teoria econômica, o custo efetivo de um recurso é o seu custo de oportunidade – o valor da melhor alternativa abdicada ou da melhor opção seguinte – e não necessariamente a quantia que troca de mãos.

107 107 Como Descrever os Custos em Saúde Custo / tratamento Custo / pessoa Custo / pessoa / ano Custo / caso prevenido Custo / vida salva Cost / QALY (quality-adjusted life year) Cost / DALY (disability-adjusted life year)

108 108 Custo de Oportunidade Custos de Oportunidade Custos associados às oportunidades deixadas de lado, caso a empresa (hospital, clínica, serviço de saúde, médico etc) não empregue seus recursos da maneira mais rentável.

109 109 Reflete o volume de recursos usados, sejam humanos, materiais ou monetários. Admitindo que existam dois programas (A e B) de saúde diferentes e os recursos disponíveis permitem a execução de apenas um deles. Assim, o custo de oportunidade de A é dado pelos benefícios econômicos que o programa B poderia determinar se fosse implantado. Custo de Oportunidade

110 110 Custo em Saúde Os custos de oportunidade em saúde referem- se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente. O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.

111 111 Custos de Oportunidade Opportunity costs, means that the real cost of a health care programmes implementation is not the number of dollars appearing on the programmes budget, but rather the health outcomes achievable in some other health care programme which have been forgone by committing the resources to the first programme. Michael Drummond et.all (1997).

112 112 Custos Totais Em economia os custos totais são obtidos através da multiplicação das quantidades utilizadas de um determinado recurso (q) pelo respectivo preço. Assim, o primeiro passo para determinar corretamente os custos de um programa de saúde corresponde à identificação e quantificação dos recursos relevantes para a situação em questão.

113 113 Categorização dos Custos (i) custos diretos médicos; (ii) custos diretos não médicos; (iii) custos indiretos; (iv) custos intangíveis.

114 114 Categorização dos Custos Não-MédicosDiretos Indiretos Intangíveis Médicos Diretos

115 115 Categorização dos Custos: o Caso do Álcool http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol35/s1/pdf/25.pdf

116 116 Categorização dos Custos: o Caso do Álcool http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol35/s1/pdf/25.pdf

117 117 CUSTOS DIRETOS São os recursos consumidos diretamente no tratamento ou na intervenção. Podem ser médicos ou não-médicos. CUSTOS INDIRETOS Custos indiretos estão relacionados as perdas para a sociedade resultantes da doença ou seu tratamento (impacto na produção) ex. perda de produtividade CATEGORIAS DE CUSTOS CUSTOS MÉDICOS hospitalizações,medica mentos, exames, próteses, honorários etc CUSTOS Ñ-MÉDICOS transporte do paciente, alimentação, residência temporária etc Medição dos Custos em Saúde

118 118 Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos Os custos diretos médicos referem-se aos insumos médicos utilizados diretamente para prestar o tratamento.

119 119 Custos diretos são aqueles relacionados diretamente aos serviços de saúde, que implicam dispêndios imediatos, de identificação objetiva, correspondendo aos cuidados médicos e não médicos. (Bombardier & Eisenberg, 1985; 1989; Lew et al., 1996). Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

120 120 Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos - Exemplos - medicamentos; - consultas; - internamentos; - urgências; - monitoramento de medicamentos; - administração de medicamentos; - aconselhamento e consultas com pacientes; - exames diagnósticos; - hospitalizações; - atendimento ambulatorial; - atendimento no setor de emergência; - atendimentos médicos domiciliares; - serviços de ambulância; - serviços de enfermagem.

121 121 Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos Fonte de Dados - periodicidade do registro da informação; - processo clínicos (hospitais e/ou consultórios); - painéis de médicos; - inquéritos da população; - Base de doso dos grupos de diagnóstico homogêneos;

122 122 Custos Diretos: Fixos Não variam com o volume de serviços prestados. Variáveis Variam com o volume de serviços prestados. Categorização dos Custos: Custos Diretos Médicos

123 123 Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos Os custos diretos não médicos são custos dos pacientes e famílias que estão diretamente associados ao tratamento, mas que são de natureza médica.

