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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO CHINA /EUA

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Apresentação em tema: "POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO CHINA /EUA"— Transcrição da apresentação:

1 POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO CHINA /EUA

2 “CHINÊS”, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS FALADAS DO MUNDO
Chinês (+ de 1,35 bi.de falantes no país mais populoso do mundo; em extensão, o maior país da Ásia, e o terceiro do mundo: 9,6 milhões de km², depois de Rússia e Canadá). Hindi milhões de nativos (+ 300 milhões como segunda língua = 722 milhões de falantes no total). Inglês milhões de nativos (+ aproximadamente 300 milhões como segunda língua). Espanhol - Bengali -

3 CHINÊS, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS FALADAS DO MUNDO
6) Árabe 7) (ou 5º) Português (próximo de 191 mi.falantes, (Censo 2010) - 5ª maior área territorial do planeta (depois da Rússia/Canadá/China/Estados Unidos e, para muitos, o 5º maior contingente populacional do mundo, depois de China, Índia, países anglófonos/EUA e Indonésia). 8) Russo (o maior em extensão do mundo) 9) Japonês 10) Alemão

4 O interessante do Caso da China
População da China: a maior do mundo: + de 1,35 bi. 1 bilhão e 350 milhões de habitantes, distribuídos entre: a RPC-República Popular da China (população com mais de 1 bi e 330 milhões (ou 1,33 bilhão) de pessoas, e que usa um mandarim de escrita simplificada) e Taiwan (arquipélago com + de 80 ilhas): 22,4 milhões de habitantes, neste Estado insular, que fazem uso do mandarim clássico). Essa maior população regional do planeta representa mais de 1/5 do total mundial. Interessante o caso da China em termos linguísticos, porque existe a noção/crença de que todo o mundo na China fale chinês. Mas será mesmo?

5 Todo mundo na China fala chinês?
Dizer que o “chinês” é uma das línguas mais faladas no mundo - considerando-se a população total da China - é um grande equívoco propalado pelo mundo. Na verdade, cerca de 500 milhões de falantes da China falam outra língua, como L1, que não o propalado chinês.

6 Etnias em Taiwan Região multiétnica composta pelas etnias Han, Gaoshan, Mongol, Hui, Miao etc. Sobre a segunda etnia predominante, a HAN: (97%): esta tem duas vertentes: Minnan (415 mil membros, em 2001), situados em Quanzhou e Zhangzhou (Província de Fujian). Kejia, Meizhou e Chaozhou – no Cantão. 

7 China: uma antiga civilização que dispõe de longa história ininterrupta de 5000 anos. Nos últimos 30 anos de Reforma e Abertura, ocorreram na China mudanças significativas, com a China de hoje voltando-se para o mundo com nova fisionomia. Sobre as relações de amizade entre China e Brasil, há longa história. Desde o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países em 1974, especialmente após a formação da “parceria estratégica” em 1993, com o desenvolvimento aprofundado das relações bilaterais, bons frutos de cooperação e de benefícios mútuos em todas as áreas, aprofundando-se continuamente a amizade entre os dois povos...

8 2011: 50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing/Pequim (BFSU). Curso que tem servido, desde 1961, como ponte para o intercâmbio e cooperação entre a China e os países lusófonos, tendo formado mais de 400 profissionais para as áreas de diplomacia, comércio internacional, educação e comunicação social, para uma nova China. Além da BFSU, na China há atualmente mais de vinte institutos de educação superior ensinando português, como: a Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai a Universidade de Comunicação da China a Universidade de Pequim etc.

9 “Chinês” “Chinês” – rótulo único, comum, para línguas muito diversas entre si. Pontos a problematizar, neste caso do Chinês: 1º) Unidade/Unicidade Versus Diversidade - Na língua de Taiwan milhões de falantes do mandarim clássico Na língua de Shangai – 90 milhões de falantes Na língua de Hong Kong, antiga colônia britânica, 70 milhões de falantes do cantonês. Questão institucional, oficial: o Governo nega basicamente a diferença entre as línguas e estabelece uma diferença que é entre: Dialetos x Línguas.

