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A farmácia em Portugal na Idade Média

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Apresentação em tema: "A farmácia em Portugal na Idade Média"— Transcrição da apresentação:

1 A farmácia em Portugal na Idade Média

2 Figuras representativas das práticas médico-farmacêuticas
São Frei Gil de Santarém Pedro Julião = Pedro Hispano

3 São Frei Gil ( ) Estou medicina e filosofia no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra indo depois para Paris Terapêutica: cruzamento de práticas médicas obedientes à vertente galénica mais ou menos arabizada, cruzada com um tipo de práticas mágico-religiosas ou supersticiosas. Produtos usados Origem vegetal: heléboro, arruda, celidónia, malvas, losna, funcho Origem animal: leite cabra, mel, fel de cabra, leite de mulher, etc.

4 Pedro Hispano ou Pedro Julião (1200-1277)
Foi eleito papa sob o nome João XXI em 1276, morreu em 1277 Conhecedor da Matemática e Filosofia Ensinou medicina em Paris e em Siena Escreveu Thesaurus pauperum (tem referências a autores consagrados como Galeno, Avicena e Dioscórides)

5 Profissões de cariz farmacêutico
Especieiros: especiarias eram usados nos medicamentos como princípios activos ou correctivos. Ex: Açúcar Eram judeus Subgrupo são os teriagueiros, são vendedores de teriaga Boticários aparecem depois dos especieiros mas coexistem com eles um certo tempo. Têm boticas (significa armazém ou depósito)

6 A lei de D. Afonso IV D. Afonso IV em 1338 promulgou uma carta determinando a obrigatoriedade dum exame pelos médicos do rei a todos os que exerciam os ofícios de médico, cirurgião e boticário na cidade de Lisboa. D. Afonso V concedeu em 1449 uma carta, conhecida por "Carta de Privilégios dos boticários “ onde atribuía privilégios aos mesmos, respeitantes às condições em que podiam ser sujeitos : à aplicação da justiça, à isenção do recrutamento militar, ao direito de porte de armas, à isenção da obrigação de aposentadoria e de vários impostos próprios dos ofícios mecânicos Estas liberdades e privilégios eram alargadas às viúvas que mantivessem as boticas em funcionamento, assim como aos aprendizes que ascendessem a mestres, desde que o valor dos medicamentos possuídos fosse pelo menos de mil e quinhentas coroas. A carta estabelecia também o princípio do controlo régio sobre as boticas e da sua inspecção (visitas). A carta de privilégios cedo terá deixado de ser aplicada, se é que alguma o vez o foi para além do próprio Mestre Ananias e dos seus companheiros mais chegados. No século XVI, contrariamente ao texto da carta de privilégios, a profissão farmacêutica é considerada como um ofício mecânico e esse é o entendimento que se manterá até ao Liberalismo. Este corresponde à forma como a farmácia e as restantes profissões da área de saúde se enquadravam na classificação clássica das artes, na qual a arte dos boticários e cirurgiões, a "Medicina ministrante", pertencia ao ramo mecânico enquanto a "Medicina Dogmática", a dos médicos, pertencia ao doutrinal. 6

7 Separação da profissão médica da farmacêutica
1461 – D. Afonso V regulamenta o exercício das profissões médica e farmacêutica Boticários: destinava-se a conservação dos símplices e a preparação de medicamentos. Estão-lhe vedado as práticas médicas Médicos e cirurgiões estão impedidos da prática farmacêutica, isto é preparação de medicamentos.

8 Mestre Ananias (1449) Foi trazido por D. Afonso V Era Árabe de Ceuta
Trouxe boticários aos quais foram prometidos “Privilégios, Liberdades e Isenções” Tudo indica que no XV a cobertura sanitária em Portugal era deficiente, a população necessitava de mais boticas e melhor organização.

9 A farmácia em Portugal no Renascimento
(inicio em 1453)

10 Legalização e autonomia da profissão
Em 1461 D. Afonso V promulgou uma carta determinando a completa separação entre as profissões farmacêutica e médica. Este diploma proibiu: - a preparação de medicamentos para venda por parte dos médicos e cirurgiões - a venda de medicamentos compostos ao público em localidades onde houvesse boticário. - os boticários de aconselhar qualquer medicamento aos doentes. Este princípio da separação de interesses entre a prescrição e a dispensa foi reforçado em 1561, com a proibição das sociedades entre médicos e boticários e da dispensa de medicamentos por boticário parente do médico que os receitou.

