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Profª: Marina de Oliveira Semestre: 2010/01

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Apresentação em tema: "Profª: Marina de Oliveira Semestre: 2010/01"— Transcrição da apresentação:

1 Profª: Marina de Oliveira Semestre: 2010/01
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE ARTES E DESIGN DEPARTAMENTO DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS CURSO DE TEATRO – LICENCIATURA Disciplina: História do Teatro III Melodrama, vaudeville e drama romântico Profª: Marina de Oliveira Semestre: 2010/01

2 Melodrama Conhecido desde o séc. XVII, o gênero tem origem na Ópera, na Itália. Por volta de 1797, na França pós revolução, o melodrama começa a consagrar-se como um gênero popular de grande aceitação.

3 Dramaturgos do melodrama
Charles Guilbert Pixerécourt ( ): o “pai” do melodrama. As minas da Polônia (1803) Victor Ducange (1783 – 1833) Trinta anos ou a vida de um jogador (1827)

4 Principais características do melodrama
Precedeu o drama romântico e o influenciou. Apresenta: Temática sentimental e moralizante; Exuberância cênica; Oposição de polaridades: vício e virtude; Personagens maniqueístas; Artificialidade da intriga, devido a reviravoltas no enredo e a revelações surpreendentes; Alternância rápida entre momentos de desespero e euforia; Personagens negativas dinâmicas. No geral, a virtude é restabelecida no final. É popular, acessível às camadas baixas da sociedade.

5 Duas principais temáticas
A reparação da injustiça; A busca da realização amorosa;

6 As personagens surgem “claramente, separadas em boas e más, não têm uma opção trágica possível; elas são poços de bons ou maus sentimentos, de certezas e evidências que não sofrem contradição. Seus sentimentos e discursos, exagerados até o limite do paródico, favorecem no espectador uma identificação fácil e uma catarse barata”. (Patrice Pavis)

7 “Quanto à forma teatral, o melodrama preocupava-se primordialmente em guiar o espectador através do labirinto do enredo, não o deixando errar em suas interpretações, informando-o a todo momento de maneira clara e inequívoca. Cada personagem, valendo-se do monólogo e do aparte, técnicas indispensáveis ao gênero, diz não apenas o que está sentindo e pensando em seu íntimo, mas, igualmente, com muita frequência, o que pretende fazer a seguir. Nada permanece nas entrelinhas, não há intenções sub-reptícias deixadas a cargo do talento do ator ou da perspicácia do público.” (PRADO, 1972: 88)

8 Atuação melodramática pressupõe
Virtuosismo e grandiloquência; Uso potente da voz e gestual; Suspensão e sustentação corporal (diagonais); Ondulação da coluna vertebral e seccionamento dos membros; Inclinações da cabeça e oposições corporais;

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10 Cena de um melodrama

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12 Boilly, os efeitos dos melodrama.

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15 O mais famoso ator de melodramas franceses: Frédérick Lemâitre (1800-1876)

16 Vaudeville (comédia) Originou-se na França, no séc. XVIII, tendo seu apogeu no séc. XIX; É uma peça musicada, em que os refrões, geralmente satíricos em relação à realeza ou à burguesia, são cantados pelo público; A intriga é complicada, baseada em coincidências extraordinárias; O protagonista, em geral, marcha ao sabor dos acontecimentos, enroscando-se de forma cômica nos equívocos e enganos da trama.

17 Principais dramaturgos do vaudeville francês
Eugène Scribe (1791 – 1861) Eugène Labiche (1815 – 1888) Georges Feydeau (1862 – 1921)

18 Cartaz francês de uma peça de vaudeville

19 Uma cena de Feydeau em 1903

20 Drama romântico Nasce como oposição à tragédia clássica;
É influenciado pelo melodrama; Inspira-se nos escritores alemães do Sturm und drung; Pauta-se pela liberdade de criação artística; Mistura elementos da tragédia e da comédia; Dispensa a coesão das unidades de tempo e de espaço; A ação é revelada a partir da complicação do enredo; Tem Shakespeare como modelo; Personagens, apesar de idealizadas, apresentam contradições e ambiguidades morais. (“o grotesco e o sublime”, mencionado por Victor Hugo)