10 Falando no Cantonês: considerado o terceiro dialeto (cf
Falando no Cantonês: considerado o terceiro dialeto (cf. o Governo) + falado do chinês depois do Mandarim e Wu. Tem cerca de 70 mi. de falantes, principalmente na província de Guangdong e nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau. Falando em Mandarim: o mandarim-padrão, também conhecido como língua chinesa oral moderna, é utilizado como idioma oficial na China Continental, mas em sua forma simplificada e na parte insular (80 ilhas) de Taiwan, em sua forma mais clássica (território que foi separado do continente pelo movimento da crosta terrestre, e que pertenceu ao domínio holandês/ espanhol e japonês, voltando em 1945 ao chinês).

11 Interdição oficial à “língua”
Mútua inteligibilidade – seria o critério para dizer se se trata de língua ou dialeto. Se há mútua inteligibilidade, temos dialetos. Se não há mútua inteligibilidade, temos línguas. Na China, as línguas não são mutuamente inteligíveis. Mas em vez de admitir essa realidade da língua, o Governo adota outro critério: o da Interdição: é proibido rotulá-las como línguas. O governo não aceita a diversidade de línguas. A pergunta que se coloca é, então: Por que a China não quer assumir a diversidade? Por que não se assume como um país Multilinguístico? Multiétnico? Multicultural?

12 Interdição oficial às “línguas”
Ainda que os chineses prefiram falar de dialetos, ao referir-se às variedades do chinês falado, a inteligibilidade mútua entre estes é praticamente nula: portanto, são línguas diferentes e não dialetos de uma mesma língua. Por isso, muitos linguistas consideram o “chinês” uma família de línguas, e não uma língua única.

13 Ponto intrigante este: a questão da diversidade admitida e não-admitida
Já existiram na China mais de uma centena de grupos étnicos. Em termos numéricos, a etnia dominante, majoritária, é a dos HAN. Ao longo da história, muitas etnias foram assimiladas às suas vizinhas ou, simplesmente, desapareceram sem deixar testemunhos da sua existência. Muitas etnias distintas foram diluídas no grupo dos HAN, o que explica o peso numérico desta etnia na China. Não obstante, os HAN falam várias línguas muito diferentes. Cerca de 56 línguas existem, mas são línguas periféricas, em relação à China.

14 Afinal, o Chinês é uma língua só, ou não?
Proposição polêmica do Governo da China. 2 pontos importantes: 1º) a questão da mútua inteligibilidade. Não sendo mutuamente inteligíveis, são línguas diferentes. Ex.: O Mandarim ≠ Cantonês. 2º) o argumento do Governo Chinês de que Mandarim e Cantonês têm uma escrita unificada (falácia!) . Para o Governo, se existe uma única escrita, é porque há uma única língua, argumento fundado na univocidade: “1 escrita  1 língua”

15 “1 escrita  1 língua” Argumento falacioso, porque a escrita chinesa é ideográfica, o que significa que registra conceitos e não sons. A escrita (ideográfica conceitual) não tem nenhuma relação necessária com a língua falada (sonora).

16 Falando no Cantonês, ele é considerado o terceiro dialeto (cf
Falando no Cantonês, ele é considerado o terceiro dialeto (cf.diz o Governo) mais falado do chinês depois do Mandarim e do Wu. Tem ao redor de 70 milhões de falantes, principalmente na província de Guangdong e nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau. Falando em Mandarim: o mandarim- padrão, também conhecido como língua chinesa oral moderna é utilizado como idioma oficial na China Continental e em Taiwan.

17 Observação importante
3 formas de escrita no Chinês, sendo a mais amplamente utilizada, o KANJI – escrita que faz uso de ideogramas chineses, que é a escrita também japonesa (ambas intercambiáveis): em ambas, o ideograma registra conceito. Aqui, não evidência de contiguidade linguística, entre escrita e fala.

18 Outra questão que se coloca
Por que o Governo da China simplesmente não assume que o Chinês não é uma língua só, não é uma língua única? Por que ele não assume a diversidade linguística, o mullinguismo/plurilinguismo? A resposta é de ordem política. As línguas oficiais foram mudando ao longo da extensa história chinesa (incluindo línguas desaparecidas), incluindo o mongol, o manchu e os vários dialetos do chinês, entre os quais o mandarim (em chinês Hanyu) e o cantonês.

