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Por que falar sobre juventude hoje?

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Apresentação em tema: "Por que falar sobre juventude hoje?"— Transcrição da apresentação:

1

2 Por que falar sobre juventude hoje?
O que conversaremos? Por que falar sobre juventude hoje?

3 Juventude? ou Juventudes?

4 As Juventudes Juventude, Juventudes?
A imagem dos jovens é permeada por estereótipos e por um conjunto de idéias bastante contraditórias sobre a vivência da condição juvenil É comum, por exemplo, que comerciais e propagandas explorem a imagem da juventude, associando os sujeitos jovens à saúde, ao desprendimento, à liberdade e à espontaneidade. Por outro lado, nos noticiários da TV, podemos observar uma percepção bastante negativa dos jovens, atrelando suas imagens, sobretudo de negros e pobres, ao desvio, à desordem social e à violência. Análise biopsicológica X sociológica - Tempo presente X futuro; É preciso perceber que a juventude também é uma vivência específica no presente, marcada por novas experiências, contato com outros grupos e maior autonomia da família e de outros adultos. Assim, a juventude combina processos de preparo para a vida adulta, entrando aí a formação, com outros de experimentação e construção de trajetórias que incluem a inserção no mundo do trabalho, a definição de identidades, a vivência da sexualidade, da sociabilidade, do lazer, da fruição e criação cultural e da participação política efetiva.

5 As Juventudes ONU: 15 – 24 anos
OIJ (Organização Ibero-americana de Juventude): 15 – 29 anos Legislação brasileira: 15 – 29 anos, a Política Nacional de Juventude, conforme dispositivo na Lei Federal Nº , de 30 de junho de 2005.

6 As Juventudes O Conselho Nacional de Juventude - CONJUVE, um espaço de articulação e formulação de políticas para juventude que reúne sociedade civil e representantes do poder público, considera que são jovens no Brasil: “(...) o cidadão ou cidadã com idade compreendida entre os 15 e os 29 anos. (...) Nesse caso, podem ser considerados jovens os “adolescentes-jovens” (cidadãos e cidadãs com idade entre 15 e 17 anos), os “jovens-jovens” (com idade entre os 18 e 24 anos) e os “jovens-adultos” (cidadãos e cidadãs que se encontram na faixa-etária dos 25 aos 29 anos).”

7 As Juventudes X Adolescência
De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS, a adolescência constitui um processo fundamentalmente biológico e psíquico, que vai dos 10 aos 19 anos de idade, abrangendo a pré-adolescência (10 a 14 anos) e a adolescência propriamente dita (15 a 19 anos). Esta definição leva em conta o desenvolvimento bio-psíquico dos sujeitos. Já a juventude é considerada uma categoria que foi social e historicamente construída e que está relacionada com um período no ciclo vital dos indivíduos para o qual cada sociedade atribui sentidos, expectativas e significados diversos. A juventude, tal como a concebemos hoje, está conectada à estruturação da sociedade moderna ocidental e às novas possibilidades abertas pelo desenvolvimento industrial e capitalista. A idéia de juventude foi estabelecendo-se como um momento cuja marca seria o preparo para a “vida adulta”. E esse ciclo termina quando os sujeitos transpõem algumas fronteiras que marcam aquilo que socialmente é atribuído ao mundo dos adultos: terminar os estudos, viver do próprio trabalho, sair da casa dos pais, casar-se, ter filhos e estabelecer-se numa moradia pela qual se torna responsável.

8 As Juventudes X Adolescência
POLÍTICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Trata especificamente de tutela, defesa e proteção social do grupo de 0 a 18 anos e tendencialmente tem a prevalência de sua competência em relação a os jovens/adolescentes - dos 15 a 18 anos. São organizações de adultos que participam do sistema. Que, em geral, cuidam e falam pelas crianças e adolescentes. POLÍTICA DE JUVENTUDE Trata da igualdade de oportunidades, de garantia de direitos, de empoderamento, de expressão cultural e doa processos de participação das juventudes nos processos decisórios. Neste enfoque são as organizações e grupos protagonizados por jovens os atores relevantes dos processos de desenho das políticas públicas.