11 Regimento dos boticários
Em 1497, foi elaborado o "Regimento dos boticários" da cidade de Lisboa, reformulado em 1572. Este regimento não estipulavam quaisquer funções ou direitos para as corporações farmacêuticas, mas determinavam uma série de obrigações: Define quais os livros que os boticários eram obrigados a possuir, assim como os pesos e as medidas convenientes ao seu ofício Os preços dos medicamentos tinham que corresponder aos de uma tabela registada na câmara e deviam ser inscritos na própria receita. O boticário era obrigado a avisar o médico de que iria compor o medicamento receitado, para que ele assistisse à sua preparação.

12 Físico-mor Médico seleccionado pelo rei; Possuía um regimento próprio;
Em 1521, o Regimento do Físico-Mor do Reino, publicado durante o reinado de D. Manuel, determinava a obrigatoriedade de um exame pelo físico-mor a todos aqueles que pretendessem exercer a profissão de boticários (candidatos tinham que praticar durante 4 anos com mestre aprovado e ter noções de latim) O seu lugar foi extinto em 1836.

13 Algumas atribuições do físico-mor:
Regular o acesso á profissão farmacêutica; Conceder licenças para a instalação dos boticários em Lisboa; Regular as visitas de inspecção às boticas; Fixar os preços dos medicamentos; Conceder licenças para o fabrico de remédios de segredo particular. 13

14 Medicina dogmática / Medicina Ministrante
No século XVI, contrariamente à carta de privilégios, a profissão farmacêutica é considerada como um ofício mecânico. As profissões enquadram-se na classificação clássica das artes consoante pertenciam ao ramo mecânico ou doutrinal. Ramo mecânico pertencia à “medicina ministrante” onde se encontravam os boticários e cirurgiões. Ramo doutrinal pertencia à “Medicina Dogmática” onde se encontravam os médicos.

15 Hospitais e Universidades
Séc XV e inícios do séc. XVI: surgem os hospitais, albergarias e gafarias, obedecendo aos propósitos da piedade cristã. Nem todos os hospitais apresentavam a sua própria botica. Hospital Real de Coimbra tinha um boticários abastecedor de medicamentos, sem ser detentor da exploração de uma botica. Não existia ensino especifico conducente à formação de boticários. A obrigatoriedade da licença para o exercício da profissão só veio a acontecer no decurso do séc. XVI. Embora no séc XIV houvesse autorizações para quem quisesse ser boticário 1290- Universidade de Coimbra sedeada em Lisboa. Só em 1537 se fixa definitivamente em Coimbra. Inclui estudos médicos.

16 Instituições de assistência
Caldas da Rainha (fundado em 1485 e já estava a funcionar em 1488, contando desde os primeiros tempos com a possibilidade de abrigar mais de cem camas; o pessoal era numeroso e incluía um boticário); Hospital de Todos-os-Santos (possuía um boticário e três ajudantes, que viviam dentro do próprio hospital); Misericórdia de Lisboa. 16

17 Ensino da arte farmacêutica
Um dos aspectos mais relevantes do ensino farmacêutico no Renascimento prende-se com a organização de estudos farmacêuticos na Universidade – a Universidade de Coimbra; Foi no reinado de D. Sebastião que foram instituídos na Universidade vinte partidos para todos aqueles que quisessem ser boticários de profissão; O dinheiro dos partidos destinava-se ao proprietário da botica, onde o aluno fazia a sua aprendizagem, sendo dirigido para pagar as diversas despesas que o boticário tinha com aluno. Caso sobrasse alguma quantia esta, então, seria destinada ao partidista;

18 O curso ficou organizado do seguinte modo:
Primeiro e segundo ano Ensino de Latim Terceiro-sexto Trabalho prático numa Bótica Exame final Embora, pela primeira vez em Portugal a universidade de Coimbra tenha acolhido o ensino de farmácia e formação específica de boticários, o certo é que o curso não era conducente a qualquer grau académico–habilitava profissionalmente.

