Título do Trabalho: Prevalência e fatores associados ao tabagismo entre freqüentadores do campus da UNISUL em Tubarão – SC. Circe da Cunha Dutra 1, Giovanna.

Apresentação em tema: "Título do Trabalho: Prevalência e fatores associados ao tabagismo entre freqüentadores do campus da UNISUL em Tubarão – SC. Circe da Cunha Dutra 1, Giovanna."— Transcrição da apresentação:

1 Título do Trabalho: Prevalência e fatores associados ao tabagismo entre freqüentadores do campus da UNISUL em Tubarão – SC. Circe da Cunha Dutra 1, Giovanna Luísa Olivieri dos Santos, André Junqueira Xavier 2. 1 - Acadêmico do 10º semestre do curso de Medicina – bolsista PUIC 2 - Professor do Curso de Medicina - Orientador Introdução A OMS afirma que o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo mundo. Estima-se que um terço da população mundial adulta sejam fumantes, 47% da população masculina e 12% da feminina no mundo fumam. Nos países em desenvolvimento a maioria dos fumantes é constituída pela população masculina já nos países desenvolvidos a participação feminina triplica esse índice1. Cerca de 33 milhões de brasileiros sendo que 8% dos jovens fumam regularmente. O Brasil é o quarto produtor mundial de tabaco e tem o sexto maior mercado de cigarros do mundo. O tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve as facilidades e estímulos para obtenção do produto2. Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro, sendo influenciados pela publicidade e, além disso, pelos pais, professores, ídolos e amigos. Existem dois tipos de fumantes: o ativo que são os que praticam o tabagismo regularmente e continuamente, e o passivo que apesar de não praticarem o tabagismo, freqüentam ambientes poluídos com substância da fumaça do cigarro. Estima-se que para cada fumante regular existem dois fumantes passivos. Instituições universitárias apresentam alta prevalência de tabagismo apesar do nível educacional e de informação sobre seus efeitos deletérios4. O tabagismo também pode provocar um círculo vicioso de diminuição da atividade física5. Dentro de uma instituição, fumantes e não fumantes estão expostos aos risco do tabaco em ambientes fechados6. Com a concretização deste projeto serão obtidos dados relacionados à prevalência do tabagismo no campus da UNISUL em Tubarão – SC. Dentre eles destacam-se a quantidade e o tipo de cigarro utilizado, o tempo de fumante, dados sobre a decisão de parar de fumar e o cálculo do nível de adição à nicotina. Objetivos Avaliar a prevalência e fatores associados ao tabagismo no campus da UNISUL em Tubarão – SC. Metodologia Foi realizado um estudo transversal. A população em estudo foi constituída por alunos e funcionários do campus da UNISUL em Tubarão-SC. A coleta de dados foi realizada, utilizando um questionário autoaplicável, no período entre abril a junho de 2010. Foram incluídos todos os alunos e funcionários que aceitaram participar do projeto neste período e que assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. O questionário utilizado foi o de Fargerstron tendo como variáveis a quantidade e o tipo de tabaco utilizado, o tempo de tabagismo, a decisão sobre parar de fumar e o cálculo do nível de nicotina e, também, dados sócios demográficos. O banco de dados foi construído com o auxílio do programa Epidata versão 3.1 e a análise estatística realizada com o SPSS 15.0 e o Epiinfo 6.04. Os resultados foram apresentados na forma de percentual, média, mediana. As análises serão feitas por meio do teste T de Student para amostras independentes e análise bivariada e multivariada. Resultados Foram entrevistados 85 indivíduos, dos quais 71 eram alunos e 14 eram funcionários do campus UNISUL, Tubarão – SC. Do total de participantes, 43 (50,6%) era do gênero feminino e 42 (49,4%) do gênero masculino com média de idade encontrada no presente estudo foi 24,47±5,24anos. Tabela 1: Características relacionadas ao curso e