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Maconha: não dá nada? Felix Kessler – Psiquiatra

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Apresentação em tema: "Maconha: não dá nada? Felix Kessler – Psiquiatra"— Transcrição da apresentação:

1 Maconha: não dá nada? Felix Kessler – Psiquiatra
Vice-diretor do Centro de pesquisa em álcool e drogas (CPAD) da UFRGS

2 MACONHA

3 INTRODUÇÃO Planta indiana, chamada Cannabis Sativa conhecida na Ásia central e na China há pelo menos 4 mil anos. Alguns conhecedores dizem que excluindo o álcool, a maconha é o intoxicante mais antigo. O THC (tetra-hidro canabinol), é o componente psicoativo obtido através da resina da planta.

4 Relação entre o homem e a maconha
Antiga Descrita como uma das primeiras plantas a serem cultivadas Poder de sedução

5 Maconha e Espiritualidade
Relatos pré históricos de uso na Ásia Erva sagrada na Índia, descreve-se um dos primeiros usos de maconha fumada em 1400 a.C. para comunicação com Shiva. “Alteração de estados de consciência” Ampliação das percepções sensoriais

6 Usos do Cânhamo na História
Era cultivado por famílias, passando de geração em geração: “plantadores de cânhamo” Papel e tecido resistente (roupas) Fibra e cordas utilizadas em construções Produtos do óleo das sementes como cremes e perfumes. Combustível para lâmpadas Sementes como alimento

7

8 “Getting Stoned”

9 “Lovely Joint”

10 “First Hemp House”

11 Maconha e as guerras Guerra do vietnã
Carl Sagan em “Os dragões do Éden” fala sobre a maconha e as caçadas dos pigmeus. “Alívio do sofrimento: ansiedade, medo…”

12 Cannabis e a sexualidade
Intensificar a experiência sexual? Afrodizíaco? Retarda a ejaculação e intensifica a sensação de união… O uso da tigela de bangue no ritual de sexo tântrico na Índia. 90 min de preliminares…

13 Maconha e as Artes A influência na literatura:
Baudelaire, Gautier, Alexandre Dumas “aumento da criatividade e liberação dos instintos e fantasias…”

14 Club des Haschischiens séc. XIX – comedores de haxixe
Delacroix Balzac Vitor Hugo Club des Haschischiens séc. XIX – comedores de haxixe Rimbaud

15 Movimento Rastafari (1930)
Os rastas da Jamaica acreditam que a “ganja” é a “cura da nação” e a “semente da sabedoria”, limpando o corpo e a mente.

16 60’s - Movimento psicodélico psyche (mente) + delos (manifesto)

17 Maconha no Brasil Chegou com os primeiros colonizadores, através dos escravos com sementes dentro de bonecas de pano. Chamavam de “fumo-de-angola”. “Maconha para o negro e tabaco para o senhor branco”

18 Cannabis Sativa M A C O N H A

19 Cannabis Sativa C Â N H A M O

20 “Não fumo mais. Deixei [a maconha] quando fiz 50 anos."
                                                 

21 "Não experimentei tudo. Nunca fui à heroína, nunca me piquei
"Não experimentei tudo. Nunca fui à heroína, nunca me piquei. Foi o básico: fumei, cheirei, tomei ácido. E larguei isso tudo. Na verdade, nunca fui um bom maconheiro. Posso eventualmente fumar aqui e ali, não vejo muito mal. Mas não sou adepto", disse.

22 Planet Hemp Banda de rap e rock surgida em 1993 no Rio de Janeiro, com letras falando basicamente sobre maconha e sua legalização. As apresentações do grupo começaram a se destacar porque sempre acabavam em briga e confusão. Em 1994 a morte de Skunk, idealizador da banda ao lado de Marcelo D2, interrompeu a carreira do Planet Hemp por algum tempo.                    

23 Movimentos Atuais

24 Movimento Legalize já!

25 TIPOS DE MACONHA As diferenças na concentração de THC variam nas diferentes partes da planta e entre as espécies. Também está relacionada a fatores ambientais como condições do solo, umidade e luminosidade. As plantas femininas contém maior concentração de THC. As preparações da droga vêm em três graus de potência identificados por nomes indianos:

26 TIPOS DE MACONHA Bhang: o grau mais barato e menos potente. Deriva da parte superior da planta não cultivada e tem baixo teor de resina. È a que mais se produz nos EUA. Ganja: o segundo grau, é obtida a partir das inflorescências e folhas superiores de plantas cultivadas e cuidadosamente selecionadas, tendo qualidade e quantidade de resina superiores à da bhang.

