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Breve Histórico da Epidemiologia

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Apresentação em tema: "Breve Histórico da Epidemiologia"— Transcrição da apresentação:

1 Breve Histórico da Epidemiologia
Luís Antônio Rotta

2 Os Pilares da Epidemiologia
Clínica (Ciências Biológicas) Estatística (Ciências Exatas) Medicina Social (Ciências Sociais)

3 Medicina Individual X Coletiva
desde os primórdios do pensamento ocidental na Grécia Antiga As duas filhas do deus Asclépios: Panacéia e Higéia padroeira da medicina curativa, realizada por meio de manobras, encantamentos, preces e uso de pharmakon apregoava a saúde como resultante da harmonia dos homens e dos ambientes, por ações preventivas e coletivas

4 Hipócrates doença: produto da relação complexa
constituição do indivíduo X ambiente que o cerca sempre considerar na avaliação do paciente: o clima, maneira de viver, hábitos de comer e beber estudou doenças epidêmicas e as variações geográficas das endemias Seu Juramento: a ética médica e a importância do exame minuncioso para correto diagnóstico e fiel descrição da história natural da doença

5 Filhos de Hipócrates estabeleceram o individualismo e o senso mercadológico para garantir a hegemonia de sua prática frente a inúmeras seitas Roma: médicos eram escravos gregos valiosos, trabalhavam para a corte, exército e famílias nobres, “receitadores de muitos fármacos para poucos enfermos” Contribuição romana para Epidemiologia: somente os sensos periódicos e registro compulsório de nascimentos e óbitos

6 Idade Média Catolicismo romano e invasões dos bárbaros
 práticas de saúde de caráter mágico-religioso prática médica para os pobres exercida por religiosos (por caridade) e por leigos, boticários, barbeiros-cirurgiões (por profissão) Durante este período a medicina árabe, sob os princípios hipocráticos, apresenta avanço tecnológico e caráter coletivo, com Avicena e Averroés

7 Os Hospitais Eram originalmente hospedarias de ordens religiosas (Cavaleiros Hospitalários) destinadas a viajantes e que recebiam doentes, assim, passaram a ser o local onde os médicos deixavam sua prática privada para ter contato com “séries” de pacientes e patologias (investigação sistemática de enfermos) Luta contra os físicos, leigos e religiosos, criando uma corporação médica construção de um saber técnico e instituição de práticas (início de uma clínica científica)

8 Primeiras Quantificações
Surgimento dos Estados: necessidade de contar o povo (produção) e o exército (poder) com surgimento da Estatística (Estado=status + isticum=contar) John Graunt em 1662: Tratado de tabelas mortuárias de Londres, proporção de crianças que morriam antes dos 6 anos de idade (pioneiro na utilização de coeficientes) Primeiros registros anuais de mortalidade e morbidade realizados pelo estado (“SIS”)

9 Início da Medicina Social
Inglaterra: Revolução Industrial Movimento hospitalário e o assistencialismo geraram a Medicina da “Força de Trabalho” Alemanha: Polícia Médica Medidas compulsórias de controle e vigilância das doenças: Medicina de Estado (Policial) França: Revolução Sanitarista Necessidade de sanear as cidades, ventilar ruas e construções isolando os miasmas: Medicina Sanitarista (Urbana)

10 Destaques (I) Pierre Louis ( ) utilizou método estatístico na investigação clínica de doenças e tratamentos, analisou a letalidade da pneumonia em relação à época que a sangria era realizada Louis Villermé ( ) investigou a pobreza, as condições de trabalho e suas repercussões sobre a saúde, foi um dos pioneiros nos estudos sobre a etiologia social das doenças

