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O metafórico sertão de Guimarães Rosa

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Apresentação em tema: "O metafórico sertão de Guimarães Rosa"— Transcrição da apresentação:

1 O metafórico sertão de Guimarães Rosa
“O sertão está em toda parte.” “O sertão é sem lugar; é dentro da gente; é do tamanho do mundo.”

2 Guimarães Rosa nasceu em um casebre de onde se via a pequena estação ferroviária de Codisburgo (“cidade do coração”). Talvez daí esse olhar de chegar e partir, essa inquietação de quem adivinha o mundo grande e pequeno. Pequeno no estar por enquanto; grande nas possibilidades de estar.

3 Sua obra todo dia amanhece mais cheia de fios, mais plena de possibilidades interpretativas. Para penetrá-la e necessário aprender um idioma, dispor-se a ter um olhar vasto até a náusea, pensar o mundo; mas sobretudo pensar a si mesmo sem reservas. Ter um tanto de religiosidade também é bom. Especialmente no sentido de se religar com a substância suprema que deu vida ao Universo. Para isso é preciso atravessar o sertão, que, como se sabe, está em toda a parte.

4 Um Regionalismo Universal

5 Ainda que G. Rosa se valha de um espaço regional - em especial o Sertão das Gerais e da gente que ali vive -, sua obra prioriza questões universais. O sertanejo em seu espaço vive um impasse existencial que pode ser vivido e/ou compreendido por qualquer indivíduo, em qualquer espaço. Esse personagem passa por uma crise existencial, ou por uma sucessão delas, que o faz rever o seu ser e estar no mundo; ao mesmo tempo uma crise com o universo concreto, com aquilo que lhe é externo.

6 Prisioneiro desse processo, o personagem rosiano faz um questionamento profundo e constante do sentido das coisas, da validade de certos esforços, da legitimidade das normas sociais e daquilo que é corretamente aceito como verdadeiro. Esses movimentos quase invariavelmente conduzem os personagens a uma ascese, a epifanias; eles sofrem um conflito, descem aos infernos de si mesmos, mas emergem renovados, melhores, mais fortes, mais sábios, iluminados.

7 O final último é a alegria
O final último é a alegria. Sempre simbolizando a aceitação da condição de ser humano, com tudo o que esse sentimento implica, e a tomada de consciência de si mesmo como parte essencial do cosmo. A alegria, em G. Rosa, é a elevação espiritual e/ou moral em estado puro. Uma elevação inquestionável, um passo certo rumo ao mundo das formas perfeitas de que falava Platão, quanto à idéia da existência de dois planos:o mundo sensível e o mundo das idéias, ou das formas perfeitas.

8 O primeiro é aquele em que estamos, mas, apesar de nos parecer real, o que nele vemos não passa de uma projeção do que se passa no segundo, onde residem as formas e idéias perfeitas, verdadeiras e inquestionáveis. Desse modo, retoma-se a idéia de que a alma é eterna, tem uma espécie de memória residual do mundo das idéias e inconscientemente busca voltar a ele, retomando os referencias verdadeiros. Essa ascese muitas vezes é movida pela dor, pelo conflito: algo rompe a planura do cotidiano, arremessando o personagem numa crise; o conflito leva-o, por sua vez a um redimensionamento das perspectivas.

9 É importante frisar que esse mecanismo platônico – que implica ignorância e obscurantismo (mundo sensível, estado de caverna), crise, dor e ascese (elevação espiritual, ascensão ao mundo das formas perfeitas, ou a trilha nesse sentido) – é recorrente em várias filosofias e religiões. O mundo das idéias encontra correspondência no Paraíso cristão, no Nirvana budista, no plano último das reencarnações espíritas etc.

10 O Sertão e a Travessia

11 O grau de universalismo que G
O grau de universalismo que G. Rosa atribuiu ao sertão é claramente explicitado pelo autor: “O sertão está em toda parte.” // “O Sertão é do tamanho do mundo.”. claro está, portanto, o caráter metonímico desse espaço: a parte (sertão) é metonímia do todo (mundo/vida) Frequentemente para as personagens de Rosa há a situação da travessia do sertão. Ela é, naturalmente, a representação metafórica da travessia da vida, com seus percalços, como o que há de luta entre a condição humana e o universo mundano.

12 O foco, portanto, está no “graminhar”, no processo, na caminhada progressiva por natureza e destino inexorável do homem... “Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.”

13 Palavras-chaves e imagens:
Sertão (“ser tão!!!), Travessia, Ascese e Epifania, Silêncio e pensar, Viver, Veredas.

14 Vereda s.f. Caminho estreito, atalho, senda. / Fig. Via moral: as veredas da salvação. / Bras. Região com maior abundância de água e vegetação na zona das caatingas. / (S da BA) Várzea ao longo de um rio. / Fig. Ocasião, momento: naquela vereda, eu fugi. // Bras. (S) De vereda, de repente.

15 TERRITORIALIDADE “o sentido da palavra territorialidade como sinônimo de pertencer àquilo que nos pertence... esse sentimento de exclusividade e limite ultrapassa a raça humana e prescinde da existência de Estado. (...) a territorialidade humana pressupõe também a preocupação com o destino, com a construção do futuro, o que, entre os seres vivos é privilégio do homem.” (SANTOS, 2001, p.19)

16 Pode ser relativa a um espaço vivido, um sistema percebido, através do qual o indivíduo sente-se “em casa”; é entendida como uma projeção de nossa identidade sobre o território.


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