19 Escassez de boticários
A falta de boticários nas localidades menores levou ao aparecimento dos partidos municipais, que se difundiram por todo o país; As condições variavam de acordo com a localidade, mas em geral consistiam na atribuição de uma quantia, retirada dos rendimentos do próprio concelho e definida em valor monetário ou em géneros, ao boticário que aceitasse estabelecer-se na localidade, residindo nela e mantendo botica aberta.

20 Boticários Portugueses importantes no Renascimento

21 Influência Portuguesa no Oriente
A Índia e o Japão foram indiscutivelmente os locais do Oriente onde mais se projectou a acção dos portugueses; Tomé Pires, Cristovão da Costa e Garcia da Orta foram grandes vultos da ciência médica na Índia veicularam para a Europa, através das suas obras, importantes informações farmacológicas, sobre substâncias e produtos, ainda hoje em uso nas Farmacopéias. Foram vários os portugueses que se notabilizaram no estudo da matéria médica durante o Renascimento, fundamentalmente no estudo das matérias-primas orientais.

22 Garcia da Orta (1501-1568) Nome mais significativo deste período
Natural de Castelo de Vide, estudou em Salamanca e Alcalá 1534 – Embarcou para a Índia como médico de Martim Afonso de Sousa Escreveu Colóquios dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia (Goa, 1563) Compreende um total de 58 colóquios Descreve as drogas, sua origem e propriedades terapêuticas, em dialogo com o médico espanhol Ruano Drogas descritas: aloés, melão, mirabolanos, cânfora, ruibarbo, sândalo, etc

23 Tomé Pires (? – 1524 ou 1540) Boticário que viveu no Oriente
Notabilizou-se também no campo politico, 1º Embaixador de Portugal na China 1515 escreveu a Suma Oriental

24 Amato Lusitano (1511-1568) Médico, natural de Castelo Branco
Judeu estudou medicina em Salamanca Foi perseguido por a Inquisição tendo que mudar de cidade várias vezes. Mudou-se para Antuérpia (1534) Foi dos primeiros a comentar a obra de Dioscorides, introduzindo resultados da sua própria observação Escreveu Centúrias - constituído por 7 partes, em cada descreve a doença indicando depois a terapêutica e instituir referindo por diversas vezes o formulário correspondente à medicação.

25 Rodrigo de Castro (1541-?) Cristão, natural de Lisboa, estudou em Salamanca e foi médico em Évora e Lisboa Escreveu De Mulierum Medicina (Colónia, 1603) que é um autêntico tratado de ginecologia

26 A farmácia em Portugal durante o Barroco

27 A Farmácia em Portugal durante o Barroco
Baseada no galenismo e na utilização de substâncias de origem vegetal e animal. As terapêuticas mais usadas nesta época eram: medicamentos vegetais técnica operatória galénica sangrias clisteres purgas

28 Sangrias Eram indicadas como tratamento das inflamações, da febre e da dor. Destinavam-se a eliminar as impurezas contidas no sangue. Muitas foram praticadas como medida preventiva em casos de epidemias. Não eram efectuadas pelos próprios médicos, mas sim por cirurgiões e barbeiros sangradores.

29 Introdução aos medicamentos químicos
Do ponto de vista terapêutico, a farmácia química foi uma das inovações mais importantes desta época. Contudo grande parte das boticas portuguesas não possuía estruturas e utensílios fundamentais para a manipulação química.

30 Figuras importantes na época do Barroco
Curvo Semedo João Vigier Castro Sarmento Ribeiro Sanches

31 Curvo Semedo ( ) Médico e autor português dos finais do século XVII. Rapidamente ganhou uma enorme fama como inventor de remédios. Uma das suas grandes obras foi Polianteia Medicinal. Apresentou medicamentos preparados quimicamente.

32 João Vigier ( ) Oriundo de França e imigrado em Portugal desde o início do século XVII. Era comerciante de drogas, mas durante algum tempo exerceu a arte farmacêutica. Autor da “Farmacopeia Ulissiponense” (1714): foi a 1ª obra portuguesa a tratar organizadamente a preparação de medicamentos Apresenta uma química medicinal muito iatroquímica. Atribuía grande importância a drogas de origem vegetal ou animal.