19 Houve um processo de modernização da China (de um país de camponeses passou a constituir uma potência mundial). Ora, se a China é uma Nação moderna, deveria assumir esse caráter multilinguístico multiétnico multicultural, em voga na atualidade

20 Paradoxo: A modernização criou um problema de LEGITIMAÇÃO do Estado Chinês. Legitimação é palavra-chave aí. Enquanto a China era um país comunista, a questão nacional não se colocava, porque se partia de um argumento de classe: camponeses-trabalhadores.

21 Efeitos da Modernidade
Comunistas X Nacionalistas – Uma sociedade de classes surge. Como se legitimar em outras bases? Entra o argumento nacional: “Somos um só povo!” Frame do século XIX - dos elementos fundadores do Estado no século XIX. Prevalência do Argumento da Nacionalidade, a Nacionalidade como ideologia, ou seja: “Unir no imaginário o que é desunido no real.” (Anderson...) Desunido no real, ou seja, o que não é sequer uma sociedade, não é um povo.

22 Como consequência da Modernização
Observe-se a questão da: - emergência do Nacionalismo na China (como consequência da modernização) e de como o Governo cultiva esse estado de coisas. Ex.: As Olimpíadas – grande manifestação de ufanismo. Mas um Nacionalismo mais voltado para o público interno e não externo, para os outros países – aspecto muito característico da China.

23 Ponto a chamar nossa atenção no século XIX
A burguesia à frente dos processos. E essa estrutura do século XIX, repete-se hoje. Ele é equivalente ao presente, nos casos de institucionalização da língua. Então, o frame do séc.XIX continua aplicado a todos os casos, o mesmo processo... A burguesia bancando a unificação pela língua, promovendo a famosa ADESÃO dos povos.

24 Outro ponto importante (e ao mesmo tempo confuso, problemático):
O projeto, o desejo, do Governo Chinês de romanização da língua escrita: Promover a mutação de uma escrita ideográfica (conceitos) para uma escrita fonográfica (sons). Requisitos: o tempo de aprendizagem é longo, pelo menos 5 anos. E por uma razão muito simples: Cada ideograma equivale a uma palavra (conceito) Na escrita fonográfica, com 23 sons (fonemas), escrevemos todas as palavras da língua. Existem milhares de ideogramas a serem aplicados, reduzidos a 23 letras/(fonemas/sons).

25 Diante dessa problemática, pergunta-se:
Como lidar com isso no computador? O linguista David Crystal ilustra tal problemática de difícil encaminhamento, dizendo de uma máquina feita na China com caracteres... Na verdade, na China configura-se um problema não só de aprendizagem, mas também de operacionalidade. Como superar tal dilema? Romanizando? Mas como?

26 Outro problema: uma confusão
Há 2 propostas diferenciadas de escritas romanizadas: PUTONGHUA PIN YIN Por qual optar?

27 Continua o dilema da Romanização
Embora antigo, o processo de Romanização não consegue ser implantado: os problemas que surgem superam os ideais da proposta. Onde isso é mais flagrante? Em Hong Kong (70milhões), que, na verdade, é importante que Pequim, que usa a escrita ideográfica cantonesa e diz: “Nós não falamos chinês”. Cantonês (língua de Hong Kong, antiga colônia britânica) – 70 milhões de falantes

28 Continua o dilema da Romanização até pela diversidade geográfica...
A última Guerra Civil Chinesa (cujo maior combate terminou em 1949) resultou na formação de duas entidades políticas que usam o nome China: Hong Kong que está sob o domínio da República Popular da China (RPC), também chamada de China Comunista (desde 1997), assim como Macau (desde 1999). República da China (RDC) ou a China Nacionalista ou Taiwan, tem domínio sobre as ilhas de Taiwan, Pescadores, Kinmen e Matsu. A palavra China costuma referir regiões que, em termos mais específicos não fazem parte dela, como é o caso da Manchúria, da Mongólia Interior, o Tibete e Xinjiang.

29 A questão da identidade
A questão da identidade pessoal e cultural se coloca, caso se abra mão da unidade ideográfica. Como administrar um tal projeto de mudança tão radical da escrita? As implicações são muito grandes... Há o problema, pois, maior, da legitimação... Na verdade, o Governo Chinês tem lá seus temores...