27 TIPOS DE MACONHA Chara: mais conhecida como Haxixe. O terceiro e mais alto grau, é feito principalmente a partir da própria resina, obtida no topo das plantas femininas maduras. É cerca de 8 vezes mais potente que a maconha.

28 Sistema canabinnoide endógeno
Arachidonil-etanol-amida, AEA o “ANANDAMIDA”, derivado ácido graxo, primeiro ligante endógeno isolado em 1992 Arachinodil-glicerol “2-AG” Ambas substâncias são produzidas a partir de precursores lipídicos Papel neuromodulador sobre os mensageiros primário: neuro-transmisores e hormônios

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30 THC natural (anandamida)
SR141716 (antagonista do THC) Stahl S M, Essential Psychopharmacology (2000)

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33 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os efeitos da droga iniciam de segundos à minutos pós a sua ingestão. Em geral de 10 à 20 minutos. O pico de ação é em torno de 30 minutos . Com a ingestão oral o aparecimento da ação é mais lento e os efeitos duram de 3 à 12 horas.

34 Sinais e Sintomas decorrentes do uso de maconha
Aumento do desejo sexual; Sensação de lentificação do tempo; Aumento da auto-confiança e grandiosidade; Risos imotivados; Loquacidade; Hilaridade; Aumento da sociabilidade; Sensação de relaxamento;

35 Sinais e Sintomas Aumento da percepção das cores, sons, texturas e paladar; Aumento da capacidade de introspecção.

36 Efeitos Físicos Taquicardia; Boca seca; Hipotermia; Tontura;
Retardo Psicomotor; Reducão da acuidade auditiva; Aumento da acuidade visual; Broncodilatação; Aumento do apetite;

37 Efeitos Psíquicos Despersonalização; Desrealização; Depressão;
Alucinações e Ilusões; Sonolência; Ansiedade; Irritabilidade; Prejuízos na concentração,memória de curto prazo; Letargia; Excitação psicomotora; Ataques de Pânico; Paranóia e prejuízo do julgamento;

38 Problemas Clínicos Pulmões (hidrocarbonetos carcinogênicos)
Nariz e Garganta (sinusites e faringites) Aparelho cardiovascular Sistema imunológico (linfócitos sensíveis ao THC) Sistema reprodutor (diminui produção esperma) Sistema endócrino (dim. Produção hormonal) Cérebro (disfunção aguda da Memória) Diabetes (altera metabolismo ácido-básico corporal)

39                                                                                                                                  

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41 Síndrome de Abstinência
Inquietação Insônia Ansiedade/irritabilidade Desejo pela droga reflexos Agressividade Anorexia Tremores musculares Alterações autonômicas

42 Complicações Psiquiátricas
Diminuição memória, atenção e habilidade de processar informações complexas (meses, anos). Piora das Comorbidades Psiquiátricas Síndrome amotivacional

43 Psicose e Maconha Fator de risco para doença mental
Risco relativo de 2,4 a 6,0 em usuários pesados. Sintomas psicóticos em 15% (ouvir vezes, delírio persecutório e risco agressão) Raros relatos flashbacks após cessar o uso.

44 Psicose e Maconha Há psicose da maconha?
Maconha precipita psicose subjacente? Altas doses – psicose tóxica orgânica Estado esquizofreniforme – psicose funcional Psicose crônica – persiste após abstinência Fator de risco

45 A maconha no futuro

46 Potencial terapêutico dos agonistas canabinoides dos receptores CB1 e CB2
apetite náusea pressão intra-ocular espasticidade muscular dor epilepsia depressão neurogenesis dermatopatias relacionadas com o stress

47 Antagonistas CB1 y CB2: (SR141716) “Rimonabant” y SR147778
(Rinaldi-Carmona et al. Sanofi-Synthelabo, França)

48 Potencial terapêutico do Rimonabant
Obesidade Síndrome metabólica Dependência nicotinica Dependência alcoólica Dependência de maconha? Obs: monitorar o efeito colateral da depressão