33 Castro Sarmento (1691-1762) Praticou medicina em Beja e em Lisboa.
Percursor da vacina anti variola e estudou a malária. As suas obras, pode destacar-se o estudo “Materia Medica” (1735). Contribuiu para a reforma do ensino e da investigação científica em Portugal. Tornou-se muito conhecido em Portugal pela preparação da “Água de Inglaterra”.

34 Ribeiro Sanches ( ) Foi um médico (distinguiu-se na venereologia), filósofo e pedagogo. Escreveu Método para aprender a estudar a Medicina (1763) e as Cartas sobre a educação da mocidade (1760). Exerceu a sua actividade no estrangeiro. Contribuiu para a abertura da Univ. Coimbra às tendências europeias.

35 Farmácia conventual Aparece por oposição à farmácia laica.
Passam a existir boticas em muitos conventos e mosteiros; exs: Boticas dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, dos Dominicanos e dos padres da Companhia de Jesus. 1ª farmacopeia portuguesa, Pharmacopeia Lusitana (1704), foi escrita pelo cónego Regrante de Santo Agostinho, D. Caetano de Santo António Não forneciam apenas a ordem como também vendiam ao público.

36 Remédios Secretos (1ª metade séc. XVIII)
Eram preparados em grandes quantidades e a sua composição sigilosa. Distribuição era feita por diversos profissionais: médicos, cirurgiões que eram os seus principais produtores. Curvo Semedo e Jacob de Castro Sarmento destacaram-se como os principais produtores. “Água de Inglaterra ”, foi dos medicamentos secretos mais populares.

37 Aspectos socio-económicos dos farmacêuticos
As boticas eram maioritariamente herdadas por membros da família, excluindo os primeiros filhos. Conferiam algum poder económico a quem as possuía. Eram fornecidas por droguistas, estes sim com alto poder económico

38 A farmácia em Portugal no séc. XVIII (Iluminismo)

39 A farmácia em Portugal nos finais do séc. XVIII
Três aspectos têm importância O ensino farmacêutico e a investigação científica Literatura farmacêutica, nomeadamente farmacopeias Exercício da prática profissional

40 O ensino farmacêutico e a investigação científica
Reforma Pombalina 1772 o ensino na Universidade de Coimbra foi reformado por iniciativa do Marquês de Pombal: Abriu a faculdade de Matemática e de Filosofia e para fomentar o ensino das ciências experimentais foram fundados locais destinados à investigação e ao ensino como o Hospital Escolar, Teatro Anatómico, Dispensatório Farmacêutico, Laboratório Químico, Gabinete de Física, Gabinete de História Natural, O jardim Botânico e Observatório Astronómico. Dispensatório Farmacêutico era a botica do hospital. Destinava-se ao ensino farmacêutico e à produção de medicamentos

41 Funcionamento do Dispensatório Farmacêutico
O curso de boticários constava de 4 anos: nos 2 primeiros anos os alunos frequentavam o Laboratório Químico aprendendo as operações químicas; seguia-se 2 anos de prática no Dispensatório Farmacêutico. O ensino era fundamentalmente prático. Dispensatório estava na dependência directa da Faculdade de Medicina, era seu director, o responsável pela cadeira da Matéria Médica e Farmácia. José Francisco Leal ( ), Francisco Tavares ( ) foram dois desses directores.

42 Directores do Dispensatório
José Francisco Leal ( ) autor de Instituições ou elementos de Farmácia Francisco Tavares ( ) autor de De pharmacologia libellus (1786) Medicamentorum sylloge (1787) Advertências sobre os abusos, e legitimo uso das aguas minerais das Caldas da Rainha (1791) Observações e reflexões sobre o uso proveitoso e saudável da quina na gôta (1802) Etc.

43 Literatura farmacêutica, nomeadamente farmacopeias
Todo o Séc XVIII foram publicadas em Portugal diversas farmacopeias, que deveriam ser afastadas após a publicação da farmacopeia oficial. Foi publicada a primeira farmacopeia Oficial: a Pharmacopeia Geral A Farmacopeia deveria atingir os seguintes objectivos, segundo os estatutos pombalinos de 1772 Conferir a formação farmacêutica conveniente aos futuros boticários Orientar no exercício da prática profissional todo o boticário que preparasse os medicamentos devidos. Obrigatoriedade de existência de um exemplar nas diversas boticas do país Ficou proibida a preparação de medicamentos por outra farmacopeia que não aquela aprovada oficialmente.

