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Contexto Sócio-cultural

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Apresentação em tema: "Contexto Sócio-cultural"— Transcrição da apresentação:

1 Contexto Sócio-cultural
Vocações no Atual Contexto Sócio-cultural e Eclesial

2 1º. Momento: o contexto atual das vocações (exposição)
2º. Momento: as vocações no contexto atual (trabalho de grupo/plenário) Questões: Que elementos da exposição sobre o atual contexto sócio-cultural e eclesial ajudam a compreender melhor o perfil dos vocacionados hoje? Quais as principais implicações do contexto atual para a pastoral vocacional? Tendo presente os desafios do contexto atual, quais vocações precisam ser melhor acompanhadas e trabalhadas? Para responder aos desafios do atual contexto sócio-cultural e eclesial, que novos ministérios precisam ser criados em nossas comunidades eclesiais?

3 AMBIGUIDADES DE UM TEMPO PASCAL

4 A ambiguidade da história
Nosso olhar sobre as vocações no contexto atual se dá em meio a luzes e sombras de nosso tempo e de todos os tempos, consequência da ambiguidade da história. João XXIII: “Em nosso tempo, abundam profetas de calamidades, para os quais não há nada de bom no mundo de hoje; no fundo, eles não aceitam a história; não assumem a radical ambiguidade da história”.

5 Contexto de crise Estamos imersos em um tempo de profundas transformações, em escala planetária: crise civilizacional, mudança de época, crise das religiões, em que nos apodera um sentimento de orfandade. Crise, acrisola; é sempre oportunidade de novas possibilidades: novo nascimento ou morte; catástrofe ou oportunidade; fim do caminho ou encruzilhada; tempo de calamidades ou tempo pascal, de travessia... Tudo depende de como a assumimos.

6 ► Visão catastrófica ► Visão retrospectiva ► Visão prospectiva
Três diferentes posturas diante da realidade ► Visão catastrófica Tudo está perdido, não há saída. O passado, passou; futuro, não haverá. Resta buscar sobreviver no pragmatismo do cotidiano e esperar o fim. ► Visão retrospectiva O novo desestabiliza, amedronta. A segurança está nas respostas do passado. Colocar a segurança nas regras e nas normas, na tradição. ► Visão prospectiva Guarda a serenidade e a capacidade de discerni- mento. Habitada pela virtude de uma esperança ativa, na fidelidade ao presente e na valorização da experiência do passado, se lança na construção de um futuro crescentemente melhor. A tecitura do risco é a única garantia de futuro.

7 1. Individualismo e novas formas de sociabilidade
► O triunfo do indivíduo solitário Nunca o ser humano foi tão livre, mas também tão só; só e condenado a salvar-se sozinho, em meio a milhões de concorrentes. Há a emergência, do indivíduo hiper-narcisista, hiper-individualista e hiper-consumista.

8 Em grande medida, é resultado da dinâmica do mercado, que absolutiza a eficiência e a produtividade como valores reguladores de todas as relações humanas. Há uma mercantilização das relações pessoais, sociais e religiosas; tudo é medido pela lógica custo-benefício. Das grandes utopias da modernidade, restou o gosto amargo do presente, amenizado pela utopia de ser um pequeno burguês, no pragmatismo do cotidiano.

9 ► Novas formas de sociabilidade
Hoje, as pessoas dispõem de mais liberdade e formam grupos de amigos, que assumem comportamentos similares, segundo sua escolha. São grupos pequenos e homogêneos, que substituem a grande família no meio rural. Surgem estratégias de defesa como a busca dos “afins”, da mesma região ou nacionalidade; a criação de grupos, que resgatam tradições do passado.

10 2. Economia de rapinagem e consciência ecológica
Surge a crise ecológica, fruto de uma economia de rapinagem, que depreda a natureza e coisifica o ser humano. “Fere os filhos da terra”, a devastação ambiental, a destruição da biodiversi- dade, a contaminação do solo, das águas e do ar. A situação é agravada pelo aquecimento global.

11 ► Consciência ecológica. A preocupação com o cuidado da natureza
► Consciência ecológica A preocupação com o cuidado da natureza é um dos fatores da emergência de uma consciência planetária. A consciência de que não estamos na terra, somos terra; o desequilíbrio da biodiversidade do planeta põe em risco a vida humana e seus ecossistemas. Ou nos preocupemos por tudo e por todos ou não haverá sobreviventes. Todos fazemos parte de uma única família universal. Não há saída, sem vida austera.