9 As juventudes na agenda
A Quantidade Populacional (É a maior da história demográfica do país – nunca tivemos e nunca mais teremos tantos jovens na população brasileira como agora)‏ As Condições de Exclusão Social (A ausência histórica do Estado em assistir essa população contribuiu de maneira determinante para a precariedade da condição juvenil)‏ Estratégia para o Desenvolvimento da Nação (Para construir o desenvolvimento é preciso preparar essa geração de jovens que, em breve, assumirá os destinos do país

10 As juventudes na agenda
Aspectos Demográficos: 2000 a década da população jovem mundial (ONU) Mais de 85% vive, hoje, nos países em desenvolvimento BRASIL: 5º posição mundial (depois da China, Índia, Indonésia e EUA)‏ 50% da América Latina e 80% do Cone Sul Estimativa 2007 Brasil - 50,2 milhões (população jovem), Argentina - 40 milhões(população total) e Venezuela - 26 milhões(população total)‏ De 15 a 24 anos De 8,2 milhões (1940) para 34 milhões (2000)‏ 20% da população brasileira (2000, IBGE)‏ De 15 a 29 anos 48 milhões (2000)‏ 28% da população brasileira (2000,IBGE)

11 As juventudes na agenda
Explosão demográfica Magnitude: 48 milhões tinham de 15 a 29 anos em 2000. Aumento da fecundidade na adolescência, em curso desde os anos 1970 Baby Boom - período onde o coeficiente de natalidade cresce de forma drástica e anormal. Novas questões que pioraram a condição juvenil Instabilidade e precariedade de inserção no mercado de trabalho Instabilidade nas relações afetivas Violência nas grandes cidades Taxas crescentes de prevalência e mortalidade por DSTs, em especial por AIDS.

12 As juventudes - Bônus Demográfico? Pirâmide Etária – Brasil 1981

13 As juventudes - Bônus Demográfico? Pirâmide Etária – Brasil 1992

14 As juventudes - Bônus Demográfico? Pirâmide Etária – Brasil 2002

15 As juventudes na agenda
Diminuição da taxa de natalidade Nas próximas décadas teremos um maior contingente de adultos / idosos Esta é a maior geração jovem da história do mundo No Brasil, é a maior geração de jovens em números absolutos de todos os tempos

16 As juventudes na agenda
Condições de Vida do jovem no Brasil: 40% vivem em famílias sem rendimento ou até com ½ salário mínimo (2000, IBGE). A cada 2 desempregados do país, 1 é jovem (somente 35% têm carteira assinada)‏ Desemprego atinge mais intensamente jovens negros e mulheres. 2/3 da população carcerária do país é de jovens. 2º lugar no ranking do pessimismo (1999, ONU). -De cada 10 jovens 7 acreditam que vão ter piores condições de viver e trabalhar que seus pais.

17 As juventudes na agenda
Condições Educacionais do jovem no Brasil: A cada 10 jovens somente 6 são estudantes. Apenas 3 em cada 10 têm acesso ao ensino médio. Entre os que já pararam de estudar 51% parou no ensino fundamental 12% sequer ultrapassaram a 4º série. 8 milhões de jovens com baixa escolaridade. (cinco anos de atraso em relação série/idade)‏ 3,3 milhões não freqüentam a escola.

18 As juventudes na agenda
Estratégia para o Desenvolvimento: A população jovem é um elemento determinante na estratégia de desenvolvimento de qualquer nação, por duas causas: Pelo enorme potencial modificador da realidade; Pela possibilidade de ser fator limitante do desenvolvimento. 1. A CAPACIDADE POTENCIAL DE MODIFICAR A REALIDADE é observada em diversas experiências governamentais. - Tais experiências demonstram que quando a JUVENTUDE é incorporada às políticas públicas ela se torna uma força essencial no processo de TRANSFORMAÇÃO LOCAL. 2. A CAPACIDADE DE LIMITAR O DESENVOLVIMENTO é diretamente proporcional às condições de vida e de formação oferecidas a essa parcela da população. - sem garantias de CONDIÇÕES BÁSICAS de vida e acesso a uma FORMAÇÃO INTEGRAL, essa geração não será capaz de construir os avanços sociais e econômicos que o país necessita. Portanto, se forem mantidas as atuais condições de exclusão da maioria juventude teremos no futuro um RETROCESSO.