30 Temores do Governo Chinês
A dispersão nacional – o fato novo de cada um de seus povos desejar ter seu próprio país, de ser um povo separado da China. Exemplar nesse sentido é Cantão – província de Guangdung. E se isso não aconteceu ainda, é que, por enquanto, vale a pena, para Cantão, estar na China.

31 Outro exemplo de tentativa de dispersão nacional
Caso do Tibet, quando já ocorreram levantes da população com forte cunho separatista, como por exemplo, o SINKIANG ou Casaquistão Chinês (a Oeste da China) onde houve a revolta dos Uigures.

32 Política de Nacionalismo do século XIX
Na China: invadir a região desses povos, deixá-los minoritários e em suas próprias terras... uma forma de neutralizá-los em suas tentativas de libertação, de constituição de uma nova Nação, com uma língua própria. O temor do Governo é sempre o da convulsão social. Na China, há quase que diariamente muitos levantes, grande parte não-anunciada; portanto, os problemas sociais são gravíssimos.

33 Devemos observar os movimentos do Governo...
... os movimentos tomados por esse Governo Chinês para compensar um déficit de LEGITIMIDADE existente em suas ações. Ações que tentam impor uma realidade política que não é a dos povos chineses. E as ações do Governo, parece que sempre estão “correndo atrás do prejuízo”. Então, para isso, o Governo impõe seu Pacote de Nacionalidade. Tentando antecipar-se a um possível levante social ou uma guerra civil. Qualquer movimento popular é duramente reprimido pelo Governo.

34 Em 08/10/2010, o escolhido para o prêmio Nobel da Paz foi o ativista chinês Liu Xiaobo (55a.), crítico literário, escritor, professor, intelectual, acusado de "incitar à subversão contra o poder do Estado“ , mas que, por estar preso não pôde receber o prêmio. Ele cumpre pena de 11 anos em prisão domiciliar, na China, por organizar um manifesto pró-democracia. Ativista por reformas na República Popular da China, ele tem uma longa e não-violenta luta pelos direitos humanos fundamentais. Evidentemente que o governo chinês protestou contra a escolha de Xiaobo. Segundo as autoridades do país, ele é um criminoso que violou as leis chinesas.

35 Sobre a fragilidade da China...
O paradoxo: uma nação tão próspera, tão aclamada como uma potência, apresenta a fragilidade de sua condição geral, enquanto Estado Chinês. A possibilidade de ruptura: dado que o próprio Governo Chinês teme; ele não quer abdicar de nenhum de seus povos... Não quer sua autonomia... Não quer sua emancipação. Para evitar isso, sua estratégia é a interdição...

36 Sumarizando o Caso da China
Nenhum outro país do mundo tem a diversidade linguística da China: um fato, uma realidade, da Nação que recebe a negação do Governo Chinês. A China apareceu desde cedo na história das civilizações humanas a organizar-se enquanto Nação (ainda que a identidade nacional chinesa sempre tenha sido complexa), demonstrando um pioneirismo notável em áreas como a arte e a ciência, ultrapassando à altura, largamente, o resto do mundo. -:-

37 Para mim, o que seria expressão de um limite do governo chinês transforma-se em proibição que interdita o reconhecimento da diversidade de línguas, de etnias, de culturas, e é desse modo que se encobrem questões.

38 QUESTÃO ÚNICA SOBRE O CASO DE PLs.: CHINA / EUA
1.1. Por que os governos chinês e norte-americano não podem ou não querem reconhecer oficialmente a diversidade linguística de seus países? 1.2. Como se explica o paradoxo de tais políticas lingüísticas chinesas estarem sendo mantidas concomitantemente à liberalização econômica do país? 1.3. Identifique e explique o paradoxo entre a concepção e a implementação das políticas linguísticas (a) que estabelecem o ensino bilíngue entre os hispânicos dos EUA e (b) que pleiteiam o reconhecimento do Ebonics (Black English) como uma língua distinta do inglês; (c) mostre como esse mesmo paradoxo está presente na disposição dos cidadãos de Porto Rico, manifesta nos plebiscitos sobre a emancipação dos EUA.


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