124 124 Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos - custos de transporte para recebimento da assistência à saúde (ônibus, gasolina, taxi, etc); - assistência não médica relacionada a condições de saúde (entrega de refeições no domicílio, serviços domésticos); - pernoites em hotéis durante a assistência a pacientes e família de fora da cidade; - adaptações domiciliares; - custo de ida e volta ao hospital, clínica, ambulatório etc;

125 125 Categorização dos Custos: Custos Diretos não Médicos Como identificar? A melhor forma de identificar estes custos diretos não médicos é normalmente através de pesquisas dos doentes.

126 126 Categorização dos Custos: Custos Indiretos Os custos indiretos envolvem custos que resultam da perda de produtividade em virtude de doença ou morte. Os benefícios indiretos são, que são economias atribuíveis a se evitarem custos indiretos, são aumentos nos rendimentos ou produtividade que ocorrem divido ao programa ou a uma intervenção médica.

127 127 Categorização dos Custos: Custos Indiretos Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo ante o processo de adoecimento ou mortalidade precoce. Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença. (Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996).

128 128 Os custos indiretos são relacionados à perda da capacidade produtiva do indivíduo diante do processo de adoecimento ou mortalidade precoce. Eles representam dias de trabalho perdidos, incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença. (Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996). Categorização dos Custos: Custos Indiretos

129 129 Categorização dos Custos: Custos Indiretos - perda de produtividade do paciente (redução dos salários); - perda de produtividade para um acompanhante não remunerado (membro da família, vizinho, amigo, etc); - perda de produtividade devido a mortalidade prematura; - aposentadoria prematura;

130 130

131 131

132 132

133 133

134 Categorização dos Custos em Economia da Saúde

135 135 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo em economia da saúde se refere os recursos consumidor durante o fornecimento de cuidados à saúde. Existem vários subtermos relacionados a custos na economia da saúde.

136 136 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo de aquisição: o preço de compra de uma droga, dispositivo ou outra intervenção de cuidado à saúde, para uma instituição ou pessoa. O custo de aquisição para o mesmo produto ou serviço, tipicamente, varia, dependendo do comprador e dos arranjos feitos entre o produtor e o fornecedor do serviço e o clínico geral final, que entrega ou fornece o produto ao paciente

137 137 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo permissível: a cobrança pelos serviços prestados ou suprimentos fornecidos por um provedor de saúde, que se qualifica como gastos a serem cobertos pelo pagador do seguro ou governo.

138 138 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo auxiliar: a taxa associada a serviços adicionais, tais como trabalho de laboratório, radiografias e anestesia que são realizados antes e/ou secundariamente ao procedimento principal.

139 139 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo evitado: o desperdício financeiro potencial (de utilização de recursos) que é evitado pelo uso de uma intervenção alternativa de cuidados à saúde, tipicamente comparado ao padrão.

140 140 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo incremental: o custo adicional de um produto de cuidados à saúde ou serviços comparada a uma alternativa.

141 141 Categorização dos Custos em Economia da Saúde Custo do próprio bolso: a porção de um pagamento que recai sobre um indivíduo a ser feita como seu próprio dinheiro, aos contrário da porção paga, pela seguradora. Por exemplo, co-participação e os custos dedutíveis são custos do próprio bolso.

142 142 Categorização dos Custos: Custos Intangíveis Os custos intangíveis incluem custos de dores, sofrimento, ansiedade ou fadiga que ocorrem devido a uma doença ou ao tratamento de uma doença. Os benefícios intangíveis são a contenção ou a mitigação dos custos intangíveis, são benefícios resultantes da redução da dor e do sofrimento relacionados a um programa ou a uma intervenção.