19 JUVENTUDE NO BRASIL

20 As juventudes - Juventude na Economia
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD há cerca de 50,2 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos no Brasil, representando mais de 1/4 da população brasileira. Em um rápido comparativo demográfico, no ano de 2007, a população total da Argentina foi estimada em cerca de 40 milhões e da Venezuela em 26 milhões. A População Jovem passou de 8,2 milhões em 1940 para um contingente de 34 milhões de pessoas hoje na faixa do 15 aos 24 anos.

21 As juventudes - Juventude em Números
“53% da população total da América Latina tem menos de 25 anos de idade.” Fonte BID A população jovem constitui mais de 46% do total de eleitores brasileiros. segundo o Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

22 As juventudes - Quem são os Jovens do Brasil
De acordo com o Censo Demográfico 2000, cerca de 20% da população brasileira tinha entre 15 e 24 anos, totalizando 34 milhões de jovens Quanto ao sexo: 17 milhões (50%) eram mulheres; 17 milhões (50%) eram homens. Quanto a cor ou raça: 17 milhões (50%) eram brancos; 16,4 milhões (48%) eram negros; Os outros 2% eram indígenas ou de cor/raça amarela ou não declararam. Dos jovens de 15 a 24 anos: 10,5 milhões (31%) moravam em Regiões Metropolitanas; 17,7 milhões (52%) moravam em Áreas Urbanas Não- Metropolitanas;5,9 milhões (17%) moravam em Áreas Rurais.

23 As juventudes - Renda Familiar Per Capita
Dos 34 milhões de jovens de 15 a 24 anos: 4,2 milhões (12,2%) viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo; 6,8 milhões (20,1%) viviam em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo; 9 milhões (26,4%) viviam em famílias com renda per capita entre ½ e 1 salário mínimo; 14,1 milhões (41,3%) viviam em famílias com renda per capita acima de 1 salário mínimo.

24 As juventudes - Escolaridade dos Jovens
Dos 33,4 milhões de jovens de 15 a 24 anos pesquisados pela PNAD*, em 2002 (que não pesquisa a área rural da Região Norte, exceto Tocantins): 1,2 milhão (3,8%) eram analfabetos; 12,9 milhões (39%) não tinham concluído o Ensino Fundamental; 4,5 milhões (13,7%) concluíram o Ensino Fundamental; 5,7 milhões (17,4%) tinham começado o Ensino Médio, mas não haviam concluído; Somente 6,6 milhões (19,8%) tinham concluído o Ensino Médio; 2,1 milhões (6,2%) cursaram pelo menos 1 ano de Ensino Superior. . *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

25 As juventudes - Jovens que freqüentam a escola
Dos jovens 33,4 milhões de 15 a 24 anos, em 2002, apenas 16,2 milhões estavam freqüentando a escola, destes: 67 mil (0,4%) estavam em classes de Alfabetização; 5,6 milhões (34,3%) estavam cursando o Ensino Fundamental regular; 7 milhões (43,2%) estavam cursando o Ensino Médio regular; 496 mil (3%) estavam cursando o supletivo do Ensino Fundamental; 337 mil (2%) estavam cursando o supletivo do Ensino Médio; 2,3 milhões (14%) estavam no Ensino Superior. FONTE: IBGE. PNAD 2002 (microdados). Esta fonte não pesquisa moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Nota: 441 mil (2,7%) estavam cursando mestrado ou doutorado

26 As juventudes - Jovens que não freqüentam a escola
Dos 33,4 milhões de jovens pesquisados pela PNAD*, em 2002, 17,2 milhões não freqüentavam a escola. Destes: 1,1 milhão (6,5%) eram analfabetos; 7,2 milhões (42%) não tinham concluído o Ensino Fundamental; 1,9 milhão (11%) tinham concluído o Ensino Fundamental; 1,2 milhão (6,8%) tinham começado o Ensino Médio, mas não haviam concluído; 5,3 milhões (31,2%) tinham concluído o Ensino Médio; 495 mil (2,9%) tinham cursado pelo menos 1 anos de Ensino Superior. *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

27 As juventudes - Analfabetismo
Em 2002, dos jovens de 15 a 24 anos, 1,2 milhão eram analfabetos. Destes: 430 mil (34,9%) viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo; 443 mil (36%) viviam em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo; 258 mil (21%) viviam em famílias com renda per capita entre ½ e 1 salário mínimo. Dos 1,2 milhão* de jovens analfabetos: 865 mil (70%) viviam no Nordeste. 149 mil (12%) viviam em Regiões Metropolitanas; 556 mil (45%) viviam em áreas Urbanas não- metropolitanas; 527 mil (43%) viviam em áreas Rurais