49 Resumo As moléculas canabinoides possuem potencial terapêutico, porém também tem efeitos indesejáveis Está se trabalhando no desenvolvimento de agonistas do receptor CB1 sem efeitos psicoativos Até agora, os melhores resultados clínicos foram obtidos com o antagonista CB1 Rimonabant Recomenda-se o ensaio dos agonistas do receptor CB2 no tratamento da dor Propõe-se a combinação de canabinoide com opioide no tratamento da dor (Pertwee, R. Brit.J. Pharmacology, 147: S163-S171, 2006)

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52 Para onde vai a relação do homem com a maconha…
Conclusão: a maconha está impregnada na nossa sociedade… por várias vias…como parte da cultura…e não apenas como uma droga. Mudança de valores…

53 Maconha não dá nada…?

54 Pubmed Sistema canabinóide endógeno Déficit Cognitivo
Martin BR - J Pharmcol Exp Ther 2002 jun Déficit Cognitivo JAMA 2002 May Impacto do uso maconha no QI Fried P, Watkinson B, James D, Gray R - CMAJ 2002 apr Uso na EM para diminuir espasticidade Neurology 2002 may

55 Drugabuse.gov Chronic Marijuana Abuse May Increase Risk of Stroke
National Institute on Drug Abuse Chronic Marijuana Abuse May Increase Risk of Stroke Marijuana users had higher resistance to blood flow to their brains than did nonusers upon initial measurement, and the deficits persisted after the marijuana abusers remained abstinent for a month, well past the time when acute withdrawal symptoms were reported. (transcranial Doppler sonography)

56 Cognitive Deficits Associated With Heavy Marijuana Use Appear To Be Reversible
By Margi Grady "Cognitive impairment from heavy marijuana use may linger for a week or longer, but it does not appear to be permanent," "By stopping drug use, heavy marijuana users are able to regain their memory and learning functions. Still, we cannot say there are no consequences to heavy marijuana use: The income and education data suggest the opposite."

57 Evidence Accumulates That Long-Term Marijuana Users Experience Withdrawal
By Patrick Zickler Long-term heavy marijuana users became more aggressive during abstinence Marijuana smokers may continue to use the drug to prevent the irritability and discomfort they experience when they stop.

58 Research Must Determine Medical Potential of Marijuana, NIH Expert Panel Concludes
By Robert Mathias An oral form of marijuana's principal active ingredient, delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), called dronabinol, is approved as a treatment for nausea and vomiting related to cancer chemotherapy. Dronabinol also is used to stimulate the appetite of AIDS patients. Therapeutic usefulness of marijuana remain largely unanswered by studies that have been conducted to date

59 INTRODUÇÃO Por volta de 1900 começou a ser usada como “droga para obter “barato”. O uso nos EUA iniciou por volta dos anos 20 quando trazida por imigrantes Mexicanos. Em 1937 o governo Americano passou a controlar a sua venda. A maconha retornou em 1960s quando a juventude redescobriu a cannabis, passou a ser usada associada com protestos sociais, principalmente pelo movimento hippie e seu uso se difundiu rapidamente pela sociedade.

60 INTRODUÇÃO Foi então observado que a cannabis provocava problemas de saúde e desde 1978 seu uso decaiu até 1993,quando houve um acréscimo importante do uso. Hoje em dia tem sido discutido a possibilidade do seu uso em certas condições médicas gerais (náuseas e vômitos causados pela quimioterapia, anorexia e perda de peso em indivíduos com SIDA, como anticonvulsivante e no tratamento do glaucoma).

61 INTRODUÇÃO Está entre as plantas mais produtivas. Papel, tecidos, material de construção, detergente, tinta, comida para animais, óleo, podem ser obtidos a partir desta planta. Cresce na maioria dos lugares e climas com moderada quantidade de água e fertilizantes.

62 Maconha no Brasil Carlota Joaquina Cachimbos de côco, maricas
“Verão da Lata”

63 Música Música: jazz na década de 30…
Louis Amstrong: música – “…a substância de que os sonhos são feitos… e os brancos têm medo…” Reggae, Rock e até na música country Willie Nelson, defensor da maconha: “Time 4 hemp”

64 EPIDEMIOLOGIA De acordo com o National Istitute on Drug Abuse (1995) a maconha é a droga ilícita mais usada nos EUA. Aproximadamente 66 milhões de americanos experimentaram maconha uma vez na vida. 18 milhões usaram no período do último ano e 10 milhões no último mês. Indivíduos entre 18 e 21 anos estão entre os que mais usaram no período do último ano.