143 143 Custos Intangíveis: referem-se aos custos psicológicos da doença (ansiedade e depressão), custo psicológico associado à perda de trabalho ou incapacidade de trabalhar, da dependência física, do isolamento social, dos conflitos familiares, da dor, da alteração de suas atividades da vida diária, da piora da qualidade de vida. Em resumo são os custos psicológicos com o preconceito por seqüelas deixadas pela doença. Categorização dos Custos: Custos Intangíveis

144 144 Os custos intangíveis são custos de difícil mensuração monetária. Embora muito importantes para os pacientes, ainda necessitam de significado econômico. São os custos do sofrimento, da dor, da tristeza, da redução da qualidade de vida (Bombardier & Eisenberg, 1985; Eisenberg, 1989; Villar, 1995; Lew et al., 1996). Categorização dos Custos: Custos Intangíveis

145 145 Categorização dos Custos: Custos Intangíveis - dor e sofrimento; - fadiga; - ansiedade; - desconforto; - náusea. De um modo geral reduzem a qualidade de vida.

146 146 Categorização dos Custos: Custos Indiretos - Exemplo http://www.arthritis-research.org/Documents/productivity_acr_2003.ppt#279,2,Productivity

147 147 Custo Diretos e Indiretos ASMA Smith D.H et al. Am J Resp Crit Care Med 156 :787-93,1997

148 As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos

149 149 As Abordagens na Medição dos Custos Indiretos Há três abordagem para se medir os custos indiretos nos estudos de farmacoeconomia: 1) abordagem do capital humano (human capital approach); 2) abordagem da disposição a pagar (willingness approach). 3) abordagem da fricção (friction approach).

150 150 Definição de Capital Humano Capital humano é o conhecimento, as habilidades e a experiência que tornam um indivíduo mais produtivo e, assim, capaz de auferir rendas maiores durante a vida

151 151 Definições de Capital Humano Gary Becker (1962) - capital humano é qualquer atividade que implique num custo no período corrente e que aumente a produtividade no futura pode ser analisada dentro da estrutura da teoria do investimento.

152 152 Os Investimentos em Capital Humano Gary Becker's most noteworthy contribution is perhaps to be found in the area of human capital, i.e., human competence, and the consequences of investments in human competence. The theory of human capital is considerably older than Becker's work in this field. His foremost achievement is to have formulated and formalized the microeconomic foundations of the theory. In doing so, he has developed the human-capital approach into a general theory for determining the distribution of labor income. The predictions of the theory with respect to the wage structure have been formulated in so-called human- capital- earnings functions, which specify the relation between earnings and human capital. These contributions were first presented in some articles in the early 1960s and were developed further, both theoretically and empirically, in his book, Human Capital, written in 1964.

153 153 A estimação da earning function Em logaritmos obtemos que: log Y s = log Yo + sln (1+r) log Ys = ln Y o + rs r mede a taxa de retorno de um investimento em um ano a mais de educação.

154 154 Método do Capital Humano O método do capital humano é um método de estimativa da relação custo- produtividade na ausência de preços de mercado. Esse método estima o valor do capital humano como o valor presente dos ganhos futuros do indivíduo.

155 155 Método do Capital Humano O método do capital humano é usado para obter uma estimativa do capital humano de um indivíduo. O capital humano consiste das posses individuais, tais como conhecimento, habilidades e outras características que contribuam à habilidade do indivíduo para produzir.

156 156 Método do Capital Humano A perda de produtividade associada à morte, doença ou lesão usando a abordagem de capital humano é o valor de mercado daquela contribuição futura do indivíduo à produção, se ele tivesse permanecido em saúde plena. Por conseguinte, o método é usado para estimar o custo da indireto da doença.

157 157 Método do Capital Humano A abordagem do capital humano é uma forma de medir benefícios indiretos. O CH estima perdas salariais e de produtividade devido a doença, incapacidade ou morte. A abordagem do CH pressupõe que o valor dos benefícios à saúde seja igual à produtividade econômica que eles permitem.