28 As juventudes - Analfabetismo

29 As juventudes - Analfabetismo
A evolução do analfabetismo que é apresentada no Gráfico anterior mostra que o avanço representado pela redução substancial do analfabetismo na faixa etária de 15 a 17 anos (de 8,2%, em 1992, para 1,7%, em 2007) e na faixa 18 a 24 anos (8,6% para 2,4%) reflete a evolução do sistema educacional em incorporar e alfabetizar crianças e jovens. Os dados para a população acima de 40 anos alertam para o grande contingente de analfabetos nesta faixa etária. Apesar da boa evolução que tivemos quanto ao analfabetismo que caiu 7,2 pontos percentuais: 17,2% em 1992 para 10% em 2007, ou seja, uma redução média de aproximadamente 0,5% ao ano, a situação ainda é muito grave. Hoje, no país, a taxa de analfabetismo para população com idade maior que 15 anos é de 10%, sendo que, no Nordeste, atinge 20% - um analfabeto a cada cinco brasileiros com mais de 15 anos; na região urbana metropolitana a taxa cai para 4,4% e, nas áreas rurais, é de 23,3%. Se olharmos os dados por raça, os jovens brancos apresentam taxa de analfabetismo de 6,1%, enquanto os jovens negros 14,1%, conforme próxima tabela.

30 As juventudes - Os Jovens e o Mercado de Trabalho
Dos jovens 33,4 milhões de jovens pesquisados na PNAD*, em 2002: 17,2 milhões (52%) estavam ocupados. 3,8 milhões (11%) estavam desempregados. Destes, 2 milhões (53%) eram mulheres. As maiores taxas de desemprego eram encontradas nas regiões metropolitanas: Taxa de Desemprego de 25,7% nas regiões metropolitanas. Taxa de Desemprego de 17,7% nas áreas urbanas. *Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

31 As juventudes - Os Jovens no Mercado de Trabalho: ocupados
Dos 17,2 milhões de jovens ocupados em 2002: 10,5 milhões (61%) tinham entre 20 e 24 anos. Apenas 6 milhões (36%) estavam em empregos formais. Fonte. IBGE. PNAD (microdados). Nota: Nota: Esta pesquisa não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

32 As juventudes - Os Jovens no Mercado de Trabalho: ocupados
No que tange à questão do desemprego juvenil, a PNAD de 2007 mostra o quanto ainda são restritas as oportunidades para os jovens no mercado de trabalho: 4,6 milhões estavam desempregados, representando 63% do total de desempregados no país. Nota-se que o desemprego juvenil era 2,9 vezes maior que o dos adultos (a taxa de desemprego juvenil era de 14%, enquanto a taxa de desemprego adulto era de 4,8%). Desagregando os dados por faixas etárias, consta-se que, de 2006 para 2007, ocorreu uma redução no percentual de desempregados nas faixas etárias de 15 a 17 anos e de 18 a 24 anos. O mesmo não aconteceu no grupo de 25 a 29 anos, para o qual foi constatada uma ligeira alta no desemprego.

33 As juventudes - Jovens Extremamente Pobres
Dos jovens vivendo em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo, para os quais podemos analisar informações de cor/raça e sexo (3,8 milhões*): 2 milhões (52%) eram mulheres; 1,8 milhão (48%) eram homens. * Estes valores não incluem os jovens que residem nas áreas rurais da Região Norte (exceto Tocantins), pois estes não são pesquisados pela PNAD/IBGE. Estima-se que estes jovens vivendo na área rural da Região Norte e em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo eram cerca de 285 mil em 2002.

34 As juventudes - Jovens Extremamente Pobres – Onde Vivem
Dos jovens 4,2* milhões de jovens com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo, em 2002: 700,9 mil (17%) viviam em áreas metropolitanas; 1,8 milhão (43%) viviam em áreas urbanas; 1,7 milhão (40%) viviam em áreas rurais. *Inclui estimativa feita dos jovens vivendo em famílias nesta faixa de renda nas áreas rurais dos estados da Região Norte (para aquelas áreas não pesquisadas pela PNAD).