44 Farmacopeias portuguesas que se publicaram em Portugal na segunda metade do século XVIII
1704 – Pharmacopea Lusitana de D. Caetano de santo António (outras edições em 1711, 1725 e 1754) 1713 – Pharmacopea Bateana de Jorge Bateo 1716 – Pharmacopea Ulyssiponenese de João Vigier 1735 – Pharmacopea Tubalense (outras edições em 1751 e 1760) 1766 – Pharmacopea Portuense de António Rodrigues Portugal Pharmacopea Meadiana de Ricardo Mead 1772 – Pharmacopea Dogmática de João de Jesus Maria 1785 – Farmacopéa Lisbonense (outra edição 1802) de João de Jesus Maria que em 1791 traduziu e adaptou a Pharmacopoeia Colegii Regalis Medicorum Londinensis.

45 Exercício da prática profissional
Os boticários podiam-se formar na Universidade de Coimbra (um curso muito prático) ou podiam obter o titulo após exame tutelado pelo físico-mor. Foi fundado na Casa Pia de Lisboa um curso para boticários Criou-se a Junta do Proto-Medicato extinguido os lugares de físico-mor e de cirurgião-mor. Era responsável pela saúde pública; fiscalizava se médico, boticários e cirurgiões tinham títulos, visitava as boticas, etc. 1809 – é abolida

46 A farmácia em Portugal no séc. XIX (Romantismo)

47 A farmácia em Portugal na primeira metade do séc. XIX
Dois aspectos tiveram particular importância nesta altura: A criação da Sociedade Farmacêutica Lusitana (1835) Fundação das Escolas de Farmácia em Coimbra, Lisboa e Porto (1936) Estes acontecimentos reflectem a ascensão científica e sócio-profissional da farmácia

48 Sociedade Farmacêutica Lusitana
Surge no seguimento da Sociedade Farmacêutica de Lisboa Tem como objectivos valorizar a profissão farmacêutica e a farmácia enquanto ciência Emancipação sócio-profissional relativamente à medicina Esteve na base da reestruturação do ensino farmacêutico em Portugal Os primeiros dirigentes eleitos são: José Vicente Leitão, José Dionísio Correia e António de Carvalho

49 Escolas de Farmácia Escola de Farmácia De Coimbra foi criada em anexo à faculdade de Medicina Escola de Farmácia de Lisboa e a do Porto foram criadas em anexo às escolas médico-cirúrgicas, recém criadas em 1836, a partir das régias escolas de cirurgia criadas em 1825 Não conferiam titulo académico, nem o curso era considerado superior, o que só aconteceu em 1902 Só 10% dos farmacêuticos em exercício se formaram nas escolas

50 Ensino nas escolas de farmácia
Lisboa e Porto: Organização: 4 disciplinas teóricas (botânica, química, farmácia e historia dos medicamentos) e 1 curso pratico realizar no Dispensatório Farmacêutico da escola. Coimbra: Organização da reforma pombalina: 2 anos de práticas no Laboratório Químico seguidos de mais 2 anos de práticas no Dispensatório Farmacêutico; Organização do novo regime: disciplinas da reforma pombalina + cursos de zoologia, botânica, física e de mineralogia. Contudo havia um regime paralelo para o acesso ao diploma de farmácia: Eram admitidos a exame final todos aqueles que tivessem oito anos de prática numa farmácia., mesmo que não tivessem frequentado os cursos teóricos e os cursos práticos nas Escolas

51 Tipos de farmacêuticos
Consoante a vias de acesso ao titulo de farmacêutico: a) os que frequentavam regularmente o curso de farmácia em qualquer Escola reconhecida eram incluídos no grupo de farmacêuticos de 1ª ordem; b) os que já exercem a profissão a nível pratico á 8 ou mais anos e concorriam a um exame final eram incluídos no grupo dos farmacêuticos de 2ª ordem

52 Publicações científicas e literatura técnico profissional
Codigo Pharmaceutico Lusitano; de Agostinho Albano da Silveira Pinto ( ), médico e doutor em Filosofia. É uma obra pós-lavoisieriana sintonizada com a química da época, foi declarada farmacopeia oficial. Edições posteriores em 1836, 1841, 1846 e 1858. António José de Sousa Pinto ( ), farmacêutico de Lisboa escreveu os Elementos de Pharmacia, Chymica, e Botanica para uso de principiantes, etc