158 158 Método do Capital Humano Os dois componentes básicos para o cálculo do CH são os seguintes: (i) taxa salarial (salários, ver PNAD); (ii) tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da doença (obtido em relatório próprio).

159 159 Método do Capital Humano As taxas salariais devem ser baseadas na população média, e não nas de pacientes específicos incluídos no estudo.

160 160 Método do Capital Humano O método do capital humano não incorpora valores para dor e sofrimento se esses valores não tiverem impacto sobre a produtividade (ex. menopausa, queda de cabelo). [cf. Rascati (2010, p.115)]

161 161 Método do Capital Humano A abordagem do capital humano é o método mais usado para medição dos benefícios indiretos. [cf. Rascati (2010, p.115)]

162 162 Na abordagem do capital humano, os custos indiretos geralmente são avaliados com base na morbidade, incapacidade ou mortalidade prematura. A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach)

163 163 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach) A abordagem do capital humano pressupõe que o valor de benefícios a saúde seja igual à produtividade econômica que eles perdem (que seria igual a taxa de salário de mercado).

164 164 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach) Existem dois componentes básicos para o cálculo do capital humano: a taxa salarial (w) e o tempo perdido (t – medidos em dias ou anos) em decorrência da doença. As estimativas de renda podem ser obtidas, no Brasil, a partir de dados da PNAD, RAIS etc, ou qualquer outra fonte de dados que forneça estimativas de renda baseadas em gênero, idade ou ocupação. O tempo perdido (dias ou anos) em decorrência da doença por der obtido por relatório próprio.

165 165 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach) Na abordagem do capital humano estima-se o valor presente das renda futuras de um indivíduo. Esta abordagem tem sido usada principalmente em aplicações legais que requerem estimativas dos danos causados. Ela estima também a perda em termos do PIB (produto interno bruto) resultante da mortalidade e da morbidade ou ainda dos ganhos de produção resultantes da poupança e da extensão da vida dos indivíduos.

166 166 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach) A incapacidade pode ser temporária ou permanente. Ela é aplicada aos indivíduos que fazem parte da população econômicamente ativa de um país. A incapacidade permanente refere-se a perda permanete do produto do trabalho no mercado ou doméstico devido a uma doença. A quantificação da perda de rendimento geralmente é baseada no pressuposto de que as pessoas incapacitadas, se elas pudessem trabalhar, iriam ter a mesma experiência que a população em condições similares.

167 167 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach) Os custos indiretos na abordagem do capital humano são vistos como os rendimentos presentes e futuros, perdidos pelo indivíduo como resultado de uma doença. Os indivíduos são assumidos que poderiam produzir durante a tempo que permanecem no mercado de trabalho e poderiam ser valorados do mesmo modo que os indivíduos que estão no mercado de trabalho em condições saudáveis, ceteris paribus.

168 168 A Abordagem do Capital Humano (Human Capital Approach): Críticas - A teoria do capital humano não mede da disposição dos indivíduos a evitar os riscos de acidentes, morte ou doenças e nem mede o que um indivíduo estaria disposto a pagar para reduzir os riscos dos mesmos. Isto é feito pela abordagem willingness to pay.

169 169 EARNINGS AND CHRONIC RENAL DISEASE IN BRAZIL - 1998 Authors: Márcia Regina Godoy [PPGE/UFRGS] Giacomo Balbinotto Neto [UFRGS/PPGE] Eduardo Pontual Ribeiro [UFRJ/PPGE]

170 170 Economics of Renal Disease Objective: verify the impact of the Chronic Renal Disease on the incomes [Labor Market]. Data Source: Pesquisa Nacional de Amostra por Domicíclios (PNAD)/1998, a Brazilian Household Survey. Method: Quantile Regression (QR).

171 171 EARNINGS AND CHRONIC RENAL DISEASE Equation: θ (0,1) W: log wage/hour; E: years of education; S: gender; I: years, D: dummy for CRD; C: dummy for color There are separate regressions by gender. Sample of the men and women among 18-55 years.