35 As juventudes - Jovens Extremamente Pobres - Escolaridade
Dos jovens vivendo em família com renda per capita de até ¼ de salário mínimo (3,8 milhões*): 430 mil (11%) eram analfabetos; 2,6 milhões (67%) tinham Ensino Fundamental Incompleto; 373 mil (9,7%) concluíram o Ensino Fundamental; 302 mil (8%) tinham Ensino Médio Incompleto; 165 mil (4%) concluíram o Ensino Médio; 12 mil (0,3%) cursaram pelo menos 1 ano de Ensino Superior. *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

36 As juventudes - Jovens Pobres
Dos jovens vivendo em famílias com renda per capita entre ¼ e ½ salário mínimo para os quais se tem informações sobre o sexo (6,6 milhões*): 3,3 milhões (50%) eram mulheres; 3,3 milhões (50%) eram homens. *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

37 As juventudes - A Questão Racial: jovens negros
Dos 1,2 milhão de jovens analfabetos, 900 mil (73%) eram negros. Dos 1,2 milhão de jovens que não trabalhavam e não estudavam e viviam em famílias com renda per capita de até ¼ de salário mínimo, 840 mil (71%) eram negros. Quanto menor a renda familiar per capita, maior a participação dos jovens negros: Dos 3,8 milhões *de jovens com renda familiar per capita de até ¼ de salário mínimo, 2,7 milhões (71%) eram negros; Dos 6,6* jovens com renda familiar per capita de ¼ até ½ de salário mínimo, 4,4 milhões (66%) eram negros; Dos 8,9* jovens com renda familiar per capita de ½ até 1 de salário mínimo, 4,8 milhões (53,9%) eram negros. *Não inclui moradores da área rural dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

38 As juventudes - Jovens e Gravidez
É considerável o número de jovens grávidas: 695 mil (22,6%) dos nascidos vivos no Brasil, em 2001, eram filhos de mães com idade entre 15 e 19 anos. Destas mães, 35,8 mil (5%) não tinham feito nenhuma consulta pré-natal e destas 19 mil (53%) residiam no Nordeste . Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. SINASC. 2001

39 As juventudes - Jovens e Gravidez
Das mães entre 15 e 19 anos que tiveram filhos nascidos vivos: 236 mil (34%) residiam no Sudeste; 233 mil (33,6%) residiam no Nordeste; 85,9 mil (12,4%) residiam no Norte; 84 mil (12,2%) residiam no Sul; 55 mil (7,9%) residiam no Centro-Oeste. Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. SINASC. 2001

40 As juventudes - Juventude e Violência no Brasil
79,5% das mortes entre jovens são causadas por fatores externos, 44% desse total por homicídios. A maioria da população carcerária é composta por jovens. A mortalidade violenta entre os jovens, entre os anos de 1989 a 1998, constatou que o número de homicídios aumentou em 51%;

41 Homicídios por 100 mil habitantes
Fonte: World Health Statistics Annual.

42 As juventudes - Mortalidade de Jovens por Homicídio
Segundo dados do Mapa da Violência III, da UNESCO (2002), a taxa de mortalidade por homicídios de jovens de 15 a 24 anos no Brasil (45,8 por 100 mil jovens em 1999) era a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas da Colômbia e Porto Rico e sendo quase 8 vezes maior que a da Argentina (6,4 por 100 mil jovens em 1998).

43 As juventudes - Violência
A juventude também tem sido a grande vítima do aumento da violência urbana, gerado pelo crescimento desenfreado das grandes cidades e pelo processo intenso de urbanização. Os jovens, sobretudo negros e pobres, estão no topo das estatísticas de mortes por causa externa, em especial o homicídio. De acordo com o Mapa da Violência: os jovens do Brasil IV (2004), entre os anos de 1993 e 2002, o número total de homicídios registrados pelo SIM (Subsistema de Informações de Mortalidade), no país, passou de para , o que representa um aumento de 62,3%. No entanto, se observarmos o aumento decenal de homicídios entre os jovens, pode-se verificar que na população juvenil esse incremento foi de 88,6%. Essa é a evidência, que permite afirmar que a escalada da violência homicida no país avança vitimando, preferencialmente, a juventude. Dos jovens que morreram em 2002, foram vítimas de armas de fogo. Nada menos que 31,2% de todas as mortes juvenis no ano de 2002 foram causadas por armas de fogo, num crescente significativo: em 1988 essa proporção era de 25,7%. Conclui-se, então, que o reconhecimento do avanço da violência e do homicídio nas últimas décadas, no Brasil, é também fortemente explicado pelo aumento das taxas de homicídio entre a juventude.