11 Destaques (II) Willian Farr ( ) Trabalhou no Registro Geral inglês, seus relatórios permitiram verificar as desigualdades, regionais e sociais nos perfis de saúde, fazendo com que muitos estudiosos alardeassem estes problemas, como Engels e Chadwick, advogado de cujos relatórios deram subsídios à reforma sanitária inglesa John Snow ( ) Realizou grande investigação de epidemias de cólera em Londres, elucidando com um minucioso trabalho de campo a relação da cólera com o fornecimento de água (contaminada) de uma certa companhia de abastecimento londrina

12 Teoria Miasmas X Germes
Miasmas: má qualidade do ar advindo da decomposição de material orgânico (Malária = Mal + ar) Germes: Louis Pasteur identifica e comprova que várias doenças são causadas por microorganismos transmissíveis (agente etiológico) comprovação laboratorial

13 Conseqüências Fortalecimento da medicina organicista em detrimento da medicina social com centralização novamente no “curativo” e não no “higiênico” Criação de Institutos de Pesquisa, clínica e patologia subordinadas ao laboratório (identificação do agente etiológico) Preocupação com saneamento ambiental, vetores e reservatórios de agentes

14 Pós - II Guerra Mundial Ênfase nas pesquisas:
Determinação das condições de saúde da população (indicadores / inquéritos) Investigações de fatores causadores de doença Estudos de Coorte: papel dos fatores de risco nas doenças não transmissíveis (Ex: d. cardiovasculares) Estudos Caso-controle: conhecer a etiologia de doenças crônicas (Ex: tabagismo X CA pulmão) Avaliação de Intervenções Medicina Baseada em Evidência

15 Situação Atual: Multicausalidade
Fatores Físicos, Biológicos e Psicossociais Tornou-se claro que os agentes microbiológicos e físicos não explicavam totalmente as questões de etiologia e prognóstico Necessidade de incorporar conceitos e técnicas de outras áreas, como sociologia e psicologia

16 Duas Tendências Atuais
Epidemiologia Clínica: MBE: aplicação da epidemiologia no diagnóstico clínico e no cuidado direto do paciente, com maior rigor científico na prática médica (“Panacéia”) Epidemiologia Social: Renascer do estudo da determinação social da doença, busca melhorar o atendimento à saúde da população, especialmente as mais subdesenvolvidas, de maneira multidisciplinar, procurando trabalhar na diminuição das desigualdades sociais e prevenção de doenças evitáveis (“Higéia”)

17 O que é a Epidemiologia para Você?
É lançada a pergunta: O que é a Epidemiologia para Você? Qual a sua Utilidade?

18 Epidemiologia “É o estudo dos fatores que determinam a freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas” (IEA)

19 Suas Utilidades Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas Identificar fatores etiológicos das enfermidades Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades

20 Epidemiologia “Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas,... ... analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, dos danos à saúde e dos eventos associados à saúde coletiva,... ... propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças,... ... e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde ” (Rouquayrol)

21 Exemplos Conhecer a distribuição de características de um grupo ou de uma população (sexo, idade, estatura, peso, cor, renda, etc) Conhecer a morbidade e/ou mortalidade de uma certa doença em uma população Compará-las entre populaçòes Conhecer a evolução de doenças durante um período de tempo numa população

22 Exemplos Descobrir quais são os principais problemas de saúde de uma população Avaliar a melhora que uma intervenção (p. ex. vacinas, pré-natal, educação em saúde) causa em uma população Verificar qual a melhora que uma medicação pode trazer para uma doença ou agravo, e quais seus efeitos colaterais Avaliar o quanto um exame realmente diagnostica uma doença existente ou deixa de diagnosticar

23 Exemplos Avaliar que comportamentos ou fatores podem influenciar na piora ou melhora da saúde de uma população Avaliar o funcionamento e a satisfação gerada por um serviço implementado Conhecer as opiniões e o entendimento que uma população tem a respeito de uma doença, tratamento, intervenção, serviço, etc.

24 Obrigado ! Bibliografia:
Epidemiologia – Teoria e Prática de Maurício Gomes Pereira Epidemiologia e Saúde de Maria Zélia Rouquayrol


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