53 Trabalhos que marcam o inicio do século
Bernardino Gomes, em ao analisar a quina (fármaco americano) isolou o 1º alcalóide o cinchonino. Fundação da Instituição Vacínica da Academia das Ciências de Lisboa (1812) com o objectivo de difundir a medicina preventiva na sociedade do século XVIII e XIX, a vacinação. “O tratado de policia medica”, obra de José Pinheiro Freitas Soares ( ) sobre higiene publica que procura deparar a sociedade da época com medidas sanitárias, por José Freitas Soares.

54 A farmácia em Portugal nos finais do séc. XIX (Positivismo)

55 A farmácia em Portugal nos finais do séc. XIX
Relativamente às ciências biomédicas, em Portugal conhece-se o que se faz nos países mais avançados, mas é reduzida a produção inovadora. Aspectos que caracterizam a farmácia portuguesa da 2ª metade do séc. XIX e dos 1os anos do séc. XX Emancipação dos estudos farmacêuticos relativamente à medicina e a passagem da farmácia a curso superior Industrialização da produção medicamentosa Aparecimento das primeiras obras científicas da autoria de farmacêuticos Integração do farmacêutico na dinâmica da saúde pública

56 Ensino farmacêutico em Portugal
1902 por Carta de Lei de 19 de Julho e de acordo com o Regulamento das Escolas promulgado a 27 de Novembro, os cursos de farmácia das 3 escolas foram alterados no que diz respeito a aspectos institucionais a aspectos de natureza científica: O curso passou a ser superior nas 3 escolas Aspecto cientifico curso estruturado em dois anos, cada um com 4 cadeiras 1º Ano: História natural da drogas e posologia, farmácia química, análises microscópicas e químicas aplicadas à medicina e à farmácia 2º Ano: Farmacotecnia e esterilizações, Análises toxicológicas, química legal, alterações e falsificações de medicamentos a alimentos 1911 Por Decreto de 26 de Maio, o curso passa a 4 anos, sendo os 2 últimos semestres realizados um estágio hospitalar. Torna-se independente das Faculdades de Medicina. Cadeiras do ramo da química, química analítica, química biológica e bacteriologia

57 A indústria farmacêutica portuguesa
Farmácia Franco: produz o vinho nutritivo de carne Companhia Portuguesa de Higiene (1891): 1ª indústria farmacêutica de grande dimensão a ser instituída Laboratório J. Neves & Cª (1892): fundada pelo farmacêutico José Vicente das Neves Farmácia Normal: dedica-se à produção medicamentosa industrial Laboratório Sanitas (1911) Laboratórios Sicla (posterior a 1913)

58 Produção científica farmacêutica
Reflectem uma ascensão profissional do farmacêutico e uma melhor e mais apurada formação científica Elementos de Pharmacia theorica e práctica (1859, 2ª edição 1874) obra de Cândido Joaquim Xavier Cordeiro ( ) demonstrador do Dispensatório Farmacêutico da Univ. de Coimbra Elementos de Pharmacologia Geral (1851 edições posteriores em 1896 e 1901) de Bernardino António Gomes, filho; lente da Matéria Médica na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa Formulário Oficinal e Magistral (1868) de Joaquim Urbano da Veiga, farmacêutico Pharmacopea Portugueza (1876), 3ª farmacopeia oficial, foi redigida por uma comissão com farmacêuticos Historia da Pharmacia Portugueza, editada entre de Pedro José da Silva

59 Farmacêutico como agente sanitário
As águas, os vinhos, os leites, os alimentos, os tóxicos etc, eram objectos de intervenção do farmacêutico. Encontramos artigos intitulados “ a fraude das manteigas”, “ácidos minerais no vinagre”, “a determinação indirecta do extracto do leite”, etc, são artigos publicados nos periódicos da época Jornal da Sociedade Pharmaceutica de Lisboa Jornal da Sociedada Pharmaceutica Lusitana Gazeta de Pharmacia Boletim Pharmaceutico Revista Chimico-Pharmaceutica

60 FIM


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