44 As juventudes - Violência
É possível identificar, por meio desse estudo, mais um elemento que mostra a juventude como o segmento mais vulnerável à violência letal. É no grupo de 15 a 25 anos que os homicídios atingem sua maior incidência; o momento crítico, onde há maior risco de ser vítima de homicídio, é na idade de 20 anos, com uma elevada taxa de 69,1 homicídios em 100 mil jovens de 20 anos de idade. A taxa de homicídios entre jovens negros (68,4 em 100 mil) é 74% superior à taxa de homicídios dos jovens brancos (39,3 em 100 mil). Há que se destacar uma causalidade, senão unívoca, mas forte, entre desigualdades sociais e violência. Hoje, em nossa sociedade, em especial nas metrópoles, são criadas expectativas de vida para o conjunto da população, sem bases materiais para o seu atendimento, o que, no caso dos jovens têm especial significado, considerando sua exposição à mídia, a apelos de consumo, e ao fato de que, para a maioria dos jovens, não há respaldo econômico para satisfação de todos esses estímulos. Existe uma série de preconceitos relacionados à condição juvenil: o local de moradia, a aparência física, a raça, a cor, a maneira de vestir e a condição social.

45 Índice de óbitos por homicídio 15 a 24 anos por 100 mil habitantes – “Mapa da Violência III”

46 Taxa de vitimização juvenil Relação da taxa de óbito por homicídio entre 15 e 24 e a taxa da população total

47 As juventudes - Mortalidade por Homicídio e Região – Jovens do Sexo Masculino
Das 16,9 mil mortes por homicídio de homens de 15 a 24 anos: Cerca de 10 mil (58%) ocorreram em áreas metropolitanas (9 regiões* mais o Distrito Federal). A Região Metropolitana de São Paulo respondeu por 4,2 mil (24%) destas mortes. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro respondeu por 2,2 mil (12,7%) destas mortes. Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações sobre Mortalidade. SIM. * Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre.

48 As juventudes - Drogas e Juventude
Pesquisa da CEBRID (2001)*, em 107 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, revelou que 19,4% dos indivíduos tinham contato com as drogas (excluídos tabaco e álcool). Entre os estudantes do fundamental e médio, o álcool era a droga mais utilizada, muito a frente da segunda colocada, o tabaco. Pesquisa da Unesco (2002)* constatou que cerca de 1 milhão de estudantes admite a existência de entorpecentes nas escolas. 141 mil declararam fazer uso diário (ou quase todos ou dias ou em todos os finais de semana) de drogas ilícitas. *Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. I Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país. São Paulo. CEBRID, UNIFESP, Unesco. Castro, Mary e Abramovay, Miriam. Drogas nas escolas Pesquisa representativa de 4,6 milhões de alunos de escolas públicas e privadas de ensino fundamental (5a a 8a série) e médio das seguintes capitais: Maceió, Manaus, Salvador, Fortaleza, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Belém, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Brasília.

49 As juventudes - Jovens em conflito com a lei
Existiam no Brasil, 10 mil* jovens em privação de liberdade, em Destes: 90% eram do sexo masculino; 76% estavam na faixa etária de 16 a 18 anos; 60% eram da raça negra; 51% não freqüentavam a escola e 40% não trabalhavam no momento em que cometeram o ato infracional. 71% das instituições foram consideradas inadequadas, pelos padrões do Estatuto da Criança e do Adolescente. *Enid e Gueresi, Simone.Adolescentes em Conflito com a Lei: Situação do Atendimento Institucional no Brasil. IPEA, Texto para Discussão n. 979, 2003.