65 EPIDEMIOLOGIA Estudos em adolescentes de oitava à décima séries, indicaram um aumento no uso da maconha ao longo da vida; um aumento do seu uso no último ano confirmando uma tendência que iniciou nos anos 90. Em 1996, 23,1% dos adolescentes de oitava série e 39% dos da décima série apresentaram uso de maconha pelo menos uma vez na vida. Também neste ano o uso de maconha no mês anterior aumentou mais de 250% desde 1991 nos estudantes de oitava série e 150% nos estudantes da décima série.

66 Efeitos Agudos Físicos Psíquicos Efeitos Crônicos
midríase, hiperemia das conjuntivas, xerostomia, incoordenação e  PA e FC Psíquicos relaxamento, alívio da fadiga, hilariedade, encademaneto lógico das idéias; angústia, calafrios e medo de perder o controle Efeitos Crônicos bronquite e maiores chances de câncer aprendizagem e memória Síndrome Amotivacional

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68 Maconha Cannabis: efeito por 2horas
Delta-9- tetra-hidrocanabinol – THC Endocanabinóides (anandamida) Receptores CB1 Prot. G AdenilCiclase Canais Iônicos Prazer Sistema mesolímbico Liberação Dopamina CB2 – sistema imunológico

69 Uso Crônico Animais Alterações imunológicas Redução da testosterona
Viabilidade dos espermatozóides Interrupção do ciclo ovulatório Risco aumentado de câncer orofaringe e esôfago

70 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os padrões de uso variam amplamente. O mais comum é o intermitente ( 2 vezes por semana, mês ou socialmente). Geralmente usada em forma seca, fumada em cigarros artesanais preparados pelo próprio usuário. Estes cigarros são chamados de “baseado” ou “finos”. A proporção dos usuários que progridem para a dependência é desconhecida mas provavelmente seja similar a do álcool.

71 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
CRITÉRIOS DO DSM IV PARA INTOXICAÇÃO POR CANNABIS Os efeitos psicoativos da maconha incluem alterações comportamentais ou psicológicas mal adaptativas e clinicamnete significativas que se desenvolvem durante e logo após o uso da cannabis. A intoxicação tipicamente inicia com um “barato”, seguidos de sintomas que incluem euforia com risos inadequados idéias de grandeza, sedação, letargia, comprometimento de memória de curto prazo, dificuldade para execução de processos mentais complexos, prejuízo no julgamento, percepções sensoriais distorcidas, prejuízo no desempenho motor, sensação de lentificação do tempo. As vezes ocorre ansiedade que pode ser severa, disforia e retraimento social.

72 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Estes efeitos psicoativos são acompanhados por 2 ou mais dos seguintes sinais, desenvolvendo-se 2 horas após o uso de cannabis: conjuntivas injetadas, aumento do apetite, boca seca e taquicardia. Os sintomas não devem ser decorrentes de uma condição médica geral nem ser melhor explicada por outro transtorno mental.

73 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Os usuários de maconha relatam 2 fazes de intoxicação. Inicialmente ocorre desinibição euforia, aumento da sensibilidade a estímulos sonorose visuais, confusão de sentimento. A medida que a droga vai deprimindo as outras funções cerebrais aparecem sedação, apatia, percepção alterada do tempo, oscilações do humor. Doses maiores podem causar alucinações, paranóia, delírios e despersonalização.

74 Dependência Critérios DSM-IV: igual para todas substâncias.
Há tolerância aos efeitos da maconha, incluindo euforia e efeitos sistêmicos (”high”)

75 Vulnerabilidade aos Efeitos Adversos da Maconha
Adolescência: início precoce, alterações emocionais próprios desta fase. Uso de múltiplas drogas Personalidade

76 Screening Toxicológico
Exame para a detecção do uso de substância psicoativas. É um importante instrumento terapêutico, tanto na avaliação de casos, quanto no acompanhamento da abstinência

77 Tempo na Urina Análise pela Urina Detecção Álcool Etílico 24hs
Maconha THC 5 dias Cocaína, Crack 3 dias Anestésicos 2 dias Anfetaminas Benzodiazepínicos Solventes LSD

78 Complicações Psiquiátricas
Ataques de Pânico e ansiedade (n= %) Humor deprimido (n=133 – 16%) Depressão maior (14%) Distimia (10,5%) Severidade sintomas estava relacionado com dose


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