21 Duas principais temáticas
Painéis históricos (a busca da “cor local” - nacionalismo); A paixão amorosa, de caráter avassalador;

22 Alguns dramaturgos do drama romântico
Victor Hugo (1802 – 1885) Hernani Alfred Musset ( ) Lorenzaccio Almeida Garret (1799 – 1854) Frei Luís de Souza No Brasil Gonçalves Dias (1823 – 1848), Leonor de Mendonça Álvares de Azevedo ( ) Macário

23 Textos importantes Racine e Shakespeare (1823), de Stendhal;
o prefácio de Cromwell: “Do grotesco ao sublime” (1827), de Victor Hugo;

24 Principais diferenças entre melodrama e drama romântico segundo Décio de Almeida Prado
O drama romântico tem qualidade literária superior; Pixerécourt não se compara a um Victor Hugo ou a um Alexandre Dumas. Enquanto o melodrama é sentimental, moralizante e otimista; o drama configura-se como fatal, tenebroso, revoltado contra a sociedade, secretamente tentado pelo mal.

25 Hernani (1830) Peça paradigmática de Victor Hugo, considerada o marco do início do drama romântico. As cerca de 39 apresentações causaram grande alvoroço entre os classicistas e os românticos: “Tudo era motivo para briga, desde as liberdades da versificação até o sexo das rimas (Victor Hugo encadeara seis rimas femininas consecutivas, heresia imperdoável para o ouvido clássico)” (PRADO: 2008: 168) A peça situa-se entre a fixidez clássica e a fluidez shakespeariana; Os cinco atos têm cinco cenários.

26 Hernani (1830) e a quebra do verso alexandrino clássico
Décio de Almeida Prado comenta o choque causado por duas frases do Hernani, respectivamente quando Don Carlos pergunta se já é meia-noite e Don Ricardo responde que em breve será: “Que o Rei de Espanha indagasse da hora, como qualquer mortal, já parecia escandaloso. Pior ainda era a resposta, seca, informativa, miseravelmente prosaica e cotidiana para um drama em verso. [Falavam] dessa forma os burgueses da platéia, não a humanidade privilegiada que habitava o palco.” (Prado, 2008: 175) O mesmo pesquisador ainda comenta as dificuldades enfrentadas pelo ator que desempenhou o papel e que não conseguia encontrar um tom adequado para o simples "Que horas são?" que, originalmente, constava no texto (sendo depois substituído pela indagação sobre a meia-noite, referida há pouco).

27 Exemplo de verso alexandrino
1ª ª ª ª ª ª ª 8ª ª ª ª 12ª Nas/ lar/gas /mu/ta/ções /per/pé/tuas /do u/ni/ver/so O amor é sempre o vinho enérgico, irritante... Um lago de luar nervoso e palpitante... Um sol dentro de tudo altivamente imerso. Estrofe inicial do soneto “Amor”, de Cruz e Souza

28 A linguagem romântica, ao romper a rigidez do verso alexandrino, encurtou consideravelmente a distância entre a língua falada e a escrita.

29 A atuação romântica Mistura:
Formação baseada nas normas de declamação tradicionais; Interpretação de atores imbuídos de forte expressividade pessoal; A partir do romantismo surgem novas possibilidades de formação do ator que incluíam o estudo do corpo e a criação das primeiras técnicas.

30 Importante É no romantismo que o povo e os marginais (em oposição à nobreza e à burguesia) passam a ter destaque nas tramas. Todavia, especialmente no melodrama e no drama romântico a representação das classes baixas é idealizada, de modo que o conflito de classes não é problematizado.

31 Boulevard du Crime, com o Teatro Imperial ao fundo.

32 Thêatré de la Renassaince, no Boulevard du San Martin, 1872.

33 Boilly, a entrada do Teatro Ambigu Comique.

34 Fontes HUPPES, Ivete. Melodrama: o gênero e sua permanência. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000. PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999. PRADO, Décio de Almeida. João Caetano. São Paulo: Perspectiva, 1972. _______. O teatro romântico: a explosão de In: GUINSBURG, J. (Org). O romantismo. São Paulo: Perspectiva, 2008. ROUBINE, Jean-Jacques. Introdução às grandes teorias do teatro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.


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