50 As juventudes - Jovens em Situação de Indigência abaixo da linha de R$61 per capita.

51 E AÍ?

52 Políticas Públicas de Juventude: Consensos Internacionais
Pradjal O “Programa Regional de Ações para o Desenvolvimento da Juventude da América Latina”, foi aprovado na VIII Conferência Ibero-americana de Ministros de Juventude (Montevidéu, 1994) estabelece, entre outras, “o envolvimento ativo da juventude no planejamento, na implementação e avaliação das atividades que tenham impacto direto sobre suas vidas...”” Este mesmo programa foi reafirmado pelo Governo brasileiro na Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento das Nações Unidas (1995), e no Encontro Internacional sobre Juventude, Educação e Emprego - Rio de Janeiro,

53 Políticas Públicas de Juventude: Consensos Internacionais
Declaração de Lisboa (1998) “A Conferência Mundial de Ministros de Juventude, ...reconhecendo a juventude como uma força positiva na sociedade e com enorme potencial para contribuir para o desenvolvimento e progresso das sociedades... Comprometemo-nos a: Desenvolver políticas nacionais de juventude e programas operacionais, em níveis apropriados, para por em prática o Programa Mundial de Ação Para a Juventude, até e para além do ano 2000.

54 Políticas Públicas de Juventude: Consensos Internacionais
Declaração de Lisboa (1998) Dar prioridade à criação de canais de comunicação com os jovens, para lhes dar voz ativa, a nível nacional, regional e internacional, e para lhes fornecer a informação de que necessitam, ajudando-os assim a prepararen-se para funções de participação e Chefia. Realçar o papel das organizações de juventude na formulação, implementação e avaliação dos planos e programas nacionais de desenvolvimento. “ Nós, aqui presentes, aprovamos e compromentemo-nos, enquanto governo, a implementar as medidas acima mencionadas, com a participação ativa da juventude, garantindo que as perspectivas próprias dos jovens se reflitam nas nossas políticas e programas nacionais. ”

55 Passos para os Consensos Nacionais
Primeiros compromissos suprapartidários das juventudes partidárias sobre políticas de juventude; construção da AGENDA JOVEM 2002, onde, um conjunto de Organizações de Juventude, buscaram obter de todos os candidatos a Presidência da República e Governos dos Estados, o compromisso com a Carta Ibero-americana dos Direitos da Juventude, buscando a efetiva implementação de Políticas de Juventude.

56 O Jovem como Parte da Solução eixos operacionais com base nas recomendações internacionais
Articulação; Mobilização/Participação; Fortalecimento Institucional; Empoderamento; Construção de agendas.

57 COMUNIDADE FAMÍLIA JUVENTUDE Desenvolvimento Humano
Cidadania e Responsibilidade Social Society SOCIEDADE Políticas Públicas Liderança COMUNIDADE Desenvolvimento Socio-Económico FAMÍLIA Necessidades Básicas JUVENTUDE Desenvolvimento Humano Fortalecimento Institucional e Alianças Estratégicas Tecnologia de Informação Fonte: Kellogg Foundation 1

58 Tendências

59 Sociedade da Informação e do Conhecimento Reforma do Estado
Tendências da sociedade contemporânea e suas interações com as novas gerações Sociedade da Informação e do Conhecimento Reforma do Estado Glocalização Avanço da Democracia Participativa

60 Tendências da sociedade contemporânea e suas interações com as novas gerações Sociedade da Informação e do Conhecimento Possibilidade e exigência de Transparência e de maior Eficiência na Gestão Pública Maior participação da sociedade no desenho, implementação e controle das políticas públicas Novas possibilidades como Educação à Distancia, Tele-medicina, Tele-trabalho, etc. A comunicação de massa impactou na formação desta nova geração que se tornou mais preparada para os novos desafios

61 Tendências da sociedade contemporânea e suas interações com as novas gerações Reforma do Estado
Modelo Burocrático Centrado em Tramites Normatizado Monopólio Estatal Controle Burocrático Modelo Gerencial Centrado em Resultado Centrado nos Processos Público Não Estatal Controles Múltiplos

62 GLOCALIZAÇÃO A globalização, seus meios e os impactos no indivíduo e em sua socialização com o ambiente (família, grupos, comunidade, mundo do trabalho e sociedade) Localização: pessoas se agrupam em comunidades (onde a atuação é sempre mais eficaz) e passam a contar com os recursos advindos da interação com outras comunidades para mobilização de seus próprios recursos – formando a perspectiva de uma rede de comunidades interdependentes.

63 Avanço da democracia participativa
Imperativo do processo histórico: nesse movimento a comunidade está chamada a construir e legitimar uma estratégia pactuada via a ampliação da confiança e a construção de consensos com o objetivo de educar, gerar cooperação e dotar as ações de sustentabilidade institucional e política; além de criar um referente social de articulação social e vigilância cidadã.