172 172 Results from OLS and Quantile Regression MQORQ.10RQ.25RQ.50RQ.75RQ.90 Sexo-0.359-0.308-0.324-0.359-0.383-0.378 (78.23)**(35.28)**(64.00)**(65.71)**(54.43)**(42.75)** Estudo0.1410.1220.1300.1410.1470.150 (258.33)**(111.90)**(172.00)**(215.07)**(212.91)**(162.88)** Idade0.8740.7170.7930.8780.9471.014 (54.74)**(32.77)**(36.49)**(40.93)**(39.98)**(26.61)** Idade 2-0.088-0.077-0.083-0.089-0.093-0.099 (38.52)**(24.66)**(27.27)**(29.00)**(26.64)**(18.08)** Branco0.1040.1010.1100.1080.1040.101 (23.36)**(12.76)**(19.25)**(18.28)**(20.66)**(12.80)** Renal-0.111-0.112-0.132-0.119-0.115-0.103 (8.33)**(4.72)**(7.15)**(7.91)**(5.77)**(5.26)** Const.0.246-0.1270.0510.2330.4850.744 (9.30)**(3.51)**(1.39)(6.66)**(12.93)**(12.00)** R 2 / P.R 2 0.440.17040.21550.26100.30330.3213 Estatística t entre parênteses. ** Estatisticamente significante a 1%. Nº Observações: 111.988

173 Willingness-to-Pay Approach

174 174 Willingness-to-Pay Approach O método da disposição a pagar busca avaliar tanto os aspectos indiretos como intangíveis de uma doença ou condição. Ele busca determinar quanto as pessoas estão dispostas a pagar para reduzir a chance de um desfecho adverso de saúde.

175 175 Willingness-to-Pay Approach De acordo com a teoria do bem-estar, o benefício que um indivíduo recebe de um serviço ou intervenção é definido como a disposição máxima que um indivíduo está disposto a pagar pelo serviço ou intervenção. O benefício para a sociedade da intervenção é a soma da disposição a pagar de cada indívíduo.

176 176 Willingness-to-Pay Approach Nesta abordagem, a vida é avalida de acordo com o que os indivíduos estão dispostos a pagar por uma mudança que reduza a probabilidade de morte ou doença. Esta abordagem é útil para indicar como os indivíduos valorizam a vida e a saúde quando deriva-se preferências sociais para políticas públicas.

177 177 Willingness-to-Pay Approach A abordagem Willingness-to-Pay determina os custos indiretos quando são consideradas as preferências dos indivíduos. Esta abordagem busca mediar o montante monetário máximo que um indivíduo estaria disposto a investir para preserver sua vida ou saúde para limitar os fatores de risco e saúde. Esta abordagem é utilizada nos EUA, Inglaterra, Australia e países escandinavos.

178 178 Willingness-to-Pay Approach Vamos assumir aqui que um tratamento é introduzido e que desloque o seu status de saúde de um estado de doença específico (HD) para um de plena saúde (H*). A disposição a pagar é igual ao montante máximo de recursos monetários que você estaria disposto a pagar pelo tratamento que restaurasse a sua plena saúde enquanto mantivesse o mesmo nível de bem-estar geral ou a sua utilidade. Se você tivesse que pagar mais do que este máximo, a perda de renda iria mais do que compensar o ganho de bem-estar devido a mudança no estado de saúde.

179 179 Willingness-to-Pay Approach 0 Y1Y1 Y0Y0 Willingness-to-Pay Renda (Y) Utilidade (U) U(H*) U(HD) U*

180 180 Willingness-to-Pay Approach A disposição a pagar é uma medida de quanto um indivíduo valoriza uma determinada melhoria na saúde. Isto varia entre indivíduos e depende da severidade da doença bem como da disposição e capacidade de trocar recursos monetários por saúde.