12 3. Exclusão e busca de um outro mundo possível
► Exclusão e violência Hoje, 20% da humanidade detém 80% dos recursos do planeta e os outros 80% só têm acesso a 20% dos recursos. Josué de Castro: “metade da humanidade dorme com fome e a outra metade dorme com medo daqueles que tem fome”. Os grandes anúncios parecem oferecer oportunidades a todos, entretanto, são para poucos. Surgem novos rostos da pobreza: como “supérfluos e descartáveis”.

13 A liberdade é instrumentalizada para
A liberdade é instrumentalizada para o consumismo, em que o supérfluo se faz conveniente, o conveniente necessário e o necessário se converte em indispensável. Ninguém está seguro; ronda continuamente o fantasma da instabilidade, que gera medo e violência, que banaliza a vida. O medo, enquanto paralisa e acovarda, é o principal fator de submissão a uma ordem injusta e excludente.

14 ► A busca de “um outro mundo possível”
► A busca de “um outro mundo possível” A emergência de uma sociedade civil mundial, em torno à busca de “outro mundo possível”, urgente, porque necessário (FSM). A interligação mundial fez surgir um novo poder político: o dos consumidores e suas associações, fruto da consciência de que comprar é sempre um ato moral. As bases de um novo sistema econômico são buscadas no fortalecimento de micro- iniciativas como a economia solidária, a agro-ecologia, a agricultura familiar...

15 4. Desencanto com a política e irrupção da sociedade civil
Há desencanto e a desconfiança do povo nos políticos, nas instituições públicas e nos três poderes do Estado, com o consequente enfraquecimento da política. Constata-se a falência da democracia representativa: os partidos políticos são máquinas eleitorais, cujo objetivo é ganhar a eleição.

16 ► Irrupção da sociedade civil
Há um deslocamento da militância política para a cidadania. Em contraposição à falência da democracia representativa, há crescimento da sociedade civil, com o surgimento de muitas organizações alternativas não governamentais e movimentos sociais, sem vinculação partidária.

17 5. Crise das instituições
e passagem da sociedade à multidão ► Crise das instituições Por um lado, as instituições, atreladas ao mercado, deixaram as pessoas órfãs de sociedade. Por outro, as pessoas tomaram distância delas, internalizando as decisões na esfera da subjetividade, esvaziando-as. Cada se sente no direito de fazer de sua vida pessoal o que bem entender, sem o controle das instituições.

18 já não se apresentam como uma necessidade que se impõe, perdendo
► Passagem da sociedade à multidão Numa sociedade plural, as tradições já não se apresentam como uma necessidade que se impõe, perdendo sua força orientadora e normativa. Hoje, dá-se a passagem do social ao cultural, ou seja, a passagem da sociedade à multidão, entendida esta como os sujeitos, autônomos e dispersos, mas não isolados, constituindo como que “comunidades invisíveis”.

19 6. Inovação constante e exigência de maior flexibilidade
Hoje, o acúmulo dos ganhos da produção, não são distribuídos, mas aplicados na criação de novas tecnologias. A última invenção sai com seus dias contados. É o mundo do provisório, do passageiro, do descartável e do efêmero. Há um encolhimento da utopia no momentâneo.

20 O compromisso a longo prazo é uma carga insuportável, levando a fugir
A velocidade das mudanças cria a sensação de que estamos diante da novidade inesgotável das coisas e da possibilidade de afogar a insatisfação, pela degustação inacabável de novidades, a usar e descartar. Tudo fenece rapidamente, obrigando a recomeçar desde o início: a vida aparece como um projeto transitório, com o qual se pode romper a qualquer momento. O compromisso a longo prazo é uma carga insuportável, levando a fugir de todo compromisso.

21 Há uma cultura que favorece mais as
Há uma cultura que favorece mais as sensações que a reflexão, a visualização ou percepção sensitiva ou emocional. Dado que o passado perdeu relevância e o futuro é incerto, o corpo como referência da realidade presente, deixando-se levar pelas sensações. A “sociedade das sensações” rouba a capacidade de reflexão e de distância, condição para um posicionamento crítico, o discernimento e assimilação personalizada.

22 ► Exigência de flexibilidade
Isso exige um tipo de pessoa flexível, onde valem menos os conhecimentos armazenados do que a capacidade de aprendizagem e a adaptação contínua. Não basta mudança de mentalidade, é preciso uma mentalidade de mudança. O encolhimento da utopia no momentâneo a revisão da concepção da utopia como dilatação indeterminada do futuro: as pessoas querem ser felizes hoje, no presente. Urge integrar o momentâneo e a gratuidade (dimensão sabática da existência).