64 Oportunidades e desafios

65 Oportunidades e desafios que para o desenvolvimento das PPJs Políticas de Juventude (I):
Enfoque Moderno Programas Integrados Descentralização Prática Participativa Prioridade com a Cidadania Juvenil Universalidade Seletiva – diversidade - Jovens Excluídos Enfoque Diversos Enfoque Tradicional Programas Setoriais Gestão Centralizada Praticas Paternalistas e clientelistas Prioridade em Educação Jovens Integrados Enfoque Homogêneo

66 Oportunidades e desafios que para o desenvolvimento das PPJs Políticas de Juventude(II):
Enfoque Tradicional Os Jovens como Beneficiários Passivos Confusão de Papeis Geração de Espaços Específicos Avaliação Formal Enfoque Moderno Jovens como Atores Estratégicos do desenvolvimento e como Sujeito de Direitos Diferenciação de papeis Perspectiva Geracional Avaliação de Impacto

67 “A historia não está escrita, ela está sendo escrita, e os jovens não são espectadores desta história, mas seus agentes... O futuro começa agora ele se chama juventude” Franco Montoro

68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANAIS. 1a Conferência Mundial de Ministros de Juventude. Recomendações da declaração de Lisboa sobre programas e Políticas de Juventude, 1998. CEPAL. Informe e Declaração Final do encontro “Melhores Práticas e projetos com jovens do Cone sul”, CEPAL, 2000. CNPD – Comissão Nacional de População e Desenvolvimento. Os jovens acontecendo na trilha das políticas públicas, v. 1 e 2, Brasília: CNPD, 1998. FUNDACIÓN KELLOG. A juventude e a liderança transformadora: conceitos e estratégias em mundos incertos e turbulentos. OPS, 1998. IBGE/PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar) 1996/2001. KLIKSBERG, Bernardo. Capital social, cultura e desenvolvimento. UNESCO, Cortez Editora, 2002. Manifesto da Juventude para o Século XXI, UNESCO, 2000. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Elaboração de dados sobre emprego juvenil, SPPE 2003. PLAN d’àction gouvernemental 1998 – Jeunesse Québec. POLÍTICAS PÚBLICAS de Juventude em Medellín. PONCE DE LEON, Alessandro. Políticas Públicas de Juventude, 1998. Políticas Públicas de Juventude – Uma proposta para a sociedade. Instituto Teotônio Vilela – ITV, 2001. Ractus, Rodrigo Abel – Política de Juventude em um Novo Tempo RODRIGUES, Ernesto. Juventude y Políticas Públicas em América Latina: experiências y desafios desde la gestión institucional. In: CORPORACIÓN REGIÓN. (Ed.) Umbrales:câmbios culturales, desafios nacionales y juventud. Medellín, feb SPOSITO, Marília, peralva, Argelina. Revista Brasileira de educação. Juventude e Contemporaneidade. ANPED, 1987. UNESCO. Fala Galera – Juventude, violência e cidadania na cidade do Rio de Janeiro: UNESCO, 1999. X CONFERÊNCIA IBERO-AMERICANA DE MINISTROS DE JUVENTUDE. Declaração final. Panamá, 2000. ZANETI, Hermes (2001) Juventude e Revoluçao: Uma Investigaçao sobre a Atitude Revolucionaria Juvenil no Brasil. Ediciones de la Universidad de Brasilia, Brasilia.Krauskopf, Dina y Mora, Minor. Condiciones de Vida de la Juventud Centroamericana y el Desarrollo de Políticas Sociales: El reto del 2000.Versión Preliminar. Organización Iberoamericana de la Juventud. San José. Mora, Minor. Modalidades de Participación de la Juventud a Nivel Programático en Costa Rica. Documento preliminar. Worldwide Workshop on Youth Involvement as a Strategy for Social, Economic, and Democratic Development Ford Foundation ,San Jose, Costa Rica Naciones Unidas.Programa de Acción Mundial para los Jóvenes hasta el año 2000 y años subsiguientes. Asamblea general. Nueva York Rama, G. W., Filgueira, C. Los Jóvenes del Uruguay, esos Desconocidos.. Vera, Rodrigo. Notas sobre la formulación de una política pública sobre


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