181 181 Willingness-to-Pay Approach Visto que a disposição a pagar varia entre os pacientes, tanto devido as diferenças nas preferências como na renda, a curva de demanda é negativamente inclinada, indicando que mais pacientes irão escolher o tratamento a preços mais baixos. Na figura abaixo, a área sob a curva de demanda representa a disposição a pagar pelo tratamento (a soma da disposição a pagar de cada paciente).

182 182 Willingness-to-Pay Approach preço Total de pacientes dispostos a pagar pelo tratamento 0 Todos os pacientes

183 Averting Behavior Approach

184 184 Averting Behavior Approach O método de averting behavior examina as medidas preventivas tomadas para evitar a exposição ao risco ou mitigar os efeitos das doenças. Os investimentos realizados em medidas preventivas são usadas como uma proxy para a disposição a pagar (willingness-to-pay) para evitar uma doença particular.

185 Friction Costs

186 186 Friction Costs O método de atrito de custos (friction cost method) é um método de estimativa da razão custo-produtividade na ausência de preços de mercado. Esse método estima o valor do capital humano quando outro trabalhador, proveniente do lote de desempregados, substitui o valor presente dos ganhos futuros de um trabalhador, até que o trabalhador doente ou ausente retorne ou, então, seja substituído.

187 187 O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap e Ineveld (1992), Koopmanschap e Rutten (1993) e Koopmanschap et al. (1995) como uma melhoria do método do capital humano. Segundo esta abordagem, a teoria do capital humano representaria uma medida potencial do valor da produção perdida devido a doença ao invés da perda corrente. [cf. Sculper (2004, p.102) in: Drummond e McGuire (2004)] Friction Costs

188 188 Friction Costs O método dos custos de fricção foi introduzido por Koopmanschap at al. (1992) como uma melhoria do método do capital humano. Os custos de fricção mede somente a perda de produção do indivíduo doente até o momento que um novo trabalhador (previamente desempregado) o substitui. Além disso, os custos de contratação e treinamento devem ser também incluídos. O pressuposto subjacente do método de fricção é que a economia não está sempre operando na situação de pleno emprego.

189 189 Friction Costs O método dos custos de fricção é um método de estimação dos custos de produtividade que busca calcular as perdas de produção durante o período de substituição do trabalhador doente, isto é, entre o início de sua ausência no trabalho e a sua substituição definitiva.

190 190 Friction Costs Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável. Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo despendido na susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamento para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.

191 191 Friction Costs A abordagem dos custos de fricção adota uma abordagem social que leva em conta apenas os custos da substituição entre os trabalhadores. Na prática ela leva a menores custos do que a abordagem do capital humano, mas parece ser mais realista. [cf. Walley, Haycox e Bolland (2004, p.95)]

192 192 Friction Costs A abordagem dos custos de fricção é baseada na idéia de que o pico de perda de produtividade de um trabalhador depende do tempo necessário que uma empresa requer para substituí-lo obtendo um nível similar de produtividade. [cf. Rychlik (2002, p.18)]

193 193 Friction Costs Referem-se aos custos de substituição de um indivíduo doente por um saudável. Friction costs incluem os custos associados com o montante de tempo associado a susbstitução de um trabalhador doente, aos custos de treinamentos para um trabalhador novo ou temporário e os custos referentes a redução de produtividade durante a ausência do trabalho do trabalhador adoentado.

194 194 FC X HC Holanda (1988, bilhões de gilders) Koopmanschap at al. (1995) Categoria de custosCapital HumanoCustos de Fricção Ausência do trabalho23,89,2 Invalidez49,10,15 Mortalidade8,00,15 Total89,99,5 % da renda nacional líquida 18%2,1%

195 A Aborgagem de Drummond e col. (2005)

196 196 A Aborgagem de Drummond e col. (2005) Drummond e col. (2005) sugeriram uma categorização alternativa que incluía quatro categorias a seguir: (i) custos do setor de assistência à saúde; (ii) custos de outros setores; (iii) custos do paciente e da família; (iv) custos de produtividade.