período a qual estavam cursando. Quanto ao número médio de cigarros/dia o valor foi de 13,55±7,2.. Em relação ao tempo médio de fumo o valor foi de 5,45 anos. Figura 1: mostra os tipos de cigarros utilizados. Dos que tentaram cessar seu vício, a média de tentativas foi de 1,82±6 vezes. Dentre os métodos mais utilizados destacaram-se a goma de mascar e o adesivo de nicotina totalizando 9,4 o programa do SUS e o uso de remédio em 1,2% cada. Porém 27 (31,8%) não necessitaram de qualquer tipo de método para interromper o uso do cigarro. Os motivos frequentementes citados como causadores de recaídas foram: 17 (20%) estresse, 4 (4,7%) bebida alcoólica, 5 (5,9%) festas, 8 (9,4%) a vontade de fumar novamente e 3 (3,5%) o fato de possuírem amigos tabagistas. Analisando os disparadores 17 (20%) citou o trânsito, 14 o fato de tomar café, 68 a bebida alcoólica, 62 uma situação de estresse e 4 o final de uma refeição. Tabela 2: Postura dos entrevistados frente a decisão de cessar o tabagismo. Apenas 6 dos entrevistados possuem data pré-definida para parar de fumar. Em relação ao nível de adição a nicotina: a maioria dos entrevistados (63,5%) fuma o primeiro cigarro 60 minutos após acordar, 82,4% não acham difícil não fumar em locais proibidos e 40% fumam mesmo doentes. Figura 2: Escore de dependência física a nicotina. Não foram encontradas diferenças significativas, pelo teste T de Student para amostras independentes, na prevalência e nível de dependência em relação ao gênero, turno de estudo e ser funcionário ou aluno. Conclusões Conclui-se, portanto, que a amostra foi composta em maior parte por mulheres. A média de cigarros consumidos diariamente foi de 13.55, o que não evidenciou dependência física de elevado grau no presente estudo. A maioria dos entrevistados fuma o primeiro cigarro 60 minutos após acordar e não acham difícil não fumar em locais proibidos e 40% fumam mesmo doentes. Frente a isso podemos afirmar que uma boa campanha de orientação poderá gerar bons resultados. Bibliografia 1.Instituto nacional do Câncer, acessado em http://www.inca.gov.br, abril de 2009.http://www.inca.gov.br 2.Ministério da Saúde, acessado em http://www.saude.gov.br, abril de 2009.http://www.saude.gov.br 3.Organização Mundial da Saúde. Tobacco Free Iniciative, acessado em http://www.who.int/tobacco/en/, abril de 2009. http://www.who.int/tobacco/en/ 4.Mirra, Antonio Pedro et al. Tabagismo entre alunos e funcionários da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Saude soc., Dez 1999, vol.8, no.2, p.93- 108. 5.Rodrigues, Elizângela Sofia Ribeiro, Cheik, Nadia Carla and Mayer, Anamaria Fleig Nível de atividade física e tabagismo em universitários. Rev. Saúde Pública, Ago 2008, vol.42, no.4, p.672-678. 6.Griep, Rosane H., Chór, Dora and Camacho, Luiz A. B. Tabagismo entre trabalhadores de empresa bancária. Rev. Saúde Pública, Dez 1998, vol.32, no.6, p.533-540. 7.Instituto nacional do Câncer. Convenção Quadro para o controle do tabaco, acessado em http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/cquadro.pdf, abril de 2009. http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/cquadro.pdf 8.Meneses-Gaya IC, Zuardi AW, Loureiro S R, Crippa JAS. Psychometric properties of the Fagerström Test for Nicotine Dependence. J. bras. pneumol. [serial on the Internet]. 2009 Jan [cited 2009 Apr 29] ; 35(1): 73-82. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 37132009000100011&lng=en, abril de 2009. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 37132009000100011&lng=en Caracter í sticasN ú mero (%) Curso Administra ç ão 1216,9 Medicina1115,4 Medicina veterin á ria 68,4 Direito1216,9 Enfermagem68,4 Psicologia811,2 Farm á cia 45,6 Nutri ç ão 811,2 Odontologia45,6 Per í odo Matutino1723,9 Vespertino00 Noturno2839,4 Integral2636,6 Caracter í sticasN ú mero (%) Pr é -contempla ç ão 6171,8 Contenpla ç ão 55,9 Prepara ç ão 1416,5 A ç ão 55,9 Manuten ç ão 00