23 7. Crise de sentido e sede de Deus ► Crise de sentido
Há uma perda de consistência das estruturas orientadoras de sentido, gerando critérios parciais e múltiplos frente à vida, à religião e aos relacionamentos pessoais. As tradições culturais e religiosas, capazes de unificar os diferentes fragmentos estão se diluindo. (“Tudo o que é sólido se desmancha no ar”). Isso leva as pessoas a sentirem-se frustradas, ansiosas e angustiadas.

24 A vida aparece cada vez mais como uma
A vida aparece cada vez mais como uma série de novos começos e se transforma numa experimentação contínua de novas opções, estilos a provar e oportunidades inexploradas. Sobretudo os jovens estão infestados por uma espécie de “consumismo de oportunidades fugazes”. Lealdade já não é um valor, nem a responsabilidade baseada em convicções. Prima uma espécie de “ética do depende” o do gosto pessoal.

25 o valor da experiência, da gratuidade e da festa.
► Sede de Deus Em contra-partida a um projeto civilizacional, que descuidou de dimensões importantes da vida humana, há uma visível sede de Deus, sintoma da anemia espiritual de nosso tempo. A experimentação contínua de novas opções põe em relevo o valor fundamental da pessoa humana, de sua liberdade, consciência e autonomia, assim como o valor da experiência, da gratuidade e da festa.

26 8. Volta do religioso e a “religião do corpo”
A irrupção de uma religiosidade eclética e difusa, a volta de um neopaganismo imanentista, que confunde salvação com prosperidade material, saúde física e afetiva. É a religião a la carte: Deus como objeto de desejos pessoais, solo fértil dos mercadores da boa fé, do mercado do religioso.

27 é preciso colocar o profético.
► A “religião do corpo” A falta de atenção à situação das pessoas, faz emergir a dimensão terapêutica da religião. Mas, diante do domínio da impotência do ser humano, através de saídas provi- dencialistas, entre a magia e o esoterismo, ao lado do terapêutico, é preciso colocar o profético. A “religião do corpo” , na medida em que Deus quer a salvação a partir do corpo, pode ser porta de entrada da religião; mas, se não transcende, é porta de saída (uma secularização do religioso).

28 9. A afirmação do simbólico e o escapismo do esotérico
Há um profundo impacto da “sociedade da imagem” sobre a linguagem simbólica da religião e sobre a cultura oral. Só é o que é visualisável. A realidade das imagens – a realidade virtual – parece substituir o real da realidade. Não se respeita a dimensão “interior” ou do oculto ou ausente, como a realidade de Deus, que só pode ser evocada mediante o símbolo. A imagem devora o símbolo, desvaloriza a cultura oral e a tradição transmitida “ex auditu”.

29 A midia contribui para a banalização
da religião, não só reduzindo-a à esfera privada, como a um espetáculo para entreter o público. Trata-se de uma “estetização presentista”, que substitui a religião, através de sensações “in-transcendentes”, espelho das imagens da imanência. Também a religião passa a ser consumista, centrada no indivíduo e em sua degustação do sagrado.

30 ► A afirmação do simbólico
A crise da racionalidade epistêmica, fria, que desconhece as razões do coração, trouxe de volta a linguagem simbólica, ritual, narrativa, estética e poética. O que a religião oferece são basicamente bens simbólicos, pois se remetem ao sagrado, que transcende. O simbólico dá a verdadeira dimensão do mistério. Entretanto, urge, ao lado do estético, colocar o ético, sob o risco do simbólico ser pervertido pelo esotérico.

31 10. Irrupção do pluralismo e o contra-ponto da intolerância
► A irrupção do pluralismo No mundo de hoje, não somente está a diversidade, como é o espaço no qual se estimula a diversificação crescente. Há uma “cultura copulativa” onde coexistem diversos estilos e formas de vida. Abre-se um leque de novos padrões de comportamento e de ofertas religiosas, numa espécie de grande mercado, onde cada um se sente no direito de escolher o que mais lhe apraz.

32 ► O contra-ponto da intolerância
Entretanto, a cultura pluralista é também sensação de perda de identidade e desenraizamento, de solidão no meio da multidão, levando a muitos querer orientação e segurança existencial. Por isso, a sociedade pluralista é também a sociedade do tradicionalismo, do fundamentalismo; a sociedade da tolerância é também a sociedade da intolerância, da xenofobia e dos exclusivismos.

33 Também nas religiões institucionais,
Também nas religiões institucionais, como no catolicismo, há conservadorismo, tradicionalismo e fundamentalismos, presentes sobretudo na espiritualidade, na eclesiologia e na volta do clericalismo. Há segmentos importantes da Igreja, fazendo do passado um refúgio, o que redunda em enrijecimento institucional e em entrincheiramento identitário: a incapacidade de diálogo com uma sociedade, grávida de novos sinais dos tempos.


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