197 197 Custos do Setor de Assistência à Saúde Os custos do setor de assistência a saúde referem-se os recursos médicos consumidos por entidades de assistência a saúde. Esses tipos de custos são similares aos da definição de custos diretos médicos, mas não incluem custos diretos médicos pagos pelos pacientes (franquias, coparticipação nos pagamentos) ou por outras entidades não relacionadas à assistência à saúde.

198 198 Custos de Outros Setores Referem-se aos custos que algumas doenças e tratamentos causam sobre outros setores não relacionados à assistência à saúde, como os setores de habitação, serviços domésticos, e serviços educacionais.

199 199 Custos do Paciente e da Família Os custos do paciente e da família incluem os custos do paciente e de sua família sem considerar se são de natureza médica ou não médica.

200 200 Custos de Produtividade Os custos de produtividade são análogos ao termo econômico custos indiretos.

201 201 Custo de Oportunidade em Farmacoeconomia Os custos de oportunidade em farmacoeconomia referem-se aos benefícios perdidos quando selecionamos uma terapia alternativa, comparando-a com uma outra melhor alternativa existente. O que importa aqui não é o quanto a intervenção em saúde custa, mas o que nós devemos abrir mão quando usamos tal intervenção.

202 Os Resultados em Farmacoeconomia

203 203 Os Resultados em Farmacoeconomia Outcome é um termo clássico que traduz resultados, impactos ou conseqüências de intervenções na saúde, podendo ser expressos em unidades monetárias, clínicas e humanísticas. Os outcomes podem ser multidimensionais, dependendo da perspectiva da análise. Por exemplo, os profissionais de saúde preocupam-se com os outcomes clínicos dos tratamentos. As empresas financiadoras de serviços de saúde têm focado suas decisões nos outcomes aferidos em unidades monetárias. Por outro lado, os pacientes, cada vez mais participativos do processo de decisão em relação à saúde, mostram-se interessados nos outcomes humanísticos (Detsky & Naglie, 1990; Bootman et al., 1996).

204 204 Os Resultados em Farmacoeconomia As investigações de outcomes são realizadas no intuito de identificar, medir e avaliar os resultados finais dos serviços de saúde. Na terapia medicamentosa, usualmente são adotados os outcomes relacionados à mortalidade, razão de cura, adesão do paciente, qualidade de vida, entre outros.

205 205 Os Resultados em Farmacoeconomia Eficácia diz respeito aos benefícios, conseqüências, resultados, outcome do medicamento quando utilizado em condições ideais, situação que, habitualmente, ocorre nos ensaios clínicos em que há seleção dos pacientes mediante estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, controle rigoroso da evolução clínica do paciente e vigilância rigorosa do cumprimento do plano terapêutico.

206 206 Os Resultados em Farmacoeconomia A efetividade é entendida como a medida dos outcomes, quando o medicamento é utilizado na prática clínica diária, ou seja, nas condições habituais reais. Destaca-se que a efetividade é freqüentemente menor que a eficácia (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996).

207 207 Os Resultados em Farmacoeconomia Eficiência representa a relação entre os recursos financeiros (custos) e os outcomes utilizados em determinada intervenção. Assim sendo, a farmacoeconomia busca determinar, entre alternativas terapêuticas, qual é a mais eficiente, e qual destas produzem os melhores outcomes, segundo os recursos investidos. Trata-se, portanto, de uma área de conhecimento em que são comparadas as eficiências das estratégias usadas na saúde (Jolicoeur et al., 1992; Sacristán Del Castilho, 1995; Bootman et al., 1996; Ugá, 1995).

208 208 Os Resultados em Farmacoeconomia A condução das análises farmacoeconômicas segue o modelo de análise econômica proposta inicialmente por Bombardier & Eisenberg (1985) e depois adotada por outros, em que são consideradas as seguintes dimensões: custo, perspectiva e tipo de análise (Guyatt et al., 1986; Eisenberg, 1989; Jolicoeur et al., 1992).

209 209 Resumo Farmacoeconomia - constitui-se num método útil para estabelecer valor de intervenções em saúde da tentativa de avaliar o impacto da utilização do fármaco nos custos médicos totais. No momento de registro e lançamento de um novo fármaco o valor econômico e clínico verdadeiro não é completamente conhecido. Métodos farmacoeconômicos auxiliam os tomadores de decisão em saúde.

210 210 Resumo O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde. O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.

211 211 Algumas palavras finais... It is important to remember that the discipline of pharmacoeconomics is still in its infancy and wide range of fundamental, theoretical and practical issues remain to be resolved.The manner in which technical issues are adressed is likely to shape the future structure of pharmacoeconomics. In particular, a topic of major concern is the technical development and appropriate role of economic modeling withing pharmacoeconomics. Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 170)

212 212 Algumas palavras finais... Pharmaecoeconomics is a young science and needs much futher development. It needs to keep its theoretical base within welfare economics and health economics needs to work more closely within clinicians and other health professionals. There will be technical developments in pharmaecoecnomics – some of which will be little more than fashions, some dead ends, but many will develop the science and allow it to progress. Unlikely many aspects of medical science, pharmacoeconomics exist not in academic isolation but will be shaped by changes in social and economic policies. As a social science improves, pharmacoecnomics will become, quite appropriately, an increasingly important factor driving health policy in the future. Walley, Haycox e Bolland (2004, p. 174)

213 213 Condução dos Estudos Farmacoeconômicos http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf http://oberon.sourceoecd.org/vl=10151448/cl=16/nw=1/rpsv/cgi-bin/wppdf?file=5lgsjhvj7q7g.pdf

214 214 Resumo Farmacoeconomia - constitui-se num método útil para estabelecer valor de intervenções em saúde da tentativa de avaliar o impacto da utilização do fármaco nos custos médicos totais. No momento de registro e lançamento de um novo fármaco o valor econômico e clínico verdadeiro não é completamente conhecido. Métodos farmacoeconômicos auxiliam os tomadores de decisão em saúde.

215 215 Resumo O campo de pesquisa de farmacoeconomia está em evolução e torna-se cada vez mais necessário na avaliação de tecnologias em saúde. O objetivo de uma avaliação econômica não dever ser cortar custos e sim usar os recursos escassos de forma mais eficiente para melhor qualidade no cuidado à saúde da população.

216 216 A Necessidade de Educação Farmacoeconômica There is a need for pharmacoeconomics education at many levels. Although the specifics of traning may differ based on factors such as the target audience, experience level of students and the desidered level of education, some standardisation should be considered. There is a global need for more training in pharmaecoeconomics. RASCATI, K.L, DRUMMOND, M.F, ANNEMANS, L e DAVEY, P. Education in Pharmaeconomics: An International Multidiciplinary View. Pharmacoeconomics (2004).

217 217 A Necessidade de Educação Farmacoeconômica There is a strong need for education in the field of pharmacoeconomics and outcomes research. However, when teaching to an audience in this field, there should be clear objectives in terms of the desired outcomes of the education process. An outcomes-based approach provides better clarity for teachers about the goals to be achieved, and makes it easier for students to know what they are expected to learn. Universities and health professional bodies increasingly use outcomes-based learning. Fonte: http://www.ispor.org/education/learning_outcomes.asphttp://www.ispor.org/education/learning_outcomes.asp

218 218 Bibliografia - Livros

219 219 Bibliografia - Livros

220 220 Bibliografia - Livros

221 221 Bibliografia em Português

222 222 Bibliografia - Periódicos

223 223 Bibliografia - Periódicos

224 FIM Introdução à Farmacoeconomia Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS) Ricardo Letizia Garcia (UERGS)


Carregar ppt "Introdução à Farmacoeconomia Giácomo Balbinotto Neto (UFRGS) Ricardo Letizia Garcia (UERGS)"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google